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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Festival de Sundance cresce e quase não cabe mais na pequena Park City


16.jan.2013 - Fachada do Egyptian Theater, na via principal de Park City, em Utah, nos EUA, uma das principais salas de cinema do Festival de Sundance
16.jan.2013 - Fachada do Egyptian Theater, na via principal de Park City, em Utah, nos EUA, uma das principais salas de cinema do Festival de Sundance

É chegada a época do ano em que uma pequena estância de esqui nos Estados Unidos se torna o local ideal para quem trabalha no show business -- estrelas de cinema, diretores, executivos de distribuição, músicos e cineastas desconhecidos, todos reunidos na esperança de que as pessoas ouçam as histórias que contarem.
Com abertura nesta quinta (17), o Festival de Cinema de Sundance toma conta de Park City durante dez dias dos meses de janeiro. Qualquer coisa parecida com um cinema é reservada para fazer projeções. Diretores e seus elencos marcham pelas ruas nevadas para apresentar filmes e fazer entrevistas. Os bares e restaurantes ficam cheios de pessoas negociando ou apenas falando sobre algo louco ou inesperado que acabaram de ver na tela.
"É quase como o 'Burning Man'. Uma vez por ano, este pequeno lugar se transforma em uma espécie de cidade louca do cinema durante dez dias do ano", disse o escritor e diretor Lynn Shelton, um frequentador de Sundance ("Humpday", ''Your Sister's Sister"), que retorna este ano com" Touchy Feely", longa estrelado por Rosemarie DeWitt. Na trama, uma massagista é subitamente atingida por uma aversão ao toque dos outros. "[Sundance] é abarrotado de pessoas por um motivo. Seja qual for relação que elas têm com a indústria, todas lá pelo amor ao cinema."
Vitrine dos EUA para o cinema independente, Sundance tem crescido junto com o mundo do cinema "faça você mesmo" e tem proporcionado oportunidades a cineastas que trabalham com filmes de baixo orçamento mostrarem seus trabalhos vistos.
Robert Redford criou o festival em 1985 como um desdobramento de seu Instituto Sundance, que oferece apoio profissional para cineastas independentes. Naquele primeiro ano, o festival mostrou duas dezenas de filmes. Este ano, o Sundance lança 119 filmes de 32 países, obtidos a partir de cerca de 4 mil inscritos.
"Virou algo muito impressionante", disse Redford sobre o evento. "Eu nunca sonhei com isso quando começamos e depois, quando [o festival] permaneceu e cresceu, tornou-se grande de um modo que eu nunca imaginei."
Agora, o nome de Sundance é quase um sinônimo para as possibilidades de cinema independente. O festival ajudou a lançar as carreiras de cineastas como Steven Soderbergh, Kevin Smith e Quentin Tarantino e estreou vencedores dos prêmios da Academia e indicados como "Pequena Miss Sunshine", "Preciosa - Uma história de Esperança", "Inverno da Alma" e "Indomável Sonhadora", o principal vencedor no ano passado.
A programação deste ano inclui Ashton Kutcher como Steve Jobs -- cofundador da Apple -- no filme "jOBS", cinebiografia dirigida por Joshua Michael Stern ; Amanda Seyfried vive a atriz pornô Linda Lovelace em "Lovelace", de Rob Epstein e Jeffrey Friedman; Shia LaBeouf e Evan Rachel Wood estão no romance "The Necessary Death of Charlie Countryman", de Fredrik Bond; Dakota Fanning e Elizabeth Olsen em "Very Good Girls", conto adolescente de Naomi Foner; Daniel Radcliffe como o poeta beat Allen Ginsberg em "Kill Your Darlings", de John Krokidas, e Ethan Hawke e Julie Delpy em "Antes da Meia-Noite", última parte da trilogia de Richard Linklater inciada com "Antes do Amanhecer" (1995) e "Antes do Pôr-do-Sol" (2004).
Há também o reencontro de duas estrelas de "Pequena Miss Sunshine": Steve Carell e Toni Collette coestrelam o longa "The Way, Way Back", de Nat Faxon e Jim Rash, que fará sua pré-estreia em Sundance.
  • Ashton Kutcher no papel de Steve Jobs em "jOBS", longa sobre o cofundador da Apple
Redford tem insistido em dar aos documentários peso igual ao dos filmes dramáticos, e este ano o festival tem uma grande variedade de temas de não-ficção, incluindo "Running From Crazy", de Barbara Kopple, um estudo sobre Mariel Hemingway e a história de sua família, de doença mental e suicídio, incluindo a do avô de Ernest Hemingway; "History of the Eagles Part 1", de Alison Ellwood, retrato do supergrupo pop The Eagles; "We Steal Secrets: The Story of WikiLeaks", de Alex Gibney; "Sound City", um olhar sobre um estúdio de gravação venerável, assinado por Dave Grohl, líder do Foo Fighters; "Anita", de Freida Mock, um retrato de Anita Hill, que acusou o juiz Clarence Thomas, membro do Supremo Tribunal norte-americano, de assédio sexual, e "O Mundo Segundo Dick Cheney", RJ Cutler e Greg Finton, um retrato do ex-vice presidente dos Estados Unidos.
"Os responsáveis pela programação do Sundance, o gosto deles é impecável", disse Lucy Walker, que estreou seus documentários "Countdown to Zero" e "Waste Land" em 2010 e retorna este ano com "The Crash Reel ", que narra a recuperação do snowboarder Kevin Pearce de uma lesão cerebral traumática. "Eu sinto que o campo de documentários no Festival é uma coleção notável de filmes de alta qualidade."
Fonte: http://cinema.uol.com.br/ultnot/ap/2013/01/17/o-festival-de-sundance-cresce-e-quase-nao-cabe-mais-na-pequena-park-city.jhtm

domingo, 24 de junho de 2012

Venda de tablets cresce 351% no país

Neste ano, para cada quatro notebooks ou netbooks, deve ser vendido um tablet, projeta a consultoria especializada em tecnologia IDC. No ano passado, essa relação era de dez para um

Tablet Usuário com tablet (Agência Brasil)
 
Os brasileiros estão aderindo cada vez mais aos tablets. Com a queda nos preços, as vendas crescem no país e avançam sobre notebooks e desktops (computadores de mesa). Mais de 370 mil aparelhos foram vendidos nos três primeiros meses do ano no país, segundo dados divulgados pela consultoria especializada em tecnologia IDC, o que representa um aumento de 351% sobre o mesmo período do ano passado.

Nos cálculos da IDC, o Brasil deve fechar 2012 com a venda de 2,5 milhões de aparelhos, ante 800 mil do ano passado - alta de 212,5%. Em 2010, foram 110 mil. "A taxa de crescimento da venda de tablets é mais acelerada que a dos notebooks e desktops", diz o analista para o mercado de tablets da IDC, Attila Belavary.

Neste ano, para cada quatro notebooks ou netbooks, deve ser vendido um tablet, projeta a IDC. No ano passado, essa relação era de dez para um. Já para cada sete notebooks e desktops este ano deve ser vendido um tablet, ante uma relação de 18 para um em 2011.

O grande indutor desse aumento é a redução dos preços. Algumas empresas nacionais já contam com os benefícios tributários concedidos pelo governo por meio do Processo Produtivo Básico (PPB), como a Positivo. Já as multinacionais Samsung e Motorola também usufruem da medida por fabricarem localmente. A estimativa da IDC era que, no início do ano passado, apenas 3% dos tablets custassem abaixo de R$ 1 mil, porcentual que se elevou a cerca de 33% nos primeiros três meses deste ano.

Antes, eram poucas as opções e os tablets eram muito caros", diz o diretor de Estudos de Mercado da consultoria IT Data, Ivair Rodrigues. Atualmente, no mercado brasileiro há uma divisão básica entre três faixas de preços por marcas: o iPad, da Apple, na maior; o Galaxy, da Samsung, e o Ypy, da Positivo, entre outras, no meio; e os importados de marcas menos conhecidas, a maioria chinesa, na faixa de baixo. "Os mais baratos representaram cerca de metade das vendas do setor em 2011", estima Rodrigues.

Nacionais - A Positivo Informática lançou em setembro de 2011 o seu tablet, o Ypy, e as vendas superaram as expectativas, afirma a diretora de desenvolvimento de produtos, Adriana Flores. "Se tivéssemos mais produtos, poderíamos estar vendendo mais." Ela conta que o foco da companhia segue na classe média, com aparelhos na faixa de R$ 999 e sistemas operacionais em português. Não é objetivo da Positivo concorrer com o iPad.

Outra fabricante nacional é a DL, cujo público é as classes C e D. As vendas começaram no primeiro semestre do ano passado, com cerca de mil peças por mês, diz o diretor da empresa, Paulo Xu. Porém, cresceram apenas quando a empresa reposicionou os produtos na faixa a partir de R$ 399. No último trimestre do ano passado, as vendas mensais atingiram 86 mil peças.

"Não queremos as classes A e B. Queremos completar este mercado, com preços para atender todos os bolsos", afirma Xu. Neste ano, a demanda continua aquecida e a DL investe para aumentar a capacidade produtiva. De janeiro a maio, a produção já subiu 150% e, até agosto, a empresa projeta mais 300%, com foco nas encomendas de fim de ano das grandes redes varejistas.

Notebooks - Mesmo com a aceleração das vendas, os especialistas ainda enxergam espaço para o aumento das vendas de notebooks e desktops. Isso porque as taxas de penetração ainda são baixas, quando comparadas a mercados mais maduros. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), existe cerca de um computador para cada dois habitantes no Brasil, enquanto nos EUA é de 1,1 para cada americano. "Nos EUA já se vende quase um tablet a cada PC", destaca Belavary, da IDC.

(Com Agência Estado)

Fonte: veja.abril.com.br

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