Os
espumantes (como são chamados os champanhes fora da França) CHANDON
refletem fielmente a filosofia de elaboração, baseada há mais de 260
anos em aprimorar a produção de uvas e estimular a dedicação, paixão e
criatividade de enólogos da Maison Moët & Chandon. Convidados
indispensáveis em festas e celebrações, os espumantes CHANDON criam uma
maravilhosa experiência com a chancela de uma das marcas mais
tradicionais no mundo quando o assunto é vinho cheio de borbulhas.
A história
Tudo
começou em meados da década de 1950 quando a Maison Moët & Chandon,
tradicional produtora de champanhes desde 1743, aventou a possibilidade
de instalar, pela primeira vez em sua história, adegas e vinhedos fora
da França. Renaud Poirier, o então experiente enólogo da empresa,
percorreu diferentes partes da América do Sul em busca de solo e
condições climáticas ideais para a produção de vinhos espumantes. O
local escolhido foi a Argentina. Finalmente em 1959 foi determinado que o
local mais adequado para este projeto seria a província de Mendoza, na
cidade de Agrelo, encravada no meio da Cordilheira dos Andes. Uma das
razões para a escolha foi o clima seco e ensolarado, além das terras de
boa qualidade, ideal para essa cultura. Era o surgimento da BODEGAS CHANDON,
que desde o início teve total assessoria dos técnicos da Moët &
Chandon, na França. No ano seguinte a empresa, que já iniciou suas
atividades com produção superior a 100.000 garrafas por ano, lançou o
espumante M. CHANDON no mercado argentino, que logo depois adotaria
apenas o nome CHANDON.
Em
1973, a Maison Moët & Chandon decidiu apostar no potencial
vitivinícola brasileiro e instalar a segunda unidade da CHANDON na
pequena cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Afinal, a cidade da
Serra Gaúcha tem um microclima temperado e de noites frescas, o que
possibilita a lenta maturação e desenvolvimento de bons níveis de açúcar
e de acidez da uva. Estas são características que, mais tarde, darão
origem à fineza aromática e ao frescor do espumante. A empresa plantou
vinhedos e construiu uma funcional vinícola, cujo objetivo era produzir
vinhos espumantes naturais com a mesma filosofia da renomeada marca
francesa: cultivar uvas com a máxima qualidade possível e incentivar de
forma constante o aprimoramento técnico de seus enólogos. Os primeiros
espumantes foram lançados no mercado brasileiro em 1978. A qualidade dos
espumantes foi logo reconhecida, o que provocou uma revolução positiva
na região da Serra Gaúcha, pois os espumantes CHANDON se tornaram
referência para as demais vinícolas brasileiras interessadas em elaborar
o vinho das borbulhas.
Foi
ainda em 1978 que a CHANDON lançou dois vinhos maduros, um branco e um
tinto, que por muitos anos conseguiram manter o sabor e a qualidade
inalterados graças ao processo de assemblage (definido como sendo a
mescla dos diferentes vinhos utilizados na produção do vinho-base).
Porém, os anos subsequentes provaram que todo o vinho que a CHANDON
produzia saía melhor se fosse elaborado para dar origem aos espumantes.
Então, há mais de uma década, em 1998, os vinhos brancos e tintos não
foram mais elaborados, e a CHANDON passou a ser a maior produtora de
espumantes do mercado brasileiro. Foi também em 1998 que a marca lançou a
reserva especial, EXCELLENCE CUVÉE PRESTIGE (considerado o
melhor espumante natural das Américas, é elaborado com a combinação das
uvas Chardonnay e Pinot Noir, selecionadas exclusivamente nas melhores
quadras dos vinhedos, transformando-se no mais sofisticado dos vinhos) e
o inovador CHANDON PASSION (suave e delicado, traz toda a
expressão aromática de frutos tropicais das uvas Malvasia de Cândia e
Moscato Canelli que, associadas à Pinot Noir, conferem à este sensual
espumante sutis tons rosados).
Há
poucos anos atrás, a empresa francesa resolveu investir pesado para
transformar a CHANDON em uma marca de luxo no mercado brasileiro.
Apresentou uma nova identidade visual, lançou campanhas publicitárias
emocionais, elevou o preço dos produtos em 15%, escolheu pontos de venda
mais selecionados (como por exemplo, Duty Free dos aeroportos) e bancou
muitas festas regadas aos seus excepcionais espumantes. Lançou também,
em 2004, uma série numerada de 1.973 garrafas da versão Excellence do
espumante com preço três vezes maior do que o normal, sendo a número 1
entregue para o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além disso, em 2007, ao consolidar a CHANDON como a grife do espumante no Brasil, introduziu no mercado o CHANDON BRUT ROSÉ
(reluzente e sedutoramente cor-de-rosa, traz requintados aromas com
toques de morango e cereja assim como um envolvente paladar fino e
aveludado com muito equilíbrio entre as uvas Pinot Noir, Chardonnay e
Riesling Itálico). Ainda faz parte do portfólio da marca o CHANDON RÉSERVE BRUT
(resultado da harmonização das melhores uvas Chardonnay, Pinot Noir e
Riesling Itálico, cujo resultado revela uma grande sutileza aromática
lembrando frutas cítricas, maçã verde e frutas secas em um paladar
perfeitamente equilibrado), CHANDON RICHE DEMI-SEC (levemente
suave, harmoniza o frescor do Riesling Itálico com os aromas frutados do
Chardonnay e cresce em complexidade e maciez com a típica estrutura do
Pinot Noir), CHANDON EXCELLENCE ROSÉ (caracteriza-se por sua cor
amarelo-dourada com reflexos verdes, espuma abundante e persistente com
formação de um amplo colar no contorno da taça. As borbulhas são ativas,
muito finas e numerosas) e CHANDON BABY DISCO (acompanha a
agilidade e mobilidade dos novos tempos, em formato pronto para beber,
dispensa formalidades e vai ao encontro do ritmo de seus consumidores.
Foi lançada em 2010). Os espumantes CHANDON são oferecidos em várias
tamanhos: Baby (187 ml), introduzida em 2000; Meia Garrafa (375 ml);
Garrafa (750 ml); Magnum (1,5 litros) e Jeroboam (3 litros).
Foi
também em 1973 que a CHANDON instalou sua terceira unidade. O local
escolhido foi a bela região californiana de Napa Valley, localizada a
cerca de 90 minutos de carro de San Francisco, e famosa por seus aromas e
vinhos. A marca se tornou a primeira vinícola francesa a produzir
espumantes nesta região da Califórnia. Em 1986 foi a vez das terras
australianas serem escolhidas para abrigar a quarta unidade da CHANDON
para produção de vinhos e espumantes. A região foi Yarra Valley, próxima
a cidade de Melbourne. Há pouco tempo a CHANDON americana iniciou o
lançamento de uma edição especial de verão de seus espumantes. Começou
em 2012, com a edição batizada de American-Style, cuja garrafa
era coberta por um rótulo termoencolhível branco, com listras azuis e
vermelhas. Já a subsidiária argentina lançou mais recentemente um
espumante para ser apreciado no verão: CHANDON DÉLICE, que pode
ser degustado puro, apenas com gelo ou com gelo e folhas de manjericão,
deixando-o mais fresco. Esse espumante é fabricado com cortes das uvas
Chardonnay, Pinot Noir, Petit Manseng e Semillon colhido tardiamente.
A semana Chandon
A marca, especialmente no Brasil, sempre investiu muito em marketing. E um dos resultados deste investimento é chamado CHANDON WEEK,
um projeto que viaja cidades de norte a sul do Brasil divulgando as
variedades de espumantes da marca por uma semana. Entre maio e novembro,
nos restaurantes que participam do projeto, os consumidores têm uma
excelente oportunidade para conhecer as características de cada
espumante, acompanhando uma refeição ou mesmo em um happy hour. O
projeto oferece uma experiência completa aos diferentes sabores e aromas
de CHANDON.
A identidade visual
Na
Argentina e no Brasil a identidade visual da marca pode ser aplicada de
duas formas diferente. Enquanto a primeira é mais utilizada no mercado
brasileiro, a segunda é utilizada na Argentina.
Já nos Estados Unidos e Austrália, apesar de manter a “estrela”, a tipografia de letra utilizada é mais encorpada.
Os slogans
A vida borbulha com Chandon.
Life Needs Bubbles.
Dados corporativos
● Origem: França
● Lançamento: 1959
● Criador: Maison Moët & Chandon
● Sede mundial: Épernay, França
● Proprietário da marca: LVMH Moët Hennessy • Louis Vuitton S.A.
● Capital aberto: Não
● CEO & Presidente: Jean-Guillaume Prats
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Presença global: 30 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 800
● Segmento: Bebidas alcoólicas
● Principais produtos: Espumantes e vinhos
● Concorrentes diretos: Salton, Aurora, Casa Valduga, Miolo, Vallontano, Freixenet e Codorníu
● Ícones: A garrafa Baby
● Slogan: A vida borbulha com Chandon.
A marca no mundo
Hoje
em dia a CHANDON, que pertence a Moët & Chandon, que por sua vez
faz parte do conglomerado de luxo LVMH Moët Hennessy • Louis Vuitton,
produz seus espumantes em quatro regiões, todas conhecidas pelos seus
terroirs excepcionais: Argentina (Mendoza), Brasil (Garibaldi), Estados
Unidos (Napa Valley) e Austrália (Yarra Valley). Seus espumantes são
comercializados em mais de 30 países ao redor do mundo. Todos os anos a
CHANDON vende, somente no Brasil, mais de 3.5 milhões de garrafas de
seus espumantes. Já na Argentina e Uruguai a CHANDON detém mais de 50%
de participação de mercado. A CHANDON de Mendoza abastece o mercado
argentino e também exporta sua produção para outros países. Já a CHANDON
do Brasil, abastece somente o mercado nacional. Os espumantes
produzidos na Argentina não são enviados para o Brasil para não
concorrer com a fábrica daqui e vice-versa. Na Austrália e nos Estados
Unidos a CHANDON produz, além de espumantes, vinhos de excepcional
qualidade.
Você sabia?
●
A Casa Chandon, localizada na cidade de Garibaldi, tem um moderno
centro de visitas, onde é possível conhecer sua linha de produtos e
desfrutar de uma vista privilegiada de seus vinhedos. Em seguida, os
visitantes são convidados pelos enólogos da adega a descobrir a arte de
elaborar espumantes naturais de excelência e, participando de
degustações orientadas, a despertar e a compartilhar a paixão pelas
borbulhas.
●
Você sabe a diferença entre champanhe e espumante? O primeiro é uma
denominação de origem imposta pela União Europeia, ou seja, só os vinhos
produzidos na região de Champagne (na França) podem ter esse nome. Isso
acontece também com os vinhos Asti (Itália) e os Cava (Espanha). Já
espumante é o nome genérico da bebida.
As fontes:
as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa
(em várias línguas), revistas (BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Época
Negócios e Prazeres da Mesa), jornais (Valor Econômico e Meio Mensagem),
sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Mundo
Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
Publicado originalmente em: Mundo das Marcas