Apresento aqui uma postagem em tom memorial e, ao mesmo tempo, de homenagem ao saudoso e inesquecível cantor e compositor brasileiro Jessé.
Nascido Jessé Florentino Santos, em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, Jessé, na década de 70 do século passado, fez parte de grupos como o Corrente de Força e Placa Luminosa, tendo, posteriormente, em sua carreira solo, gravado canções cantando em inglês, com o pseudônimo de Tony Stevens.
No ano de 1980, lançou-se ao público nacional com grande destaque no Festival MPB Shell, da Rede Globo de televisão, interpretando a música "Porto Solidão", seu maior sucesso, e com a qual ganhou o prêmio de melhor intérprete.
Em 1983, o cantor brasileiro venceu o XII Festival da Canção Organização (Televisão Ibero-Americana), OTI, realizado na cidade americana de Washington, com os prêmios de melhor intérprete, melhor canção e melhor arranjo para a canção "Estrela de Papel" (composta por Jessé e Elifas Andreato).
Dono de uma voz potente e possuidor de grande extensão vocal, Jessé encantou os amantes da boa música com marcantes interpretações e indiscutível qualidade de repertório. Morto aos 41 anos de idade, em março de 1993, após um acidente automobilístico, o talentoso cantor deixou um legado musical brilhante à música brasileira, em sua meteórica existência, bem como uma saudade enorme por parte de seus fãs.
No vídeo que irão assistir, temos a música que ele defendeu no referido festival internacional de canções. Em uma apresentação memorável, Jessé deu prova inequívoca de seu talento, da excelência de sua música e do primor da sua voz. Uma cantor intenso e sem igual que o Brasil perdeu.
"Estrela de Papel"
Nas imagens de um gibi
Vive o meu herói
Vive o meu herói
Tem num rosto que sorri
Olhos de sonhar
Faz bandidos e cowboys
Nesse carrossel
Põe estrelas fora do lugar
Brilha num painel
Lá do céu
Põe estrelas fora do lugar
Brilha num painel
Lá do céu
Meu herói tem um chapéu
Tem um cão leal e um vagabundo
Faz o riso imortal
E não se cansa de amar
Tem um cão leal e um vagabundo
Faz o riso imortal
E não se cansa de amar
Essa história, no final,
Perde o seu herói
E eu vi num filme o meu herói
Fazendo um ditador cruel
E vi num outro que passou
Estrelas num cenário de papel
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