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domingo, 17 de maio de 2015

FUTURO DO PRETÉRITO OU OS ANOS 2000 IMAGINADOS EM 1900

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O futuro do pretérito é um tempo verbal da Língua Portuguesa. Indica ações hipotéticas, incertas ou irreais. Em 1900, o futuro era incerto, mas com um leque aberto de novas possibilidades. Através de alguns postais daquela época, podemos perceber mais que o futuro, ou o que todos esperavam dele: vemos o tempo contemporâneo aos desenhos.
Para se entender a visão de futuro ilustrada nestes cartões postais, é preciso voltar ao passado. A passagem do século XVIII para o XIX se dá sob o signo mágico da Revolução Industrial. A relação das pessoas com a produção de bens se modificou. Se antes o artesão colhia a matéria-prima, desenvolvia o produto, comercializava e obtinha algum lucro, após a Revolução Industrial isso já não existia: todos passaram a ser consumidores. O trabalho passou de uma ferramenta para a sobrevivência física a uma ferramenta para a existência plena.
Dentro desse quadro histórico, temos duas mudanças que foram essenciais para que esses postais fossem desenhados imaginando um futuro tão majestoso: o aparato técnico surgido nessa época e a distinção entre o momento do trabalho e o do lazer. Para os contemporâneos de 1900, o ar seria um “território colonizado” e as distâncias se encurtariam.
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Uma das preocupações mais evidentes quando se examina esses postais diz respeito aos transportes. A grande maioria deles imaginava que no futuro todos teríamos a possibilidade de voar. Ajudados por máquinas diversas: balões que nos proporcionariam andar sobre a água, trens que carregariam as cidades de um lugar ao outro, veículos individuais de voo, um trem submarino, protótipos do que mais tarde seriam os patins, enfim, a possibilidade de uma locomoção facilitada era uma ideia que definitivamente encantava.
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A preocupação com a segurança aumentava junto com o aumento do poder de posse. Máquinas capazes de deter tempestades, uma espécie de redoma para proteger a cidade das intempéries, um aparelho de raios-X que facilitaria o trabalho da polícia e veículos de guerra eram algumas das inovações pensadas para aumentar a segurança.
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No campo do lazer, já se começava a pensar na indústria cultural de massa. Algumas ilustrações mostram o desejo de aliar o conforto da própria casa com o divertimento oferecido pela cidade: a possibilidade de ouvir as notícias do mundo através de uma espécie de gramofone, ouvir uma apresentação de ópera confortavelmente deitada no seu divã, e em alguns casos a hipótese de também ver essa apresentação.
A vida urbana aproximou as pessoas. Apesar de o capitalismo ser um regime que se baseia no individualismo, ele não teve força para lutar com o que é intrínseco ao ser humano: ser social. Tudo o que sempre se quis foi diminuir fronteiras, aproximar pessoas, lugares e coisas. O que será que diriam os nativos de 1900 das nossas redes sociais?
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Fonte:
© obvious: http://obviousmag.org/archives/2011/10/futuro_do_preterito_ou_os_anos_2000_imaginados_em_1900.html#ixzz3aRZL34zX 
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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Memórias do amanhã

Temos a tendência de imaginar que o futuro será melhor. Estudo revela que ao nos lembrarmos do que pensamos no passado nos inclinamos a tomar melhores decisões
por Wray Herbert
©SEMISATCH/SHUTTERSTOCK

Um novo estudo publicado na edição de janeiro deste ano de Psychological Science pode explicar por que somos todos tão otimistas sobre os tempos que (acreditamos que) estão por vir. Uma equipe de psicólogos experimentais, liderados por Karl K. Szpunar, pesquisador da Universidade Harvard, criou um método para produzir simulações futuras, usadas para estudar as características e a permanência desses fenômenos mentais. Szpunar e seus colegas começaram registrando detalhes biográficos reais lembrados por universitários. Alguém poderia, por exemplo, contar aos pesquisadores sobre tomar uma cerveja com uma amiga no bairro onde mora, emprestar um livro ao primo ou comprar um aparelho de televisão durante a liquidação anual do shopping.

Uma semana depois, os pesquisadores reviram todas as pessoas, lugares, situações e objetos de passados recentes e remotos citados pelos voluntários e misturaram tudo. Apresentaram aos estudantes combinações aleatórias de suas lembranças e os instruíram a pensar em cenários imaginários futuros. Seria possível, por exemplo, a pessoa imaginar uma cena positiva na qual estivesse se divertindo com o primo no bar; um cenário negativo em que estivesse discutindo com o primo por causa de um livro, com a TV ligada ao fundo; e uma simulação neutra, na qual o voluntário estivesse comprando um livro no shopping.

Depois, os psicólogos testaram as lembranças dos voluntários sobre esses cenários futuros, fornecendo-lhes dois dos três detalhes digamos, o bar e o primo, e pediram que completassem o detalhe que faltava no caso, a televisão, para recriar a cena simulada. Foram aplicados testes em alguns dos estudantes dez minutos após eles terem imaginado futuras situações e avaliados outros participantes no dia seguinte. A proposta era descobrir se o conteúdo emocional dos futuros imaginados – positivo, negativo ou neutro – influía para que fossem mais ou menos fixados.

Os resultados foram intrigantes: após dez minutos, os voluntários conseguiam recordar todas as simulações igualmente bem. Um dia depois, porém, detalhes de cenários negativos eram muito mais difíceis de ser resgatados que os dos positivos ou neutros.

Essa descoberta é consistente com o que se sabe a respeito de lembranças negativas – tendem a desaparecer mais rapidamente que as positivas –, reforçando a ideia de que, de fato, prevalece a idealização do passado. Assim, as versões negativas do que está por vir desaparecem com o tempo, enquanto as positivas permanecem – deixando, no balanço, basicamente uma visão predominantemente rósea do amanhã. Esse processo pode acarretar ilusões, mas parece sinal de saúde psíquica. É importante lembrar, por exemplo, que pessoas que sofrem de depressão e outros transtornos de humor tendem não apenas a ruminar os acontecimentos negativos passados, mas também a antever cenários tristes. Adultos psicologicamente saudáveis costumam ser otimistas sobre o que o futuro lhes reserva. Talvez seja um processo adaptativo imaginar o pior, de vez em quando, para em seguida nos esforçarmos para driblar o que pode ser evitado – para, posteriormente, deixarmos fantasmas que não podem ser combatidos desaparecer aos poucos.

Fonte: Revista Mente e Cérebro
Wray Herbert é psicólogo e atualmente é diretor da Associação para Ciência Psicológica, nos Estados Unidos.           

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Hoje na História: 11 de fevereiro de 1907 (Nascia Caio Prado Jr.)


NASCE CAIO PRADO JÚNIOR, HISTORIADOR, GEÓGRAFO E POLÍTICO

11 de fevereiro de 1907
No dia 11 de fevereiro de 1907 nascia, em São Paulo, Caio da Silva Prado Júnior, um dos grandes historiadores do Brasil. Ele foi um dos maiores intelectuais brasileiros e desenvolveu obras imprescindíveis ao entendimento da formação histórica do Brasil. Estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (1924-1928) e, ao longo da sua formação universitária assim como na prática advocatícia, vivenciou a efervescência política, social e cultural no Brasil nos anos 20 e 30. Como político, filiou-se ao Partido Democrático, em 1928, participou da Revolução de 1930, filiando-se depois ao Partido Comunista Brasileiro.
Em 1933, viajou como estudante para a União Soviética, experiência que lhe rendeu o livro “URSS, um novo mundo”, em 1934. No ano seguinte ao livro, foi vice-presidente da Aliança Nacional Libertadora, mas acabou preso por dois anos por isso. Entre 1937 e 1939, se exilou na Europa. De volta ao Brasil, publicou o clássico “Formação do Brasil Contemporâneo”.
Além de pesquisador e político, Caio Prado Júnior também foi empresário do ramo editorial. Ele fundou a Editora Brasiliense, em 1943, com o amigo Monteiro Lobato. Após o fim do governo de Getúlio Vargas, foi eleito deputado estadual pelo PCB (1947), mas teve o mandato cassado por sua ideologia marxista. Na sequência, dedicou-se à editora e, mais tarde, voltou a se exilar, desta vez no Chile, por conta da perseguição que sofreu durante o Regime Militar (1964). Quando retornou ao Brasil, em 1971, foi condenado a um ano de prisão por subversão. No ano seguinte, conseguiu a liberdade. Outras obras importantes de Caio Prado Júnior foram “A evolução política do Brasil” (1933), “História econômica do Brasil” (1945), “Estruturalismo e marxismo” (1971) e “História e desenvolvimento” (1972). Caio Prado Júnior morreu no dia 23 de novembro de 1990, em São Paulo.

Fonte: History Brasil

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