Poeira e tempo
Poeira e tempo, na junção dos elementos.
Na paisagem, o vento ao longe soprando
Os restos do dia e as dores da vida...
No penhasco, a solidão da queda veloz.
Na voz, o embargo da palavra apodrecida.
Um rio de corredeira se esvai sem pressa.
Mesmo assim, a chuva implora paciência
E impera silenciosa por sobre vales perdidos.
Poeira e tempo, na eclosão dos sentimentos.
Na paisagem, as nuvens, que somem tão mansas,
Acalentando as crianças que brincam ao relento.
São Luís, 11/02/2009.