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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

COMO O BRASIL MUDOU A MINHA VIDA (Lea Ferno)

"Aprendi muito com os brasileiros"


A história de amor entre a alemã Lea Ferno, de 31 anos, e o Brasil começou há sete anos. Estágios no Rio, em São Paulo e em Brasília mudaram o rumo de sua carreira e vida amorosa, além de lhe ensinarem a ter paciência.
Lea Ferno
Lea fazendo turismo na Chapada da Diamantina, em 2011
"Se eu não tivesse morado no Brasil, minha vida seria muito mais monótona. Foi lá que descobri o que eu queria fazer da vida. Eu estudava Estudos Latino-Americanos em Colônia e comecei a me interessar pelo Brasil e pelo português. Eu achava o idioma e sua melodia muito bonitos e pensei que tinha que ir para o país para aprendê-lo. Então, consegui dois estágios, um no Rio, por três meses nos estúdios da emissora alemã ZDF, e outro em São Paulo, também por três meses, na fundação alemã Friedrich Ebert.
Essa experiência em São Paulo, em 2010, me marcou para sempre. Eles trabalhavam com projetos sociais. Tinha uma ONG que fazia uma revista escrita por adolescentes e seminários com jovens do Brasil inteiro. Eles eram tão engajados, num país marcado pela pobreza e pela desigualdade. Eu me identifiquei, me deu vontade de ajudar.
Tanto que hoje, sete anos depois, trabalho com algo parecido aqui na Alemanha. Estou na organização Kindernothilfe e dou apoio a projetos sociais com crianças no Brasil. Em novembro, viajo para lá a trabalho. Fico muito feliz em fazer algo que para mim faz sentido e para um país com que me identifico.
Ao mesmo tempo em que quero ajudar, respeito muito o Brasil, não acho que sei mais que as pessoas de lá. Aliás, aprendi muito com os brasileiros. Sempre achei impressionante a paciência. Na fila ou no trânsito, por exemplo. Uma vez o ônibus errou o caminho, e ninguém ficou com raiva. Aprendi que muitas vezes a raiva só atrapalha e que é melhor deixar para lá. Em outros momentos, eu pensava: ‘Gente, agora é hora de reclamar.' É um país mais caótico, mas sempre se consegue escapar com o jeitinho brasileiro, a flexibilidade.
Eu queria aplicar mais isso. Agora que faz tempo que morei lá, já voltei a ser alemã em muitas coisas. Mas quando tenho que andar de trem e reclamo dos pequenos atrasos, penso nas pessoas que passam horas a caminho do trabalho no Brasil e, muitas vezes, fazem isso sem reclamar. E ainda tenho o jeitinho brasileiro todos os dias em casa: meu namorado, um baiano que conheci em Brasília.
Lea Ferno
Lea em sua primeira para no Brasil, o Rio de Janeiro, em 2010
Como alemã, gosto muito de planejar, e ele – e conheço mais brasileiros assim – não entende muito bem por que aqui a gente tem que marcar as coisas com antecedência. Por que não se pode simplesmente visitar um amigo espontaneamente, dizer: "Vou passar na sua casa.” Eu preciso desse planejamento, gosto dessa Vorfreude (expectativa), e talvez tenha sido justamente o que me fez organizar várias idas ao Brasil.
Desde os primeiros estágios, no Rio e em São Paulo, eu sempre quis voltar para o país. Fui algumas vezes de férias e consegui um estágio em Brasília em 2012, na Unaids. Entre os amigos que fiz lá, estava uma menina que trabalhava como empregada doméstica e estudava à noite. Fiquei impressionada com essa força de vontade dela. Acho que os brasileiros lidam muito bem com as dificuldades, enquanto aqui muitas vezes se reclama por bobagem.
Tenho contato com pessoas que conheci no Brasil até hoje. Encontrei muita gente simples e acolhedora na rua. As pessoas têm tanta energia. Aliás, tem muita energia em tudo. Também adoro a cultura, a música – MPB, samba, Seu Jorge, Vanessa da Mata – e a dança – forró, samba de gafieira. Conheci meu namorado num grupo de dança. E adoro um simples prato de arroz, feijão, salada e carne e as lanchonetes com sucos frescos.
O país tem tantas riquezas diferentes, com sua mistura cultural, sua natureza. O Brasil tem muitas cores fortes, o verde brilhante, muito sol. Eu gostava de pegar na mão a terra vermelha, que não temos aqui. E tem tantos lugares incríveis, como as praias de Ilhéus, os rios e ilhas do Pará. Uma vez escalei a Pedra da Gávea à noite para ver o nascer do sol. Foi lindo.
Pode até ser que se eu tivesse feito um estágio num projeto social na África, por exemplo, e não no Brasil, minha vida fosse diferente agora. Mas não sei, tem muitos países que acho interessantes, mas não como o Brasil. Talvez minha alma seja um pouco brasileira, sempre me senti em casa lá. Do que mais sinto falta são as pessoas, a alegria, a espontaneidade, o calor. Apesar de todos os problemas do país, acho que dá para ter uma vida muito boa no Brasil. Quem sabe ainda vou morar lá algum dia."
Na série Como o Brasil mudou minha vida, a DW conta a história de alemães que viveram no país.
Reportagem publicada no site da DW Brasil: http://www.dw.com/pt-br/aprendi-muito-com-os-brasileiros/a-40587051

sábado, 28 de julho de 2012

Maranhão tem a maior frota de motos do país, aponta relatório

Do G1 MA

Em relatório de frota divulgado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o Maranhão aparece como o Estado brasileiro que possui o maior percentual proporcional de motos em circulação em relação a proporção do país.

Segundo os dados do Denatran, a proporção nacional de motos para a frota de veículos é 22,25%, mas, no Maranhão, essa proporção chega a 49,57%.

A frota total de veículos no Estado chega a mais de 1 milhão de veículos entre automóveis, caminhões, caminhonetes, ônibus, micro-ônibus. Destes, são 504.335 motos contra 293.175 automóveis de outros tipos em circulação.

Pelos dados, pode-se afirmar que, para cada 10 veículos nas ruas no Estado, existem 5 motos em circulação. Ainda de acordo com os dados do Denatran, o Maranhão foi o Estado que mais cresceu a frota de motos (63,9%) de 2009 a maio de 2012, em comparação com os Estados do Nordeste e em comparação com a frota nacional (motos 30,3%).

Interior do EstadoImperatriz tem a maior frota de motocicletas do interior do Maranhão. São 40 mil em circulação e 27 mil carros. Caxias possui 22 mil motos, Timon 17 mil; em Balsas, 16 mil; Bacabal, 15 mil e em Codó, 13 mil, seguem essa lista das maiores frotas de motos do Maranhão.

Frota e acidentesDados do Ministério da Saúde revelam crescimento no número de internações provocadas por acidentes envolvendo motociclistas no Maranhão. Entre 2008 e 2011, este número passou de 577 para 1193 por ano. E o custo destas internações pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) também aumentou de R$ 500 mil para R$ 650 mil. A quantidade de mortes também subiu 30%.

Fonte: http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2012/07/maranhao-tem-maior-frota-de-motos-do-pais-aponta-relatorio.html

quinta-feira, 12 de julho de 2012

PF realiza maior apreensão de dinheiro falso do país


Um casal foi preso em Curitiba com 682 000 reais em notas falsificadas. Parte delas seria destribuída nas imediações de um estádio de futebol

Cida Alves
O dinheiro apreendido pela PF em Curitiba: 682 mil reais em cédulas falsas
O dinheiro apreendido pela PF em Curitiba: 682 mil reais em cédulas falsas (Divulgação/PF)
A Polícia Federal (PF) de Curitiba, capital do Paraná, apreendeu na noite desta quarta-feira 682 000 reais em notas falsas. Essa foi a maior apreensão de dinheiro falsificado já registrada no país até hoje. A quantia estava com um casal, abordado no bairro Cajuru quando trocava notas entre si.
Segundo informações do departamento de Comunicação da PF, o casal era monitorado há alguns dias pelos policiais. O homem, de 50 anos, foi identificado como distribuidor do dinheiro falso. Ele estava com a maior quantidade de cédulas. A mulher levava uma quantidade menor e afirmou que o dinheiro falso seria distribuído nas imediações do estádio Couto Pereira, onde era disputada a final da Copa do Brasil entre Coritiba e Palmeiras.
O casal foi preso e levado para a sede da PF no bairro Santa Cândida. O dinheiro falso será periciado pelo setor técnico-científico da PF e depois encaminhado para o Banco Central, responsável pela destruição das notas.
Fonte: 

domingo, 24 de junho de 2012

Venda de tablets cresce 351% no país

Neste ano, para cada quatro notebooks ou netbooks, deve ser vendido um tablet, projeta a consultoria especializada em tecnologia IDC. No ano passado, essa relação era de dez para um

Tablet Usuário com tablet (Agência Brasil)
 
Os brasileiros estão aderindo cada vez mais aos tablets. Com a queda nos preços, as vendas crescem no país e avançam sobre notebooks e desktops (computadores de mesa). Mais de 370 mil aparelhos foram vendidos nos três primeiros meses do ano no país, segundo dados divulgados pela consultoria especializada em tecnologia IDC, o que representa um aumento de 351% sobre o mesmo período do ano passado.

Nos cálculos da IDC, o Brasil deve fechar 2012 com a venda de 2,5 milhões de aparelhos, ante 800 mil do ano passado - alta de 212,5%. Em 2010, foram 110 mil. "A taxa de crescimento da venda de tablets é mais acelerada que a dos notebooks e desktops", diz o analista para o mercado de tablets da IDC, Attila Belavary.

Neste ano, para cada quatro notebooks ou netbooks, deve ser vendido um tablet, projeta a IDC. No ano passado, essa relação era de dez para um. Já para cada sete notebooks e desktops este ano deve ser vendido um tablet, ante uma relação de 18 para um em 2011.

O grande indutor desse aumento é a redução dos preços. Algumas empresas nacionais já contam com os benefícios tributários concedidos pelo governo por meio do Processo Produtivo Básico (PPB), como a Positivo. Já as multinacionais Samsung e Motorola também usufruem da medida por fabricarem localmente. A estimativa da IDC era que, no início do ano passado, apenas 3% dos tablets custassem abaixo de R$ 1 mil, porcentual que se elevou a cerca de 33% nos primeiros três meses deste ano.

Antes, eram poucas as opções e os tablets eram muito caros", diz o diretor de Estudos de Mercado da consultoria IT Data, Ivair Rodrigues. Atualmente, no mercado brasileiro há uma divisão básica entre três faixas de preços por marcas: o iPad, da Apple, na maior; o Galaxy, da Samsung, e o Ypy, da Positivo, entre outras, no meio; e os importados de marcas menos conhecidas, a maioria chinesa, na faixa de baixo. "Os mais baratos representaram cerca de metade das vendas do setor em 2011", estima Rodrigues.

Nacionais - A Positivo Informática lançou em setembro de 2011 o seu tablet, o Ypy, e as vendas superaram as expectativas, afirma a diretora de desenvolvimento de produtos, Adriana Flores. "Se tivéssemos mais produtos, poderíamos estar vendendo mais." Ela conta que o foco da companhia segue na classe média, com aparelhos na faixa de R$ 999 e sistemas operacionais em português. Não é objetivo da Positivo concorrer com o iPad.

Outra fabricante nacional é a DL, cujo público é as classes C e D. As vendas começaram no primeiro semestre do ano passado, com cerca de mil peças por mês, diz o diretor da empresa, Paulo Xu. Porém, cresceram apenas quando a empresa reposicionou os produtos na faixa a partir de R$ 399. No último trimestre do ano passado, as vendas mensais atingiram 86 mil peças.

"Não queremos as classes A e B. Queremos completar este mercado, com preços para atender todos os bolsos", afirma Xu. Neste ano, a demanda continua aquecida e a DL investe para aumentar a capacidade produtiva. De janeiro a maio, a produção já subiu 150% e, até agosto, a empresa projeta mais 300%, com foco nas encomendas de fim de ano das grandes redes varejistas.

Notebooks - Mesmo com a aceleração das vendas, os especialistas ainda enxergam espaço para o aumento das vendas de notebooks e desktops. Isso porque as taxas de penetração ainda são baixas, quando comparadas a mercados mais maduros. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), existe cerca de um computador para cada dois habitantes no Brasil, enquanto nos EUA é de 1,1 para cada americano. "Nos EUA já se vende quase um tablet a cada PC", destaca Belavary, da IDC.

(Com Agência Estado)

Fonte: veja.abril.com.br

quinta-feira, 21 de junho de 2012

País alcança 75 milhões de acesso à banda larga

Agência Brasil
JUSTIN SULLIVAN/AFP/JC
A banda larga móvel representa a maioria dos acessos, com 56,4 milhões de conexões.
A banda larga móvel representa a maioria dos acessos, com 56,4 milhões de conexões.
O total de acessos à internet, por meio de conexão banda larga no País, somou 75 milhões em maio deste ano, com um crescimento de 74% em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), desde o início do ano, foram ativados 15,4 milhões de novos acessos fixos e móveis à internet rápida.
A banda larga móvel representa a maioria dos acessos, com 56,4 milhões de conexões. Desse total, 11,2 milhões são de modems de acesso à internet, segmento que cresceu 72,3% desde maio de 2011. Os acessos de terceira geração (3G), que incluem os smartphones, somaram 45,2 milhões, com crescimento de 128,6% na comparação com maio do ano passado. A banda larga fixa chegou a 18,7 milhões de acessos.
A cobertura das redes de terceira geração, que permitem a conexão móvel à internet em alta velocidade, já está presente em 2.958 mil municípios e a infraestrutura de banda larga fixa está instalada em todo o país.

Fonte: Jornal do Comércio

sábado, 2 de junho de 2012

Eles mostraram a real cara do Brasil ao brasileiro


No centenário de nascimento de Nelson Rodrigues e Jorge Amado, especialistas explicam como obra dos autores influeciaram a cultura do país
Jorge Amado nasceu em 10 de agosto de 1912, na Bahia. Treze dias depois, em Pernambuco, nasce Nelson Rodrigues. Apesar de terem visões políticas totalmente opostas, os escritores tiveram grande importância para a história cultural do Brasil. Rodrigues era anticomunista. Já Amado simpatizava com a esquerda. Mesmo assim, ambos sofreram com a censura em seus trabalhos. Outro ponto em comum entre os dois é a abordagem da sexualidade em suas obras, que renderam tanto a um quanto ao outro o repúdio da elite brasileira. No ano de centenário de nascimento desses brasileiros, especialistas analisam o papel que suas obras têm ainda hoje para o relato do cotidiano e dos costumes do povo à época de seus romances.
Linha do tempo compara trajetória dos dois artistas. (Imagem: Paula Zogbi Possari e Meire Kusumoto)
Dois “Jorges”
Jorge Amado ajudou a difundir a cultura do Brasil no exterior e, por que não dizer, aos próprios brasileiros. Com livros publicados em mais de 50 países e em 49 idiomas diferentes, o baiano tornou-se popular principalmente pelo seu variado repertório de assuntos, como conta a doutoranda Marly D’Amaro Blasques Tooge na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. “Ele toca em questões fundamentais, como relações de trabalho, raça, matrimônio e a estrutura da sociedade capitalista”, diz. O professor de Literatura Brasileira, Antonio Dimas, concorda ao dizer que, “mais que temas, Jorge escolhe gentes muito parecidas com a que ainda vemos no nosso cotidiano, nas esferas mais diversas”.
Jorge é conhecido por caracterizar o povo baiano e as classes sociais mais baixas. Na juventude, muda-se para o Rio de Janeiro para cursar Direito. Ainda na faculdade, toma contato com o movimento comunista, que se reflete em suas obras. “No trabalho dele há muita identificação de uma grande massa. A linguagem é acessível, diferente de outros autores contemporâneos mais rebuscados. Até como comunista, Jorge não escrevia para a elite”, explica Marly.
O escritor chega a ser deputado federal pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro), mas é cassado depois que o partido perde o registro, na ditadura do Estado Novo, em 1948. Com as perseguições políticas e as desilusões quanto ao método totalitário que o comunismo tinha adotado, Amado se desvincula do PCB e abandona a militância. Alguns críticos dividem a obra do escritor a partir desse ponto. “Depois disso ele se aproxima muito do candomblé e faz obras dedicadas a mulheres, criando personagens como Gabriela, Tieta, Dona Flor. Mas continua com a temática social”, conta Marly. Para Dimas, “existe um Jorge antes e outro depois” de sua militância. “O melhor é o que vem depois. É um Jorge livre de dogmatismos políticos, menos idealista. Portanto, menos autoritário e menos professoral”, explica. O divisor de águas de seu trabalho, segundo o professor, é Gabriela, Cravo e Canela, romance de 1958. A obra, que virou novela nas décadas de 1960 e 1970, ganhará uma nova montagem na televisão ainda esse ano.
Além de revelar a cultura do Brasil ao exterior, Jorge também colaborou na popularização de temas que eram pouco retratados pelos artistas: o Brasil do interior. “Ele deu [à televisão] um sotaque mais abrangente, deixando claro que o país não se limita apenas aos 8 mil km de litoral. Que ele é mais profundo também”, conclui Dimas.
O teatro pós Nelson
Nelson Rodrigues era mestre em causar reações ambíguas. Em vida, foi considerado gênio e idiota, moralista e tarado. Defendia um estilo próprio de jornalismo, no qual cabiam até algumas mentiras, e alinhou-se à ditadura militar nos anos 70, apesar de ter a obra fortemente censurada.
“Aos cem anos de nascimento, Nelson Rodrigues merece ser lembrado como um autor que revolucionou o texto dramático brasileiro”, afirma Berta Waldman, professora de literatura hebraica e judaica da FFLCH e pesquisadora de Nelson Rodrigues. A peça Vestido de Noiva, encenada pela primeira vez em 1943, é considerada um marco do teatro moderno no país. “Com vergonha de dizer às pessoas que havia escrito a peça em seis dias, Nelson mentia dizendo que havia levado seis meses para escrevê-la”, conta Priscila Melo, jornalista e especialista no autor.
A aclamação no âmbito teatral foi quase imediata: Vestido de Noiva é apenas sua segunda peça. No entanto, atingir o ápice no início da carreira teve seus pontos negativos. De acordo com Berta Waldman, o próprio autor costumava dizer: “Com Vestido de Noiva, conheci o sucesso; com as peças seguintes, perdi-o, para sempre”.
A terceira peça foi Álbum de Família, publicada em 1946. Ela foi encenada cerca de 20 anos depois, por ter sofrido censura. “Sua publicação foi marcada pela reação da crítica que não sabia como se posicionar perante o acumulo de incestos e de relações marcadas pela violência, antagonismo e morte”, conta Paulo Maciel, pesquisador de teoria e história do teatro. “Boa parte da sociedade da época repugnava suas obras literárias, acreditando que estas poderiam instigar as pessoas a terem os mesmos desejos relatados”, completa Priscila Melo.
Censura
Nelson era anticomunista declarado. Usava suas crônicas para debochar da esquerda brasileira e defender o golpe militar de 1964. Apesar disso, foi o autor mais censurado no teatro brasileiro. A acusação era de “representar uma ameaça às famílias, a sua moral e aos bons costumes. Em sua defesa o dramaturgo alegava a burrice dos censores que não percebiam a moralidade de seu ‘teatro desagradável’”, explica Maciel.
Muito além do teatro
Apesar ter sido imortalizado como dramaturgo, Nelson Rodrigues estreou no campo das letras como jornalista, aos 13 anos, no periódico A Manhã, que pertencia a seu pai. Ele teve uma produção significativa em diversos gêneros textuais. “Nelson transitou do jornalismo à crônica, passando pelo conto, pelo teatro, romance, pelas confissões e memórias”, conta Maciel.
Grande parte do estilo do autor vem da época em que foi repórter policial. “Nelson Rodrigues é o único jornalista brasileiro a possuir uma tipologia própria e uma resistência ao ‘novo’ jornalismo objetivo implantado pelos norte-americanos”, afirma Priscila Melo. De acordo com a pesquisadora, Nelson utilizava a subjetividade e até a ficção para relatar um fato. Eram acrescentadas falas no corpo das matérias, sem deixar de usar os elementos referenciais para dar credibilidade à notícia.


Fonte: Jornal do Campus

quarta-feira, 30 de maio de 2012

FHC diz que país está sem plano de voo e critica rumos da economia



Fernando Henrique Cardoso faz uma análise do momento econômico e afirma que o Brasil está sem plano de voo para um rumo ao desenvolvimento. Um plano de voo, diz, é saber onde se quer chegar e unir a sociedade nesse sentido. Segundo ele, é preciso criar novas frentes de investimento, de inovação tecnológica e incentivar a poupança e não só o consumo, como está sendo feito. Para FHC, a falta de um plano de voo para o País é um dos motivos que afasta o jovem da política. Fernando Henrique diz que o jovem vê a política como manobra, interesse, não vê grandeza. Para reverter isso, ele afirma que é preciso inovar porque o jovem quer inovação rumo a uma sociedade decente e com mais igualdade. Sem criticar diretamente o atual governo, FHC diz que é preciso um plano de desenvolvimento para o Brasil e não apenas de crescimento.
Fonte: observadorpolitico.org.br

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Novas regras para vistos para os EUA entram em vigor


SÃO PAULO - Entraram em vigor no país, nesta segunda-feira, as novas regras para a solicitação de visto para os Estados Unidos. Segundo o Consulado Geral em São Paulo, o posto que emite mais vistos americanos no mundo - o Rio é o quinto-, o processo está menos burocrático e mais rápido, além de mais barato para vistos de turismo e negócios, que representam a maioria das solicitações.


Antes, nos dois casos acima, o solicitante gastava cerca de R$ 380. Com o novo sistema, desembolsará uma taxa única no valor de US$ 160 (aproximadamente R$ 300). Outra mudança, de acordo com o Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, é o tempo de espera para agendamento. Na capital paulista, por exemplo, todo o processo, do preenchimento do formulário até a entrega do passaporte com o visto, chegava a durar mais de 50 dias. Agora, levará cerca de 30. Nos demais consulados e embaixada, o tempo de espera é menor, por conta da menor demanda.

A entrevista para obtenção de visto deverá ser marcada através do website
http://brazil.usvisa-info.com, onde o visitante pode, também, pagar a taxa única. Caso prefira, o pagamento pode ser feito por telefone ou através de um boleto bancário gerado no próprio website - antes as taxas eram pagas apenas no Citibank, com passaporte.
A princípio, os solicitantes deverão entregar documentos, tirar foto 5 x 7 (sem custo adicional) e recolher digitais em um dos Centros de Atendimento ao Solicitante de Visto (Casv), que serão abertos no próximo dia 7 de maio em Brasília, Belo Horizonte, Recife, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Se necessário, em uma nova data - no máximo uma semana depois-, o solicitante terá de comparecer a um consulado ou embaixada em Brasília. Todo o processo poderá ser rastreado.
- Nem todas as pessoas, no entanto, terão de cumprir as duas etapas. Quem estiver renovando o documento vencido fica isento de fazer a entrevista com o vice-cônsul - diz Benjamin Chiang, adido de imprensa do Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo.
Os interessados em obter o visto que tenham menos de 15 anos e mais de 66 não precisam colher impressões digitais, mas devem entregar fotos 5x7.
De acordo com Chiang, o Consulado Geral em São Paulo atende, em média, 3 mil solicitantes por dia. É o posto (consulado/embaixada) que mais emite vistos no mundo desde 2009.
- Com o novo sistema, poderemos atender até 5 mil pessoas diariamente - garante.
Chiang lembra, ainda, que os Casvs funcionarão de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h e, aos domingos, das 13h às 18h. São Paulo terá duas unidades enquanto Rio, Recife, Brasília e Belo Horizonte terão uma, cada.
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos espera para este ano um número 18% maior de brasileiros visitando o país.
Fonte: br.noticias.yahoo.com

quinta-feira, 29 de março de 2012

Brasil lançará satélite


O satélite irá proporcionar banda larga a todo país
A presidente Dilma Rousseff foi recebida na terça-feira no aeroporto de Nova Délhi pela chanceler indiana Preneet Kaur  / Hansraj/ AFPA presidente Dilma Rousseff foi recebida na terça-feira no aeroporto de Nova Délhi pela chanceler indiana Preneet KaurHansraj/ AFP

O Brasil prepara o lançamento de um satélite geoestacionário de comunicação para proporcionar banda larga a todos os municípios do país, anunciou nesta quarta-feira em Nova Délhi o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp.

O país busca na Índia uma cooperação técnica para o satélite, cuja construção e lançamento, sob responsabilidade da Telebras e da Embraer, tem um custo avaliado de 750 milhões de reais (412 milhões de dólares). Apenas o lançamento custará 80 milhões de dólares.

"Vamos fazer um concurso internacional que abre a possibilidade a uma cooperação tecnológica importante", disse o ministro. O satélite de comunicação dará opção a todos os municípios brasileiros a acessar a banda larga para os serviços de internet e telefonia móvel 3G.

Brasil, Índia e África do Sul - três integrantes do grupo dos emergentes Brics, ao lado de China e Rússia - também discutirão nos próximos dias o lançamento de outro satélite para a observação do clima no Atlântico Sul, o que permitirá fazer as medições necessárias para "entender as anomalias com o campo magnético terrestre que deixam passar as radiações ultravioletas".

Com a China, país com o qual mantém uma intensa cooperação desde os anos 80 - com o lançamento conjunto de três satélites -, o Brasil prevê o lançamento de um satélite este ano e outro em 2014, informou o ministro, que considera "estratégica" a cooperação Sul-Sul.

Raupp integra a delegação da presidente Dilma Rousseff na reunião de cúpula desta quarta-feira dos Brics na capital indiana.

Durante a visita bilateral à Índia na sexta-feira, Raupp assinará com as autoridades indianas um acordo para o programa "Ciências Sem Fronteiras", que permitirá o treinamento no exterior de estudantes e especialistas brasileiros nas áreas das ciências naturais e engenharia.

O programa já enviou 100.000 brasileiros ao exterior, em particular aos Estados Unidos (20.000), Alemanha (10.000) e França (8.000).

No caso da Índia, o Brasil espera estimular o intercâmbio nas áreas de tecnologia, saúde, em particular o combate a Aids, malária e turberculose, assim como a farmacêutica, a nanotecnologia e as ciências de forma geral.

Fonte: Band.com.br

quinta-feira, 15 de março de 2012

Turquia diz que mil sírios cruzaram fronteira nas últimas 24h



Refugiados sírios caminham entre tendas em campo de refugiados na cidade fronteiriça com a Turquia, Boynuyogun, na província de Hatay, em junho de 2011. Cerca de mil refugiados sírios cruzaram a fronteira para a Turquia nas últimas 24 horas. Foto de arquivo 29/06/2011  REUTERS/Osman Orsal








GUVECCI, Turquia, 15 Mar (Reuters) - Cerca de mil refugiados sírios cruzaram a fronteira para a Turquia nas últimas 24 horas, um forte aumento no número de pessoas que fogem dos confrontos na Síria, e mais são esperadas enquanto as lutas continuarem na cidade de Idlib, próxima do país vizinho, afirmaram autoridades turcas nesta quinta-feira.
A Turquia se opôs a uma intervenção militar na Síria, mas destacou que a onda de refugiados é um dos fatores que podem provocar esforços para estabelecer uma "zona de segurança" dentro do território sírio.
Autoridades disseram que outro limite para a Turquia seria se as forças do presidente Bashar al-Assad começassem a massacrar outras cidades sírias. O país vizinho, entretanto, disse que não faria ações unilaterais e que qualquer iniciativa deveria vir da Liga Árabe.
"Em torno de mil pessoas cruzaram a fronteira da Síria com a Turquia nas últimas 24 horas", disse a autoridade. "Esperamos que isso (chegada de refugiados) prosseguirá enquanto as operações em Idlib continuarem".
Ativistas da oposição afirmaram que o Exército matou dezenas de pessoas na cidade de Idlib, enquanto rebeldes também mataram tropas do governo.
Autoridades turcas estimaram anteriormente que cerca de 200 a 300 sírios atravessavam a fronteira diariamente na semana passada, um acentuado crescimento.
Há em torno de 14 mil refugiados sírios registrados na Turquia e mais 2 mil pessoas que podem não estar registradas e que vivem com parentes.
A Turquia abrirá um novo campo de refugiados perto da cidade de Kilis, no sul, no mês que vem, para abrigar mais 10 mil sírios. Trabalhos começaram também em outro campo, perto do lado oriental da fronteira em Ceylanpinar, para 20 mil pessoas, de acordo com o oficial.
Isso faria com que a capacidade total para refugiados sírios atingisse 45 mil, mas as autoridades se recusaram a informar quantos estavam esperando.
A Organização das Nações Unidas disse nesta semana que cerca de 30 mil refugiados fugiram da Síria desde o início do conflito há um ano, enquanto centenas de milhares de pessoas estão deslocadas dentro do país. Outros refugiados foram principalmente à Jordânia e ao Líbano.
(Reportagem de Jonathon Burch)
Fonte: Agência Reuters

quinta-feira, 1 de março de 2012

Dezoito estados articulam em Brasília o pacto federativo


A chamada 'PEC 29', que aumentou os gastos dos estados com a Saúde; o novo Piso Salarial do Magistério, retroativo a janeiro e com impactos de diferentes intensidades para estados e municípios; e a possibilidade de aprovação da chamada 'PEC 30', que nivela os salários da Polícia Militar dos estados aos da PM do Distrito Federal. Esses são alguns dos fatores que unem praticamente todos os governadores em torno da certeza de que pelo menos 19 das 27 unidades da federação brasileira estarão irremediavelmente 'quebradas' a partir de 2013.

Preocupados com a situação, 18 estados representados por seus governadores ou vice-governadores estiveram reunidos, ontem (28), em Brasília, inicialmente na residência da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e mais tarde com o presidente da Câmara Federal, deputado Marcos Maia, e o presidente do Senado, José Sarney, no gabinete deste.
Os governadores buscam a efetivação do pacto federativo. Antonio Anastasia e André Pucciinelle, respectivamente, governadores de Minas Gerais e do Mato Grosso do Sul, afirmaram que os estados devem zerar seus interesses individuais para se unirem na principal questão coletiva, que é a da viabilidade econômica de todas as unidades da federação.
Marconi Perillo, governador de Goiás, ressaltou que provavelmente não conseguirá fechar as contas deste ano, tamanha é a diferença entre o orçamento do Estado e as demandas já regulamentadas para 2012. 'A situação é da maior gravidade e, caso não aconteça nada de novo em favor dos estados, estaremos todos inviabilizados', assegurou.
Os 18 estados reunidos, ontem, em Brasília, acataram a sugestão da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, de se dividirem em equipes de trabalho que vão se debruçar sobre as alternativas capazes de aliviarem a atual situação.
Uma das equipes vai trabalhar sobre a questão da divisão dos royalties do petróleo; outra sobre a renegociação da dívida dos estados; uma terceira equipe sobre a recuperação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do chamado comércio não presencial, ou seja, do crescente consumo de bens pela internet; uma quarta equipe de governadores vai discutir sobre a correção dos prejuízos produzidos pela Lei Kandir; um grupo para a questão do Fundo de Participação dos Estados (FPE); e outra equipe para os temas atinentes ao, Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), mais precisamente sobre os danos provocados pela guerra fiscal.
Feitos esses estudos, os estados, por meio dos seus representantes, voltam a se reunir para propor, ao Governo Federal e ao Congresso Nacional, novas fórmulas de obtenção de receitas, sem as quais, asseguram todos os governadores presentes, não há como atender as necessidades de investimento, pagar salários e cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Participaram dos encontros em Brasília os governadores de Alagoas, Teotônio Vilela Filho; do Distrito Federal, Agnelo Queiroz; de Goiás, Marcone Perillo; do Maranhão, Roseana Sarney; do Mato Grosso, Sinval Barbosa; do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli; de Minas Gerais, Antonio Anastasia; do Pará, Simão Jatene; do Rio Grande do Norte, Rosalba Rosado; de Rondônia, Confúcio Aires Moura; e de Roraima, José de Anchieta.
Como representantes dos governadores dos seus estados, participaram Domingos Aguiar Filho, vice-governador do Ceará; Rômulo Gouveia, vice-governador da Paraíba; João Oliveira, vice-governador do Tocantins; deputado federal Átila Lira, do Piauí; e representantes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Fonte: Jornal Pequeno

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