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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Manifesto do Papel: ode a um dos materiais mais celebrados da arte

Por Suzanne Tanoue
O papel, em sua diversidade de texturas, tipos de fibras, gramaturas, é o primordial suporte da criação na arte: o meio pelo qual artistas põem em prática sua criatividade, a base em que ocorrem o registro e a experimentação necessárias para o nascimento de obras.
Pensando nisso, será lançado em maio o Manifesto do Papel, evento que surgiu da necessidade do entendimento e da valorização do papel na arte. A exposição, que abre o evento no próximo sábado, 9 de maio, traz pinturas e esculturas dos mais talentosos artistas da nova safra, integrantes doCocoon Collective – Cako Martin, Danilo Kato, Digo Cardoso, Fepe Camargo, Maíra Fukimoto, Yara Fukimoto e Zansky de Zaster. Todos os trabalhos utilizam os diversos tipos de papéis Canson® , entre eles, artísticos, especiais, 100% algodão.
Manifesto-do-Papel--Maira-FukimotoMaíra Fukimoto
Manifesto-do-Papel-Danilo-Kato Danilo Kato
Manifesto-do-Papel-Digo-Cardoso Diego Cardoso
manifesto-do-papel-fepe-camargoFepe Camargo
manifesto-do-papel-zanksy Zansky de Zaster
manifesto-do-papel-zupi Cako Martin
Manifesto-do-Papel-Yara-Fukimoto Yara Fukimoto
Na abertura da exposição, a Canson® Brasil vai distribuir entre os presentes 600 kits especiais – contendo amostras dos mais diversos tipos de papéis, lambe-lambe serigrafado com frases diversas entre outras surpresas, além de um cartão de desconto nas compras de papéis da Canson em lojas de materiais artísticos apoiadoras do evento.
O Manifesto do Papel continua durante todo o mês de maio com oficinas de arte na Galeria Casa Sinlogo que tem como objetivo valorizar o emprego do papel nas artes em toda a sua complexidade.
A ideia é mostrar como a variedade de tipos de fibra, textura, gramaturas e cores — bem como a pesquisa aplicada — do papel pode oferecer ao artista a oportunidade de trabalhar com as mais diferentes técnicas, garantindo excelência no resultado estético e na durabilidade na obra.
Nas 12 oficinas, gratuitas, com duração de 4h e com limitação de até 20 pessoas, profissionais de várias vertentes das artes visuais vão ministrar palestras permitindo aos participantes conhecer mais sobre técnicas artísticas que utilizam papéis como suporte e experimentá-los como por exemplo na serigrafia, graffiti e aquarela, além de sua utilização no processo criativo e impressão.
A agenda de oficinas abrirá a partir do dia 09/05 e as inscrições serão feitas pelo site da galeria Sinlogo

MANIFESTO DO PAPEL 
Data: 9 de maio (sábado)
Horário: das 15h às 21h
Local: Galeria Casa Sinlogo
Endereço: Rua Oscar Freire, 2221 – Pinheiros -SP
Fonte: Zupi.com.br

domingo, 27 de abril de 2014

EXPOSIÇÃO DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE: A DITADURA NO BRASIL (1964-1985)

Nesse post trago algumas fotos da mostra que reapresenta um dos momentos mais difíceis da história recente do nosso país, trazendo ao debate, novamente, a perspectiva da necessidade de não fecharmos os olhos nem esquecermos o que de pior aconteceu ao povo brasileiro e aos rumos da república com o longo período de exceção. 

A cidadania, hoje ainda almejada (e pela qual se tem lutado), e o processo de consolidação democrática no Brasil precisam caminhar ao lado da consagração do direito a rememorar os aspectos que compuseram o panorama da época em sua integralidade, buscando-se sempre reconstruir o itinerário da verdade dentro do plano dos acontecimentos.

EXPOSIÇÃO “A DITADURA NO BRASIL 1964 – 1985”

A exposição traz uma ambientação visual que conduz o público em uma espécie de “viagem no tempo”. Traz de volta a lembrança aos que viveram os fatos retratados e traduz aos jovens um pouco do clima vivenciado nesse período tão importante na história social e política brasileira. Recupera, de maneira exclusiva, desde os primeiros momentos do Golpe de Estado que mergulhou o país numa ditadura de 21 anos, até os grandes comícios populares das “Diretas Já”. Imagens marcantes dos tanques militares na frente do Congresso Nacional, as passeatas estudantis, a resistência dos diversos grupos da sociedade civil, a censura de documentos, a violência, prisões e torturas estão expostas em grandes painéis que colocam o espectador dentro dos acontecimentos. Junto, todos os fatos ocorridos nessa época são recuperados em um texto em ordem cronológica.

“A ditadura no Brasil – 1964-1985”, tem por objetivo registrar o que representou a ditadura no país, para que o maior número de cidadãos possam ter acesso ao material, excelente instrumento de valorização da história brasileira; resgatar a memória dos que viveram o período militar com o intuito de provocar reflexão sobre os acontecimentos e sensibilizar os jovens de hoje a respeito do que ocorreu durante os anos de chumbo no país, a partir de uma perspectiva da cronologia histórica e visual incluindo fotos e documentos, inéditos em sua maioria. 


Não podemos esquecer



Nesse documento da época da ditadura o chefe da censura federal em São Paulo, após assisitr a uma apresentação do espetáculo teatral "Roda Viva" (de autoria do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda), emite um relatório em que define a peça como"degradante e até certo ponto subversiva", informando ainda que a representação que vira "provocava o espectador para tomada de posição".




Grandes marchas, passeatas e comícios foram realizados pelo movimento estudantil durante a ditadura. Motivo que levou a que eles fossem os principais alvos da perseguição governamental. Naquele tempo, ser estudante e ser engajado na luta democrática era o mesmo que viver em constante estado de perigo.


Torturas, desaparecimentos e mortes dos "subversivos" foram uma dolorosa constante nos anos negros do Brasil.







No documento da foto acima vemos um ofício determinando a feitura de portaria de interdição do filme "Terra em Transe", do cineasta Glauber Rocha, dentre outras razões, pelo fato de o mesmo conter, segundo os censores, "mensagem de cunho esquerdista, contrária aos interesses nacionais".


No documento acima, oriundo da Divisão de Censura de Diversões Públicas da Polícia Federal, podemos ver o parecer de não liberação da execução pública da música "Óculos escuro", de autoria da dupla Paulo Coelho e Raul Seixas, tida como "veículo de mensagem subversiva" e que induziria flagrantemente "ao descontentamento e insatisfação no que tange ao regime", incitando uma "nova ideologia, contrária aos interesses nacionais".


O movimento Diretas Já desencadeou a onda de manifestações da sociedade nacional responsáveis pelo fim da ditadura e retorno à democracia em nosso país.
 


Fotos by Rogério Rocha

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Exposição: O traço soberano de Loredano


Pela primeira vez, a Galeria Paulo Fernandes, no Rio de Janeiro, recebe os desenhos de um dos mais respeitados caricaturistas brasileiros, Cássio Loredano. A mostra reúne 40 trabalhos em que o artista carioca retrata com o habitual talento escritores, músicos, políticos, esportistas, filósofos e outros tantos que, desde 1970, passam por sua prancheta.
Sem moldura. Freud e seu cão de estimação na linha bem pensada de Cassio Loredano
O crítico de arte Ronaldo Brito, curador da exposição, analisa o que faz de Loredano um desenhista especial. “O traço soberano é o que o diferencia dos demais artistas, a linha muito bem pensada, cuidada e a imaginação que ele tem. A obra de Loredano fica melhor ainda na página de um jornal. Ele tirou a moldura do desenho e é aí que se encontra a modernidade da obra, ao desenhar com a página. Como desenhista de imprensa, não existe igual.”
Modesto, Loredano conta que a seleção das obras se deu pela qualidade: “O que saiu menos ruim foi eleito. Gasto muito mais em borracha do que em tinta. Eu mais erro que acerto”.
Cássio Loredano – Desenhos
Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro, Centro
De 13 de outubro a 13 de novembro


Fonte: Carta Capital

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A aventura virtual da escrita

Exposição digital organizada pela Biblioteca Nacional da França usa o rico acervo da instituição para conta a história da escrita
 


O surgimento da escrita, há mais de 5 mil anos, foi resultado do desenvolvimento do comércio e da urbanização em algumas partes do mundo. Em seguida, a necessidade de novas formas de comunicação deu origem aos primeiros livros. É isso que mostra a exposição virtual “A aventura do livro”, organizada pela Biblioteca Nacional da França utilizando vários itens de seu acervo.

A mostra pode ser acessada no site http://classes.bnf.fr/livre/. Ao visitá-la, o internauta descobre que a escrita surge simultaneamente na Mesopotâmia e no Egito no IV milênio a.C., e na América Central e no sul da Índia no II milênio a.C. Com o passar do tempo os sistemas se tornam cada vez mais complexos, como mostra o site por meio de vídeos.

A exposição apresenta diferentes tipos de escrita e suas descrições, além de indicar bibliografia complementar para pesquisa e disponibilizar várias ilustrações, tudo de forma didática e organizada.
 
Fonte: História Viva

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Crack, fissura, e reality shows: é a sociedade quem precisa ser retirada do ar



Paulo Rosenbaum   (do Jornal do Brasil)
Palavras dizem quase tudo, entretanto algumas têm mais valor simbólico que outras: A palavra agora é crack (racha, fenda, estrondo, estalido e, segundo o American Heritage, quebrar sem dividir em pedaços). Temos vários cracks históricos: o de 29 (por ironia a especialidade acadêmica de Ben Bernake, secretário do Tesouro norte-americano), o de 2008 nas bolsas americanas, o de 2010 nas europeias, cracks sociais, cracks simbólicos, cracks narcóticos e simplesmente crack, a onomatopeia, o som de algo se partindo.  
Depois da grande desmobilização que sucedeu à queda do regime militar no Brasil, faz alguns anos que parece, nós, o povo, assistimos a tudo pela janela e pela TV. Na maior parte das vezes sequer nos levantamos para ver o que está acontecendo na esquina. Uma estranha passividade reina. Uma doença social imobilista, paralisante, que, diante da exaustão precoce, vai se instalando a ponto de tudo parecer normal quando nada está.
O problema desta vez não é só com a classe média – sempre a vilã contrarrevolucionária por excelência, mas que na análise retrospectiva se mostra uma força importante na sustentação das sociedades civilizadas pelo mundo. O problema poderia estar então na natureza voyeur da vida contemporânea. Estamos poluídos por imagens de alta definição, saturados com excesso de megapixels, ludibriados por amizades virtuais que escolhem “curtir” sem se envolver, emboscados pela vida mansa, vista de longe. E cada vez mais, cada vez mais longe. Nós é que estamos entorpecidos sem nos darmos conta da autodepredação. É chato admitir, mas nossa fissura – no duplo sentido – está em conservar uma distância segura desses viciados. De preferência, muros altos que ocultem o horror que nos cerca.
Nada mais alienante – para ressuscitar uma palavra dos anos de chumbo – do que os reality shows. Que moralistas o chamem de cativeiros ornamentais com músculos à mostra ou narcisismo das moças que buscam fama, pouco importa. Ninguém negará, contudo, que eles são um bom resumo da ideologia da sociedade industrial: mostrar e ser consumido.
O fato é que a vida não está ali.
E os que não podem consumir? E os fracassados que só olham de fora as benesses do Brasil bem sucedido: casas, hospitais, carros, salários e crédito? Como miragens, os itens sempre se  deslocam para o além, onde nem os sonhos alcançam. A sociedade está viciada em segregar, e os segregados são ensinados a desejar o que lhes está sendo negado. Estamos ensinando sem educar, o que é perto do nada. Todos sabem que a conta não vai fechar. Mas, como é preciso amenizar, muitos buscam paraísos artificias. Enquanto isso, o Estado vai dando sua mãozinha para a “República Drogada” e cuidando com todo o carinho da questão. E dá-lhe marretadas, cassetetes, pseudopacificação e agora emparedamento. E o tratamento? Por ande anda a assistência do Estado aos seus filhos? Pois há uma coisa em comum na Cracolância, nas favelas do Rio, nas rebeliões sociais e na explosão do crime. A fórmula está certinha: caminhar sem se mexer para a frente.
É fácil ouvir-se por aí: que a repressão os massacre! Quem mandou ficar à mercê da droga e deixar-se imolar pela fumaça que mata? Quem mandou acreditar na equidade ou num sistema de justiça que funcione? Quem são eles para ousarem questionar o Estado? Afinal, pega mal para a economia, e nós precisamos honrar a imagem da nação. 
É a inércia, e não a ação, a força governante. Ela nos leva sem que ofereçamos uma  resistência digna à calamidade. Diante desse neo-hedonismo inculto das famílias ligadas no Big Brother (pobre Orwell), ficamos paralisados e sem saber o que oferecer como solução ao pesadelo. Agora, a última é que querem tirar o programa do ar! Ora, é a sociedade quem precisa ser retirada do ar. Tudo que nos restou foi dar espiadas. A tragédia é que ainda não nos demos conta de que é sobre essa realidade, e não a virtual, que deveríamos votar.
O tráfico, a violência impune (não me convenço de que está melhorando), o loteamento e o escandaloso centralismo partidário da atual administração federal são parte integrante desse cenário. Um teatro no qual os oprimidos foram vetados de antemão.
Mas vamos todos relaxar geral, pessoal, é só mais um filme do Padilha! Logo mais, à noite, na Globo, a bestialidade e as cenas de miséria parecerão realidade distante, malgrado estejam num raio de 10 quarteirões de distância de qualquer um de nós em quase todas as cidades brasileiras.  
Se tudo já foi dito, talvez o mais inteligente fosse calar-se e deixar que levem de vez o caneco.
Não será possível, a esperança é incontrolável.      

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Exposição: história dos games


De clássicos, como Pinball, Pac-Man e Super Mario, a novidades em realidade virtual, como Halo 3, Wii Sports Resort e Rock Band, a exposição Game On faz uma imersão no mundo dos videogames. Com 11 seções, a mostra detalha o processo de produção dos jogos, desde o planejamento de design até a chegada ao público, e faz uma retrospectiva, com foco na evolução dos principais games, desde 1962 até hoje, além de explorar a influência dos jogos nas sociedades. Inédita no Brasil, a mostra já passou por dez países e conta com seções interativas em que o visitante pode jogar, escolhendo entre mais de 120 títulos


Onde: Museu da Imagem e do Som (MIS) – Av. Europa, 158, São Paulo (SP)
Quando: até 8/1
Quanto: R$ 10
Info.: (11) 2117-4777, www.mis-sp.org.br


Onde: CCBB-DF – SCES Trecho 2, cj. 22, Brasília (DF)
Quando: de 27/1 a 26/2
Quanto: entrada gratuita
Info.: (61) 3108-7600, www.bb.com.br/cultura
Fonte: Cult

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