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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Abatido, Demóstenes vai ao Senado e evita falar sobre suspeitas


Pela primeira vez desde o início das denúncias que o ligam ao empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) participou nesta quarta-feira de parte da sessão do plenário do Senado.
Abatido, o senador cumprimentou colegas, circulou pelos corredores e reiterou que só vai se manifestar sobre as denúncias no Conselho de Ética do Senado - que abriu processo para investigar se ele quebrou o decoro parlamentar e deve perder o mandato.
"Vou falar primeiro no conselho, depois eu falo com vocês", disse a jornalistas.
Demóstenes afirmou que foi "bem tratado" pelos senadores com quem conversou e decidiu retomar sua rotina no Senado. "A recepção foi boa, estou retomando os trabalhos."
Mais magro, o senador passou cerca de vinte minutos no plenário do Senado. Sempre acompanhado de assessores, retornou ao seu gabinete depois de circular pelos corredores da Casa. Nos últimos dias, Demóstenes tem comparecido ao Senado, mas fica trancado em seu gabinete.
O senador também tem telefonado para colegas em busca de apoio. Nas conversas, confirma que vai apresentar sua defesa ao Conselho de Ética na semana que vem. E afirma que vai provar a sua inocência com a disposição de adotar uma nova postura a partir de agora --de enfrentar as denúncias e os senadores.
Demóstenes procurou, inclusive, dois senadores que têm feito cobranças públicas ao colega: Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
"Ele disse que entendia a nossa postura, o caminho e os procedimentos que tomamos. Desejei boa sorte a ele. Disse que vamos garantir e assegurar a ele o devido processo legal e amplo direito de defesa", afirmou Randolfe.
INQUÉRITO
Amanhã, o Conselho de Ética se reúne para discutir o plano de trabalhos no processo que investiga o parlamentar. O relator, senador Humberto Costa (PT-PE), disse que o colegiado vai aprovar requerimento com novo pedido para o STF (Supremo Tribunal Federal) encaminhar à Casa a íntegra do inquérito da Operação Monte Carlo --que desmontou esquema de contravenção que teria Cachoeira em seu comando.
Integrantes do conselho argumentam que, no processo contra o senador, as informações que estão no inquérito sob segredo de Justiça são essenciais para as investigações sobre a possível quebra de decoro do parlamentar.
O STF já negou pedido para encaminhar o inquérito por argumentar que as informações são sigilosas. Depois de reunião com o ministro Ricardo Lewandowsky, realizada ontem, os senadores decidiram encaminhar um novo pedido com maior fundamentação --na expectativa que, desta vez, ele autorize o envio.
"Vamos aprovar amanhã, na reunião do conselho, um novo pedido mais centralizado naquilo que a gente quer. Não queremos ter acesso a nenhum documento sigiloso que não tenha relação com o senador Demóstenes", disse o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo.
Sergio Lima/Folhapress
Demóstenes Torres esteve no plenário do Senado, mas evitou falar sobre o caso Carlinhos Cachoeira
Demóstenes Torres esteve no plenário do Senado, mas evitou falar sobre o caso Carlinhos Cachoeira

Fonte: Folha.com

terça-feira, 6 de março de 2012

OS COVARDES E SEU MEDO DO PASSADO E DA VERDADE



 Eric Nepomuceno – Carta Maior

Luiz Eduardo Rocha Paiva é um dos que negam o passado. E, não satisfeito, vai além: trata de negar a verdade, que não costuma merecer o respeito dos covardes. Nega que Vladimir Herzog tenha sido trucidado na tortura. Diz duvidar que a presidente Dilma Rousseff tenha sido torturada. Nega que este país viveu debaixo de uma ditadura ao longo de longos 21 anos. E diz tamanhos disparates ao mencionar ações da resistência armada à ditadura que fica difícil concluir se mente de verdade ou apenas está enganado, por falta de conhecimento. O artigo é de Eric Nepomuceno.

Em dezembro, o Uruguai, em respeito a acordos internacionais assinados pelo país reconhecendo que crimes de lesa-humanidade cometidos por agentes do Estado são imprescritíveis, abriu brechas em sua esdrúxula lei de anistia para investigar seqüestros, assassinatos e torturas cometidos durante a última ditadura militar e punir os responsáveis. Na ocasião, o general Pedro Aguerre, comandante do Exército uruguaio, disparou uma frase contundente: “Quem nega o passado comete um ato de covardia”.

Lembrei da frase ao ver a formidável demonstração de covardia que está embutida na insolência do manifesto assinado por oficiais da reserva e, muito especialmente, pela impertinente mostra de cinismo oferecida por um general também da reserva, chamado Luiz Eduardo Rocha Paiva.

Antes de abandonar a caserna, esse cidadão passou 38 de seus 62 anos de vida como oficial da ativa. Espetou no peito as condecorações de praxe, ocupou postos de destaque (entre janeiro e julho de 2007, por exemplo, na segunda presidência de Lula da Silva, foi secretário-geral do Exército), fez um sem-fim de cursos altamente especializados. Ou seja: tem trajetória e transcendência dentro do Exército.

Luiz Eduardo Rocha Paiva é um dos que negam o passado. E, não satisfeito, vai além: trata de negar a verdade, que não costuma merecer o respeito dos covardes. Nega que Vladimir Herzog tenha sido trucidado na tortura. Diz duvidar que a presidente Dilma Rousseff tenha sido torturada. Nega que este país viveu debaixo de uma ditadura ao longo de longos 21 anos. E diz tamanhos disparates ao mencionar ações da resistência armada à ditadura que fica difícil concluir se mente de verdade ou apenas está enganado, por falta de conhecimento.

Não acontece por acaso essa insubordinação de militares da reserva (um dos arautos do movimento se vangloria de ter contado 77 oficiais generais entre os que assinaram a nota criticando duramente a presidente e desautorizando o ministro da Defesa, embaixador Celso Amorim). Além dos generais e brigadeiros (nenhum almirante), o manifesto reúne um significativo número de assinaturas de oficiais superiores (338 até a segunda-feira 5 de março) e outras muitas dezenas de subalternos. Pelo andar da carruagem, mais assinaturas se somarão. Com isso, torna-se cada vez mais difícil, em termos práticos, aplicar a correspondente punição, como pretende a presidente Dilma Rousseff. Mas há aspectos que chamam a atenção.

Chama a atenção, por exemplo, a inércia dos comandantes da ativa diante desse ato de nítida insubordinação. Afinal, onde está o tão incensado senso de disciplina que norteia os fardados? Desde quando passou a ser permitido a militares da reserva repreender rudemente a comandante suprema das Forças Armadas, prerrogativa Constitucional de Dilma Rousseff, ou negar autoridade ao ministro da Defesa?

Chama a atenção a não-coincidência de tudo isso acontecer às claras, rompendo as fronteiras dos comunicados, notas e manifestos que costumam coalhar a internet nas páginas mantidas pelas viúvas da ditadura, sempre em circuito fechado: agora, procuraram chegar à opinião pública mais ampla, e conseguiram.

Chamam a atenção a desfaçatez da afronta e a insolência da insubordinação, como se seus praticantes estivessem ancorados na certeza cabal da impunidade.

Chama a atenção, além do mais, o nítido e furioso temor da caserna diante da instalação da Comissão da Verdade que investigará os crimes praticados pelo terrorismo de Estado. É como um aviso: não cheguem perto que reagiremos, ao amparo da impunidade que consideramos direito adquirido.

Chama a atenção, enfim, que tudo isso ocorra quando um promotor da Justiça Militar, Otávio Bravo, tenha decidido abrir investigação sobre o seqüestro e desaparecimento de quatro civis por integrantes das Forças Armadas durante a ditadura. Há, é verdade, muitos outros casos, mas para começar foram escolhidos quatro especialmente emblemáticos: Rubens Paiva, Stuart Angel Jones, Mario Alves e Carlos Alberto Soares de Freitas. Há provas e indícios de que eles desapareceram depois de terem estado em instalações militares. Não há dúvida de que foram assassinados, mas tampouco há provas: seus restos jamais apareceram.

O promotor segue o exemplo de tribunais chilenos, que driblaram a lei local de anistia com um argumento cristalino: se o desaparecido não aparece, o seqüestro permanece, ou seja, trata-se de um crime contínuo, que não pode ser prescrito ou anistiado. Caso apareçam os cadáveres estará configurado o crime de ocultação, que tampouco terá prescrito ou sido anistiado.

Esse o passado que a caserna quer negar. Essa a covardia dos que temem a verdade. Essa a razão do que está acontecendo com os oficiais da reserva e com Luiz Eduardo Rocha Paiva, o mais prepotente dos impertinentes: além de negar o passado, ele nega a realidade.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Dezoito estados articulam em Brasília o pacto federativo


A chamada 'PEC 29', que aumentou os gastos dos estados com a Saúde; o novo Piso Salarial do Magistério, retroativo a janeiro e com impactos de diferentes intensidades para estados e municípios; e a possibilidade de aprovação da chamada 'PEC 30', que nivela os salários da Polícia Militar dos estados aos da PM do Distrito Federal. Esses são alguns dos fatores que unem praticamente todos os governadores em torno da certeza de que pelo menos 19 das 27 unidades da federação brasileira estarão irremediavelmente 'quebradas' a partir de 2013.

Preocupados com a situação, 18 estados representados por seus governadores ou vice-governadores estiveram reunidos, ontem (28), em Brasília, inicialmente na residência da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e mais tarde com o presidente da Câmara Federal, deputado Marcos Maia, e o presidente do Senado, José Sarney, no gabinete deste.
Os governadores buscam a efetivação do pacto federativo. Antonio Anastasia e André Pucciinelle, respectivamente, governadores de Minas Gerais e do Mato Grosso do Sul, afirmaram que os estados devem zerar seus interesses individuais para se unirem na principal questão coletiva, que é a da viabilidade econômica de todas as unidades da federação.
Marconi Perillo, governador de Goiás, ressaltou que provavelmente não conseguirá fechar as contas deste ano, tamanha é a diferença entre o orçamento do Estado e as demandas já regulamentadas para 2012. 'A situação é da maior gravidade e, caso não aconteça nada de novo em favor dos estados, estaremos todos inviabilizados', assegurou.
Os 18 estados reunidos, ontem, em Brasília, acataram a sugestão da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, de se dividirem em equipes de trabalho que vão se debruçar sobre as alternativas capazes de aliviarem a atual situação.
Uma das equipes vai trabalhar sobre a questão da divisão dos royalties do petróleo; outra sobre a renegociação da dívida dos estados; uma terceira equipe sobre a recuperação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do chamado comércio não presencial, ou seja, do crescente consumo de bens pela internet; uma quarta equipe de governadores vai discutir sobre a correção dos prejuízos produzidos pela Lei Kandir; um grupo para a questão do Fundo de Participação dos Estados (FPE); e outra equipe para os temas atinentes ao, Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), mais precisamente sobre os danos provocados pela guerra fiscal.
Feitos esses estudos, os estados, por meio dos seus representantes, voltam a se reunir para propor, ao Governo Federal e ao Congresso Nacional, novas fórmulas de obtenção de receitas, sem as quais, asseguram todos os governadores presentes, não há como atender as necessidades de investimento, pagar salários e cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Participaram dos encontros em Brasília os governadores de Alagoas, Teotônio Vilela Filho; do Distrito Federal, Agnelo Queiroz; de Goiás, Marcone Perillo; do Maranhão, Roseana Sarney; do Mato Grosso, Sinval Barbosa; do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli; de Minas Gerais, Antonio Anastasia; do Pará, Simão Jatene; do Rio Grande do Norte, Rosalba Rosado; de Rondônia, Confúcio Aires Moura; e de Roraima, José de Anchieta.
Como representantes dos governadores dos seus estados, participaram Domingos Aguiar Filho, vice-governador do Ceará; Rômulo Gouveia, vice-governador da Paraíba; João Oliveira, vice-governador do Tocantins; deputado federal Átila Lira, do Piauí; e representantes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Fonte: Jornal Pequeno

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Hugo Chávez tem entre 1 e 2 anos de vida, diz WikiLeaks


Os médicos russos e cubanos que atenderam o presidente venezuelano, Hugo Chávez, em junho do ano passado deram a ele entre um e dois anos de vida, divulgam nesta terça-feira os jornais espanhóis "Público" e "El País" a partir de documentos revelados pelo WikiLeaks.
WikiLeaks teve acesso a milhares de e-mails da Stratfor Global Intelligence, uma empresa americana privada de segurança.
Chávez está em Cuba desde sexta-feira para passar por nova cirurgia de retirada de lesão na mesma região da qual foi extraído um tumor cancerígeno em junho.
Enquanto o presidente venezuelano se prepara para submeter-se a terceira operação em menos de um ano, WikiLeaks publica e-mails sobre a saúde do líder e seu futuro.
Pelos e-mails, os médicos russos e cubanos que atenderam o líder em junho do ano passado deram a Chávez no máximo dois anos de vida, revela "El País".
MÉDICOS RUSSOS
Uma mensagem de 5 de dezembro enviada de George Friedman, fundador da empresa, Reva Bhalla --para a diretora de análise da Stratfor-- revela as críticas da equipe médica russa sobre o primeiro tratamento de Chávez em junho de 2011, quando foi operado de um abscesso pélvico em Havana. As informações partiram de uma fonte que trabalha com Israel.
Os médicos russos disseram que os cubanos não têm equipamentos apropriados para tratar Chávez e acusavam de ter feito uma "cirurgia incorreta" da primeira vez para tentar extrair o tumor, acrescenta o periódico espanhol.
Poucos dias depois, esta equipe russa foi encarregada de fazer a segunda intervenção de "limpeza" na região pélvica, de onde retirado um "tumor do tamanho de uma bola de beisebol", descreveu o próprio Chávez.
"É por isso que os russos dão menos de um ano de vida ao líder enquanto os cubanos dois", acrescenta a informação.
O informante detalha - ainda de acordo com o e-mail - que o tumor de Chávez começou com o surgimento de um volume "perto da próstata que se estendeu para o cólon". Conforme fontes médicas confiáveis, o câncer se propagou dos nódulos linfáticos até a medula óssea.
O site do jornal espanhol "Público" também traz a mesma informação do WikiLeaks e ressalta que a citada equipe médica garante que o câncer de Chávez "se estendeu para os nódulos linfáticos e a medula espinhal".
Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress
Fonte: Folha.com

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A toga (por Hélio Amorim)



        Helio Amorim*

A toga sacralizava e protegia suas excelências como uma corporação de vestais incorruptíveis. Não é.
Como todo grupo humano, não está blindado contra a serpente que oferece maçãs apetitosas por sentenças bondosas. O Gênesis já contava essa história que acabou em expulsão do paraíso.

A corajosa magistrada que comanda o CNJ foi moralmente massacrada pela associação que congrega seus pares pela audácia em vasculhar togados “cidadãos acima de qualquer suspeita”, como o personagem do filme de Costa Gravas. Cometia crimes, deixava pistas de propósito, para testar e confirmar a impunidade pela sua fama de incorruptível.

Como espectadores tantas vezes perplexos da tríade de poderes da república, o judiciário sempre nos pareceu uma caixa de pandora escondendo mistérios e fantasmas. Melhor não mexer. Não se sabe o que pode sair dela.



Sentenças judiciais não são resultado de uma objetividade explícita do texto legal, resumida em sim-não. “Cada cabeça, uma sentença”, diz-se como explicação de surpresas em decisões judiciais. Prova irrefutável: cortes colegiadas de segunda instância e tribunais superiores decidem por maioria de votos individuais de desembargadores e ministros togados em sentenças contrárias possíveis. Considerando que todos os magistrados desses colegiados são
juristas de alto saber no seu intrincado campo legal significa que ambas decisões seriam legalmente justas. Um voto de eventual desempate, como o do princípio deste mês, tem consequências de grande impacto sobre muitas vidas, pode prender ou libertar, favorecer ou contrariar interesses econômicos e financeiros de montantes estratosféricos. Com certa dose de maldade o povo faz ilações preocupantes. Quanto valerá optar pelo sim ou pelo não, se ambos são legalmente justos?

Não podíamos avançar nesse campo de suspeitas maldosas até surgir essa reação furiosa contra o poder de o CNJ investigar esses meritíssimos senhores e senhoras. Qual é o medo da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)? Certamente as investigações poderão chegar a descobrir malfeitos de algumas dúzias de juízes, uma minoria insignificante, sem riscos de tsunamis.

Será saudável para o prestígio do poder judiciário. Ao mesmo tempo será uma advertência aos magistrados com formação ética menos robusta sobre o perigo de cair em tentações. São pessoas humanas com as limitações próprias de sua natureza e não faltam serpentes insidiosas, guardiãs de cofres cheios de dinheiro gerado por conhecidos golpes e maracutaias.

A nossa parte de culpa é evidente: elegemos os políticos que por sua vez escolhem ministros do executivo e magistrados para os tribunais maiores. “Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido” é o bordão constitucional repetido para definir a democracia nos discursos de palanque. Se os eleitos, entretanto, dividem seus compromissos entre o povo e os financiadores de suas campanhas, adeus rigorismos éticos. É preciso pensar na próxima disputa eleitoral, justifica-se o parlamentar flagrado com o dinheiro na cueca e nas meias.

Em suma, investigações sobre desvios de comportamento nos três poderes, em todos os níveis de governo, com prazos definidos para conclusão e punições exemplares são como água benta contra tentações ofídicas, nesta terra de maçãs saborosas. As macieiras estão carregadas de obras do PAC, Copa do Mundo e Olimpíadas. Cuidado! Tudo começa com uma pequena e saborosa mordida. “Vade retro...”

*Membro do Movimento Familiar Cristão (MFC) e Instituto da Família (INFA).


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Austrália: Kevin Rudd vai disputar liderança pelo Partido Trabalhista





DM - Lusa

Sidney, Austrália, 24 fev (Lusa) - O ex-ministro australiano dos Negócios Estrangeiros, Kevin Rudd, anunciou hoje que vai lutar pela liderança do Partido Trabalhista na votação interna de segunda-feira contra a primeira-ministra, Julia Gillard.

"Decidi disputar a liderança do Partido Trabalhista", revelou Rudd em conferência de imprensa.

Julia Gillard afastou Kevin Rudd do cargo de primeiro-ministro, em junho de 2010, num golpe interno, e o seu Partido Trabalhista, de centro esquerda, venceu as eleições desse ano sem maioria absoluta.

Depois de Rudd ter renunciado ao cargo de chefe da diplomacia da Austrália por não ter o apoio da primeira-ministra, Julia Gillard decidiu convocar uma votação para a liderança do Partido Trabalhista e desafiou o ex-líder a aceitar o seu desafio, prometendo que se retirará e renunciará a disputas futuras pela liderança do partido, caso saia derrotada na segunda-feira apelando a Rudd para que faça o mesmo.

O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou que a sua decisão responde ao desejo de reconquistar a confiança dos eleitores no partido para evitar uma derrota nas próximas eleições, agendadas para 2013.

Rudd, que defendeu que o voto deve ser secreto, conta com o apoio de cerca de um terço da bancada do Partido Trabalhista, de acordo com a imprensa local.

Hoje, as sondagens sugerem que o partido sofreria uma derrota devastadora, mas Gillard garante que tem o apoio dos seus colegas.

Fonte: Página Global

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Beija a flor do "panis et circenses"

A todos indico a leitura do artigo abaixo, de autoria do meu caro amigo, Professor Jorge Leão.


A indústria cultural vende seus modelos, impondo seus estigmas. Embalada pela utilidade do corpo em seu aspecto aparente, a mídia noticia o ritmo do Maranhão sob a imagem de um beija-flor...



A homenagem da cidade de São Luís na cidade “maravilhosa” retrata o sucesso da propaganda eleitoreira, que visa manter no poder o mesmo sistema-do-mirante, agora em ritmo de samba e bumba-boi.

A marca deste investimento milionário será mostrar uma casca, uma imagem aparente e fictícia do Maranhão, que vê os seus brincantes na passarela sendo títeres do fracasso social, político e cultural de nossa cidade e nosso empobrecido estado, enquanto nas arquibancadas a platéia assiste aturdida o desfile de um carro iluminado na passarela de um carro abre-alas que nunca foi nosso.

Aqueles que possuem um pouco de percepção logo observarão que este carnaval é para poucos, pois ele se alimenta do comércio da cultura e do analfabetismo político de milhões de maranhenses que vão olhar extasiados o desfile da escola, sem entender por que no estado mais pobre do Brasil o povo é tão “feliz”, mesmo sendo tão excluído...

Não se faz imagem de cultura de um povo sem a garantia de que o mesmo possa usufruir de justiça social, de uma política de renda equitativa, da extinção do latifúndio (o Maranhão é o estado que possui mais mortes no campo em todo o país por conflitos de terra), da erradicação do trabalho escravo (milhares de maranhenses trabalhando dentro e fora do estado sem as mínimas condições de saúde e dignidade), do fim do analfabetismo funcional (que assola cerca de 1.300.000 maranhenses), e da eliminação da mortalidade infantil (uma das mais altas do mundo).

Esses são pontos chave para compreendermos o porquê de tanta festa, patrocinada pelo governo do estado. O sistema-do-mirante aqui nestas terras se alimenta da falência social, econômica, cultural e política da maior parte dos maranhenses, que se encontram aplaudindo o continuísmo de um império oligárquico que sempre expõe seus tentáculos sobre a farsa folclórica de um povo que continua a esquentar seus pandeirões na fogueira da miséria e da falência na educação, e no sistema de saúde vergonhoso a que se encontra padecendo grande parte de nossa população.

Mesmo passada a ditadura militar no Brasil, vive-se no Maranhão a ditadura da politicagem, que exclui a população pobre do campo, pois se encontra vendida pelos coronéis do latifúndio e do agronegócio. Soma-se a isso o feitiço do boi, que agora não morre mais, pois presta serviços caros ao dono da fazenda.

 Com este cenário, surge, ao lado da fome e da miséria, a propaganda de que ‘é bom demais viver no Maranhão’. Este é o setor onde a indústria do pão e circo explora com maior eficiência, utilizando-se do controle midiático para falsear a realidade, dizendo a todo o Brasil que o povo maranhense sabe fazer festa...

O objetivo único deste sistema-do-mirante é a manutenção de uma massa de vacas de presépio, sempre dispostas a acatar incontestavelmente, ao comando dos pandeirões, matracas e tamborins, o traço infeliz de um povo que sorri de sua miséria, ainda tendo que ver um falso beija-flor pousar em um jardim de flores artificiais.
 
Jorge Leão
Professor de Filosofia do Instituto Federal do Maranhão

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O Burro e o Elefante

Muita gente pode não saber, mas os símbolos dos dois partidos políticos que dividem a cena da luta pelo poder nos Estados Unidos da América são dois animais bem peculiares: um elefante e um burro.

O símbolo dos Democratas é o burro. Sim um burrinho azul e vermelho. A característica buscada na figura desse animal é o trabalho, a resistência. Mas há quem diga que o burro é, na verdade, símbolo de teimosia. Já o animal que simboliza os Republicanos é o elefante vermelho. O partido, de ideologia explicitamente conservadora, apelidado de "Grand Old Party" (GOP), tem por símbolo o animal que representa a sabedoria. Num sentido pejorativo, porém, o paquiderme seria a representação do que é lento e pesado.

O perfil ideológico do Partido Republicano, como destacado anteriormente, é o do conservadorismo de direita. Costuma associar-se à população branca, anglo-saxônica e protestante (WASP - "White Anglo-Saxon Protestant"), de inclinação religiosa, moralista, apoiado por profissionais liberais e empreendedores. A cor que o representa é a vermelha.

O Partido Democrata, de centro-esquerda, segue a linha liberal, sendo apoiado por sindicatos, minorias étnicas e religiosas, setores intelectuais da sociedade e pelos trabalhadores de um modo geral. A cor que representa o partido é a azul.


Símbolo do Partido Democrata:



Símbolo do Partido Republicano:



Presidentes republicanos dos Estados Unidos



Presidentes democratas

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