Mostrando postagens com marcador brasileiro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador brasileiro. Mostrar todas as postagens

sábado, 5 de janeiro de 2013

Cultivo hidropônico é opção de renda para famílias do semiárido brasileiro


Sistema hidropônico (Foto: Divulgação)Hortas formadas por sistemas hidropônicos em Sítio Baixas, no estado de Alagoas (Foto: Divulgação)









É possível para uma planta terrestre se desenvolver sem a necessidade do solo? À primeira vista, imaginar esse tipo de situação pode parecer estranho, mas ao contrário do método tradicional de semear em solo fértil, no cultivo hidropônico a terra é deixada de lado. A técnica usa basicamente água, nutrientes sintéticos e substratos para o cultivo de diversos tipos de vegetais, sendo uma solução viável para locais nos quais o terreno e o clima se tornam inviáveis para o plantio, como no caso exibido pelo Globo Universidade desta semana, em Cabo Verde, ou no semiárido brasileiro.
No ano de 2004, o povoado do Sítio Baixas, no município de São José da Tapera, região do semiárido de Alagoas, viu na hidroponia a oportunidade de gerar renda para famílias que vivem na linha da pobreza. A iniciativa partiu da ONG Ecoengenho, que criou um sistema baseado em garrafas PET que utiliza água de poço para o cultivo de pimenta. A primeira horta a utilizar o método da hidroponia contou com cerca de 650 garrafas. Hoje, depois de oito anos, são seis hortas hidropônicas, totalizando 4 mil mudas de pimenta.
Cultivo de pimenta (Foto: Divulgação)
Venda de pimenta em compota é opção de renda
para o povoado de Sítio Baixas (Foto: Divulgação)
Como explica o engenheiro José Roberto Fonseca, diretor do Ecoengenho, pelo fato do método hidropônico poder ser adotado em praticamente qualquer situação, a técnica foi muito bem sucedida na região. “Nossa proposta foi gerar riqueza para cerca de 30 famílias de Sítio Baixas que viviam na linha da pobreza. Agora, essas pessoas podem ter uma renda graças à venda de pimenta em conserva, cultivada pela técnica da hidroponia”, lembra José Roberto.
A localidade de São José da Tapera é marcada pela forte escassez de água. Para resolver esse problema, foram utilizadas bombas movidas à energia solar para retirar água do poço. Além disso, um destilador, também à energia solar, foi empregado para dessalinizar cerca de 200 litros de água por dia. “Em 2004, criamos um canteiro hidropônico, de dez metros quadrados. A proposta de cultivar pimentas se deu pelo fato de ela ser pouco perecível e de consumo baixo entre a população do povoado, sendo direcionada exclusivamente para o comércio”, explica.
O sistema hidropônico
José Roberto (Foto: Divulgação)
José Roberto Fonseca, diretor do Ecoengenho

(Foto: Divulgação)
Em um sistema hidropônico, a água não é desperdiçada. No modelo adotado no povoado de Sítio Baixas, as garrafas PET, utilizadas para comportar as mudas das plantas, foram conectadas umas as outras. Ou seja, o bocal de uma garrafa se encaixa no fundo da subsequente. Segundo José Roberto, para criar um sistema hidropônico serão precisos dois recipientes para armazenamento da água, sendo um na parte inferior e outro na superior. Na caixa inferior, são colocados os sais (composto formado por nitratos de cálcio e de potássio; e sulfatos de magnésio, de cobre, de manganês e de zinco, geralmente encontrado em lojas de produtos agrícolas) que servirão para nutrir as plantas.
Nesse recipiente inferior deverá haver uma bomba para fluir a água para a caixa superior, que a distribuirá, graças à força da gravidade, e o líquido com os sais para as garrafas PET, que possuem um substrato formado por pedrinhas, cascalho, ou qualquer outro tipo de material que fixe as raízes das plantas. Como as garrafas estão conectadas, a água passará de uma para outra e chegará novamente à caixa inferior, repetindo, assim, o processo.
Vantagens e desvantagens da hidroponia

Para o engenheiro José Roberto, as principais vantagens desse modo de cultivo estão no fato de que ele pode ser implantado em qualquer lugar do mundo. Além disso, ele elenca como outros fatores positivos o baixo consumo de água, que se perde pouco pela evaporação. “No sistema hidropônico, temos plantas mais fortes e bem mais resistentes, já que são alimentadas como se estivessem em um hospital, recebendo soro com os nutrientes na quantidade certa. Pelo fato de não ficarem em contato com o solo, essas plantas também ficam livres de pragas e outras ameaças”, explica.

Com relação às desvantagens, o diretor lembra que existem alguns ecologistas mais conservadores que consideram a prática da hidroponia nociva por utilizar produtos químicos. “Segundo essa linha de pensamento, os sais utilizados para nutrir as plantas deixariam resíduos de nitrato em vegetais folhosos, que poderiam levar ao surgimento de câncer. Entretanto, na pimenta esse tipo de concentração não existe”, destaca.
Fonte: Globo Universidade

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Exposição: O traço soberano de Loredano


Pela primeira vez, a Galeria Paulo Fernandes, no Rio de Janeiro, recebe os desenhos de um dos mais respeitados caricaturistas brasileiros, Cássio Loredano. A mostra reúne 40 trabalhos em que o artista carioca retrata com o habitual talento escritores, músicos, políticos, esportistas, filósofos e outros tantos que, desde 1970, passam por sua prancheta.
Sem moldura. Freud e seu cão de estimação na linha bem pensada de Cassio Loredano
O crítico de arte Ronaldo Brito, curador da exposição, analisa o que faz de Loredano um desenhista especial. “O traço soberano é o que o diferencia dos demais artistas, a linha muito bem pensada, cuidada e a imaginação que ele tem. A obra de Loredano fica melhor ainda na página de um jornal. Ele tirou a moldura do desenho e é aí que se encontra a modernidade da obra, ao desenhar com a página. Como desenhista de imprensa, não existe igual.”
Modesto, Loredano conta que a seleção das obras se deu pela qualidade: “O que saiu menos ruim foi eleito. Gasto muito mais em borracha do que em tinta. Eu mais erro que acerto”.
Cássio Loredano – Desenhos
Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro, Centro
De 13 de outubro a 13 de novembro


Fonte: Carta Capital

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Raul Seixas Eternamente

Minha singela homenagem ao músico, compositor, cantor, roqueiro, poeta, filósofo que fez, com as ideias e o comportamento, com que a nossa música nunca mais fosse a mesma. Saudades eternas do nosso "Maluco Beleza".


















"Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais." (Raul Seixas)


sábado, 28 de julho de 2012

Sarah Menezes ganha o 1º ouro olímpico da história do judô feminino do Brasil

  • AFP PHOTO / FRANCK FIFE
    Sarah Menezes exibe a medalha de ouro conquistada na categoria até 48 kg Sarah Menezes exibe a medalha de ouro conquistada na categoria até 48 kg
A primeira medalha de ouro do Brasil em Londres veio com um feito histórico. A judoca piauiense Sarah Menezes venceu a romena Alina Dumitru na final da categoria até 48 kg e assegurou uma conquista inédita para o judô feminino do Brasil em Jogos Olímpicos.

Mais agressiva, Sarah tentou imobilizar a adversária logo no começo da luta. Por pouco não conseguiu, e deixou a romena sentindo o braço direito. A brasileira passou a forçar o lado atingido da adversária, e conseguiu um yuko no último minuto, seguido por um waza-ari para assegurar o ouro.

Foto - Sarah Menezes dá um grito logo após aplicar um golpe que lhe deu a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos AFP PHOTO / JOHANNES EISELE
“Ainda estou flutuando, não caiu minha ficha completamente. Estou muito feliz e agora acredito ainda mais no meu potencial”, comentou Sarah após a vitória.
A vitória na decisão arremata o dia perfeito da brasileira. Sarah começou vencendo a vietnamita Ngoc Tu Van, a francesa Laetitia Payet e a chinesa Wu Shugen pela manhã. À tarde, fez uma disputa tensa, mas ganhou da belga Charline van Snick por um yuko.

MAIS SOBRE O OURO DE SARAH

Na decisão, fez valer seu retrospecto contra a romena Alina Dimitru, que era a atual campeã olímpica mas havia perdido as três últimas lutas contra Sarah.
A conquista coloca Sarah como a atleta com os melhores resultados da história do judô feminino. Ela sagrou-se campeã mundial júnior pela primeira vez em 2008 e repetiu o feito no ano seguinte, quando ainda foi eleita a atleta olímpica do ano pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro), em votação popular.
Mais adiante, ainda faria bonito em dois Mundiais adultos. Em 2010, foi bronze na competição disputada no Japão, repetindo o posto em Paris, no ano passado. Foi também na última temporada que ela sofreu uma das derrotas mais duras da carreira. Na final do Pan de Guadalajara, quando era ampla favorita, perdeu da cubana Dayaris Alvarez, provocando a ira da técnica Rosicleia Campos.




 
Nada que abalasse a relação entre elas. Quando venceu a semifinal e ganhou a prata, por exemplo, Sarah emocionou-se ao abraçar a treinadora, que cuida da piauiense na seleção desde o início da carreira da pupila. O outro técnico que tem papel no ouro da judoca é Expedito Falcão, seu técnico desde a entrada no judô, aos 9 anos.
Sarah, que coloca o mestre como seu ídolo, começou no esporte à revelia de seus pais, que achavam o judô muito masculino. Hoje, a atleta não só superou o preconceito em casa como também mudou completamente seu status em seu estado natal. Apesar de ter recebido várias propostas, ela se recusa a deixar o Piauí, especialmente depois de começar a receber ajuda da CBJ para se manter por lá.
Pela fidelidade, ela é tratada como celebridade em Teresina, onde vive, e não raras vezes é paparicada por autoridades como o governador do Estado e o prefeito da cidade.

Foto - Faltando 20 segundos, Sarah conseguiu um yuko e assegurou a vitória. AFP PHOTO / FRANCK FIFE

Foto - Sarah Menezes festeja a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres. AFP PHOTO / ADRIAN DENNIS

Fonte: http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2012/07/28/sarah-menezes-ganha-o-1-ouro-olimpico-da-historia-do-judo-feminino-do-brasil.htm

sábado, 14 de julho de 2012

PSG paga R$ 105 mi e tira oficialmente Thiago Silva do Milan


Paris Saint-Germain oficializou neste sábado a contratação do zagueiro Thiago Silva, que estava no Milan. De acordo com o jornal italiano "La Gazzetta dello Sport", o clube francês pagou 42 milhões de euros (R$ 105 milhões) pela aquisição do brasileiro.
O Milan também oficializou a venda do jogador, mas de uma maneira bem direita. "O A.C. Milan comunica a cessão de Thiago Silva ao PSG", diz a nota. Já o Paris Saint-Germain fez um resumo da carreira do atleta, que estava na Itália desde a temporada 2008/09 e é, atualmente, capitão da seleção brasileira olímpica.
Thiago Silva firmou um contrato de cinco anos com o clube francês. Ainda de acordo com "La Gazzetta dello Sport", ele vai receber um salário de 7,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 18 milhões) por ano.
Reprodução
Site do Paris Saint-Germain oficializa a contratação do zagueiro brasileiro Thiago Silva
Site do Paris Saint-Germain oficializa a contratação do zagueiro brasileiro Thiago Silva
O zagueiro, que está com a seleção brasileira em preparação para Londres, recebeu a visita de um médico do PSG neste sábado, no Rio.
O Milan já havia recusado uma oferta do PSG por Thiago Silva, mas, mesmo depois de o presidente Silvio Berlusconi garantir a permanência do jogador, voltou atrás e aceitou a proposta para reequilibrar o quadro financeiro do clube.
A diretoria do time francês espera agora confirmar a compra de outro jogador da equipe italiana. Trata-se do atacante sueco Zlatan Ibrahimovic, que deve ser oficializado nas próximas horas, já que falta apenas acertar detalhes do salário.
O Paris Saint-Germain caminha para se tornar uma das grandes potências do futebol mundial, já que foi comprado em 2011 pelo grupo Qatar Sports Investments (QSI), que tem feito grandes investimentos na equipe.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Homenagem a Jessé - "Estrela de Papel" (Festival OTI - 1983)


Apresento aqui uma postagem em tom memorial e, ao mesmo tempo, de homenagem ao saudoso e inesquecível cantor e compositor brasileiro Jessé.

Nascido Jessé Florentino Santos, em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, Jessé, na década de 70 do século passado, fez parte de grupos como o Corrente de Força e Placa Luminosa, tendo, posteriormente, em sua carreira solo, gravado canções cantando em inglês, com o pseudônimo de Tony Stevens.

No ano de 1980, lançou-se ao público nacional com grande destaque no Festival MPB Shell, da Rede Globo de televisão, interpretando a música "Porto Solidão", seu maior sucesso, e com a qual ganhou o prêmio de melhor intérprete.

Em 1983, o cantor brasileiro venceu o XII Festival da Canção Organização (Televisão Ibero-Americana), OTI, realizado na cidade americana de Washington, com os prêmios de melhor intérprete, melhor canção e melhor arranjo para a canção "Estrela de Papel" (composta por Jessé e Elifas Andreato).

 Dono de uma voz potente e possuidor de grande extensão vocal, Jessé encantou os amantes da boa música com marcantes interpretações e indiscutível qualidade de repertório. Morto aos 41 anos de idade, em março de 1993, após um acidente automobilístico, o talentoso cantor deixou um legado musical brilhante à música brasileira, em sua meteórica existência, bem como uma saudade enorme por parte de seus fãs.

No vídeo que irão assistir, temos a música que ele defendeu no referido festival internacional de canções. Em uma apresentação memorável, Jessé deu prova inequívoca de seu talento, da excelência de sua música e do primor da sua voz. Uma cantor intenso e sem igual que o Brasil perdeu.


"Estrela de Papel"

Nas imagens de um gibi
  Vive o meu herói
Tem num rosto que sorri
Olhos de sonhar

  Faz bandidos e cowboys
Nesse carrossel
  Põe estrelas fora do lugar
  Brilha num painel
  Lá do céu

Meu herói tem um chapéu
Tem um cão leal e um vagabundo
  Faz o riso imortal
E não se cansa de amar

Essa história, no final,
Perde o seu herói

E eu vi num filme o meu herói
  Fazendo um ditador cruel
  E vi num outro que passou
Estrelas num cenário de papel


domingo, 8 de julho de 2012

Vinho brasileiro nas arenas de Londres


por Mauro Graeff Júnior 

Será brasileiro o vinho tinto vendido nos locais de competição durante a Olimpíada de Londres. O Shiraz/Tempranillo, da Vinícola Miolo, do Rio Grandedo Sul, foi escolhido juntamente com duas marcas da África do Sul (rosé e branco).
Como não pode ter garrafa nos locais de competição, por questão de segurança, o vinho será vendido em garrafas de plástico de 750 ml e 187,5 ml (um quarto de garrafa comum). A menor embalagem deve custar 4,80 libras (cerca de R$ 15).
Vinho brasileiro (direita) será vendido nos locais de competição (Foto: Divulgação)
Fonte: blogs.lancenet.com.br

"Marrento", Anderson Silva recusa Jon Jones e volta a desafiar clone


Anderson Silva nocauteou Chael Sonnen no 2º round. Foto: AP
Anderson Silva nocauteou Chael Sonnen no 2º roundFoto: AP
Já havia se passado aproximadamente 20 minutos de entrevista com os principais destaques do UFC 148 neste sábado quando o filho e o sobrinho de Anderson Silva, vestindo terno e gravata, entraram na sala de imprensa do MGM Grand Garden Arena carregando o cinturão dos médios. Logo atrás veio o lutador brasileiro, que se sentou à mesa, estendeu uma bandeira nacionale foi mais do que conciso em suas declarações - muitas vezes, se limitava a dar um largo sorriso e o utilizava como resposta.FELIPE HELD
Direto de Las Vegas (EUA)
Anderson fez apenas uma declaração mais contundente, quando se recusou a escolher um novo adversário. Ele repetiu um discurso já conhecido ao ser questionado sobre quem gostaria de enfrentar na próxima luta. "Tem certeza de que querem que eu responda isso?", rebateu o brasileiro, para logo em seguida emendar: "meu clone".
Um possível adversário para Anderson Silva levantado por jornalistas estrangeiros durante a entrevista foi o fenômeno dos meio-pesados, o americano Jon Jones. Esta não é a primeira vez que tal sugestão é feita ao brasileiro, e a resposta do Aranha tampouco é novidade. "Não", disse ele.
Horas depois, o próprio Jones se manifestou a respeito da resposta de Silva. Via Twitter, o americano concordou com o brasileiro. "Imagino que o Anderson tenha ditto que não tem interesse em lutar comigo. Eu penso da mesma maneira que ele. Não há nada entre nós além de respeito", publicou o meio-pesado.
Ouvir sugestões para enfrentar adversários de outras categorias não é coisa nova para Anderson Silva, que já teve seu nome especulado para lutar contra Jones e também contra o canadense Georges St. Pierre, ex-campeão dos médios e atual dono do cinturão dos meio-médios. Essas insinuações apenas mostram a soberania do brasileiro na sua categoria de peso, mas ainda assim o Aranha se recusa a enfrentar outros adversários. E também nega que essa "zona de conforto" o deixe desmotivado.
"Tenho muita motivação. Estou aqui fazendo o que gosto, e o maior ânimo que tenho é poder estar aqui com caras como esses", afirmou Anderson, referindo-se à mesa com os destaques da noite. "Como o Tito Ortiz, que sempre fez história e já estava aqui antes mesmo de eu decidir se lutaria. Faço o que gosto, o que amo".
Os nomes mais prováveis para figurarem em um combate próximo com Anderson Silva, porém, são os de Hector Lombard, campeão dos médios do Bellator e que recentemente firmou contrato com o UFC, Mark Muñoz e Michael Bisping. No entanto, nem mesmo uma futura revanche com Vitor Belfort seria loucura de imaginar - embora o brasileiro ainda tenha pela frente um combate com Wanderlei Silva, programado inicialmente para o UFC 147, não fosse a contusão que Belfort sofreu durante os treinamentos.
Próximo adversário e Jon Jones eram assuntos mais ou menos previsíveis para a entrevista de Anderson. O que o brasileiro não deveria esperar era um jornalista mexicano tentando se infiltrar no churrasco para o qual Chael Sonnen foi convidado. O repórter perguntou se todos os profissionais de imprensa seriam convidados para o evento, e a resposta de Silva não poderia ser outra. "Não".
Fonte: www.esportes.terra.com.br

domingo, 1 de julho de 2012

COM PÊNALTI POLÊMICO, VASCO VENCE PONTE PRETA E REASSUME A LIDERANÇA


Trinta minutos do segundo tempo. O estreante William Matheus cai na área, o árbitro Fabrício Neves Correa marca um pênalti polêmico, e muda o jogo e o campeonato. Em uma partida dominada pela Ponte Preta, que teve 13 finalizações contra cinco do Vasco, o time carioca conseguiu uma apertada vitória, de virada, por 3 a 2, e reassumiu a liderança do Brasileirão para a festa da torcida em São Januário. O jogo, válido pela sétima rodada, teve público pagante de 7.547 torcedores (11.082 presentes).
Com o resultado deste sábado, o Vasco recuperou o primeiro lugar da tabela, com 16 pontos. O time volta a campo no próximo domingo, dia 8, contra o Figueirense, em Florianópolis. A Ponte, que se manteve na décima posição, com nove, encara o Palmeiras, também no domingo, em Campinas.
- Senti um toque. Para mim foi pênalti - disse William Matheus.
Na Ponte, o técnico Gilson Kleina preferiu elogiar a equipe.
- O time teve uma postura espetacular. Soube neutralizar os pontos fortes do Vasco, jogou com dinâmica, teve a transição com velocidade, mas se tivéssemos um pouco de capricho, poderíamos ter ampliado, mas isso não aconteceu, merecimento do Vasco, que foi eficiente.
Falhas na marcação do Vasco pontuam o primeiro tempo
Jogadas de velocidade contra falhas na marcação. O primeiro tempo foi um duelo entre o ataque da Ponte e a defesa do Vasco. Sem Romulo, negociado com o Spartak de Moscou, na cobertura, o Vasco abriu uma avenida pela esquerda para Nikão e Roger passarem. E eles passaram.
A Ponte só foi parada com falta. Na primeira oportunidade de gol, Renato Silva derrubou Roger. Nikão cobrou, Prass espalmou, e a bola foi no travessão. No rebote, Roger chutou, mas Dedé apareceu na frente para fazer a torcida vascaína suspirar.
Quatro minutos depois, a Macaca chegou. Após cobrança de lateral, João Paulo Silva fez lindo lançamento, e Roger recebeu nas costas de Felipe para chutar no canto direito de Prass e marcar o primeiro gol do jogo aos 16.
Se a defesa cruz-maltina estava perdida em campo, o meio também não criava. O técnico Cristóvão Borges optou por barrar Diego Souza e entrar em campo com Carlos Alberto. Fellipe Bastos foi a escolha para a vaga deixada por Romulo. Mas nem marcação, nem criação estavam dando certo.
roger ponte preta gol vasco (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)Roger marca dois gols para a Ponte Preta
(Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
Em 20 minutos, o Vasco não tinha finalizado, contra quatro chutes do adversário. Mas na primeira vez que chegou, o time da Colina marcou. Felipe cruzou pela esquerda, Eder Luis furou de cabeça, e Alecsandro cabeceou na sobra para anotar seu quinto gol no Brasileiro e chegar à artilharia isolada.
O gol deu um gás a mais para o Vasco. A torcida se levantou quando Dedé subiu ao ataque e deu um corta-luz para jogada de Eder Luis. Mas as falhas na marcação continuaram.
A Ponte ainda estava melhor, e com contra-ataques velozes chegou à frente do placar. Novamente com Roger. Nikão deu passe para Renê Junior, que tocou para o camisa 9. Renato Silva tentou marcar o centroavante, mas o chute no canto esquerdo entrou por pouco, sem chance de defesa para Prass, aos 26.
Com duas jogadas de gol pela esquerda, Cristóvão mandou Fellipe Bastos ficar na lateral e liberou Felipe para o meio. A mudança melhorou o time. Eder Luis fez tabela com Felipe e chutou pelo meio das pernas de Edson Bastos para balançar as redes. O lance, porém, foi anulado devido ao impedimento do atacante.
O bom primeiro tempo ainda teve uma bola na trave de Nikão, que passou pela marcação de Fagner e Juninho na direita. Na saída para o intervalo, vaias da torcida vascaína em São Januário.
Lucas fura e dá presente para Eder Luis
eder luis vasco ponte preta (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)Eder Luis recebe presente de Lucas
(Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
O Vasco ganhou um presente logo no início do segundo tempo. Lucas, que havia entrado no lugar de Cicinho, com uma torção no joelho, furou após o cruzamento de Alecsandro, e Eder Luis mandou a bola para as redes, empatando o jogo em 2 a 2, aos três.
Após o gol, a torcida vascaína pediu Diego Souza. Cristóvão mandou todos os jogadores do banco para o aquecimento. Enquanto isso, no campo, João Paulo Silva cruzou pela esquerda, e Nikão chutou por cima do gol. Foi o último lance dele no jogo, substituído por Caio. Na sequência, Roger perdeu um gol de frente para as redes.
Diego Souza entrou na vaga de Eder Luis. Mas a Ponte continuou melhor. Prass até respirou fundo depois de impedir uma jogada de Caio, mas errar ao repor a bola nos pés de João Paulo Silva, que chutou para longe, com o goleiro fora das traves.
Pênalti polêmico muda o jogo
Carlos Alberto pediu para sair e foi atendido. William Matheus entrou em seu lugar. Sete minutos depois de entrar em campo, o jogador fez tabela com Diego Souza e caiu na área, alegando empurrão de Lucas. O árbitro marcou o pênalti e deu cartão amarelo para o volante da Ponte. Diego Souza fez o terceiro gol e levantou a torcida no estádio. Logo depois, William Matheus passou mal e chegou ter ânsia de vômito em campo.
A Ponte ainda teve mais uma chance de empatar, com uma falha de Prass, deixando rebote para Roger. O centroavante furou e perdeu o gol e o ponto que daria duas posições na tabela.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Brasileiro é selecionado pelo Boston Celtics no draft da NBA

SÃO PAULO - Nesta quinta-feira o basquete brasileiro ganhou um novo jogador na NBA. O pivô Fabricio Melo foi selecionado na 22ª escolha do Draft pelo Boston Celtic. Com isso ele supera Leandro, Thiago Splitter e Anderson Varejão também chegaram à liga americana pelo recrutamento de novatos.

Fabricio Melo foi um dos principais destaques da Universidade de Syracuse, nos EUA - Reprodução
Reprodução
Fabricio Melo foi um dos principais destaques da Universidade de Syracuse, nos EUA



Leandrinho foi a 28ª escolha do Draft de 2003, já Tiago Splitter repetiu a posição em 2007. Anderson Varejão saiu em 30ª posição em 2004. Dos atuais brasileiros na NBA, só Nenê, sétimo em 2002, conseguiu colocação melhor – vale lembrar que Rafael Araújo, o Baby, foi escolhido em oitavo em 2004.

Fabricio chega à NBA após dois anos atuando pela Universidade de Syracuse. Na última temporada, o pivô apresentou médias de 7,8 pontos, 5,8 rebotes e 2,9 tocos por exibição. Em junho, ele foi chamado para a seleção brasileira para disputar o sul-americano. Porém o jogador teve de rejeitar a convocação para poder participar do Draft.

Fonte: estadao.com.br

sábado, 23 de junho de 2012

O brasileiro é o povo mais feliz que existe?


Relatório apresentado em conferência da ONU destrói o mito e diz que, apesar de sermos a sexta maior economia do planeta, há 24 países em que a população é mais feliz.

Carnaval no Rio de Janeiro: explosão de felicidade

Sempre com um sorriso no rosto, independentemente das adversidades. Dono de um bom humor sem fim e de uma capacidade ilimitada de receber bem o próximo, mesmo quando ele vem de outro país e não fala a nossa língua. O brasileiro tem a fama de ser o povo mais feliz do mundo e o principal motivo seria a bênção de nascer em um país ensolarado, com paisagens belíssimas, poupado de cataclismos, de ataques terroristas e conceitos religiosos ou étnicos. Mas seria isso suficiente para alcançar o topo do ranking mundial da felicidade? A resposta é não, de acordo com o relatório divulgado na 1ª Conferência das Nações Unidas sobre a Felicidade e o Bem-Estar, realizada em Nova York, em um momento em que a ONU defende um novo parâmetro para medir o desenvolvimento dos países, o Índice de Felicidade Bruta (FIB), criado no Butão.

O Brasil aparece em 25º lugar no ranking da pesquisa, que leva em consideração fatores como a distribuição da riqueza, a oferta de emprego, o acesso aos serviços básicos, como saúde e educação, a ausência de corrupção e o respeito ao meio ambiente.O Relatório Mundial da Felicidade foi elaborado pelo Instituto Earth, da Universidade de Columbia, que analisou dados recolhidos entre 2005 e 2011 em 156 países. No topo, aparecem os povos dos países nórdicos, que não são necessariamente os mais ricos, mas têm acesso a ótimos serviços básicos.  Dinamarca, Noruega, Finlândia e Holanda lideram o mundo no que se refere à felicidade bruta, contrastando com países como o Togo, Benim, República Centro-Africana ou Serra Leoa, no extremo oposto. Os Estados Unidos ficaram em 11º lugar, Israel em 14º e o Reino Unido em 18º.

Indicador brasileiro

O Brasil é hoje o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) do mundo e está em 84º lugar em termos de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Podemos dizer então que o brasileiro é feliz? “Para mim, não”, avalia o professor Fábio Gallo, que coordena o recém-criado Núcleo de Estudos sobre a Felicidade e o Comportamento Financeiro, da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), junto com o colega Wesley Mendes.

O núcleo, que está antenado com a economia comportamental, escola em voga no exterior há pelo menos uma década, desde que os americanos Michael Spence e Joseph Stiglitz ganharam o prêmio Nobel, prepara-se para medir a felicidade do brasileiro. Todavia, não vai seguir obrigatoriamente os parâmetros da ONU em relação ao tema.“Nós não queremos reproduzir a Felicidade Interna Bruta (FIB) como está montada para o Butão.

Queremos criar um indicador que permita observar os padrões de bem-estar próprios para o brasileiro. O FIB é um indicador com 73 variáveis, nove indicadores macros, mas para um povo que vive uma cultura muito própria, é um reinado, tem população pequena. Não tem como dizer que aquele indicador seja adequado para o Brasil”, explica o professor Gallo.“Hoje, as principais políticas públicas de bem-estar nascem da esfera federal e não costumam refletir as necessidades dos municípios, por exemplo. Por isso, não queremos ter só um número, queremos ferramentas para os governantes e empresários se orientarem sobre as necessidades de cada população”, acrescenta. A proposta da FGV é criar uma metodologia que permita medir padrões de bem-estar, com pesos diferenciados para os mesmos fatores, de acordo com a região, o gênero e a faixa etária.“Wesley fez no ano passado uma pesquisa sobre comportamento financeiro e no final se perguntava sobre a felicidade.

Este estudo já mostrou que há diferentes padrões de bem-estar, de acordo com o lugar em que se vive”, diz o professor Gallo.“A principal preocupação dos paulistanos era com a segurança pessoal, enquanto a principal satisfação era fruto das perspectivas de crescimento acadêmico. Entre os gaúchos, a preocupação surgia da expectativa de conseguir um bom trabalho. A satisfação vinha de uma boa vida social”, exemplifica.Para montar o novo índice, a FGV-SP está fechando parcerias para coletas de dados. Um dos possíveis parceiros para a pesquisa é o movimento não governamental Mais Feliz, que reivindicou, com sucesso, a inclusão da felicidade como tema na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

Na opinião do ativista e publicitário que lidera o movimento, Mauro Motoryn, a inovação tecnológica deve levar as pessoas a participarem da administração pública em tempo real e online, via celular ou computador. “Teremos no futuro uma sociedade mais viva e participativa. Isso é bom para os administradores competentes, porém, cruel para os desavisados”, alerta Motoryn, que acaba de lançar uma plataforma para celular, tablet e via facebook que avalia o nível de satisfação da população em tempo real, disponível no site www.myfuncity.org.

O Myfuncity permite medir a felicidade e saber quais são as reivindicações do cidadão em qualquer lugar do Brasil. O aplicativo possibilita gestão pública por meio da tecnologia digital das redes sociais, permitindo que os cidadãos avaliem a qualidade das cidades a partir de 12 indicadores relacionados ao trânsito, segurança, meio ambiente, bem-estar, saúde e educação, com notas em uma escala de zero a dez.“O aplicativo MyFunCity permite que cada usuário avalie exaustivamente sua rua, seu bairro e sua comunidade, em categorias como saúde, educação, transporte, poluição (sonora e visual). É possível interagir com os demais cidadãos e analisar cada região em detalhes”, explica.

Para Motoryn, a 25ª posição do Brasil no ranking da felicidade mundial remete as falhas gritantes do país em relação a questões sociais.“A gente não pode confundir um país alegre com um país feliz do ponto de vista daquilo que recebe do Estado. Ou seja, nós temos deficiências graves na área da saúde, por exemplo, e isso inclui decisivamente na colocação no ranking”, diz. “Mas acho o brasileiro um povo extremamente feliz. Diante das adversidades, ele continua e acredita que o amanhã será melhor”, acrescenta.

Ao que tudo indica, os governantes brasileiros sabem que os parâmetros estão mudando e se mostram preocupados com esta felicidade a medir. A proposta de transformar o tema em política pública já está tramitando no Congresso Nacional por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 19/2010, cujo relator é o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Fonte: Revista Conhecer

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ariano Suassuna vai representar o Brasil na disputa pelo Prêmio Nobel de Literatura de 2012


Escritor paraibano teve a indicação aprovada pela Comissão de Relações Exteriores do Senado

Ariano Suassuna vai representar o Brasil na disputa pelo Prêmio Nobel de Literatura 2012
Ariano Suassuna vai representar o Brasil na disputa pelo Prêmio Nobel de Literatura 2012 (Divulgação/Renato Rocha Miranda/TV Globo)
O escritor Ariano Suassuna vai ser o candidato brasileiro na disputa pelo Prêmio Nobel de Literatura de 2012. O autor paraibano de obras como O Auto da Compadecida e A Pedra do Reino teve a indicação aprovada pela Comissão de Relações Exteriores do Senado. 
"A vida e a obra de Ariano Suassuna contêm expressão filosófica que transpõe as limitações temporais e de gerações, atingindo todos os públicos e transportando-se pelos mais diversos e modernos meios de comunicação”, disse o senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB), que sugeriu o nome de Suassuna à disputa pelo prêmio.
Entre os escritores brasileiros que já foram indicados à Academia Sueca estão Jorge Amado (1967), Guimarães Rosa (1966), o poeta Jorge de Lima (1958), que não pode entrar na competição por que morreu em 1953 e o Nobel só concede prêmio a personalidades em vida, Ferreira Gullar (2002) e João Ubaldo Ribeiro (2010). Nenhum brasileiro jamais foi laureado com o prêmio.
Fonte: veja.abril.com.br

quinta-feira, 1 de março de 2012

Da inconstitucionalidade dos arts. 977 e 2.031 do Código Civil de 2002


Por Rogério Henrique Castro Rocha


O artigo 977 do vigente Código Civil veda a possibilidade da constituição de sociedade entre os cônjuges casados sob o regime da comunhão universal de bens e o da separação legal, facultando, contudo, aos cônjuges casados nos demais regimes contratarem sociedade entre si ou com terceiros.

Na vigência do Código de 1916, nenhuma vedação nesse sentido havia em relação às referidas situações. A mudança legislativa operada, sob o signo democrático de um novo momento histórico do país, trouxe consigo algumas infelizes incoerências. No caso em tela, ao impor tal vedação, nossa Lei Civilista Maior acaba por prejudicar decisivamente os cônjuges que, porventura, optarem pelos regimes de bens elencados como incompatíveis com a atividade empresarial.

Tudo parece indicar que a vontade do legislador tenha sido, a princípio, a de prevenir que os cônjuges empresários pudessem, em razão da natureza patrimonial do regime então escolhido, prejudicar terceiros, ferindo seus direitos – sobretudo os de crédito – ou mesmo burlar dispositivos legais do próprio Código Civil.

Contudo, além da já aludida prejudicialidade que recai sobre os cônjuges casados sob o regime da comunhão universal de bens e o da separação obrigatória, doravante impedidos de livremente exercer a atividade empresária em sociedade, outro efeito, igualmente nocivo, pode ser observado. Trata-se, no caso, do que atinge os casais que contraíram matrimônio sob a forma de tais regimes de bens em época anterior à entrada em vigência do Novo Diploma Civil e que entre si também hajam constituído negócio empresarial.

Com o advento da nova lei, estes, também atingidos pela mudança de curso operada pelo legislador, conforme o dispositivo do art. 2.031, teriam que adaptar-se às novas regras até a data de 11 de janeiro de 2007.


Numa breve e superficial análise, facilmente se percebe que, ao assim dispor, nosso Código Civil cometeu grande injustiça para com os cônjuges, enquanto sócios-empresários. Negando-lhes a liberdade de iniciativa, terminou por ferir relevante princípio do regime capitalista, presente em grande parte dos modelos de sociedade contemporâneas. De igual modo, feriu (e fere) o livre exercício do trabalho, fundamental à manutenção da própria subsistência dos indivíduos. Sem falar na própria entidade familiar, visto que, ao negar aos cônjuges o exercício de atividade de empresa, furta-lhes, por conseqüência, a possibilidade de melhor prover suas necessidades financeiras e econômicas, bem como a dos seus demais membros.

Digna de crítica também – ainda falando da reviravolta da lei –, pois atinge inclusive àqueles que, na constância do Código anterior, regularmente haviam formado suas empresas, é a imposição da necessidade de passarem por novo processo de validação dos seus atos constitutivos, tendo em vista o prazo então estabelecido para a referida adaptação ao novo texto regulamentador.

Ora, vejamos bem, se respeitados à época os requisitos e exigências da lei vigente quando do processo de formação daquelas sociedades, entre cônjuges optantes pelos regimes da comunhão universal e da separação de bens, por que então demandá-los novamente, após consolidada a validade do referido ato pelo decurso do tempo?

O que aqui se observa, em nosso entendimento, é que tanto o comando do art. 977, como o do art. 2.031 do Novo Código Civil causaram sérios transtornos aos sujeitos por eles atingidos, criando assim uma situação de visível insegurança jurídica e desrespeito às situações constituídas regularmente, bem como aos atos jurídicos perfeitos e aos direitos adquiridos.

Portanto, é admissível, ao nosso ver, falar-se em inconstitucionalidade por vício material dos artigos 977 e 2.031, respectivamente, do Código Civil de 2002, visto que os referidos dispositivos afrontam princípios e normas claramente previstas em nossa Constituição Federal, dentre os quais o do livre exercício de profissão ou ofício, o da livre iniciativa e o da livre associação, afora os demais dispositivos acima aduzidos.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Hoje na História: 11 de fevereiro de 1907 (Nascia Caio Prado Jr.)


NASCE CAIO PRADO JÚNIOR, HISTORIADOR, GEÓGRAFO E POLÍTICO

11 de fevereiro de 1907
No dia 11 de fevereiro de 1907 nascia, em São Paulo, Caio da Silva Prado Júnior, um dos grandes historiadores do Brasil. Ele foi um dos maiores intelectuais brasileiros e desenvolveu obras imprescindíveis ao entendimento da formação histórica do Brasil. Estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (1924-1928) e, ao longo da sua formação universitária assim como na prática advocatícia, vivenciou a efervescência política, social e cultural no Brasil nos anos 20 e 30. Como político, filiou-se ao Partido Democrático, em 1928, participou da Revolução de 1930, filiando-se depois ao Partido Comunista Brasileiro.
Em 1933, viajou como estudante para a União Soviética, experiência que lhe rendeu o livro “URSS, um novo mundo”, em 1934. No ano seguinte ao livro, foi vice-presidente da Aliança Nacional Libertadora, mas acabou preso por dois anos por isso. Entre 1937 e 1939, se exilou na Europa. De volta ao Brasil, publicou o clássico “Formação do Brasil Contemporâneo”.
Além de pesquisador e político, Caio Prado Júnior também foi empresário do ramo editorial. Ele fundou a Editora Brasiliense, em 1943, com o amigo Monteiro Lobato. Após o fim do governo de Getúlio Vargas, foi eleito deputado estadual pelo PCB (1947), mas teve o mandato cassado por sua ideologia marxista. Na sequência, dedicou-se à editora e, mais tarde, voltou a se exilar, desta vez no Chile, por conta da perseguição que sofreu durante o Regime Militar (1964). Quando retornou ao Brasil, em 1971, foi condenado a um ano de prisão por subversão. No ano seguinte, conseguiu a liberdade. Outras obras importantes de Caio Prado Júnior foram “A evolução política do Brasil” (1933), “História econômica do Brasil” (1945), “Estruturalismo e marxismo” (1971) e “História e desenvolvimento” (1972). Caio Prado Júnior morreu no dia 23 de novembro de 1990, em São Paulo.

Fonte: History Brasil

Postagens populares

Total de visualizações de página

Páginas