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SÃO LUÍS, MARANHÃO, Brazil
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sábado, 2 de agosto de 2025

AOS 90 ANOS DO POETA NAURO MACHADO

 Poeta Nauro Machado 

Por Rogério Rocha 

 

Nascido em São Luís, Maranhão, no dia 2 de agosto de 1935, Nauro Diniz Machado construiu uma carreira literária admirável, não só pelos mais de 40 livros publicados, incluindo os póstumos, mas, sobretudo, por neles aliar qualidade estética, regularidade em relação ao espaço de tempo em que os produziu, densidade na exposição temática, domínio técnico da poética e profundidade expressiva.

Não bastassem tais predicados, que se constituíram num grande diferencial, o poeta e ensaísta dedicou-se integralmente ao seu ofício. Vivia, pensava, sonhava e respirava poesia.

Dotado de uma capacidade mnemônica fora do comum, trazia seus poemas guardados na cabeça. Enquanto muitos de nós sequer lembram o que disseram há pouco, o poeta era capaz de escrevê-los e gravá-los na memória, para, então, acessá-los quando bem necessitasse.

É tanto que, certa vez, como conta o também poeta José Maria Nascimento, Nauro perdeu os manuscritos de um livro que acabara de escrever e, depois muito procurá-lo, sem obter êxito, sentou-se à máquina de datilografar e o reescreveu integralmente. Verso por verso, rima por rima.

Também possuía o hábito de fazer poemas enquanto caminhava, declamando-os em voz alta, como que num estado alterado de consciência, em meio a um arrebatamento similar ao êxtase místico vivenciado por alguns religiosos e filósofos ao longo da história. Momentos em que exigia silêncio, isolava-se e pedia que ninguém o interrompesse.

Centrado nessa experiência de ordem transcendente, creio que o autor se conectava ao mundo que criou para si. Lá onde a existência encontrava as tonalidades de luz e sombra necessárias à manifestação de sua criatividade, solo de onde nasceram centenas de versos e sonetos exemplares, dentre tantos poemas, alguns traduzidos para o francês e o alemão.

Nauro Machado era dono de um conhecimento bastante variado, com um vivo interesse por filosofia, artes plásticas e cinema. Poeta visceral, urbano e metafísico, foi leitor de Nietzsche, Sartre e Heidegger, pensadores de cujas obras extraiu concepções que o ajudaram a revelar as belezas e cruezas da existência.

Um dos grandes nomes da poesia pós-moderna brasileira, foi chamado de “o poeta da angústia”. De minha parte, penso que foi também o poeta do ser. Aquele que, sem descuidar do elemento divino, falou sobre tudo que há de humano na banalidade do mundo e tudo que há de profano na alma humana.

Neste dia, celebro sua obra como um legado permanente da nossa literatura. Algo de que devemos nos orgulhar e que, espero, sirva de fonte de estudo, análise e referência para novos poetas, leitores e pesquisadores.

Que agosto nos devolva o sopro da sua presença, como corrente de ar, lufada de vento ou tormenta. Que nos remexa, que nos estremeça e acorde, para que a ele retornemos, a fim de reencontrarmos suas verdades sempre incômodas, porém necessárias.

Que sua poesia, enfim, continue a ecoar nas gerações futuras como um grito de lucidez em meio à letargia das massas idiotizadas.

Nauro Machado existiu para escrever e escreveu para que não esquecêssemos que a experiência da vida é, ao mesmo tempo, trágica e bela.

 

 

 

 

 

terça-feira, 2 de novembro de 2021

PERDIDOS NA NOITE (um conto de Rogério Rocha)

Foto tirada no(a) Rua Grande por Ernanig em 10/11/2013  

 Foto: Internet - Foursquare

 

 

Zé Lipaté e Maninho voltavam do Reviver em altas horas. Madrugada de bêbados no Centro velho da cidade. Hippies, prostitutas, gays e turistas haviam ficado para trás. Passavam já do Largo do Carmo e iam a passos rápidos rumo a suas casas, quando resolveram atravessar a Rua Grande. Queriam chegar à Rua do Passeio. Depois desceriam para as bandas da Madre Deus, onde moravam.

No meio da maior rua do comércio popular de São Luís, deserta àquela altura, conversavam sobre os resquícios da noitada, o som na galeria em que estavam, umas garotas que encontraram por lá, quando viram sair do canto da rua Godofredo Viana um velho muito feio. Um traste fedorento que assustou os dois amigos ao pigarrear e cantar uma música das antigas, ao passo em que seguia, um tanto manco, o rumo da calçada da dupla, chegando perto e perguntando:

- Quê qui cêis fazem três horas da madrugada no meio da rua, ças crianças? Cês são muito pepêto pra dar banda em minha área mora dessas!

- Porréessa, rapá! Pra lá, mala velha! – disse Lipaté, espantado.

- Ignora, brodi! Ignora! – retocou Maninho.

- Mas gente, cês passaqui assim de boa, sem me prestá menage!?

- Ménage???Ménage é o carai! Tira logo pra fora fedô! – esbravejou Maninho.

Os dois seguiam seus rumos em passos ainda mais rápidos, no sentido da Rua do Passeio, que, infelizmente, parecia que nunca chegava.

Lá pelo meio da Rua Grande eram ainda seguidos pelo habitante da noite, que ora ia pra um lado, ora pra outro, chafurdando com os garotos, rindo e tombando sem perder o passo do acompanhamento.

Maninho então pensava de si para si enquanto olhava de esguelha o amigo de jornadas, tentando, também às pressas, encontrar um modo de se livrar daquele traste.

- Peste, capa o gato que é! Tá me enchendo já! Se tu não fô imbora logo eu juro que te jogo dentro da fogueira santa de Israel. Copiou? – falou sério Lipaté.

- Ouviu aí, né?! – reforçou Maninho.

- Vou secês dé um quarqué cois pra mim. Um mimo quarqué já vale. Senão vô continuá companha cês atééééé...

Os amigos bêbados entreolharam-se ao lembrarem da metade de um litro de catuaba que havia dentro da mochila de Maninho. Rápido a retiraram de dentro e a ofereceram para o enjoado.

- Toma, pô! Taí, ó! Taí! É da boa, viu! Pode bebê quinda tem metade da garrafa.

Recebendo a garrafa nas mãos e soltando um grito de contentamento, pulou de euforia, gargalhou e chamou umas perdidas que estavam ali por perto e, do nada, saíram, quase ao mesmo tempo, de ruas transversais por onde haviam acabado de passar. Naquela hora, surgiram duas desgrenhas da mesma qualidade do amargoso, juntando-se aos três, logo após.

Ao tempo em que aquelas criaturas começaram a disputar a pobre garrafa de catuaba, Maninho e Lipaté trataram de correr. Saíram a todo gás, com medo do que poderia vir depois. Deixaram para trás os funestos habitantes do nada no meio do silêncio da Rua Grande.

Depois de chegarem nas imediações do Hospital Socorrão I, cansados, mas sorridentes, os jovens trocavam gozações.

- Porra, Mano! Agora temo história pacontá, ó! Tá doido, doido!

- Rapá, ças coisas só acontece com a gente mesmo! Vou te dizê!

- Não é ??!!! Mas daqui pra ali agora é na fé, bicho. Depois dessa o caminho tá limpo e é todo nosso.

- Tá é certo, ó! Depois duma porra dessa, o quê de ruim pode acontecer, né!?

Instantes depois de virem ao mundo o som dessas palavras, viram surgir do rumo do Caminho da boiada um homem com um charuto na boca, barba branca e chapéu na cabeça, que resolveu ficar encostado no canto do edifício Malvina Aboud. Parou e permaneceu lá – justamente onde passariam – olhando em suas direções. Enquanto isso, as luzes dos postes das redondezas começaram a piscar. 

Pelo jeito, a noite ainda lhes traria algumas emoções.

sábado, 12 de novembro de 2016

São Luís - Maranhão - Brazil (imagens de nossa cidade)

A ilha de São Luís é a capital do estado do Maranhão, localizada no Nordeste do Brasil. É a única capital de um Estado no Brasil fundada pelos franceses em 1612. Apesar disso, a cidade também foi influenciada pelos holandeses e portugueses. Hoje a cidade tem cerca de um milhão de habitantes. Em 1997 seu centro histórico foi premiado com o Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

The island of São Luís is the capital from the state of Maranhão, localized in the northeast of Brazil. It is the only capital of a state in Brazil founded by the French, in 1612. Despite this, the city was also influenced by the Dutch and the Portuguese. Nowadays the city has about one million inhabitants. In 1997 its historic center was awarded World Heritage Site by UNESCO.

L'île de São Luís est la capitale de l'état de Maranhão, localisé dans le nord-est du Brésil. Il est la seule capitale d'un État au Brésil fondé par les Français, en 1612. Malgré cela, la ville a été également influencée par les Néerlandais et les Portugais. Aujourd'hui la ville compte environ un million d'habitants. En 1997, son centre historique a été classé au patrimoine mondial par l'UNESCO.

La isla de São Luís es la capital del estado de Maranhão, localizada en el noreste de Brasil. Es la única capital de un estado en Brasil fundada por los franceses, en 1612. A pesar de esto, la ciudad también fue influenciada por los holandeses y los portugueses. Hoy en día la ciudad tiene alrededor de un millón de habitantes. En 1997 su centro histórico fue galardonado con el Patrimonio de la Humanidad por la UNESCO.

L'isola di São Luís è la capitale dello Stato del Maranhão, localizzato nel nord-est del Brasile. E 'l'unica capitale di uno stato del Brasile, fondata dai francesi, nel 1612. Nonostante questo, la città è stata influenzata anche dalla olandese e il portoghese. Oggi la città conta circa un milione di abitanti. Nel 1997 il suo centro storico è stato assegnato Patrimonio dell'Umanità dall'UNESCO.



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Igreja de Nossa Senhora dos Remédios (construída em estilo gótico - 1719)


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Praça Gonçalves Dias

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Ponte do São Francisco (ligando a cidade velha e a cidade nova)


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Teatro Arthur Azevedo


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Teatro Arthur Azevedo

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Jardim do Palácio dos Leões - Sede histórica do Governo do Estado


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Palácio dos Leões (Lions Palace)

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Praça Benedito Leite (Benedito Leite Square)

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Praça João Lisboa (João Lisboa Square)
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Museu Histórico e Artístico de São Luís (pátio interno)
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Praça Maria Aragão (Maria Aragão Square)

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Largo dos Amores

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Igreja do Carmo

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Rua Portugal (Portugal Street)
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Azulejos portugueses
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Laguna da Jansen e Praia da Ponta D'Areia (vista aérea parcial)
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Centro Histórico - Rua Portugal
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Largo da Praça Dom Pedro II
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Rua da Estrela (Estrela Street)
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Praia de São Marcos e Av. Litorânea (São Marcos Beach & Litorânea Avenue)

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Força das ondas no calçadão da Praia da Ponta D'Areia

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Praia de São Marcos (São Marcos beach)

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Prédio do Tribunal de Justiça do Maranhão, situado na praça D. Pedro II


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Praia do Calhau


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Rua de Nazaré (Nazaré Street)

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Rua 28 de Julho (28 de Julho Street)

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Rua da antiga Zona do Baixo Meretrício - Centro Histórico


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Bairro do Renascença (Renascença District)


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Avenida Colares Moreira (Colares Moreira Avenue)

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Ponte do São Francisco

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Avenida Marechal Castelo Branco, no bairro do São Francisco


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Avenida Daniel de La Touche (bairro da Cohama)

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Bar do Leo (localizado dentro da Feira do Bairro do Vinhais)


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Praça Nauro Machado (Nauro Machado Square)


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Rua Grande (Big Street)


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Prédio histórico na esquina da Rua do Passeio com a Rua da Paz


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Igreja do Carmo

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Rio Bacanga (Bacanga River)

segunda-feira, 28 de julho de 2014

DECISÕES DO STF - ADI 3483 MA

Processo: ADI 3483 MA
Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI
Julgamento: 03/04/2014
Órgão Julgador: Tribunal Pleno
Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-091 DIVULG 13-05-2014 PUBLIC 14-05-2014
Parte(s): PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
GOVERNADORA DO ESTADO DO MARANHÃO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO MARANHÃO

Ementa

EMENTA Ação direta de inconstitucionalidade. Lei nº 7.716/2001 do Estado do Maranhão. Fixação de nova hipótese de prioridade, em qualquer instância, de tramitação processual para as causas em que for parte mulher vítima de violência doméstica. Vício formal. Procedência da ação.
1. A definição de regras sobre a tramitação das demandas judiciais e sua priorização, na medida em que reflete parte importante da prestação da atividade jurisdicional pelo Estado, é aspecto abrangido pelo ramo processual do Direito, cuja positivação foi atribuída pela Constituição Federal privativamente à União (Art. 22, I, CF/88).
2. A lei em comento, conquanto tenha alta carga de relevância social, indubitavelmente, ao pretender tratar da matéria, invadiu esfera reservada da União para legislar sobre direito processual.
3. A fixação do regime de tramitação de feitos e das correspondentes prioridades é matéria eminentemente processual, de competência privativa da União, que não se confunde com matéria procedimental em matéria processual, essa, sim, de competência concorrente dos estados-membros.
4. O Supremo Tribunal Federal, por diversas vezes, reafirmou a ocorrência de vício formal de inconstitucionalidade de normas estaduais que exorbitem de sua competência concorrente para legislar sobre procedimento em matéria processual, adentrando aspectos típicos do processo, como competência, prazos, recursos, provas, entre outros. Precedentes.
5. Ação julgada procedente.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Cardozo e Roseana anunciam medidas para melhorar situação de presídios maranhenses

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciaram hoje (9) um pacote de medidas com objetivo de resolver os problemas no sistema carcerário do estado. Cardozo se reuniu com Roseana, em São Luís, no início desta noite, para definir ações conjuntas envolvendo os vários níveis de poder.
Entre os 11 pontos anunciados, ficou acertada a criação de um comitê gestor da crise no sistema carcerário, que deverá contar com medidas integradas dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário locais.
A Defensoria Pública, por exemplo, fará um mutirão para analisar a situação dos presos a fim de colocar em liberdade os que cumpriram suas penas, além de buscar alternativas penais, como monitoramento eletrônico, para os que forem de menor periculosidade e estão em condições de receber esses benefícios. Essas medidas poderão ajudar a desafogar o sistema prisional, que sofre com a superlotação.
O ministro e a governadora também anunciaram que, até a próxima semana, será organizada a transferência dos presos para presídios federais. O governo federal já havia oferecido as vagas a fim de retirar das unidades prisionais maranhenses os líderes das facções criminosas que deram as ordens para os atos de terror na cidade.
Os ataques resultaram na queima de ônibus e tiros contra delegacias em São Luís. Uma criança morreu devido às queimaduras provocadas pelo fogo. Ela estava com a mãe e uma irmã em um dos ônibus atacados. As duas também ficaram feridas e ainda estão internadas.
Além dos atos de violência contra a população, os presos divulgaram imagens de colegas decapitados dentro dos presídios e denunciaram que mulheres de detentos foram estupradas no interior das unidades prisionais nos dias de visita.
Em Brasília, o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), presidido pela ministra Maria do Rosário, reuniu-se para discutir a situação dos presídios do Maranhão. Organismos internacionais têm pressionado o governo brasileiro por causa das constantes denúncias de violações de direitos humanos nas unidades prisionais do estado e a morte de 60 presos no ano passado.
Edição: Aécio Amado
Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 12 de junho de 2013

SIMBOLOGIA OCULTA DA BANDEIRA DO MARANHÃO

O pesquisador Eduardo Nunes de Carvalho aborda diversos assuntos sobre os aspectos meta-históricos contidos na simbologia da bandeira do estado do Maranhão.



Ficheiro:Bandeira do Maranhão.svg
Bandeira do Maranhão
Um dos símbolos oficiais do Estado do Maranhão, a bandeira foi instituída pelo Decreto n.o. 6, datado de 21 de dezembro de 1889. Idealizada e criada pelo poeta maranhanse Joaquim de Sousa Andrade (Sousandrade), que sem dúvida se inspirou no pavilhão do Estados Unidos da América.

Suas listras representam a fusão racial que originou a etnia brasileira que são nas cores: vermelho- representando os índios; branco- representando o português; preto- representando o africano.

A estrela branca, contida no retângulo azul no canto superior esquerdo da bandeira do estado, remete a Acrab (estrela da constelação de escorpião), simbolizando o Maranhão no céu do Brasil como Estado da Federação.

Bandeira de São Luís
A história do Brasão d’Armas de São Luís começa em 1926. Em 31 de dezembro daquele ano, o prefeito Jayme Tavares assinou Decreto Municipal que instituía o brasão como símbolo oficial da cidade, uma iniciativa do professor Antônio Lopes da Cunha, membro do Instituto de História e Geografia do Maranhão e da Academia Maranhense de Letras (AML).
O brasão, que hoje também está presente na bandeira de São Luís, segue o modelo francês, como as armas nacionais. O escudo azul representa o estado do Maranhão. Nele está o escudete, que simboliza São Luís, disposto como na localização geográfica no território maranhense. No campo verde do escudete, três flores de lis douradas, símbolo sacro francês. A tríade representa as naus francesas Regente, Charlotte e Saint’Anne da expedição de La Ravardiàre que veio fundar a cidade em 1612.
Na parte inferior do escudete, em campo branco, a quina de escudos presente nas armas de Portugal, para representar a incorporação do Maranhão à América portuguesa. As figuras foram adotadas pelo fundador do reino de Portugal, D. Afonso Henrique (1106 a 1185). Cada um dos cinco escudos, dispostos em cruz, representam a origem cristã do reino e evocam as cinco chagas de Jesus Cristo. Já as cores azul e branco eram distintivo de D. Henrique de Borgonha, conde de Portugal e pai de D. Afonso Henrique.
No campo azul, as sete estrelas dispostas estão relacionadas à literatura da cidade, que em época áurea foi considerada Atenas Brasileira. As estrelas são as mais brilhantes da constelação das Plêides, vistas de olho nu no céu. Na mitologia grega, Plêiades ou Atlântidas são as sete filhas de Atlas e Plêione que, perseguidas pelo caçador Orión, clamam por socorro a Júpiter que as transformam em pombas fixas no céu.
A constelação evoca os sete grandes poetas da época helenística que, no reinado de Ptolomeu Filadelfo (285 a 247 a.C) se constituíram, em Alexandria, numa sociedade literária a que chamaram de Plêiade. No caso de São Luís, representam o Grupo Maranhense que se destacou na história da literatura nacional, sendo eles: Gonçalves Dias, João Lisboa, Odorico Mendes, Gomes de Sousa, Sotero Reis, Henriques Leal e Belarmino de Matos.
O ano 1685 em preto remonta à Revolta de Beckman contra o monopólio do estanco, explorado pela Companhia de Comércio do Maranhão e que terminou com enforcamento do líder da revolta, o lisboeta Manuel Beckman, justificando o listel em vermelho. Sobre a peça, uma coroa mural formada por oito torres – três delas invisíveis, localizadas de fundo – com ameias (aberturas no alto da muralha). A coroa mural em ouro é privativa de cidade capital de Estado.
Brasão do Estado do Maranhão
O Brasão foi criado pelo Decreto n.o. 58, datado de 30 de dezembro de 1905, baixado pelo 1.o. Vice-Governador em exercício Alexandre Colares Moreira Júnior, e mantido pela Lei n.o. 416 de 27 de agosto de 1906, sendo sancionada pelo Governador Benedito Pereira Leite.

É composto por uma moldura dourada que contorna um círculo, sendo que este é dividido em quatro partes: as duas da direita, nas cores verde e amarelo, representam as cores nacionais; já as duas da esquerda retratam a bandeira do estado (parte superior), e o emblema da instrução (parte inferior).

A forma do contorno do escudo é a mesma do escudo da Confederação Suíça, em estilo barroco, tendo na parte superior uma coroa de louros, símbolo da soberania. O modelo original traz a assinatura do desenhista Lucílio. 


Fontes: Meireles, Mário M. O Brasão d’armas de São Luís do Maranhão; Editora Alcântara; 1983.
           Wikipedia

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