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segunda-feira, 22 de abril de 2019

POR QUE NOS EUA NÃO TEM BATUCADA?

Por Cynara Menezes
Não é curioso que os Estados Unidos não usem tambores em sua música como todos os outros países que tiveram mão-de-obra escrava vinda da África? Eu sempre fiquei me perguntando isso. Por que a música dos negros norte-americanos é tão diferente da música brasileira, de Cuba, do Caribe? Onde foram parar os tambores? Cadê a batucada?
Pense em todos os grandes ídolos da música afro-americana: Charlie “Bird” Parker tocava sax. Louis Armstrong tocava trompete. Nina Simone tocava piano, assim como Stevie Wonder e Ray Charles. Miles Davis tocava trompete. E Wynton Marsalis, idem. Robert Johnson tocava guitarra. Chuck Berry, idem. Leadbelly tocava um violão de 12 cordas.
Os negros chegaram aos EUA vindos, em sua maioria, de regiões que hoje se conhecem como Senegal, Gâmbia, Nigéria, Camarões, Namíbia, Congo, Angola e Costa do Marfim. Os negros brasileiros vieram de Moçambique, do Benin, da Nigéria, e também de Angola, Congo e da Costa do Marfim. Com todas as diferenças existentes entre estas nações africanas, todas elas faziam uso de tambores com fins musicais e de comunicação. Por que então nós temos o samba e os gringos não? Por que não tem atabaque, agogô e cuíca na música afro-americana e sim saxofone, clarinete, trompete, instrumentos “de brancos” que os negros, aliás, aprenderam a tocar com maestria? Simplesmente porque os tambores foram proibidos na terra do tio Sam durante mais de 100 anos.
No dia 9 de setembro de 1739, um domingo, em uma localidade próxima a Charleston, na Carolina do Sul, um grupo de escravos iniciou uma marcha gritando por liberdade, liderados por um angolano chamado Jemmy (ou Cato). Ninguém sabe o que detonou a rebelião, conhecida como a “Insurreição de Stono” (por causa do rio Stono) e que é considerada a primeira revolta de escravos nos EUA. Conta-se que eles entraram numa loja de armas e munição, se armaram e mataram os dois brancos empregados do lugar. Também mataram um senhor de escravos e seus filhos e queimaram sua casa. Cerca de 25 brancos foram assassinados no total. Os rebeldes acabaram mortos em um tiroteio com os brancos ou foram recapturados e executados nos meses seguintes.
A reação dos senhores foi severa. O governo da Carolina do Sul baixou o “Ato Negro” (Negro Act) em 1740, trazendo uma série de proibições: os escravos foram proibidos de plantar seus próprios alimentos, de aprender a ler e escrever, de se reunir em grupos, de usar boas roupas, de matar qualquer pessoa “mais branca” que eles e especialmente de incitar a rebelião. Como os brancos suspeitavam que os tambores eram utilizados como uma forma de comunicação pelos negros, foram sumariamente vetados. “Fica proibido bater tambores, soprar cornetas ou qualquer instrumento que cause barulho”, diz o texto.
A proibição se espalhou pelo país e só foi abolida após a guerra civil, mais de um século depois, em 1866. Antes disso, o único lugar onde os negros podiam se reunir com certa liberdade eram as igrejas; daí o surgimento dos spirituals, a música gospel, com letras inspiradas pela Bíblia, que eles cantavam muitas vezes à capela (sem instrumentos) ou marcando o ritmo com palmas. As mãos batendo no corpo e os pés batendo no chão foram os substitutos que os escravos encontraram para os tambores, resultando em formas de dança e música conhecidas como “pattin’ juba”, “hambone” e “tap dance” (sapateado), ainda hoje utilizados por artistas negros (e também brancos) dos EUA.
“Os tambores ‘falantes’ africanos interagiam com os dançarinos utilizando diferentes ritmos, assim como comunicando mensagens através dos tons e batidas. Os tocadores de tambor podiam fazer seus instrumentos ‘falarem’ sons específicos, de forma que a percussão constituía um texto sonoro. A musicalidade de várias palavras africanas era tão precisa que elas podiam ser escritas como notas musicais. Os escravos levaram estes ritmos e o uso destas técnicas para a América”, diz o coreógrafo norte-americano Mark Knowles, autor do livro Tap Roots: the Early History of Tap Dance.
Os brancos sabiam que as rebeliões de escravos eram organizadas durante encontros que envolviam dança e que a cadência dos tambores podia ser um convite à insurreição, com o uso dos tambores falantes. “Proibidos os tambores, o corpo humano, o mais primitivo de todos os instrumentos, se tornou a principal forma de ritmo e de comunicação entre os escravos. Usando o corpo como percussão, em uma tentativa de imitar os sofisticados ritmos e cadências dos tambores, com o elaborado uso de batidas dos saltos e do bico do sapato, surgiu o que chamamos de ‘tap dance’. Mesmo hoje em dia, quando dois sapateadores mantêm uma conversação com seus pés, é como se estivessem telegrafando mensagens, como faziam originalmente os tambores africanos”, afirma Knowles.
Alguns estudiosos atribuem ao banimento dos tambores o fato de a música dos EUA em geral não ser tão rica em compassos como a sul-americana ou a caribenha. “Há uma coisa peculiar que quase toda a música norte-americana tem em comum: uma extensa ênfase em um mesmo ritmo, muito diferente da encontrada em qualquer outro lugar no mundo. É assim: Boom – Bap – Boom – Bap, com um bumbo na primeira e terceira batidas, ou em todas as quatro, uma caixa precisamente na segunda e quarta, e quase nada entre elas. Este ritmo é chamado de ‘duple’ (compasso binário) em teoria musical, e você pode encontrar variações dele em todos os estilos da música americana popular moderna: Blues, Motown, Soul, Funk, Rock, Disco, Hip Hop, House, Pop, e muito mais”, diz o DJ Zhao neste interessante artigo.
“O predomínio generalizado deste monorritmo simplificado, rígido e mecânico, minimizando elementos polirrítmicos na música para o papel de embelezamento, às vezes ao ponto de não-existência, é muito diferente do foco em polirritmos complexos que existe em várias formas da moderna música sul-americana e caribenha: o Son Cubano e a Rumba, a Bossa Nova brasileira, o Gwo Ka e Compas haitiano, o Calipso de Trindade e Tobago… Nenhum deles depende tão extensivamente do duple.”
Em sua autobiografia, To be or Not… to Bop, o trompetista Dizzy Gillespie atribui esta menor complexidade rítmica da música afro-americana em relação à música afro latino-americana à proibição dos tambores. “Os ingleses, ao contrário dos espanhóis, tiraram nossos tambores”, lamenta Gillespie (leia mais aqui). Em meados da década de 1940, muitos congueros (tocadores de conga, espécie de atabaque) migraram para os Estados Unidos e exerceram influência na música local, criando o jazz afro-cubanoGillespie colocou a conga do cubano Chano Pozo em sua música e a parceria resultou em Manteca (1947), canção pioneira por introduzir percussão cubana no jazz.
Nos rincões do Mississippi, driblou-se a proibição dos tambores com bandas de flautas e tarol (caixa), instrumentos que eram aceitos e inclusive tocados no Exército durante a guerra civil. Em 1942, o folclorista Alan Lomax gravou pela primeira vez gente como Othar Turner e Ed e Lonnie Young, cuja sonoridade esbanja ancestralidade, soa a África e foi comparada à música haitiana. É o mais próximo de uma batucada que encontrei na música negra dos EUA. Não parece meio maracatu?
Enquanto nos Estados protestantes os tambores eram banidos, na católica Louisiana eles foram permitidos até o século 19 e eram utilizados sobretudo nas cerimônias de vodu, religião afro-americana levada para os EUA pelos escravos do Benin, antigo Daomé – de onde vieram também a maioria dos negros da Bahia. Assim como em Salvador, havia muito sincretismo em New Orleans até começar a perseguição ao vodu e por conseguinte aos tambores.
A partir de 1850 o uso de tambores passou a ser restringido até mesmo na Congo Square, uma praça da cidade onde tradicionalmente os negros se reuniam para tocar tambores, dançar e entrar em transe espiritual ao som de música. Nos anos 1970 a praça foi reabilitada e até hoje rola um batuque de primeira por lá.
Apesar desta “percussofobia”, como alguns chamam, a música negra dos EUA é maravilhosa, sem sombra de dúvidas. Mas como seria ela se os tambores não tivessem sido proibidos? Mais parecida com a brasileira? Nunca saberemos.

*Artigo originalmente publicado no site Socialista Morena em 15.11.2015

domingo, 10 de junho de 2018

Por que a música de hoje não presta? (Matéria do site Blitz)

Se acha que a música que os jovens escutam hoje em dia não é menos que execrável, este vídeo é para si.
Em primeiro lugar, saiba que não está sozinho: há imensa gente que pensa o mesmo em relação à pop atual. Em segundo, saiba que é normal, e acontece ao longo de cada década.
É o ciclo da vida: cada geração odeia a música da geração que se lhe segue, e cada geração sente o direito biológico de pensar que a música da sua juventude é a melhor de todos os tempos.
No entanto, a ciência poderá validar as afirmações de quem julga que se fazia melhor música há cinquenta anos atrás do que hoje em dia. Um estudo do Conselho Superior de Investigações Científicas de Espanha, que analisou mais de 500 mil gravações, indica isso mesmo.
O estudo, que se incidiu entre os anos 1955 e 2010, analisou - através de uma série de algoritmos - a complexidade harmónica de cada canção, a diversidade de timbre e o volume.
Os resultados mostram que se tem assistido a uma queda abrupta no timbre das canções, cujo pico se encontra nos anos 60. O facto de a grande maioria das canções pop de hoje em dia serem construídas com recurso aos mesmos instrumentos - teclados, drum machinesampler e computador - não ajuda.
Originalmente publicado em: http://blitz.sapo.pt/principal/update/2018-06-10-Acha-que-a-musica-de-hoje-nao-presta--Este-video-tem-uma-resposta-para-si
Veja aqui a explicação completa:

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Estudo mostra porque a música nos deixa nostálgicos

AFP
kohlmann.sascha / Flickr
fones
música ativa diferentes funções cerebrais, o que explica porque a música gera prazer ou desprazer e nossa canção favorita nos faz mergulhar em lembranças, revela um estudo publicado nos EUA.
Neurologistas americanos recorreram a um escâner com imagens de ressonância magnética (fMRI) para fazer um mapeamento da atividade cerebral com 21 voluntários que ouviram diferentes tipos de música, incluindo rock, rap e clássica.
Eles escutaram seis temas com cinco minutos cada um, inclusive cinco considerados "icônicos" de cada gênero, uma canção que não era familiar e, misturado na seleção, um tema favorito da pessoa examinada.
Os cientistas detectaram padrões de atividade cerebral, que evidenciaram o agrado ou o desagrado com determinada canção. Também advertiram para a ocorrência de uma atividade específica quando se escuta a canção favorita.
Escutar a música que a gente gosta, sem ser a favorita, abre um circuito neuronal nos dois hemisférios cerebrais, denominado rede em modo padrão, que acredita-se, atua nos pensamentos "concentrados no interior".
Mas ouvir a canção favorita também desencadeou atividade no hipocampo, a região do cérebro adjacente, que desempenha um papel fundamental na memória e nas emoções vinculadas para a socialização.
A pesquisa, publicada na revista Scientific Reports, foi encabeçada por Robin Wilkins da Universidade da Carolina do Norte em Greensboro.
Os autores ficaram surpresos ao constatar que os padrões de fMRI eram muito similares, apesar de a preferência musical ser uma questão muito individual.
"Essas conclusões podem explicar porque estados emocionais e mentais comparáveis podem ser experimentados por gente que ouve música tão diferente como Beethoven e Eminem", acrescentam.
Jean-Julien Aucouturier, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS) destacou que o estudo completa a teoria sobre como a música afeta o cérebro.
"Até agora, tínhamos a hipótese de que as canções favoritas eram uma espécie de estímulo superlativo que o mesmo padrão de atividade cerebral desencadeia, embora mais intenso, comparado com outras canções", explicou o especialista à AFP.
"Este estudo mostra que não é uma atividade mais intensa em certas partes do cérebro o que se produz, mas uma conectividade entre partes diferentes".
Os resultados sugerem que ouvir a canção favorita pode ajudar a tratar a perda de memória, explica Aucouturier. Será preciso fazer novos estudos para avançar nesta direção, advertiu.
Fonte: Info Exame

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Os 10 Atores Mais Jovens a Concorrer ao Oscar


10. Saoirse Ronan

Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 13 anos e 285 dias
Nacionalidade: Irlandesa






Saoirse Una Ronan, nascida em 12 de abril de 1994, pode ser mundialmente pouco conhecida, mas, apesar de muito jovem, coleciona indicações e prêmios em festivais de cinema nos Estados Unidos e Europa. Saoirse começou a carreira cedo, ainda criança, mas obteve reconhecimento internacional em 2007, quando co-estrelou o filme "Desejo e Reparação". Por sua atuação, a atriz recebeu indicações ao BAFTA, ao Globo de Ouro e uma, em especial, ao Oscar, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante. Assim, aos 13 anos e 285 dias de vida, Saoirse desbancou o ator Brandon De Wilde, que era até então a 10ª pessoa mais jovem a ser indicada ao prêmio. Dois anos depois, ela recebeu um Prêmio Saturno e uma segunda indicação ao BAFTA por sua interpretação no filme "Um Olhar do Paraíso", de Peter Jackson.


09. Haley Joel Osment

Categoria: Melhor Ator Coadjuvante
Idade à época da indicação: 11 anos e 311 dias
Nacionalidade: Norte-americana






O jovem e precoce ator Haley Joel Osment (nascido em 10 de Abril de 1988) já prometia quando fez uma pequena participação no filme "Forrest Gump" (1994), interpretando o filho do personagem de Tom Hanks, papel que lhe rendeu seu primeiro prêmio. Após participações não muito significativas em filmes ao longo da década de 1990, Halley Joel ganhou fama mundial dando vida ao garoto Cole Sear no thriller de M. Night Shyamalan, "O Sexto Sentido" (1999). Além das inúmeras paródias feitas ao redor do mundo com a personagem de Haley, o papel também rendeu ao até então pequeno ator mais de 20 indicações a diversos prêmios, sendo a mais importante a do Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, isso quando ele contava com apenas onze anos! Depois de tanto sucesso, o ator mirim protagonizou outro sucesso de bilheteria "A.I.", produção de Steven Spielberg, de 2000 entre outros. É bem verdade que ele anda meio sumidinho, mas isso se deve à sua dedicação a espetáculos da Broadway e a trabalhos envolvendo dublagem em games.


08. Anna Paquin


Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 11 anos e 200 dias
Nacionalidade: Canadense






A atriz nascida no Canadá e criada na Nova Zelândia, Anna Paquin (24 de julho de 1982), pode ser mais conhecida do grande público pelas suas atuações na no cinema na série X-Men, como a Vampira e na TV como Sookie Starkhouse em True Blood. Mas um fato que nem todo mundo sabe é que ela já venceu oOscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 1994, aos 11 anos de idade, pela sua interpretação no drama "O Piano". Com isso, ela se tornou a segunda vencedora mais jovem da história do prêmio. Depois do feito, a carreira da atriz entrou em um hiato de dois anos e posteriormente participou de filmes como "Amistad" e "Quase Famosos".

07. Patty McCormack

Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 11 anos e 181 dias
Nacionalidade: Norte-americana






Sabe aquelas crianças assustadoras com quem a gente vez ou outra se depara em filmes de terror? Pois é, a primeira desse naipe e que acabou influenciando outros personagens do tipo foi interpretada pela atriz Patricia McCormack, nascida em 21 de agosto de 1945. Ela obteve grande sucesso com a malévola criança em "A Tara Maldita" (The Bad Seed - 1956). No filme, Patty dá vida a Rhoda, uma menina de oito anos terrivelmente má, que, apesar de ter carinha de anjo e pertencer a uma família feliz e bem estruturada, elabora planos diabólicos, inclusive mortes. Por esse papel, ela recebeu uma indicação para o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, aos 11 anos de idade.


06. Abigail Breslin

Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 10 anos e 284 dias
Nacionalidade: Norte-americana






Quem assistiu ao filme "Pequena Miss Sunshine", de 2006, pôde perceber como a atriz Abigail Breslin (14 de abril de 1996), mesmo tão pequena já era dotada de muito talento. Aos 10 anos, ela se tornou a mais jovem atriz a ser nomeada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo seu papel no filme. Além disso, ela também concorreu ao BAFTA, ao Screen Actors Guild (SAG) e ao MTV Movie Awards, dentre outros prêmios pelo mesmo papel. Sua carreira começou cedo, aos três anos, fazendo comerciais para a TV e aos cinco, fez sua primeira atuação no cinema, contracenando com nomes de peso, como Mel Gibson e Joaquin Phoenix, quando participou do filme "Sinais", em 2002. A indicação da pequena atriz ao Oscar lhe abriu muitas portas. De lá para cá ela não parou mais e até se aventurou na Broadway


05. Quinn Cummings

Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 10 anos e 192 dias
Nacionalidade: Norte-americana






A ex-atriz norte-americana, inventora e empresária Quinn Cummings, nascida em 13 de agosto de 1967, iniciou sua carreira cedo, logo após ser descoberta pelo cineasta James Wong Howe. Ela estrelou então alguns comerciais de televisão e acabou ganhando o papel de Lucy McFadden, filha de Marsha Mason no filme de 1977 "A Garota do Adeus". Por seu desempenho, Cummings foi indicada para um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e para um Globo de Ouro na mesma categoria aos 10 anos. Com carreira irregular no cinema, ela só fez aparições nas telas em 1978. Em meados dos anos 80, ela passou a trabalhar como agente de elenco e na década seguinte parou de atuar porque ela não se sentia "confortável vivendo sua vida aos olhos do público".


04. Mary Badham

Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 10 anos e 141 dias
Nacionalidade: Norte-americana







Mary Badham (nascida em 7 de outubro de 1952) é uma atriz norte-americana conhecida, principalmente, pelo seu papel de Scout Finch no clássico "O Sol é Para Todos" (To Kill a Mockingbird - 1962), interpretação que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. À época de sua indicação, quando Mary contava com apenas 10 anos, ela era a atriz mais jovem a ser indicada àquele prêmio. Mary acabou perdendo o prêmio para outra atriz mirim, Patty Duke, por sua interpretação em "O Milagre de Anne Sullivan". Durante as filmagens de "O Sol É Para Todos", ela fez amizade com o protagonista Gregory Peck, que fazia o advogado Atticus Finch, seu pai na trama, e manteve contato com o ator até sua morte, em 2003. Ela ainda fez pequenas participações na TV e mais três filmes antes de se aposentar definitivamente como atriz.

03. Tatum O'Neal

Categoria: Melhor Atriz Coadjuvante
Idade à época da indicação: 10 anos e 106 dias
Nacionalidade: Norte-americana







Talvez o talento da atriz norte-americana Tatum O'Neal (nascida em 5 de novembro de 1963) seja hereditário: ela é filha de Ryan O'Neal, protagonista do clássico romance "Love Story" (1970), e da atriz Joanna Moore. Tatum é notadamente conhecida pelos papéis que interpretou ainda na infância, nos idos dos anos 70. Fez sua estreia nas telonas em 1973, no filme que lhe renderia o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante: "Paper Moon". Na película, Tatum contracena com Ryan O'Neal, que assim como na vida real, interpreta seu pai. Com o prêmio, ela se tornou então a mais jovem atriz a a ganhar o prêmio em uma categoria competitiva, aos 10 anos (antigamente, a Academia concedia prêmios a atores mirins em uma categoria especial, não competitiva).  Ela ainda chegou a estrelar alguns filmes até meados dos anos 80, mas, infelizmente, fez seu último grande papel em 1985, quando sua carreira entrou em declínio.

02. Jackie Cooper

Categoria: Melhor Ator
Idade à época da indicação: 9 anos e 20 dias
Nacionalidade: Norte-americana






Um dos maiores atores mirins de sua geração, Jackie Cooper (15 de setembro de 1922 – 3 de maio de 2011) foi durante quase 50 anos o ator mais jovem a ser indicado a uma estatueta do Oscar em todas as categorias, sendo batido apenas no fim dos anos 70 pelo ator Justin Henry. Aos nove anos de idade, ele foi a primeira criança a receber uma indicação ao prêmio, ainda mais na categoria de Melhor Ator, pela sua atuação no filme "Skippy", de 1931 (foi inspirado em casos como os de Cooper que a Academia pensou em instituir um prêmio honorário para atores infantis, pois crianças não teriam chances de ganhar de atores adultos). Antes disso, ele trabalhou ao lado de Wallace Beery na primeira versão do filme "O Campeão" (1931), refilmado em 1979. Cooper soube administrar a sua carreira e conseguiu, com êxito, fazer a transição da carreira como ator mirim para uma carreira adulta, apesar de encontrar dificuldades ao chegar à adolescência, assim como muitos outros atores infantis. Mesmo assim, após a Segunda Guerra Mundial, ele conseguiu fazer alguns filmes, e nos anos 70 e 80 participou da franquia Superman, interpretando o editor Perry White, ao lado de Christopher Reeve. Além de ator, Jackie foi também diretor de TV e produtor.

01. Justin Henry

Categoria: Melhor Ator Coadjuvante
Idade à época da indicação: 8 anos e 276 dias
Nacionalidade: Norte-americana






A pessoinha que tirou de Jackie Cooper o título de ator mais jovem a receber uma indicação ao Oscar foi Justin Henry (nascido em 25 de maio de 1971). O pequeno fez uma interpretação memorável encarnando o filho de Dustin Hoffmann e Meryl Streep em "Kramer vs. Kramer", drama familiar de 1979. Assim como Tatum O'Neill e Anna Paquin, Justin Henry foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em sua primeira atuação no cinema, tornando-se a pessoa mais jovem a ser indicado a um Oscar entre todas as categorias. Além das indicações ao Oscar, Justin recebeu indicações ao Globo de Ouro de melhor Ator Coadjuvante e de Melhor Revelação Masculina. Fez ainda alguns papeis na TV e no cinema nos anos seguintes, mas desde 2000 ele vem se dedicando no ramo de mídias digitais.


domingo, 14 de abril de 2013

Os bolachões sobrevivem


Você sabe o que é um vinil? É mídia de reprodução musical que surgiu nos anos 1940. O LP (Long Play) é feito de plástico e as informações de áudio são reproduzidas pela vitrola ou toca-discos. Entre 1980 e 1990, o formato perdeu espaço para o CD e para os arquivos digitais. Mesmo assim, tem muitos admiradores. E não são só os mais velhos!
Andréa Iseki
Vitória de Mello Galhardo, 15 anos, de Santo André (acima), é uma. Há três anos a vontade de decorar as paredes do quarto com discos transformou-se em paixão por ouvi-los. "Me surpreendi quando achei LPs do Pink Floyd e Iron Maiden na casa da minha avó. Eram da minha mãe e do meu tio", conta a garota, que pegou o toca-discos da avó para ouvir os cerca de 50 vinis.
Lucas Rodrigues, 18, de São Caetano, é  de Green Day e sempre procura por discos dos ídolos. "Para colecionador, o vinil é mais especial de guardar. Gosto mais da qualidade do som", afirma Lucas, que tem banda cover do grupo.
Para Mayrton Bahia, coordenador do curso de Produção Fonográfica da Estácio de Sá, o som digital tem qualidade superior ao do vinil, mas o disco tem valor sentimental. "São várias etapas de produção até chegar ao produto final. Além disso, possui limitações que não existem nos arquivos digitais. Porém, as pessoas têm relação afetiva e histórica."
Anderson Silva
Bruno Leopaldo (acima), 17, de São Caetano, acredita que se não fosse pelos pais não curtiria os bolachões. "Tem gente que gosta, mas não encontra vitrola para comprar ou acha os discos caros. Tem muitos que preferem baixar músicas da internet." Entre seus artistas favoritos estão Elton John, The Beatles e Elis Regina. "Dá saudade de uma época que nem vivi. É bom para relaxar e viajar nos pensamentos."
Mesmo com a febre digital, dados de 2012 da Polysom, única fábrica de discos da América Latina, apontam que a produção de LPs aumentou 110% se comparado ao ano anterior. "O vinil não vai morrer, mas está ligado a nichos", diz Mayrton Bahia.
Artistas têm apostado nisso, como o Agridoce, projeto paralelo da cantora Pitty com o músico Martin. "O formato digital é prático, mas deixa a desejar em personalidade na sonoridade e em apelo estético. No vinil há interferências causadas pelo caráter mecânico da produção, o que é bacana", explica Martin. Além disso, artistas estão relançando CDs em LPs, como a própria Pitty. O vinil de Admirável Chip Novo deve chegar neste mês às lojas para comemorar os dez anos do lançamento.
Fonte: www.dgabc.com.br

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Vai uma punk ou uma heavy metal?


Por Daniel Fromson
The Washington Post

O rótulo na garrafa de cerveja parece a capa de um disco, com um olho flutuante e duas pirâmides que parecem estar ali para trazer Pink Floyd à cabeça. Escaneie o QR code (um símbolo que, capturado pela câmera do celular ou pela webcam do computador, funciona como se fosse um código de barras e serve para ativar funções como redirecionar o navegador do celular para um site) e um videoclipe aparece na tela: o grupo indie de Baltimore Lower Dens toca Is the End the Beggining, sua música niilista e cheia de zumbidos.
Essa cerveja é, de certa forma, a música engarrafada. Ao virar a garrafa no copo, aparece a cerveja alaranjada e nebulosa chamada Sensory Series Vol. 1, criada por Brian Strumke, da Stillwater Artisanal Ales, cervejaria de Baltimore. Ele quis traduzir a música – os sons, a atmosfera – em gostos e aromas. O resultado? Uma saison influenciada pelas belgas com profundidade frutada e um toque defumado.
O novo projeto de Strumke reflete uma tendência intrigante. Por todos os EUA, cervejeiros vêm produzindo bebidas em colaboração com músicos ou inspirados em músicas – fenômeno que joga luz sobre como o rock, o heavy metal e outros estilos têm influenciado a iconografia e a cultura de cervejas artesanais.
Uma dúzia, US$ 450. Ultimate Box Sets, da Lost Abbey, com referências a Iron Maiden e Van Halen. FOTO: Divulgação
“É legal ver projetos como este bombando; afinal, cerveja é arte, ou pelo menos deveria ser”, diz Strumke, que já viajou pelos Estados Unidos e pela Europa como DJ e quer lançar mais três cervejas Sensory Series ainda neste ano. “Quanto mais elementos artísticos conseguirmos trazer para o mundo da cerveja, mais ela se consolida como possível forma de arte e não apenas como indústria manufatureira.”
Strumke não é o primeiro cervejeiro com inclinações musicais a unir as duas paixões. Sam Calagione, da Dogfish Head Craft Brewery –“Toquei um pouquinho de sax no fundamental, depois me apaixonei” –, é bem conhecido por sua histórica Music Series, que lançou em 2010.
A série inclui a Hellhound on my Ale, uma india pale ale dupla com sabor de caramelo e casca de cítrico que homenageia Robert Johnson, guitarrista de blues conhecido como “o avô do rock and roll”. No ano passado, Calagione lançou a Firefly Ale, cerveja oficial do Festival Firefly de Música de Delaware, que teve a participação de bandas como Killers e Black Keys.
A música influencia Brandon Skall e Jeff Hancock, cofundadores da DC Brau, que lançam regularmente discos como os Brothers Brau. Recentemente, eles fizeram uma cerveja em colaboração com a Ska Brewing, do Colorado, e a banda Pietasters, de Washington. Eles esperam fazer cervejas com a banda punk Regents e o grupo heavy metal Darkest Hour.
A colaboração com os Pietasters, uma doppelbock estilo alemão tisnada de café, estreará em março, e a DC Brau doará os lucros para fundação de bolsas de estudo em memória de Todd Eckhardt, baixista morto dos Pietasters, diz Skall, diretor executivo da DC Brau. A cerveja chama-se Taster’s Choice, com base na marca de café instantâneo e em uma música dos Pietasters do mesmo nome.
A DC Brau está sempre fazendo referências a títulos e a letras de músicas nos nomes de suas cervejas, como a Your Favorite Foreign Movie (trecho de Peg, de Steely Dan), Ghoul’s Night Out (título de música dos Misfits) e Thyme After Thyme (referência à música de Cyndi Lauper e ao tomilho).
A conexão rock-cerveja é pelo menos em parte baseada em parâmetros demográficos relativos aos Estados Unidos. Segundo dados divulgados ano passado pelo Beverage Media Group, 80% do volume de cervejas artesanais é bebido por consumidores brancos, na faixa dos 21 aos 44 anos; e 75% é consumido por homens. E de acordo com a mais recente pesquisa, de 2008, do National Endowement for Arts, homens brancos tendem a gostar mais de rock que mulheres e indivíduos de outros grupos étnicos. Pessoas entre 18 e 44 anos são também os mais ávidos fãs de rock contemporâneo.
Por isso talvez não surpreenda que um novo experimento de Tomme Arthur, diretor da Port Brewing, da Califórnia, e sua maraca irmã Lost Abbey, tenha feito tanto sucesso. No semestre passado, fanáticos da cerveja pagaram incríveis US$ 450 pela edição limitada Ultimate Box Sets, de uma dúzia de cervejas envelhecidas Lost Abbey. As garrafas vinham em caixas de transportar instrumentos e batizadas com nomes de canções do Iron Maiden e Van Halen.
BR ROCK
No Brasil, a ligação cerveja e música também é forte. Em geral, músicos com um pé nas brassagens participam da concepção de receitas antes de ganharem rótulos batizados em homenagens às bandas. Há desde cervejeiros caseiros a grandes produtoras artesanais, e homenagens a punks-bregas e a rock escrachado.
FOTOS: Divulgação
Labareda| Lager produzida pela Coruja em parceria com Wander Wildner, leva pimenta na receita e, como o músico, dá toque irreverente no estilo tradicional.
Camila Camila| A cerveja da Bamberg é pop, como a música da banda Nenhum de Nós que inspira o rótulo. É uma Bohemian Pilsener, de estilo marcante.
Whitie Rockin’Beer| Witbier feita em homenagem à banda Velhas Virgens, é fiel em estilo e escrachada em sabor com limão-cravo e sementes de coentro.
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/paladar/vai-uma-punk-ou-uma-heavy-metal/

sábado, 22 de dezembro de 2012

A história por trás da música: All My Love (Led Zeppelin)



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Veja a foto acima, um pai se divertindo ao ar livre com seus filhos. Este pai é Robert Plant, vocalista da banda inglesa Led Zeppelin, e o garoto sendo jogado ao alto é Karac Pendragon Plant, junto de sua irmã Carmen.
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Quando o jovem Karac tinha 6 anos, em julho de 1977, o Led Zeppelin embarcou em uma grande turnê norte-americana. Em meio a esta turnê, Plant recebeu um telefonema de sua esposa, Maureen Wilson Plant, avisando que Karac estava seriamente doente, com uma infecção viral não identificada. Duas horas depois, ela ligou novamente, dessa vez para informar que o menino havia morrido.

Robert Plant, John Bonham (baterista da banda) e Richard Cole (empresário), pegaram o primeiro voo de volta para a Inglaterra e a turnê foi cancelada imediatamente. Bonham e Cole foram os únicos membros do círculo íntimo do Led Zeppelin que assistiram ao funeral de Karac em Birmingham, o que teria deixado Robert Plant magoado com os outros membros da banda. Segundo Cole, Plant teria dito: “Talvez eles não tenham tanto respeito por mim como eu tenho por eles. Talvez eles não sejam os amigos que eu pensei que fossem.”

Foi uma perda devastadora para a família. Plant sofreu um colapso e retirou-se para sua casa em Midlands. Meses depois, questionou seu futuro e pensou em abandonar a banda. Foi John Bonham que o convenceu a continuar.

Dois anos após a morte de Karac, o Led Zeppelin lançou seu oitavo álbum de estúdio, “In Through the Out Door”, que trazia a canção “All My Love”. A canção foi escrita, em homenagem ao jovem garoto, por Robert Plant e John Paul Jones.
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Em 1980, Robert Plant sofreria outra perda. John Bonham, que tanto o apoiou na ocasião da morte de Karac, foi encontrado morto, asfixiado pelo próprio vômito, em um quarto da mansão de Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin. Sua morte poria um ponto final na carreira do grupo, que, em um comunicado à imprensa em 4 de dezembro de 1980, anunciou sua dissolução.
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All My Love (Todo Meu Amor)

Should I fall out of love, my fire in the light? 
Deveria eu me perder do amor, meu fogo na luz?
To chase a feather in the wind 
Para perseguir uma pena ao vento
Within the glow that weaves a cloak of delight 
Pela intensidade que costura um manto de delicias
There moves a thread that has no end 
Deixando um fio que não tem fim
For many hours and days that passes ever soon 
Por tantas horas e dias que passam tão rápido
The tides have caused the flame to dim 
As marés fizeram a chama diminuir
At last the arm is straight, the hand to the loom 
Por fim o braço está estendido, a mão no tear
Is this to end or just begin? 
Será isso o fim ou apenas o começo?
All of my love, all of my love 
De todo o meu amor, de todo meu amor
Oh all of my love to you now 
Oh, de todo o meu amor
All of my love, all of my love 
De todo meu amor, todo meu amor
Oh all of my love to you now 
Oh, de todo meu amor para você, agora
The cup is raised, the toast is made yet again 
A taça está erguida, o brinde está feito mais uma vez
One voice is clear above the din 
Uma voz é clara acima do barulho
Proud Aryan one word, my will to sustain 
Orgulhoso ariano, uma palavra, minha vontade de apoiar
For me, the cloth once more to spin 
Para mim, o tecido mais uma vez a girar
All of my love, all of my love 
De todo meu amor, todo meu amor
Oh all of my love to you now 
Oh de todo meu amor para você, agora
All of my love, all of my love 
De todo meu amor, de todo meu amor
Yeah all of my love to you child 
Sim, de todo meu amor para você, criança
Yours is the cloth, mine is the hand that sews time 
Seu é o tecido, minha é a mão que costura o tempo
His is the force that lies within 
Dele é a força que repousa por dentro
Ours is the fire, all the warmth we can find 
Nosso é o fogo, todo o calor que podemos encontrar
He is a feather in the wind 
Ele é uma pena no vento
All of my love, all of my love 
De todo meu amor, de todo meu amor
Oh all of my love to you now 
Oh, de todo meu amor para você, agora
All of my love, oh love yes 
De todo meu amor, de todo meu amor, sim
All of my love to you now 
De todo meu amor para você, agora
All of my love, all of my love 
De todo meu amor, de todo meu amor
All of my love, love 
De todo meu amor, amor, amor
Sometimes, sometimes 
Às vezes, às vezes
Sometimes, sometimes 
Às vezes, às vezes
Hey, hey, hey, hey
Hey, hey, hey, hey
Oh yeah, it’s all, all, all of my love 
Oh sim, é de todo todo todo o meu amor
All of my love, all of my love to you now 
Todo meu amor, todo meu amor para você, agora.
All of my love, all of my love 
Todo meu amor, todo meu amor
All of my love, to, to you and you, and you and yeah 
Todo meu amor para você, para para você e você e você e sim!
I get a bit lonely, just standing up 
E fico um tanto solitário, apenas permaneço de pé
Just standing up 
Apenas permaneço de pé
Just standing up lonely  
ermaneço em pé sozinho
Just I get a bit lonely 
Só fico um pouco solitário

Fonte: Minilua

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