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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Estudo mostra porque a música nos deixa nostálgicos

AFP
kohlmann.sascha / Flickr
fones
música ativa diferentes funções cerebrais, o que explica porque a música gera prazer ou desprazer e nossa canção favorita nos faz mergulhar em lembranças, revela um estudo publicado nos EUA.
Neurologistas americanos recorreram a um escâner com imagens de ressonância magnética (fMRI) para fazer um mapeamento da atividade cerebral com 21 voluntários que ouviram diferentes tipos de música, incluindo rock, rap e clássica.
Eles escutaram seis temas com cinco minutos cada um, inclusive cinco considerados "icônicos" de cada gênero, uma canção que não era familiar e, misturado na seleção, um tema favorito da pessoa examinada.
Os cientistas detectaram padrões de atividade cerebral, que evidenciaram o agrado ou o desagrado com determinada canção. Também advertiram para a ocorrência de uma atividade específica quando se escuta a canção favorita.
Escutar a música que a gente gosta, sem ser a favorita, abre um circuito neuronal nos dois hemisférios cerebrais, denominado rede em modo padrão, que acredita-se, atua nos pensamentos "concentrados no interior".
Mas ouvir a canção favorita também desencadeou atividade no hipocampo, a região do cérebro adjacente, que desempenha um papel fundamental na memória e nas emoções vinculadas para a socialização.
A pesquisa, publicada na revista Scientific Reports, foi encabeçada por Robin Wilkins da Universidade da Carolina do Norte em Greensboro.
Os autores ficaram surpresos ao constatar que os padrões de fMRI eram muito similares, apesar de a preferência musical ser uma questão muito individual.
"Essas conclusões podem explicar porque estados emocionais e mentais comparáveis podem ser experimentados por gente que ouve música tão diferente como Beethoven e Eminem", acrescentam.
Jean-Julien Aucouturier, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS) destacou que o estudo completa a teoria sobre como a música afeta o cérebro.
"Até agora, tínhamos a hipótese de que as canções favoritas eram uma espécie de estímulo superlativo que o mesmo padrão de atividade cerebral desencadeia, embora mais intenso, comparado com outras canções", explicou o especialista à AFP.
"Este estudo mostra que não é uma atividade mais intensa em certas partes do cérebro o que se produz, mas uma conectividade entre partes diferentes".
Os resultados sugerem que ouvir a canção favorita pode ajudar a tratar a perda de memória, explica Aucouturier. Será preciso fazer novos estudos para avançar nesta direção, advertiu.
Fonte: Info Exame

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Por que esquecemos o nome de pessoas assim que as conhecemos?

'Sorria para a foto... amiga' (Foto: getty)
por Luciana Galastri

Você já deve ter passado pela seguinte situação: acabam de te apresentar a uma pessoa. Literalmente, há apenas alguns segundos você ouviu o nome dela. E já esqueceu como ela se chama. Aí rola aquele momento constrangedor de encontrar formas genéricas de chamá-la (cara, moça, 'véio', senhor/a - insira aqui o seu substituto preferido) enquanto espera que outra pessoa a chame pelo nome. Ou, horror dos horrores, perguntar a ela "desculpe, qual é seu nome mesmo?"

Mas por que isso ocorre? O The Atlantic listou algumas razões:

Porque você está mais preocupado com si mesmo

Se você está conversando com um grupo de estranhos, é mais provável que esteja prestando mais atenção na maneira com que você se comporta do que com a atitude (e os nomes) deles. De acordo com o io9, seu cérebro se esforça tanto para superar as barreiras da vergonha ao pensar na melhor forma de se apresentar que não registra praticamente nada do que os outros fazem.

Uma falha na memória

Provavelmente você sabe que há dois tipos de lembrança que seu cérebro pode armazenar: as de longo prazo e as de curto prazo. As de curto prazo, que armazenam fatos recentes, não possuem uma capacidade muito grande. Se você não se concentra totalmente nas lembranças, ela se dissipa rápido, para dar lugar aos fatos que seu cérebro realmente considera importantes. Por isso você não se lembra de cada detalhe mínimo do seu dia quando vai dormir. Para que você lembre do nome de alguém, seu cérebro precisa considerar a informação importante o suficiente para que ela seja "classificada" como uma memória de longo prazo.
Nomes são "meio inúteis"

O que seu nome diz sobre você? A não ser que você acredite que é definido pelo significado literal da palavra (já leu aquelas listas de sugestões de nomes para bebês e seus significados?) ou acredite em numerologia, o nome é apenas uma forma de chamá-lo. Essa palavra não diz muita coisa sobre uma pessoa que você acaba de conhecer - e, por isso, é mais provável que o cérebro se atente a outros detalhes sobre o indivíduo. Aparência, voz, cheiro e até a roupa podem causar impressões mais duradouras do que o nome.

Existe uma forma garantida de evitar que você esqueça o nome de alguém? Não. Mas o pessoal do The Atlantic dá uma dica que pode diminuir seu constrangimento. Imediatamente após a pessoa ter se apresentado, peça que ela repita o nome. Diga que você não ouviu direito da primeira vez ou algo assim. As chances de que você o esqueça serão menores, assim como o seu constrangimento. A não ser, é claro, que você esqueça o nome de novo e precise perguntar pela terceira vez como o seu mais novo conhecido se chama.


Fonte: Revista Galileu

domingo, 27 de abril de 2014

EXPOSIÇÃO DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE: A DITADURA NO BRASIL (1964-1985)

Nesse post trago algumas fotos da mostra que reapresenta um dos momentos mais difíceis da história recente do nosso país, trazendo ao debate, novamente, a perspectiva da necessidade de não fecharmos os olhos nem esquecermos o que de pior aconteceu ao povo brasileiro e aos rumos da república com o longo período de exceção. 

A cidadania, hoje ainda almejada (e pela qual se tem lutado), e o processo de consolidação democrática no Brasil precisam caminhar ao lado da consagração do direito a rememorar os aspectos que compuseram o panorama da época em sua integralidade, buscando-se sempre reconstruir o itinerário da verdade dentro do plano dos acontecimentos.

EXPOSIÇÃO “A DITADURA NO BRASIL 1964 – 1985”

A exposição traz uma ambientação visual que conduz o público em uma espécie de “viagem no tempo”. Traz de volta a lembrança aos que viveram os fatos retratados e traduz aos jovens um pouco do clima vivenciado nesse período tão importante na história social e política brasileira. Recupera, de maneira exclusiva, desde os primeiros momentos do Golpe de Estado que mergulhou o país numa ditadura de 21 anos, até os grandes comícios populares das “Diretas Já”. Imagens marcantes dos tanques militares na frente do Congresso Nacional, as passeatas estudantis, a resistência dos diversos grupos da sociedade civil, a censura de documentos, a violência, prisões e torturas estão expostas em grandes painéis que colocam o espectador dentro dos acontecimentos. Junto, todos os fatos ocorridos nessa época são recuperados em um texto em ordem cronológica.

“A ditadura no Brasil – 1964-1985”, tem por objetivo registrar o que representou a ditadura no país, para que o maior número de cidadãos possam ter acesso ao material, excelente instrumento de valorização da história brasileira; resgatar a memória dos que viveram o período militar com o intuito de provocar reflexão sobre os acontecimentos e sensibilizar os jovens de hoje a respeito do que ocorreu durante os anos de chumbo no país, a partir de uma perspectiva da cronologia histórica e visual incluindo fotos e documentos, inéditos em sua maioria. 


Não podemos esquecer



Nesse documento da época da ditadura o chefe da censura federal em São Paulo, após assisitr a uma apresentação do espetáculo teatral "Roda Viva" (de autoria do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda), emite um relatório em que define a peça como"degradante e até certo ponto subversiva", informando ainda que a representação que vira "provocava o espectador para tomada de posição".




Grandes marchas, passeatas e comícios foram realizados pelo movimento estudantil durante a ditadura. Motivo que levou a que eles fossem os principais alvos da perseguição governamental. Naquele tempo, ser estudante e ser engajado na luta democrática era o mesmo que viver em constante estado de perigo.


Torturas, desaparecimentos e mortes dos "subversivos" foram uma dolorosa constante nos anos negros do Brasil.







No documento da foto acima vemos um ofício determinando a feitura de portaria de interdição do filme "Terra em Transe", do cineasta Glauber Rocha, dentre outras razões, pelo fato de o mesmo conter, segundo os censores, "mensagem de cunho esquerdista, contrária aos interesses nacionais".


No documento acima, oriundo da Divisão de Censura de Diversões Públicas da Polícia Federal, podemos ver o parecer de não liberação da execução pública da música "Óculos escuro", de autoria da dupla Paulo Coelho e Raul Seixas, tida como "veículo de mensagem subversiva" e que induziria flagrantemente "ao descontentamento e insatisfação no que tange ao regime", incitando uma "nova ideologia, contrária aos interesses nacionais".


O movimento Diretas Já desencadeou a onda de manifestações da sociedade nacional responsáveis pelo fim da ditadura e retorno à democracia em nosso país.
 


Fotos by Rogério Rocha

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Raul Seixas Eternamente

Minha singela homenagem ao músico, compositor, cantor, roqueiro, poeta, filósofo que fez, com as ideias e o comportamento, com que a nossa música nunca mais fosse a mesma. Saudades eternas do nosso "Maluco Beleza".


















"Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais." (Raul Seixas)


domingo, 8 de julho de 2012

Calçada da memória: o rosto da decência (Gregory Peck)


Na primavera de 1939, Gregory Peck (1916-2003) cabulou a cerimônia de formatura em Inglês, em Berkeley, e foi de trem para Nova York com 160 dólares e uma carta de apresentação para tentar a carreira de ator. Teve êxito mais cedo do que esperava. Estreou na Broadway em 1942, na peçaThe Morning Star, e no ano seguinte em Hollywood, em Quando a Neve Tornar a Cair, de Jacques Tourneur.
Gregory Peck, o homem correto para quem era mais desafiador tornar um bom sujeito interessante nas telas do que um vilão
O papel de um padre em seu segundo filme, As Chaves do Reino (John M. Stahl, 1944), rendeu-lhe a primeira de suas cinco indicações ao Oscar, que acabaria vindo em 1962, por O Sol É para Todos, de Robert Mulligan.
De figura imponente (1,91 m) e austera, com uma voz grave que quase nunca subia de tom, Peck encarnou em geral o homem reto, de bons princípios, defensor da justiça e da verdade. Mas seu estilo econômico de atuação lhe permitiu representar também homens atormentados pela luxúria (Duelo ao Sol, de King Vidor), pela culpa (Quando Fala o Coração, de Hitchcock) ou pela obsessão (Moby Dick, de John Huston). Encarnou até o monstro nazista Josef Mengele, em Meninos do Brasil, de Franklin Schaffner.
Por conta de sua imagem séria, fez poucas comédias. Uma exceção notável foi A Princesa e o Plebeu(William Wyler, 1953), a deliciosa estreia de Audrey Hepburn.
Católico e progressista, Peck participou de passeatas contra a guerra e pelos direitos civis, e achava que a Igreja devia se abrir em questões como o aborto e a contracepção.
“Dizem que encarnar vilões é mais interessante, mas representar os bons sujeitos é desafiador justamente porque é mais difícil torná-los interessantes”, costumava dizer.
DVDs
Quando Fala o Coração (1945)
O novo diretor de uma clínica para doentes mentais (Peck) começa a ter um comportamento estranho, aos olhos de uma psiquiatra (Ingrid Bergman). Ele pode ser impostor,  assassino ou vítima de amnésia. Curiosa incursão de Hitchcock pela psicanálise, com sequência de sonhos desenhada por Salvador Dalí.

Círculo do Medo (1962)
Depois de passar oito anos na cadeia, Max Cady (Robert Mitchum) passa a atormentar a família do advogado Sam Bowden (Peck), que testemunhou contra ele no tribunal. O clima de crescente terror do filme de J. Lee Thompson é exacerbado no remake de Scorsese (Cabo do Medo, 1991), em que Peck vive o advogado de Cady.

O Sol É para Todos (1962)
Na época da Depressão, no Sul dos EUA, o advogado Atticus Finch (Peck) defende um negro acusado injustamente de estupro. Célebre libelo contra o racismo. Em eleição realizada pelo American Film Institute, Atticus foi escolhido “o maior herói do cinema em todos os tempos”, deixando para trás Indiana Jones e James Bond.

Fonte: www.cartacapital.com.br/cultura/0-rosto-da-decencia

sábado, 7 de julho de 2012

Gabriel Garcia Márquez: o outono de um gênio


Por Mauro Santayana
Entre outras dívidas que tenho para com a memória de Jorge Amado está a de ele me ter apresentado, em 1972, em Bad Godesberg, a Gabriel Garcia Márquez. Era um encontro de escritores latino-americanos, patrocinado pelo governo alemão, que eu cobria para este Jornal do Brasil, e pude conhecer, também ali, o genial gualtemateco Miguel Angel Astúrias. Dissera a Jorge de minha admiração por Cién años de soledad, ao manifestar a minha timidez diante do gênio. Jorge sorriu e me confidenciou: “o escritor escreve para ser admirado. Vamos conversar com ele”. Assim, conversamos algum tempo com Gabriel. Ele já se encontrava no planalto de sua glória. Era ainda muito jovem, e exibia, aos 44 anos, o bigode um pouco grisalho.
Gabriel Garcia Márquez
Gabriel Garcia Márquez
Gabriel foi extremamente amável e me disse que éramos colegas. Colegas no jornalismo, o que o autorizava a ver-me também como escritor. O bom jornalismo é sempre boa literatura, disse. E quem não sabe escrever, não faz literatura, nem jornalismo. Só pode ser considerado jornalista ou escritor aquele que vive do que escreve. Ele me surpreendeu pelo bom humor. Antes Astúrias me impressionara pela sobriedade. Enfim, entre um e outro, havia quase trinta anos de diferença.
Não o vi em Praga, quando ali encontrei, em dezembro de 1968, Carlos Fuentes e Julio Cortazar. Ele, naquela noite — que foi a do AI-5 no Brasil — era convidado especial de Milan Kundera. Eles, juntamente com Jean Paul Sartre, haviam sido convidados pelos intelectuais tchecos, para assistir à premiére de Les Mouches, a peça doescritor francês.
Leio, agora, em El Pais, que seu irmão mais moço, Jaime Garcia Márquez, que vive em Cartagena de Índias, conversa com o escritor, pelo telefone, quase todos os dias. A pedido de Gabriel, fala do passado que o irmão está perdendo. O escritor transita em seu labirinto, e o tênue fio de Ariadne é a voz do irmão. Não teremos mais notícias novas do mundo fabuloso que ele criou, tendo como centro a instigante Macondo.
Gabriel está com demência senil, um dos sinônimos da doença de Alzheimer. Com a memória, ele perdeu também as letras. Não escreverá mais — de acordo com a dolorosa conclusão do irmão. Mas ainda o teremos com vida: é o consolo que nos dá Jaime Garcia Márquez. Enquanto procurar o passado, Gabriel, de um mundo que se esvazia, estará voltando ao mundo que criou.
Em Roma, em 1987, José Saramago, outro que deixou o jornalismo pela literatura, me disse que gostaria de morrer quando estivesse buscando a frase ideal para colocar na boca de um personagem estúpido: “Quando não conseguir mais isso, estará na hora de morrer”. Mas Saramago era homem de uma Europa sempre angustiada. Gabriel é homem de nossa América, e, por isso, insiste em recuperar a vida que se esmaece, porque na vida, em nossa geografia humana, sempre habita a alegria da esperança. 
Fonte: Jornal do Brasil

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pesquisa comprova que ioga melhora a memória


  • Os participantes do estudo que praticaram ioga tiveram até 20% de aumento na memória de longo prazo
    Os participantes do estudo que praticaram ioga tiveram até 20% de aumento na memória de longo prazo
A ioga traz benefícios cognitivos e afetivos importantes para quem a pratica, como melhora da memória e redução dos níveis de estresse. Essas são as conclusões de um estudo científico brasileiro sobre o tema, conduzido pelo Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

A nova pesquisa, publicada em uma revista científica internacional, preenche uma lacuna nos estudos sobre o impacto neuropsicológico da ioga, uma vez que a maioria das investigações sobre a prática carece de controles adequados que garantam o rigor científico ou a aplicação universal dos resultados. Neste estudo, foram utilizados voluntários saudáveis que não praticavam ioga. Eles foram recrutados no Batalhão Visconde de Taunay, em Natal (RN).

Os cientistas conseguiram autorização do coronel Odilon Mazzine Junior para realizar uma atividade atípica para o grupo de 17 soldados que participaram do estudo: uma hora de ioga, duas vezes por semana, durante um semestre. Outros 19 militares não participavam das aulas e serviram como grupo de controle, para que os resultados pudessem ser comparados.

A bióloga Regina Helena da Silva, coordenadora do estudo, pratica ioga há cerca de uma década, mas nunca tinha colocado o exercício sob a lente da psicobiologia, sua área de pesquisa. Animou-se, no entanto, quando o também biólogo Kliger Kissinger Fernandes Rocha pediu que ela o orientasse no doutorado. Ele é professor de ioga e reconhecia as limitações dos estudos sobre o tema. Por isso, sugeriu abordá-lo em uma tese. O trabalho, publicado na revista científicaConsciousness and Cognition, é fruto deste interesse.

Os militares foram avaliados no início e no fim do estudo. Foram aplicados testes de memória e formulários para averiguar o nível de estresse e outras condições psicológicas, bem como testes fisiológicos. "Notamos uma melhora de 20% na memória de longo prazo nos militares que praticaram ioga", afirma Rocha. "É um porcentual que indica um considerável ganho cognitivo", completa. 

Fonte: Notícias Uol/Agência Estado/Jornal da Tarde.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Hoje na História: 11 de fevereiro de 1907 (Nascia Caio Prado Jr.)


NASCE CAIO PRADO JÚNIOR, HISTORIADOR, GEÓGRAFO E POLÍTICO

11 de fevereiro de 1907
No dia 11 de fevereiro de 1907 nascia, em São Paulo, Caio da Silva Prado Júnior, um dos grandes historiadores do Brasil. Ele foi um dos maiores intelectuais brasileiros e desenvolveu obras imprescindíveis ao entendimento da formação histórica do Brasil. Estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (1924-1928) e, ao longo da sua formação universitária assim como na prática advocatícia, vivenciou a efervescência política, social e cultural no Brasil nos anos 20 e 30. Como político, filiou-se ao Partido Democrático, em 1928, participou da Revolução de 1930, filiando-se depois ao Partido Comunista Brasileiro.
Em 1933, viajou como estudante para a União Soviética, experiência que lhe rendeu o livro “URSS, um novo mundo”, em 1934. No ano seguinte ao livro, foi vice-presidente da Aliança Nacional Libertadora, mas acabou preso por dois anos por isso. Entre 1937 e 1939, se exilou na Europa. De volta ao Brasil, publicou o clássico “Formação do Brasil Contemporâneo”.
Além de pesquisador e político, Caio Prado Júnior também foi empresário do ramo editorial. Ele fundou a Editora Brasiliense, em 1943, com o amigo Monteiro Lobato. Após o fim do governo de Getúlio Vargas, foi eleito deputado estadual pelo PCB (1947), mas teve o mandato cassado por sua ideologia marxista. Na sequência, dedicou-se à editora e, mais tarde, voltou a se exilar, desta vez no Chile, por conta da perseguição que sofreu durante o Regime Militar (1964). Quando retornou ao Brasil, em 1971, foi condenado a um ano de prisão por subversão. No ano seguinte, conseguiu a liberdade. Outras obras importantes de Caio Prado Júnior foram “A evolução política do Brasil” (1933), “História econômica do Brasil” (1945), “Estruturalismo e marxismo” (1971) e “História e desenvolvimento” (1972). Caio Prado Júnior morreu no dia 23 de novembro de 1990, em São Paulo.

Fonte: History Brasil

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