O ministro da economia de Portugal, Manuel Caldeira Cabral, esteve na Unicamp nesta quinta-feira (17) buscando colaborações nas áreas da inovação e da transferência de tecnologia. O ministro e sua comitiva foram recepcionados pelo coordenador-geral da Universidade, Alvaro Penteado Crósta. Também participaram do encontro na reitoria da Unicamp, a pró-reitora de Pesquisa, Gláucia Pastore; o diretor-executivo da Agência de Inovação da Unicamp, Milton Mori; e o cônsul-geral de Portugal em São Paulo, Paulo Lopes Lourenço.
“Viemos para começar um trabalho de colaboração, em particular nas áreas de transferência de tecnologia e centros tecnológicos dos dois países. Consideramos que a Unicamp é uma referência de universidade no Brasil e também muito reconhecida nestas áreas específicas. Portanto, é uma oportunidade para aprendermos a fazer melhor em Portugal. Mas também queremos colaborar porque a transferência de tecnologia não tem que ser somente local se os mercados, hoje em dia, são globais”, disse o ministro português.
Alvaro Crósta explicou que a Unicamp é pioneira e referência nacional na gestão das atividades de inovação, empreendedorismo e transferência de tecnologia de universidades para empresas e sociedade. Dados de 2015 da Agência de Inovação apontam que as empresas-filhas da Unicamp foram responsáveis por gerar 19,2 mil empregos e movimentar um faturamento anual da ordem de R$ 3 bilhões.
Empresas-filhas são assim chamadas porque os sócios fundadores ou atuais mantêm ou mantiveram algum vínculo com a Universidade, seja na condição de aluno, professor e funcionário. Também são filhas da Unicamp as empresas que fazem ou fizeram parte do processo de incubação na Incubadora de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp).
“É uma honra receber o ministro e sua delegação aqui. Tenho certeza que a escolha dessa visita se deve justamente ao conhecimento que ele tem sobre a nossa atuação em inovação e empreendedorismo, que remonta a década de 1970. Estamos muito gratos em poder compartilhar nossa experiência com Portugal”, afirmou o coordenador-geral.
Após o encontro na reitoria, o ministro português seguiu para a Agência de Inovação Inova Unicamp. À tarde, Manuel Caldeira Cabral visitou o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp. Na última quarta-feira (16), o ministro firmou com a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) um memorando para fomentar o intercâmbio internacional entre empresas de base tecnológica (startups). O documento foi assinado na sede da Fiesp, em São Paulo, com a participação do ministro da Ciência e Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab.
Carros autônomos, casas conectadas, inteligência artificial, impressão 3D – tudo isso faz parte de uma imagem de futuro que se delineia no horizonte. Mas como chegaremos até ela? Um estudo elaborado pelo Global Agenda Council, ligado ao Fórum Econômico Mundial, pode ajudar a vislumbrar esse processo com mais clareza, mostrando quais dessas tendências têm mais chance de se concretizar – e quando.A equipe à frente do estudo levantou 21 tendências em tecnologia e as apresentou a mais de 800 pesquisadores e executivos do setor de tecnologia da informação e comunicação, perguntando a eles quando cada uma daquelas mudanças deveria se tornar realidade. Confira quais são as apostas.
10º LUGAR: 90% DA POPULAÇÃO ADULTA USARÁ SMARTPHONE
Data prevista: 2023 Singapura, Coreia do Sul e Emirados Árabes são os países que estão mais próximos dessa realidade – nesses locais, mais de 85% da população adulta já dispõe do aparelho. A tendência é forte, principalmente, nos países asiáticos, onde o uso do smartphone superou o do PC. Mas esse movimento já é observado até em países da África, como o Quênia, e deve acelerar à medida que o preço dos eletrônicos cair.
Importância: Maior participação econômica de pessoas que moram em áreas remotas ou menos desenvolvidas; maior acesso à informação, à participação cívica, à educação e a serviços de saúde e de instituições governamentais; desenvolvimento de novas habilidades e aumento da empregabilidade e expansão do mercado de e-commerce.
9º LUGAR: 5% DOS PRODUTOS DESTINADOS A CONSUMIDORES SERÃO FEITOS EM IMPRESSORAS 3D
Data prevista: 2025 A impressão 3D traz a oportunidade de que alguns produtos, hoje à venda em lojas, passem a ser produzidos sob demanda, em casa ou no escritório. Segundo o estudo, mais de 130 mil impressoras 3D foram vendidas em 2014, um aumento de 68% em relação a 2013. A maioria delas custou menos de US$ 10 mil e é adequada para uso em laboratórios, escolas e pequenos negócios. Esse crescimento também turbinou o mercado de produtos e serviços voltados para impressão 3D, que chegou a US$ 3,3 bilhões.
Importância: Criação de produtos voltados para nichos específicos, que ainda assim sejam economicamente viáveis; redução dos custos com logística, o que pode trazer ganhos significativos em consumo energético.
8 º LUGAR: PRIMEIRO CELULAR “IMPLANTÁVEL” SERÁ DISPONIBILIZADO COMERCIALMENTE
Data prevista: até 2023 Dispositivos poderão ser implantados para monitorar aspectos relativos à saúde (como o nível de glicose no sangue de um diabético), assim como comportamento, localização e comunicação do usuário. Um exemplo citado no estudo é o BrainGate, projeto da Brown University, que busca conectar o cérebro diretamente a computadores, a partir de um implante de eletrodos. A meta é fazer com que o computador decodifique sinais neurais em tempo real, permitindo que o usuário opere dispositivos externos a partir do pensamento.
Importância: Redução no número de crianças desaparecidas; melhor gerenciamento da saúde.
7 º LUGAR: PRIMEIRO GOVERNO A SUBSTITUIR O CENSO POR FONTES DE BIG DATA
Data prevista: 2023 Contamos com cada vez mais dados sobre cada comunidade e, também, mais ferramentas para compreender e gerenciar esse enorme volume de informações. Isso pode levar os governos a trocar os métodos tradicionais de levantamento de dados por programas automatizados – uma decisão que traria riscos e oportunidades significativos. Nesse cenário, o desenvolvimento de algoritmos e estratégias para obter dados confiáveis é vital.
Importância: Mais facilidade para tomar decisões em tempo real; oferta de serviços públicos mais eficientes; redução de gastos; novas possibilidades de trabalho.
6 º LUGAR: PRIMEIRO CARRO FEITO EM IMPRESSORA 3D ESTARÁ EM PRODUÇÃO
Data prevista: 2022 A impressão 3D ainda apresenta problemas em termos de velocidade, custos e tamanho. Mas a expectativa é que, com o passar do tempo, esses obstáculos sejam superados e a tecnologia se torne mais disseminada, levando à produção de itens extremamente complexos.
Importância: Maior rapidez no processo de desenvolvimento de produtos; praticidade na fabricação de peças; demanda crescente por designers de produtos; novas possibilidades de educação que usem o 3D como recurso didático; democratização da atividade criativa; nascimento de uma nova indústria, que produza material para impressoras 3D; oportunidades inéditas de produção no ambiente espacial.
5 º LUGAR:10% DOS ÓCULOS DE LEITURA ESTARÃO CONECTADOS À INTERNET Data prevista: 2023
O Google Glass é apenas o primeiro de uma série de possíveis equipamentos capazes de transformar nossa visão em uma interface virtual. A companhia MagicLeap, por exemplo, está desenvolvendo um dispositivo que permita sobrepor imagens digitais 3D a objetos do mundo real. O acesso direto a aplicativos e dados por meio dos olhos pode mudar radicalmente a forma como nós aprendemos, navegamos no ambiente virtual, gerenciamos informações e nos entretemos.
Importância: Auxílio de dispositivos visuais na realização de tarefas como cirurgias; novas oportunidades de interação para pessoas com deficiências físicas.
4 º LUGAR: SURGIMENTO DO PRIMEIRO FARMACÊUTICO ROBÔ NOS EUA
Data prevista: 2021 A robótica já está influenciando diferentes áreas produtivas, da indústria à agricultura. De acordo com a Federação Internacional de Robótica, existem hoje 1,1 milhão de robôs trabalhando, e as máquinas respondem por 80% do trabalho feito na construção de um carro, por exemplo.
Importância: Eficiência e economia na cadeia de suprimentos e logística; mais tempo de lazer para trabalhadores.
3 º LUGAR: UM TRILHÃO DE SENSORES ESTARÃO CONECTADOS À INTERNET Data prevista: 2022
Os computadores vêm se tornando cada vez mais potentes e os custos com hardware, cada vez mais baixos, o que torna viável a ascensão da IoT, sigla em inglês para internet das coisas. Sensores inteligentes já estão disponíveis no mercado a preços competitivos e especialistas acreditam que, no futuro, cada objeto poderá estar conectado a uma onipresente infraestrutura de comunicação.
Importância: Maior eficiência no uso dos recursos disponíveis; aumento na produtividade; redução de gastos com sistemas de entrega; incremento da segurança (em diversas áreas, do transporte aéreo à qualidade dos alimentos); maior eficiência logística; surgimento de novos negócios; uso de “digital twins” para monitoramento e controle de equipamentos; sistemas capazes de reagir de maneira autônoma a mudanças ambientais; e ampliação do conhecimento, graças aos dados coletados por objetos inteligentes.
2 º LUGAR: 90% DAS PESSOAS TERÃO ACESSO A ARMAZENDAMENTO ILIMITADO DE DADOS
Data prevista: 2018 A capacidade de armazenamento já evoluiu tremendamente nos últimos anos, numa tendência liderada pelo Dropbox e pela Amazon. Ainda assim, o serviço, cuja gratuidade está associada à presença de anunciantes, torna-se cada vez mais necessário. Segundo o estudo, estima-se que a quantidade de informação gerada pelas empresas dobre a cada 1,2 anos.
Importância: Impacto positivo no mundo jurídico, assim como no meio acadêmico; maior eficiência em operações empresariais; extensão da memória pessoal.
1 º LUGAR: 1 EM CADA 10 PESSOAS USARÁ WEARABLES
Data prevista: 2022 Diversas iniciativas já buscam integrar o guarda-roupa ao mundo digital. Exemplo disso é o Apple Watch, que conta com muitas das funções disponíveis em um smartphone. Uma pesquisa conduzida pela Accenture mostrou que, embora apenas 12% dos consumidores planejassem comprar um smartwatch ao longo do ano; 41% deles estavam dispostos a adquirir o produto dentro de um período de cinco anos.
Importância: Melhor gerenciamento de aspectos relativos à saúde; mais dados para subsidiar tomadas de decisão; redução no número de crianças desaparecidas.
90 anos após a histórica transmissão realizada pelo cientista britânico John Logie Baird (em 26 de Janeiro de 2026) transmitindo, entre locais diferentes, imagem, som e movimento, dando início ao sistema televisivo, muito dessa inovadora tecnologia mudou.
Só o que não mudou, talvez, seja o modo como muitos encaram o famoso aparelho de entretenimento, pondo em dúvida sua real função social.
Na postagem de hoje decidi apresentar, a partir do que disseram algumas personalidades e tirinhas cômicas, o que pensam aqueles que veem a TV com os olhos de criticidade.
Existem pessoas que sentem falta da boa e velha máquina de escrever, normalmente quem precisa criar textos e não consegue ou não pode lidar com as distrações de um computador com internet, como escritores ou jornalistas. Ao mesmo tempo, as facilidades da tecnologia fazem muita falta. Para este público existe a Hemingwrite, uma máquina de escrever que mistura a nostalgia com alta tecnologia.
A máquina de escrever possui uma telinha de e-ink (mesmo material usado nas telas dos Kindles e outros e-readers) que consome pouquíssima energia. O pequeno display, de 6 polegadas, mostra tudo que é digitado no preciso e confortável teclado mecânico do aparelho e permite comodidades como as teclas “delete” e “backspace”.
A Hemingwrite possui uma bateria que dura 6 semanas, graças ao baixo consumo. Além disso, ela possui conectividade Wi-Fi que permite que seus textos fiquem salvos automaticamente na nuvem. Tudo isso dentro de uma carcaça de alumínio elegante e resistente.
O problema é que, como seus antepassados, a Hemingwrite é bastante pesada, totalizando quase 2 kg, tornando incômodo o seu transporte por aí. Mas, para quem está em casa e precisa escrever um texto e não pode se distrair, poucas opções parecem melhores.
O produto ainda está em fase de protótipo e, portanto, ainda não existe previsão de início das vendas e preço.
O venezuelano José Cordeiro já deixou brasileiros de queixo caído ao prever o fim do envelhecimento e da morte em 20 anos, com a descoberta da cura para as doenças mais letais de hoje. Já falou das possibilidades que a rápida evolução da tecnologia pode trazer. Agora, em visita ao Brasil para participar do 12º Congresso do Ensino Privado no Rio Grande do Sul, esse futurologista especializado em energia, professor e membro do time que fundou há quatro anos uma das universidades mais inovadoras do mundo, a Sigularity, vai falar sobre a tecnologia do futuro, o futuro da tecnologia e suas implicações para a educação.
Em entrevista para o Porvir, Cordeiro, que foi educado nos EUA e em países europeus, trabalhou na África, Ásia, Europa e América Latina, falou em bom português sobre o atual momento da educação, que considera apenas comparável em importância ao surgimento da escrita e da prensa. Para ele, estamos prestes a ter acesso gratuito e fácil a todo o conhecimento produzido no mundo. “Essa é uma revolução incrível. É a democratização do conhecimento”, afirma o especialista, que aponta dois grandes movimentos internacionais elaborados para facilitar essa realidade próxima.
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O primeiro deles, afirma, é que a ciência vai ter compreendido completamente como funciona o cérebro em dez anos. “O cérebro é o órgão da educação. Já entendemos como funcionam os olhos, o coração, mas ainda não conhecemos o cérebro”, diz ele, citando três grandes programas comprometidos com essa meta: um nos EUA, um na Europa e um no Japão. “O presidente Barack Obama anunciou uma iniciativa [a Brain Initiative, que terá investimento de US$ 100 milhões no esforço de ‘revolucionar e entender a mente humana’, segundo a Casa Branca]. A Universidade de Louzanne, na Suíça, recebeu 1 bilhão de euros também para estudar como funciona o cérebro [no Blue Brain Project]. No Japão também está havendo um esforço nacional”, afirma.
O segundo grande movimento é o desenvolvimento e o barateamento das tecnologias, que devem beneficiar inclusive as regiões mais pobres do planeta. “Na Índia, já há tablets que custam US$ 50. Se a Índia pode fazer isso, por que o Brasil não pode?”, pergunta Cordeiro, que completa: “Naturalmente, as escolas públicas têm mais dificuldade de acesso à tecnologia, mas agora elas estão muito baratas”. O potencial de impacto na educação, afirma ele, acontece também devido ao acesso gratuito à internet que o Google está prometendo prover. “Até 2020, o Google espera conectar o mundo inteiro com internet banda larga a partir de balões flutuantes. Isso quer dizer que vai ser possível acessar a internet da floresta, do deserto, de qualquer lugar”, comenta.
Com toda essa transformação a caminho, escola, professor e aluno deverão se adaptar. “A internet permite que os alunos aprendam o que quiserem, da forma que quiserem. Com os Moocs (Massive Open Online Courses), por exemplo, os melhores professores do mundo, ganhadores de prêmio Nobel, estão acessíveis. Isso é extraordinário”, comemora ele.
Em passagem pelo Brasil, Salman Khan, da fundador da Khan Academy conta como a tecnologia pode mudar completamente a forma com que crianças (e adultos) aprendem
por Luciana Galastri
Crédito: Divulgação Khan Academy
Em 2004, Salman Khan, engenheiro estadunidense, percebeu que sua prima de 12 anos, Nádia, estava com dificuldades em matemática. Ele se ofereceu para ajudá-la a estudar, mas, como moravam em cidades distantes, as aulas eram feitas através do telefone e de material que Khan enviava à garota pela internet. O resto da família do engenheiro ficou sabendo e, logo, Khan se viu dando aulas para todos os seus priminhos e priminhas. Ficou difícil conciliar o tempo entre eles e enviar material para todos. A solução veio por meio de um amigo da família que sugeriu o que, na época, era uma novidade: "Você já ouviu falar do YouTube"?
Nascia, aí, a Khan Academy, uma organização sem fins lucrativos, que hoje é um sistema inovador de ensino, testado internacionalmente. E, nesta quinta-feira, dia 17 de janeiro, o seu fundador esteve em São Paulo para explicar os conceitos desse novo método que começa a ser aplicado em escolas brasileiras.
Através do YouTube, Khan explicava conceitos de álgebra para seus primos e, ao mesmo tempo, desenvolveu um software livre, que produzia exercícios para que eles treinassem o que aprendiam. As aulas logo começaram a ficar famosas pela rede, por terem uma linguagem acessível. Khan conta que percebeu o potencial educativo que aquele poderia ter e, quando o seu canal no YouTube começou a ficar mais famoso, largou seu emprego como investidor para se dedicar exclusivamente ao programa.
"Foi muito arriscado. Eu não tinha investimento nenhum, minha estrutura tecnológica era uma câmera, um computador e um software que todos conhecem como Microsfot Paint", mas perseverou, investindo todas as suas economias no projeto. E, em meados de 2008, Khan ficou sabendo que os filhos de Bill Gates usavam suas aulas online.
"Logo o pessoal da Microsoft erntrou em contato comigo, perguntando 'do que eu precisava' para levar o projeto adiante. E o Google também. Hoje, graças ao investimento de empresas interessadas, temos uma equipe de 40 pessoas na sede principal, além de várias organizações internacionais, que traduzem o nosso material e o aplicam em seus países", conta o engenheiro, citando o caso da Fundação Lemann que, no Brasil, promove a Khan Academy em escolas públicas de São Paulo.
Atualmente, a Khan Academy tem 3800 aulas, softwares de exercícios e programas que analisam os dados individuais de cada aluno, mostrando o progresso deles em diferentes áreas do conhecimento.
Veja uma das aulas traduzidas:
Mas qual é a vantagem deste método de ensino?
De acordo com Khan, a forma com que as crianças passam pela escola hoje é sofrida. "Elas ficam sentadas, ouvindo monólogos, sem poderem se mexer por 60 minutos seguidos. E, depois, precisam aplicar aquilo em exercícios distantes de sua realidade", comenta. A Khan Academy tira a responsabilidade do professor fazer longas explicações e confia no poder da tecnologia para fazer o contato inicial entre o estudante e a matéria.
Através dos vídeos, o aluno pode assistir as aulas em seu próprio ritmo, retomar explicações que não tenha entendido, sem ser obrigado a se demorar em tópicos que já tenha compreendido ou fingir ter compreendido algo que não entendeu, se expondo diante da turma ou, pior, não resolvendo suas dúvidas.
A aula e o contato com o professor seriam dedicados a um tempo definido por Khan como mais precioso. "É onde ocorre a troca de conhecimentos, a resolução de exercícios. O professor aproveita esse tempo para identificar dificuldades individuais de seus alunos e eles também podem conversar e aprender um com o outro", explica.
O conceito mais importante da a Khan Academy é considerar que cada um tem um ritmo diferente de aprendizado. E, no sistema atual de ensino, dificuldades básicas acabam não sendo resolvidas e sendo soterradas por outras matérias. Isso faz com que o aluno não perceba a totalidade de seus conhecimentos e que acabe 'fingindo aprender' quando apenas decora conceitos, sem compreendê-los.
"O aluno que não sabe matemática básica não aprende geometria, ele não consegue. Ele acaba fingindo aprender, decorando fórmulas mecânicas que dão a ele o resultado esperado, ele passa por média na prova. Mas na hora de resolver um problema mais complexo, ele não consegue". Para Khan, a culpa é do sistema de avaliação. "Achamos passável uma nota 7 de 10, por exemplo. Afinal, o aluno está acima da média. Mas e se, ao construirmos um edifício, o primeiro andar estiver só 70% bom? Com os alunos é a mesma coisa, ao chegarmos a um nível mais alto, corremos a chance de um desabamento", explica.
Quando o aluno aprende as coisas ao seu tempo, tem chance de revisão e atenção mais individual do professor, há menos chance de que esse desabamento futuro ocorra. Os estudantes ficam mais interessados e os professores mais motivados.
E os professores?
Khan afirma que não há a menor intenção de substituir professores por vídeos ou por softwares. "O sistema Khan permite que eles possam identificar dificuldades individuais do aluno e ajudá-los, também, de forma individual", explica. De acordo com o educador, hoje o professor precisa assumir um papel de policial em sala de aula, o que é desgastante e contra-produtivo, exigindo a atenção do aluno o tempo todo.
Com o método Khan, os educadores não precisam cobrar a atenção seguida dos alunos por longas explicações, obrigando-os ao silêncio, mas sim fazer com que eles tenham uma interação maior entre eles e com o próprio professor. O professor deve desafiá-los, estimular sua criatividade e oferecer ajuda individual.
"E o aluno também passa a ver professores com outros olhos. Eles pensam 'poxa, essa pessoa quer me ajudar' e não 'essa pessoa quer me obrigar a fazer algo que eu não quero'", conclui o engenheiro. E isso se reflete no rendimento dos alunos: segundo pesquisas feitas nos EUA, as notas de estudantes que usam esse método são significativamente maiores.
A Khan Academy no Brasil
Através da Fundação Lemann, mais de 400 vídeos da Khan Academy foram traduzidos para o português, nas disciplinas de matemática, biologia, química e física. No YouTube, essas aulas arrecadaram mais de 1,9 milhão de visualizações. O método também está sendo aplicado com mais de 1200 alunos de 10 escolas públicas de São Paulo - neste ano, o número ainda deve crescer: serão incluidos mais alunos, totalizando um número de 6 mil, e mais 600 vídeos serão traduzidos.
Quer saber mais? Acesse o site da Khan Academy e confira as vídeo-aulas do programa. Outra dica é acessar osite da Fundação Lemann, para ver o material disponível em português.
Veja, também, a palestra de Salman Khan feita em São Paulo (em inglês):
Os olhos são as janelas da alma, diz o velho ditado. E para as empresas que desenvolvem a tecnologia de rastreamento ocular, eles podem ser tornar verdadeiros voyeurs.
As câmeras frontais devem se tornar padrão em todos os dispositivos, e estarão equipadas não só para monitorar o que lemos na internet, mas também como lemos. Elas observarão quanto tempo você se demora em uma palavra ou imagem, como suas pupilas dilatam e quão rápido você pisca. Por quê? Porque todos esses detalhes fornecem uma grande quantidade de informações relevantes sobre seu cliente favorito: você. E isso significa muito dinheiro em receitas publicitárias.
“Será que nossos olhos permanecem por alguns segundos em um anúncio que, no final, decidimos não clicar? Como nossos olhos se movem à medida que percorrem o conteúdo de uma página? Existem certas palavras, frases ou tópicos que parecemos preferir ou evitar? Nofuturo, seremos apresentados a anúncios on-line baseados não apenas naquilo que compramos, mas também nos pensamentos refletidos pelo movimento de nossos olhos?”, questionou recentemente John Villasenor, do Slate.com.
É claro que os gurus da tecnologia moderna da Apple já solicitaram uma patente de interface gráfica em 3D para dispositivos eletrônicos pessoais, como o iPhone e o iPad. E a empresa europeia Senseye está se preparando para incluir um software de rastreamento ocular em seus smartphones no próximo ano.
A maioria dos computadores atuais e dispositivos eletrônicos pessoais não são suficientemente potentes para realizar os complexos cálculos exigidos pelo rastreamento ocular, mas é só uma questão de tempo.
Villasenor pôs uma pertinente “cereja do bolo” no final de seu post quando escreveu o seguinte:
“Hoje, quando lemos alguma coisa na internet, nossos pensamentos ainda são nossos. É melhor aproveitarmos enquanto podemos”.
4 motivos pelos quais o novo iPad não vale à pena:
1 – Disponibilidade - O novo iPad chega às lojas no dia 16 de março nos Estados Unidos, Alemanha, França, Japão, Canadá, Inglaterra, Suíça, Hong Kong, Cingapura e Austrália. Uma semana depois, no dia 23, mais 26 países receberão o tablet. Ainda não há informações sobre o início das vendas no Brasil. O novo dispositivo pode ser beneficiado com a Medida Provisória 534, que reduziu a zero as alíquotas de PIS e Cofins incidentes sobre a venda de tablets produzidos no Brasil. Isso se o parque da Foxconn em Jundiaí for capaz de produzir o aparelho. Por esse motivo, quem quiser esperar o tablet produzido no Brasil chegar às lojas, poderá ter vantagens, como comprá-lo por um preço menor em seu próprio país e ter todas as garantias oferecidas pelo varejista.
2 – Armazenamento em nuvem - A tela retina pode trazer dores de cabeça ao mesmo tempo em que entrega ótima qualidade. A nova resolução exige uma qualidade maior dos produtores de conteúdo. Qualquer vídeo com resolução inferior a 1.080 pixels pode se transformar em um verdadeiro desastre na nova tela. O mesmo acontece com imagens. Um arquivo de uma revista eletrônica pode aumentar muito. Para que os HDs de 16, 32 ou 64 GB não encham rápido, o usuário deverá confiar no iCloud e na transferência com o PC para que o novo iPad não fique entupido. Com a velocidade da conexão 3G no Brasil, a transferência de um vídeo ou revista com alguns gigas a mais não vai ser bem recebida. Ainda não sabemos como será feita a conversão de aplicativos em baixa resolução (feitos para iPad 2). Mesmo com uma solução genial, isso pode trazer desconforto aos usuários enquanto os desenvolvedores não se adaptam
3 – Brasil não tem 4G - Investir num dispositivo com suporte à conexão 4G LTE será um gasto com pouco proveito. Afinal, de acordo com a Anatel, só há previsão de redes LTE funcionarem no país no final de 2013. Mesmo assim, elas devem existir só nas grandes cidades, como São Paulo, Rio ou Brasília. Até 2013, provavelmente estaremos na quarta ou quinta geração do iPad. Vale lembrar, no entanto, que o novo iPad suporta redes HSPA+. Estas sim já existem no Brasil e oferecem qualidade de conexão bem superior ao 3G tradicional.
4 – Siri não fala português - Mesmo já falando Alemão, Japonês, Inglês e Francês, a assistente pessoal Siri ainda não concluiu suas aulas de língua portuguesa. Não há previsão para que os brasileiros e portugueses utilizem o recurso em sua língua nativa. Pelo histórico da Apple, que nem mesmo disponibiliza games na App Store brasileira, a versão tupiniquim pode nunca sair do papel.
4 motivos pelos quais o novo iPad vale à pena:
1 – Processador A5X – Durante a apresentação do novo iPad, Tim Cook destacou que o tablet reúne o que há de mais avançado para a categoria. Há, no entanto, uma inverdade nessa afirmação. O novo processador A5X mantém os mesmos dois núcleos da versão anterior. Seu principal diferencial são as quatro unidades de processamento gráfico.
O tablet Transformer Prime, da Asus, por exemplo, já possui um processador quad-core de 1,3 GHz e 12 núcleos de processamento gráfico. Ken Brown, porta-voz da Nvidia, criticou a apresentação da Apple por não apresentar os critérios de comparação entre o A5X e o Tegra 3. Durante a apresentação, Tim Cook afirmou que o novo processador A5X é 4 vezes mais rápido no processamento gráfico que seu concorrente Tegra 3. Mesmo com esses dados controversos, o processador representa uma evolução em relação ao iPad 2. Para os fãs de games e vídeos em alta definição, a atualização é mais que bem-vinda.
2 – Tela retina – A tela retina é a principal inovação do iPad. Com a impressionante densidade de 264 pixels por polegada, a qualidade de imagem é superior à apresentada na maioria dos televisores disponíveis no mercado, que trabalham com imagens Full HD (1.920 por 1.080 pixels). Isso significa que um vídeo em alta-definição seria exibido com contornos pretos na tela do novo iPad. Além da altíssima quantidade de pixels, a Apple promete uma maior taxa de contraste (na prática isso traz pretos mais pretos) e maior fidelidade nas cores.
3 – iSight - Ponto de críticas na versão anterior, a câmera passou por uma grande atualização. Com 5 megapixels, a nova iSight permite gravar vídeos em 1.080p a 30 quadros por segundo, conta com detecção de faces e estabilização de imagem. Com 0,7 megapixels, a câmera do iPad 2 oferecia uma qualidade desprezível.
4 – Rede LTE – A compatibilidade com a rede 4G é outro ponto forte. Ao contrário do HSPA+, que algumas operadoras brasileiras tratam como 4G, o Long Term Evolution (LTE) está se fixando como o principal padrão de alta velocidade para internet sem fio. Com uma grande malha de cobertura nos países que vão receber o iPad no dia 16 de março, a Apple se coloca na linha de frente da navegação de alto-desempenho.
Samsung Galaxy S II vendeu 20 milhões de unidades (Foto: Truth Leem/Reuters)
A Samsung divulgou na quinta-feira (1º) que vendeu mais de 20 milhões de unidades do smartphone Galaxy S II, principal concorrente do iPhone no mercado, em todo o mundo.
O número, no entanto, não foi suficiente para ultrapassar o iPhone 4. De acordo com dados da comScore, o aparelho foi o mais vendido no ano passado nos Estados Unidos e Europa. Entretanto, em aparelhos com sistema Android, o Galaxy S II é o mais vendido.
O Galaxy S II foi lançado em abril de 2011 e gerou brigas na justiça entre Samsung e Apple por acusações de quebra de patentes entre seus aparelhos. O smartphone da fabricante sul-coreana chegou a ter a venda proibida na Holanda.
O sucessor Galaxy S III deve chegar ainda em 2012 ao mercado e rumores apontam que ele pode ter um processador de quatro núcleos.
Com habilitações recorde em dezembro, Brasil termina 2011 com 242,2 milhões de celulares ativos. Crescimento de 19,36% comparado a 2010.
O Brasil fechou 2011 com mais de 242,2 milhões de acessos na telefonia móvel, segundo balanço divulgado hoje pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No ano, o Serviço Móvel Pessoal (SMP) registrou 39,3 milhões de novas habilitações (crescimento de 19,36%) e teledensidade de 123,87 acessos por 100 habitantes (crescimento de 18,33%. Só o Maranhão é o estado brasieliro com menos de um celular por habitante (teledensidade de 80,39%). Já o Distrito Federal ultrapassou o índice de dois acessos móveis em serviço por habitante.
Dezembro foi o mês de maior número de habilitações em 2011: pouco mais de 6,1 milhões. Um crescimento de 2,6% em relação a novembro. Do total de acessos em operação no país, 191,2 milhões são pré-pagos (81,81%) e 44 milhões pós-pagos (18,19%). No ano anterior (2010), havia 167,1 milhões de acessos pré-pagos (82,34%) e 35,8 milhões pós-pagos (17,66%).
Os terminais 3G (banda larga móvel) totalizaram mais de 41,1 milhões de acessos no ano; crescimento de 99,31% em relação a 2010.
A Vivo continua mantendo a liderança do mercado, com 29,54% de market share, seguida pela Tim (26,46%) e pela Claro (24,9). A distância entre a segunda e terceira colocada aumentou mais em dezembro. A Oi segue na quarta posição, perdendo mercado. Tem agora 18,7%.