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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Cerca de 7,1 milhões de brasileiros usam Wi-Fi do vizinho, diz pesquisa


Cerca de 7,1 milhões de brasileiros navegam pela internet usando o sinal de Wi-Fi do vizinho, indicou uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo instituo Data Popular. Os dados, apontados a partir de um estudo com uma amostragem de 2 mil pessoas em 100 cidades do país, levou em conta o número total de internautas brasileiros.

Na semana passada, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília, negou por unanimidade o recurso do Ministério Público Federal (MPF) que considerava crime o compartilhamento de sinal de internet.

Segundo a pesquisa, a classe média é a que mais usa o sinal de internet fornecido por algum vizinho: 10% dos que navegam frequentemente em casa. Nas classes baixa e alta, o percentual cai para 4%.

Quando analisada por faixa etária, o compartilhamento de sinal aparece em maior proporção entre os internautas de 16 até 25 anos. Dois em cada 10 jovens afirmam navegar pela rede através de sinal compartilhado. 


sábado, 20 de julho de 2013

'Todo o conhecimento será acessível e grátis'


O venezuelano José Cordeiro já deixou brasileiros de queixo caído ao prever o fim do envelhecimento e da morte em 20 anos, com a descoberta da cura para as doenças mais letais de hoje. Já falou das possibilidades que a rápida evolução da tecnologia pode trazer. Agora, em visita ao Brasil para participar do 12º Congresso do Ensino Privado no Rio Grande do Sul, esse futurologista especializado em energia, professor e membro do time que fundou há quatro anos uma das universidades mais inovadoras do mundo, a Sigularity, vai falar sobre a tecnologia do futuro, o futuro da tecnologia e suas implicações para a educação.
Em entrevista para o Porvir, Cordeiro, que foi educado nos EUA e em países europeus, trabalhou na África, Ásia, Europa e América Latina, falou em bom português sobre o atual momento da educação, que considera apenas comparável em importância ao surgimento da escrita e da prensa. Para ele, estamos prestes a ter acesso gratuito e fácil a todo o conhecimento produzido no mundo. “Essa é uma revolução incrível. É a democratização do conhecimento”, afirma o especialista, que aponta dois grandes movimentos internacionais elaborados para facilitar essa realidade próxima.
'Todo o conhecimento será acessível e grátis', diz José Cordeirocrédito tashatuvango / Fotolia.com

O primeiro deles, afirma, é que a ciência vai ter compreendido completamente como funciona o cérebro em dez anos. “O cérebro é o órgão da educação. Já entendemos como funcionam os olhos, o coração, mas ainda não conhecemos o cérebro”, diz ele, citando três grandes programas comprometidos com essa meta: um nos EUA, um na Europa e um no Japão. “O presidente Barack Obama anunciou uma iniciativa [a Brain Initiative, que terá investimento de US$ 100 milhões no esforço de ‘revolucionar e entender a mente humana’, segundo a Casa Branca]. A Universidade de Louzanne, na Suíça, recebeu 1 bilhão de euros também para estudar como funciona o cérebro [no Blue Brain Project]. No Japão também está havendo um esforço nacional”, afirma.
O segundo grande movimento é o desenvolvimento e o barateamento das tecnologias, que devem beneficiar inclusive as regiões mais pobres do planeta. “Na Índia, já há tablets que custam US$ 50. Se a Índia pode fazer isso, por que o Brasil não pode?”, pergunta Cordeiro, que completa: “Naturalmente, as escolas públicas têm mais dificuldade de acesso à tecnologia, mas agora elas estão muito baratas”. O potencial de impacto na educação, afirma ele, acontece também devido ao acesso gratuito à internet que o Google está prometendo prover. “Até 2020, o Google espera conectar o mundo inteiro com internet banda larga a partir de balões flutuantes. Isso quer dizer que vai ser possível acessar a internet da floresta, do deserto, de qualquer lugar”, comenta.
Com toda essa transformação a caminho, escola, professor e aluno deverão se adaptar. “A internet permite que os alunos aprendam o que quiserem, da forma que quiserem. Com os Moocs (Massive Open Online Courses), por exemplo, os melhores professores do mundo, ganhadores de prêmio Nobel, estão acessíveis. Isso é extraordinário”, comemora ele.
Veja vídeo de sua palestra no TEDx Rio+20

Fonte: porvir.org

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Para Chomsky, empresas da web permitirão a governos 'saber tudo' sobre internautas


Noam Chomsky (AFP)
Intelectual americano acha que telégrafo é mais revolucionário do que a internet
O linguista americano Noam Chomsky, conhecido pelas críticas que faz à conduta das autoridades de seu próprio país, acredita que as grandes corporações da internet estão juntando dados diversos de usuários da internet com mais competência do que os governos, e que isso permitirá que as autoridades possam conhecer "tudo" a respeitos dos seus cidadãos.
Em entrevista à BBC Mundo, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) ─ no mesmo lugar onde, em 1962, John Carl Robnett Licklider concebeu pela primeira vez a ideia de uma rede global ─, Chomsky opina que as revelações do ex-técnico da CIA Edward Snowden sobre a espionagem de cidadãos praticada pelos EUA são uma prova de que os governos podem se beneficiar de dados sobre usuários que são coletados pelas grandes corporações.
Chomsky, que revolucionou a linguística e escreveu mais de cem livros, reconhece que a web pode ser valiosa - ele mesmo a usa o tempo todo -, mas desmistifica seu impacto e questiona suas consequências.
O linguista argumenta que o advento do telégrafo e das bibliotecas públicas teve um impacto muito maior do que a rede mundial de computadores nas comunicações e no acesso ao conhecimento.
Além disso, ele considera o Google Glass — óculos inteligentes ainda em fase de testes — "orwelliano e ridículo" e acredita que a web pode isolar e radicalizar seus usuários.
Veja a seguir os destaques da entrevista:

Internet x telégrafo

"A internet representa uma mudança, mas houve mudanças maiores quando se observa o último século e meio.
A transição entre a comunicação viabilizada pela navegação à vela e a viabilizada pelo telégrafo foi muito maior do que (a transição) entre o correio tradicional e a internet.
Há 150 anos, se você mandasse uma carta à Inglaterra, a resposta poderia demorar dois meses, porque viajaria em um barco ou talvez não chegasse a seu destino.
"
(Corporações como Google e Amazon) rastreiam os seus hábitos, suas compras, seu comportamento, o que você faz, e estão tentando controlá-lo direcionando você para determinado caminho. Acho que isso é feito em níveis que superam o do governo. Por isso, o governo está pedindo ajuda (a essas corporações)"
Quando surgiu o telégrafo, a comunicação se tornou praticamente instantânea. Agora que temos a internet, ela apenas ficou um pouco mais rápida."

Internet x bibliotecas

"Há um século, quando foram criadas bibliotecas públicas na maioria das cidades americanas, a disponibilidade de informação e o incremento da riqueza cultural foi amplamente maior do que o gerado pela internet.
Agora você não precisa atravessar a rua para ir à biblioteca e pode acessar a informação em sua própria sala de estar. Mas a informação já estava lá, do outro lado da rua.
A diferença entre a internet e uma biblioteca é menor do que a diferença entre a ausência de uma biblioteca e sua existência (...). Além disso, na biblioteca pelo menos você pode confiar que o material terá certo valor, porque passou por um processo de avaliação.
A internet é um conjunto de ideias, e é difícil distinguir entre o que alguém pensou enquanto atravessava a rua ou algo que alguém de fato estudou com profundidade."

Mais unidos ou mais separados?

"Caminhar falando ao telefone é uma forma de se manter em contato com os demais, mas será um passo adiante ou para trás?
Acho que provavelmente seja um passo para trás, porque separa as pessoas e constrói relações superficiais.
Em vez de falar com as pessoas cara a cara, conhecê-las pela interação, está se desenvolvendo uma espécie de caráter casual dessa cultura.
Conheço adolescentes que acham que têm centenas de amigos, quando na verdade estão muito isolados. Quando escrevem no Facebook que amanhã terão uma prova na escola, recebem uma resposta como "boa sorte" e concebem isso como amizade.
Ainda não vi nenhum estudo a respeito, mas acho que a nova tecnologia isola as pessoas em um grau significativo, separa-as umas das outras."

Mente mais aberta?

"A internet fornece acesso instantâneo a todo o tipo de ideias, opiniões, perspectiva, informações. Será que isso ampliou nossas perspectivas ou as estreitou?
Acho que as duas coisas. Para alguns, ampliou. Se você sabe o que está procurando e tem um senso razoável de como agir, a internet abre perspectivas. Mas se você chega à internet desinformado, pode acontecer o oposto.
"
Conheço adolescentes que acham que têm centenas de amigos, quando na verdade estão muito isolados. Quando escrevem no Facebook que amanhã terão uma prova na escola, recebem uma resposta como "boa sorte" e concebem isso como amizade"
A maioria das pessoas usa a internet como entretenimento, diversão. Mas entre a minoria que a usa para buscar informação, nota-se que elas identificam muito rapidamente seus sites favoritos e os visitam porque eles reforçam suas próprias ideias. Daí você fica viciado nesses sites, que dizem exatamente o que você está pensando e (você) não olha mais aos demais.
Isso tem um efeito cíclico; o site se torna mais radical, e você se torna mais radical e se separa dos demais."

Sem segredos

"Apenas por fins comerciais, Google, Amazon e etc. estão colecionando enormes quantidades de informação sobre as pessoas - informação que não acho que eles devessem ter.
Rastreiam os seus hábitos, suas compras, seu comportamento, o que você faz, e estão tentando controlá-lo direcionando você para determinado caminho.
Acho que isso é feito em níveis que superam o do governo. Por isso, o governo está pedindo ajuda (a essas corporações).
Os mais jovens muitas vezes não veem problema nisso. Vivem em uma sociedade e uma cultura de exibicionismo, em que tudo é colocado no Facebook, em que você quer que todo o mundo saiba tudo sobre você. Assim, o governo também saberá tudo sobre você."

Tecnologia neutra?

"Quando os meios para fazer algo estão disponíveis e acessíveis, são tentadores. E as pessoas, principalmente as mais jovens, tendem a usá-los.
A internet é uma tecnologia acessível, há muita pressão para o seu uso, todo mundo quer dizer 'eu fiz isso, eu fiz aquilo'. Há um componente de autoglorificação.
Mas também há toneladas de publicidade. A internet vende a si própria como um meio de comunicação e, até certo nível, isso é verdadeiro: posso conversar com amigos de verdade em diferentes partes do mundo e interagir com eles de uma maneira que seria difícil por correio.
Por outro lado, a internet tem o efeito oposto. É como qualquer tecnologia: é basicamente neutra, você pode usá-la de forma construtiva ou danosa. As formas construtivas existem, mas são poucas."
Fonte: BBC Brasil
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quarta-feira, 1 de maio de 2013

90% dos moradores de favelas no Rio têm acesso à internet


Relatório aponta a inclusão digital de jovens de 15 a 28 anos em locais como o Complexo do Alemão

por Redação Galileu

Editora Globo
De acordo com as pesquisas, o acesso a internet permite que jovens também criem seus próprios produtos culturais // Crédito: Michel Filho/ Agência O globo

Uma pesquisa feita com jovens das comunidades de da Cidade de Deus, da Rocinha, da Penha e de Manguinhos, no Rio de Janeiro, revela que 90% deles têm acesso à internet.
O trabalho, feito pelo projeto Solos Culturais, criado pelo Observatório de Favelas com a Secretaria de Estado de Cultura do Rio, também mostrou que a rede também é usada por estes jovens para baixar filmes, músicas e áudio, incentivando a transmissão e a produção cultural. O estudo apresenta dados interessantes em relação à inclusão digital, já que boa parte das áreas pesquisadas fica em zonas pacificadas pela força policial, recebendo computadores vindos do próprio governo do estado.
Essa pesquisa será divulgada em um livro do projeto Solos Culturais, distribuído gratuitamente pela Secretaria de Cultura do Rio, e deve trazer uma investigação mais profunda sobre o envolvimento de adolescentes e jovens adultos na produção cultural de suas comunidades.
Fonte: Revista Galileu

segunda-feira, 8 de abril de 2013

YouTube passa a exibir vídeos para quem tem internet muito lenta



O YouTube deu um jeito de facilitar a visualização de seus vídeos por quem não dispõe de internet rápida: incluiu a resolução 144p, de baixíssima qualidade, porém bastante leve. Até então a menor resolução disponível era 240p. A novidade foi percebida por internautas e reportada nesta segunda-feira, 8, pelo 9to5. 
 Ainda não se sabe quando o novo formato estará liberado para todo o acervo porque o processo de codificação pode demorar.  A estratégia do YouTube é buscar mais popularidade em mercados emergentes, onde as conexões geralmente não são boas o suficiente para quem deseja gastar algumas horas navegando no site.

Fonte: Olhar Digital

APLICATIVOS PARA REALIZAR CHAMADAS GRATUITAS


Existem inúmeros aplicativos que permitem que você faça ligações gratuitas, através de uma conexão à Internet, seja ela Wi-Fi ou 3G. Os aplicativos de VoIP mais populares e abrangentes em termos de sistemas operacionais. Ou seja, se você utiliza iOS poderá falar com seu amigo que utiliza Android, por exemplo. Basta estar conectado à Internet.

O mais popular entre os três listados ainda é o Skype. Por outro lado, o Viber vem tomando cada vez mais espaço, devido a sua praticidade e eficiência. Já o Facebook recentemente lançou o serviço de efetuar chamadas para qualquer contato online. Confira as principais características de cada um deles.
1. Viber
O que faz? É um dos aplicativos mais simples, basta instalar para que ele verifique seus contatos e já conecte com quem também for usuário. Seu ID de usuário é o seu número de telefone.
Através dele é possível: Realizar chamadas gratuítas; Enviar mensagens de texto e imagens.
Valor: Grátis.
Sistemas Operacionais: Android, Bada, Blackberry, iOS, Symbian, Windows Phone.
2. Skype
O que faz? Através do clássico e pioneiro em VoIP, é possível realizar chamadas com vídeo e enviar mensagens de chat através de uma conexão wifi ou 3g, de Skype para Skype.
Valor: Grátis.
Sistemas Operacionais: Android, iOS e Windows Phone.

3. Facebook Messenger
O que faz? Recentemente o Facebook liberou o recurso de efetuar chamadas de voz através do seu sistema de mensagens.
Valor: Grátis.
Sistemas Operacionais: Android e iOS.

Fonte: Tech Tudo / Cesar JB Blog

domingo, 20 de janeiro de 2013

A tecnologia pode reinventar a educação?


Em passagem pelo Brasil, Salman Khan, da fundador da Khan Academy conta como a tecnologia pode mudar completamente a forma com que crianças (e adultos) aprendem

por Luciana Galastri

Editora Globo
Crédito: Divulgação Khan Academy
 Em 2004, Salman Khan, engenheiro estadunidense, percebeu que sua prima de 12 anos, Nádia, estava com dificuldades em matemática. Ele se ofereceu para ajudá-la a estudar, mas, como moravam em cidades distantes, as aulas eram feitas através do telefone e de material que Khan enviava à garota pela internet. O resto da família do engenheiro ficou sabendo e, logo, Khan se viu dando aulas para todos os seus priminhos e priminhas. Ficou difícil conciliar o tempo entre eles e enviar material para todos. A solução veio por meio de um amigo da família que sugeriu o que, na época, era uma novidade: "Você já ouviu falar do YouTube"?
Nascia, aí, a Khan Academy, uma organização sem fins lucrativos, que hoje é um sistema inovador de ensino, testado internacionalmente. E, nesta quinta-feira, dia 17 de janeiro, o seu fundador esteve em São Paulo para explicar os conceitos desse novo método que começa a ser aplicado em escolas brasileiras.
Através do YouTube, Khan explicava conceitos de álgebra para seus primos e, ao mesmo tempo, desenvolveu um software livre, que produzia exercícios para que eles treinassem o que aprendiam. As aulas logo começaram a ficar famosas pela rede, por terem uma linguagem acessível. Khan conta que percebeu o potencial educativo que aquele poderia ter e, quando o seu canal no YouTube começou a ficar mais famoso, largou seu emprego como investidor para se dedicar exclusivamente ao programa.
"Foi muito arriscado. Eu não tinha investimento nenhum, minha estrutura tecnológica era uma câmera, um computador e um software que todos conhecem como Microsfot Paint", mas perseverou, investindo todas as suas economias no projeto. E, em meados de 2008, Khan ficou sabendo que os filhos de Bill Gates usavam suas aulas online.
"Logo o pessoal da Microsoft erntrou em contato comigo, perguntando 'do que eu precisava' para levar o projeto adiante. E o Google também. Hoje, graças ao investimento de empresas interessadas, temos uma equipe de 40 pessoas na sede principal, além de várias organizações internacionais, que traduzem o nosso material e o aplicam em seus países", conta o engenheiro, citando o caso da Fundação Lemann que, no Brasil, promove a Khan Academy em escolas públicas de São Paulo.
Atualmente, a Khan Academy tem 3800 aulas, softwares de exercícios e programas que analisam os dados individuais de cada aluno, mostrando o progresso deles em diferentes áreas do conhecimento.
Veja uma das aulas traduzidas: 

Mas qual é a vantagem deste método de ensino? 

De acordo com Khan, a forma com que as crianças passam pela escola hoje é sofrida. "Elas ficam sentadas, ouvindo monólogos, sem poderem se mexer por 60 minutos seguidos. E, depois, precisam aplicar aquilo em exercícios distantes de sua realidade", comenta. A Khan Academy tira a responsabilidade do professor fazer longas explicações e confia no poder da tecnologia para fazer o contato inicial entre o estudante e a matéria.

Através dos vídeos, o aluno pode assistir as aulas em seu próprio ritmo, retomar explicações que não tenha entendido, sem ser obrigado a se demorar em tópicos que já tenha compreendido ou fingir ter compreendido algo que não entendeu, se expondo diante da turma ou, pior, não resolvendo suas dúvidas.
A aula e o contato com o professor seriam dedicados a um tempo definido por Khan como mais precioso. "É onde ocorre a troca de conhecimentos, a resolução de exercícios. O professor aproveita esse tempo para identificar dificuldades individuais de seus alunos e eles também podem conversar e aprender um com o outro", explica.
O conceito mais importante da a Khan Academy é considerar que cada um tem um ritmo diferente de aprendizado. E, no sistema atual de ensino, dificuldades básicas acabam não sendo resolvidas e sendo soterradas por outras matérias. Isso faz com que o aluno não perceba a totalidade de seus conhecimentos e que acabe 'fingindo aprender' quando apenas decora conceitos, sem compreendê-los.
"O aluno que não sabe matemática básica não aprende geometria, ele não consegue. Ele acaba fingindo aprender, decorando fórmulas mecânicas que dão a ele o resultado esperado, ele passa por média na prova. Mas na hora de resolver um problema mais complexo, ele não consegue". Para Khan, a culpa é do sistema de avaliação. "Achamos passável uma nota 7 de 10, por exemplo. Afinal, o aluno está acima da média. Mas e se, ao construirmos um edifício, o primeiro andar estiver só 70% bom? Com os alunos é a mesma coisa, ao chegarmos a um nível mais alto, corremos a chance de um desabamento", explica.
Quando o aluno aprende as coisas ao seu tempo, tem chance de revisão e atenção mais individual do professor, há menos chance de que esse desabamento futuro ocorra. Os estudantes ficam mais interessados e os professores mais motivados. 

E os professores?

Khan afirma que não há a menor intenção de substituir professores por vídeos ou por softwares. "O sistema Khan permite que eles possam identificar dificuldades individuais do aluno e ajudá-los, também, de forma individual", explica. De acordo com o educador, hoje o professor precisa assumir um papel de policial em sala de aula, o que é desgastante e contra-produtivo, exigindo a atenção do aluno o tempo todo.

Com o método Khan, os educadores não precisam cobrar a atenção seguida dos alunos por longas explicações, obrigando-os ao silêncio, mas sim fazer com que eles tenham uma interação maior entre eles e com o próprio professor. O professor deve desafiá-los, estimular sua criatividade e oferecer ajuda individual.
"E o aluno também passa a ver professores com outros olhos. Eles pensam 'poxa, essa pessoa quer me ajudar' e não 'essa pessoa quer me obrigar a fazer algo que eu não quero'", conclui o engenheiro. E isso se reflete no rendimento dos alunos: segundo pesquisas feitas nos EUA, as notas de estudantes que usam esse método são significativamente maiores. 

A Khan Academy no Brasil 

Através da Fundação Lemann, mais de 400 vídeos da Khan Academy foram traduzidos para o português, nas disciplinas de matemática, biologia, química e física. No YouTube, essas aulas arrecadaram mais de 1,9 milhão de visualizações. O método também está sendo aplicado com mais de 1200 alunos de 10 escolas públicas de São Paulo - neste ano, o número ainda deve crescer: serão incluidos mais alunos, totalizando um número de 6 mil, e mais 600 vídeos serão traduzidos.

Quer saber mais? Acesse o site da Khan Academy e confira as vídeo-aulas do programa. Outra dica é acessar osite da Fundação Lemann, para ver o material disponível em português.
Veja, também, a palestra de Salman Khan feita em São Paulo (em inglês):

Fonte: Revista Galileu Online

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O mundo perdeu um prodígio visionário

O ativista da internet Aaron Swartz em foto de 30 de junho de 2009. Ele foi encontrado morto em seu apartamento em Nova York, no dia 11 de janeiro de 2013. Swartz tinha 26 anos (Foto: The New York Times, Michael Francis McElroy/AP)
Aaron Swartz era um jovem prodígio. Tinha talento natural para a programação, mas era também um visionário. Lançou uma enciclopédia online antes da Wikipédia existir e evoluiu para abraçar a causa do ativismo na internet. Swartz era uma das principais vozes na defesa do livre acesso à informação digital. Em 2008, escreveu em um manifesto: “Chamam de roubo ou pirataria, como se compartilhar conhecimento fosse o equivalente a afundar um navio e matar a tripulação. Compartilhar não é imoral – é um imperativo moral. (...) Temos de pegar a informação, onde quer que esteja guardada, fazer cópias e compartilhá-las com o mundo”.
Foi exatamente isso que Swartz fez – e por isso virou um alvo da Justiça americana. Em 2011, foi preso e acusado de ter usado computadores do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT, na sigla em inglês) para acessar ilegalmente a JSTOR, uma rede de de artigos acadêmicos para assinantes. Segundo a acusação, Swartz baixou 4,8 milhões de documentos. Se considerado culpado, poderia ser multado em US$ 1 milhão e condenado a até 35 anos de prisão. No último dia 11, meses antes do início do julgamento, previsto para abril, o rapaz suicidou-se em seu apartamento em Nova York.
Aaron Swartz em foto de 8 de dezembro de 2012. Ele foi encontrado morto em seu apartamento no dia 11 de janeiro de 2013 (Foto: ThoughtWorks, Pernille Ironside/AP)
Todos os projetos de Swartz tiveram sua causa como ponto central. Aos 13 anos, pôs no ar uma enciclopédia online, a The Info Network. O site não tinha anúncios nem cobrava pelo acesso. “A internet não foi feita para ganhar dinheiro com propaganda”, disse em uma entrevista na época. Um ano mais tarde, estava no grupo que desenvolveu o sistema RSS, que permite acessar as atualizações de sites eblogs sem ter de ir ao endereço onde foram publicadas. Também ajudou a criar o Reddit, ainda hoje um dos maiores fóruns de discussão da internet. Foi uma das mentes por trás da Creative Commons, organização que advoga por direitos autorais mais flexíveis, do OpenLibrary.org, um catálogo online gratuito de livros, e da Demand Progress, organização sem fins lucrativos que combate acensura na internet.
Segundo seu pai, essa sempre foi uma preocupação do jovem Aaron. Em casa, ele teve acesso à internet antes da maioria de seus amigos. Isso ajudou a moldar seu ponto de vista. “Mesmo criança, ele já discutia direito autoral e defendia que a informação digital deveria ser grátis”, diz o pai, Robert. “Mas ele não apoiava a pirataria de coisas como filmes e músicas.” Ao mesmo tempo, o ativismo era uma marca da família. Seu avô criou a Fundação Prêmio pela Paz Albert Einstein e trabalhava na Pugwash, organização que defende o fim de conflitos armados. “Ele cresceu em um ambiente em que trabalhar por um mundo era algo valorizado.”

O mais velho dos três filhos de dono de uma empresa de software, Swartz começou a brincar com computadores quando ainda tinha três anos. Criou seu primeiro programa aos 10. Nunca gostou do sistema de educação tradicional. Largou a escola na adolescência para ser ensinado em casa. Estudou por um ano na Universidade Stanford, mas desistiu por considerar a faculdade pouco estimulante. “Crianças têm uma curiosidade intensa. Mas a escola acaba com isso, porque, se você tenta fazer algo diferente, se metem em encrencas. Isso mata a curiosidade da maioria das pessoas. A minha, por acidente, sobreviveu”, disse.
Há seis anos, Swartz começou a colocar em prática o que defendia em seu manifesto. Em 2006, obteve (sem nunca revelar como) os dados bibliográficos completos da biblioteca do Congresso Americano e os postou no site Open Library. Ele considerava injusto que o acesso a esses dados fossem cobrados, já que se tratava de algo feito pelo governo e, por esse motivo, não seria coberto pelas leis de direitos autorais dos Estados Unidos. Depois, em 2009, ele baixou e publicou na internet 18 milhões dos 500 milhões de documentos do sistema Registros Eletrônicos Judiciais de Acesso Público (Pacer, na sigla em inglês), que reúne a documentação gerada por tribunais americanos. O acesso a esses documentos era cobrado, o que Swartz considerava um absurdo. O FBI investigou o caso, mas não o levou adiante. Só se veria realmente encrencado dois anos mais tarde.
Não se sabe ao certo se a possibilidade de ser preso foi o motivo de seu suicídio. Swartz sofria de depressão. No ano passado, ficou abalado com uma doença grave que acometia sua mãe. Mas o pai diz que não era um rapaz constantemente infeliz. O que o abalava era o impacto da prisão sobre seu futuro. “Uma condenção como essa reduz substancialmente o que você pode fazer com a sua vida”, diz o pai.
A morte de Swartz intensificou ainda mais as discussões em torno de sua causa. Desde o fim de semana, mais de 1,5 mil artigos protegidos por direitos autorais foram publicados para acesso na gratuito na internet por seus donos e autores. Ao mesmo tempo, criou uma nova discussão em torno da forma como autoridades combatem o que consideram pirataria. Não é possível processar todos os que compartilham informações protegidas por direitos autorais. Mas é possível processar quem faz isso com frequência e em grandes volumes – e ganha destaque na mídia por isso. Esses casos servem de exemplo e – assim esperam as autoridades – podem inibir outros a fazer o mesmo. Segundo Larry Lessig, diretor do Centro de Ética Edmond J. Safra da Universidade de Harvard, Swartz foi levado ao seu limite pelo que considera bulling e uma pena pesada demais. “Eu entendo os limites do que é errado, mas a acusação é desproporcional ao que ele fez”, diz.
No caso de Swartz, tudo já havia sido encerrado na esfera civil em abril de 2011, quando o JSTOR retirou as queixas. Mas algumas pessoas próximas ao caso dizem que o MIT decidiu levar a questão adiante. Swartz foi acusado criminalmente pouco depois pela promotoria do Estado de Massachussets. Em um comunicado, a família de Swartz diz que sua morte não é apenas uma tragédia pessoal. “É um produto de uma sistema judicial criminal que intimida e vai além do limite. Decisões da promotoria e do MIT contribuíram para a sua morte”, diz o texto. Uma petição assinada por 12 mil pessoas foi enviada à Casa Branca pedindo a remoção da promotora Carmen Ortiz de seu cargo. O MIT abriu uma investigação para apurar sua responsabilidade no desenrolar dos acontecimentos.
Swartz manteve-se em silêncio na maior parte dos últimos meses. Talvez por causa de sua depressão, talvez por conselho de seus advogados. Em seu blog, o último post data de novembro e traz uma análise detalhada do último filme da série do super-herói Batman. O texto encerra da seguinte forma: “Então o Sr Wayne fica sem soluções. Sem opções, não é de se estranhar que a série se encerre com a encenação de seu suicídio”. As palavras espelham de forma sinistra a situação de seu autor, com a única (e significativa) diferença: a morte de Swartz não foi mera encenação.
Fonte: Revista Época

sábado, 15 de dezembro de 2012

Países discordam sobre futuro da internet e existe temor de uma guerra fria digital


Países discordam sobre futuro da internet e existe temor de uma guerra fria digital

A Conferência Mundial de Telecomunicações Internacionais, que teve sua realização nas duas últimas semanas na Organização das Nações Unidas (ONU), realizada nos Emirados Árabes Unidos, acabou nesta sexta-feira e o resultado foi uma divisão entre os países-membros.
Conforme acordos finalizados houve aprovação de 89 países como Brasil, China, Arábia Saudita e África do Sul, e 55 que negaram-se a assinar, como Alemanha, Japão, Qatar e Colômbia. O primeiro grupo votou favorável à Rússia, já o segundo com os EUA, o que fez com que observadores questionassem se o planeta tem risco de viver uma guerra fria digital.
O maior motivo da divisão, na conferência, foi uma menção para a internet, como defendia a Rússia, e tinha apoia de China e países árabes, e que os Estados Unidos e Europa questionavam. No fim, após ameaças da delegação americana abandonar a Conferência e dias inteiros de negociações, houve referência à governança da internet apenas em um texto paralelo que não é obrigatório.
Os Estados Unidos fizeram questionamento de diversos pontos, que estão em resoluções que devem ser adotadas de maneira obrigatória pelos assinantes, sobretudo na defesa de uma regulação sobre os spams, o que iria exigir que o conteúdo da internet fosse reconhecido, conforme aponta a visão americana, o que poderia arriscar a liberdade de expressão.
Os Estados Unidos também destacaram a descrição de entidades deste setor, no texto final que a Rússia havia pedido, como sendo agências operadoras e não agências operadoras reconhecidas.
Mesmo com o racha, Terry Kramer, chefe da comitiva dos Estados Unidos, disse que este não é o fim do diálogo sobre qual é o papel dos governos e partes interessadas em crescimento de setores de telecomunicações e internet, ele disse que as conversas irão continuar
Em relação ao Brasil, o ministro das Comunicações Paulo Bernardo, disse que os diálogos seguem para a nova reunião da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que ocorrerá na Coreia do Sul em 2014, onde deverão existir avanços.
 Fonte: noticiasbr.com.br

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

É seguro usar o serviço Wi-Fi gratuito de um hotel?


Por Kim Boatman

Hoje em dia, é muito comum encontrarmos conexões Wi-Fi gratuitas ou de baixo preço em diversos hotéis durante uma viagem. Embora o serviço de Internet gratuito seja uma boa opção, é difícil saber se uma conexão Wi-Fi pública é segura, até mesmo nas maiores cadeias de hotéis.
Portanto, antes de se arriscar e confiar no serviço Wi-Fi de um hotel, tome estas medidas de precaução:
  1. Arme suas defesas.
    Um firewall e um bom software antivírus são a primeira linha de defesa do seu computador, afirma Mark D. Rasch, cofundador da Secure IT Experts, que presta consultoria de negócios sobre segurança. O firewall permite ou recusa o tráfego de entrada e saída do computador; portanto, é importante verificar se ele está ativado. 

    Se você estiver usando o Windows, clique no menu INICIAR e depois no Painel de Controle. Clique em Central de Segurança (procure o escudo colorido). Um sinal verde indica que o firewall está ativado. Se você estiver usando o Mac, abra System Preferences (Preferências do sistema) e clique em Sharing (Compartilhamento). Em seguida, clique em Firewall. Certifique-se de que o software de segurança está atualizado e execute verificações diárias durante viagens.
  1. É importante também ter o cuidado de conectar-se à rede correta. 
    Frequentemente, os serviços Wi-Fi gratuitos em hotéis exigem uma senha ou um número de referência, fornecidos pelo hotel durante o check-in. Certifique-se de que a conexão do hotel é realmente Wi-Fi e não um Evil Twin, algo semelhante a uma conexão projetada para enganá-lo, coletando suas informações para possível roubo de identidade ou outros danos. Sites que parecem ser o que não são podem usar um nome semelhante ao do hotel; portanto, pergunte na recepção se não tiver certeza, antes de se conectar.
  1. Evite o compartilhamento de arquivos. 
    Evite sites de compartilhamento de arquivos, como o Lime Wire e o Morpheus, que oferecem downloads de software gratuitos, aconselha David Callisch, vice-presidente de marketing da Ruckus Wireless, uma empresa que instala redes sem fio em hotéis. 

    “Evite a comunicação do seu computador com outros computadores’’, ele aconselha. Os sites de compartilhamento de arquivos podem deixar o seu computador vulnerável a ataques maliciosos, como vírus ou spyware.
  1. Desconecte quando não estiver usando.
    Minimize os riscos desconectando-se da rede quando não estiver usando ativamente a conexão Wi-Fi.
  1. Evite realizar transações financeiras.
    É aconselhável evitar a realização de compras ou o acesso à sua conta bancária on-line por meio de uma conexão Wi-Fi gratuita, afirma Rasch. Se a realização de transações financeiras on-line não puder ser evitada, verifique se o site é protegido procurando por “https” no início do URL, um protocolo que possibilita uma conexão segura. Um site seguro tem “https” em vez de “http” no endereço na Web, além do símbolo de um cadeado no canto inferior direito.
  1. Use uma VPN. 
    Se for fazer uma viagem a trabalho, pergunte se sua empresa usa alguma rede virtual privada (VPN).  VPN é uma rede de computador que oferece aos funcionários acesso remoto aos servidores da empresa. Essas redes usam a tecnologia de embaralhamento de dados, que garante o acesso seguro aos dados da empresa através de uma conexão com a Internet.  Em uma VPN, sua atividade on-line é criptografada para que as pessoas mal intencionadas não consigam ver suas ações. Se for fazer uma viagem por motivos pessoais, poderá adquirir um serviço VPN. Empresas como a HotSpotVPN permitem a aquisição de seus serviços em pequenos acréscimos de tempo, como por alguns dias.
  1. Altere sua senha com frequência. 
    Pessoas maliciosas estão sempre “farejando” ou procurando informações sobre senhas em redes não protegidas, afirma Callisch. Talvez você não considere um grande problema alguém utilizar sua ID de usuário e sua senha do Facebook. Afinal de contas, o pior que eles podem fazer é alterar seu status ou excluir alguns amigos, certo? Não tenha tanta certeza, avisa Callisch. 

    Muitos de nós mantemos as mesmas senhas e IDs de usuário para várias atividades on-line. Com frequência, usamos a mesma senha para o Facebook e para realizar transações bancárias on-line. “Tome medidas de precaução razoáveis e sempre altere sua senha’’, aconselha Callisch. A maioria de nós não se lembrará das várias senhas que possuímos, mas deveríamos nos lembrar das alterações, ele diz.
Se tomar essas medidas, você poderá fazer uma conexão Wi-Fi em um hotel sem se preocupar, afirma Callisch. Esse será mais um motivo para você dormir tranquilo durante sua viagem.

Kim Boatman é uma jornalista que mora no Vale do Silício, Califórnia,que frequentemente escreve sobre tecnologia e segurança pessoal. Por mais de 15 anos, ela tem escrito sobre vários tópicos para o San Jose Mercury News.

Fonte: cybercrimenews.norton.com

domingo, 25 de novembro de 2012

Autocomplete: o reflexo da sociedade?


Frases e perguntas que aparecem automaticamente em serviços de busca refletem o que as pessoas mais procuram na internet

por Redação Galileu

Vamos fazer um exercício. Digite 'onde' no Google e espere. Não dê 'enter'. Espere a mágica do autocomplete entregar a você as palavras mais digitadas depois de 'onde', através do autocomplete. Esse foi o nosso resultado:

Editora Globo
Então quer dizer que 'onde eu chego eu paro tudo' são as palavras mais digitadas depois de 'onde' no Google? E 'onde está Chuck Norris' ocupa a quarta posição? Segundo o Google e o Bing, sim - pelo menos em sua região. O autocomplete ou 'autosuggest', no caso do Bing, são mecanismos que servem para: 1. poupar seu tempo na hora de digitar perguntas, combinando palavras mais prováveis de serem digitadas por pessoas da sua região e 2. entregar resultados de pesquisa mais precisos prevenindo erros de ortografia. Mas, ultimamente, eles também servem para revelar padrões interessantes da nossa sociedade.

Editora Globo
Chuck Norris fazendo sucesso
Existem até pessoas que estudam os mecanismos de pesquisa para entender melhor os internautas. Em entrevista para o Telegraph, o editor do Search Engine Land, um site especializado em padrões de pesquisa, Danny Sullivan, conta que as pessoas encaram sites de busca como seus melhores amigos. "Lá perguntamos coisas que não teríamos coragem de perguntar nem para as pessoas mais próximas", explica. "Não nos sentimos julgados quando digitamos as dúvidas mais absurdas".
Editora Globo
Os pesquisadores afirmam que a maior quantidade de perguntas são sobre assuntos polêmicos - qual celebridade ou político é homossexual, muitas perguntas relacionadas a sexo. Mas em nosso teste (sim, somos curiosos e testamos) parece que o Google bloqueia o autocomplete para termos como 'gay' e 'sexo'. Já o Bing retorna resultados.

Editora Globo
Ainda de acordo com os pesquisadores, o fato de usarmos ferramentas como essa reflete a natureza do internauta atual. Pesquisas analisaram o cérebro das pessoas enquanto elas navegavam na internet e descobriram que coisas que acelerem nossa vida online - como dar apenas um enter em vez de digitar uma palavra inteira - podem nos deixar mais felizes, mesmo que representem pouca diferença de tempo.
Editora Globo

Editora Globo
E você, concorda que o autocomplete é um reflexo da sociedade? Qual foi o mais bizarro que você já encontrou ao fazer uma busca? Deixe sua opinião nos comentários. 
Fonte: revistagalileu.globo.com

sábado, 3 de novembro de 2012

Um ataque contra a sua privacidade


Nova lei da internet, em discussão no congresso, coloca em risco as informações privadas dos brasileiros que acessam a rede

Izabelle Torres
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A privacidade dos 71 milhões de brasileiros que navegam na internet vale muito dinheiro e está em risco no debate em torno das regras para o funcionamento da rede mundial de computadores no Brasil. O texto do marco civil da internet em discussão no Congresso vem atraindo um jogo de lobbies e deixa brechas à proteção de dados dos usuários. A nova legislação permite que as informações pessoais que circulam pelos sites acionados pelos internautas sejam usadas para alimentar o mercado de publicidade direcionada.
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Apesar de assegurar, à primeira vista, a inviolabilidade dos dados, o texto em tramitação agride a privacidade do usuário, como pode ser conferir numa leitura mais atenta da proposta. O perigo mora no artigo do projeto que supostamente garantiria os direitos dos internautas. Apesar de proibir o fornecimento a terceiros de registros de conexão e acesso, o texto abre exceção para casos em que o próprio usuário dá “consentimento livre, expresso e informado” para o uso de seus dados. Isso acontece, na maioria das vezes, sem que a pessoa se dê conta. Ocorre que praticamente todos os termos de adesão para a criação de contas de e-mails ou redes sociais incluem essa autorização automática. O cliente não tem opção: ou concorda com os termos de uso ou simplesmente não usa os serviços. A artimanha garante aos provedores de serviços o acesso a dados dos internautas. A invasão se dá na forma de uma aparente coincidência: o internauta comenta sobre um produto ou serviço na rede e logo passa a ser bombardeado por anúncios.
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A manobra é replicada nos cadastros de sites de compras e outros serviços online. Ela é mais flagrante no Google. Ali, para abrir uma conta no Gmail, o usuário esbarra num termo de adesão escrito apenas em inglês, no qual abre mão da privacidade. “Você concorda que o Google pode usar seus dados de acordo com a política de privacidade”, diz um trecho do contrato. Na rede social Facebook não é diferente. Ao se cadastrar, o internauta precisa aprovar os termos do acesso, que na prática representam a autorização para o uso dos dados de navegação. “Usamos as informações que recebemos sobre você em relação aos serviços e recursos que fornecemos a você e a outros usuários, como seus amigos, nossos parceiros, os anunciantes que compram anúncios no site e os desenvolvedores que criam os jogos, aplicativos e sites que você usa”, informa o termo.
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Enquanto provedores de serviços como e-mail e rede social se beneficiam dos contratos para lhes garantir o acesso e o uso de informações dos usuários, provedores de conexão, como as companhias telefônicas, fecham parcerias milionárias com empresas especializadas em rastrear a navegação. A multinacional Phorm é uma dessas empresas e hoje presta serviços para a Oi e a Telefônica no Brasil. Sua missão é traçar o perfil dos internautas e descobrir seus interesses de navegação. São provedores de acesso como as duas empresas de telefonia que mais brigam para que o marco da internet não as deixe de fora do clube de quem fatura em cima da privacidade dos internautas. O argumento é que os sites de e-mails e redes sociais já fazem esse rastreamento, mesmo sem previsão legal. “É uma briga grande, mas acreditamos que o texto da forma como está fechará muitas brechas”, alega o relator do projeto na Câmara, deputado Alexandre Molon (PR-RJ). “Sabemos que algumas empresas, como a Phorm, vivem dessa bisbilhotagem disputada pelo mercado da rede. Queremos frear esse comércio e impedir que a privacidade alimente os negócios. Acho que o marco é um avanço para isso.” O parlamentar não explica, porém, como vai garantir a privacidade dos usuários diante dos termos de adesão que o internauta encontra pelo caminho. O governo tem pressa na votação do texto. Um dos que pressionam pela aprovação ainda neste ano é o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
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GANHAM PARA VASCULHARDeputado Alexandre Molon (PT-RJ) diz que 
empresas vivem da bisbilhotagem
Na contramão do discurso de Molon, o especialista em direito eletrônico Renato Opice Blum, da Fundação Getulio Vargas, diz que a aprovação do marco não vai garantir a privacidade, mas apenas oficializar – se não aumentar – o comércio de publicidade direcionada que existe atualmente. “Esse texto não muda nada, uma vez que a maioria dos brasileiros autoriza o uso e a divulgação dos seus dados sem se dar conta. O problema é que ninguém costuma ler os contratos dos serviços”, diz. Para Blum, como a nova legislação não deve frear o comércio de informações, restará aos brasileiros ter cautela ao navegar na rede e, sobretudo, na hora de escolher os serviços que contrata. Diante da guerra de interesses, o único consenso entre os vários atores dessa discussão é que, aprovado o texto em debate no Congresso, ganharão força os negócios feitos à custa da privacidade do internauta.
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 Fotos: shutterstock; Sérgio Lima/Folhapress
Fonte: Revista Istoé - Ano 36 - Edição nº 2240

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