sábado, 3 de novembro de 2012

Um ataque contra a sua privacidade


Nova lei da internet, em discussão no congresso, coloca em risco as informações privadas dos brasileiros que acessam a rede

Izabelle Torres
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A privacidade dos 71 milhões de brasileiros que navegam na internet vale muito dinheiro e está em risco no debate em torno das regras para o funcionamento da rede mundial de computadores no Brasil. O texto do marco civil da internet em discussão no Congresso vem atraindo um jogo de lobbies e deixa brechas à proteção de dados dos usuários. A nova legislação permite que as informações pessoais que circulam pelos sites acionados pelos internautas sejam usadas para alimentar o mercado de publicidade direcionada.
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Apesar de assegurar, à primeira vista, a inviolabilidade dos dados, o texto em tramitação agride a privacidade do usuário, como pode ser conferir numa leitura mais atenta da proposta. O perigo mora no artigo do projeto que supostamente garantiria os direitos dos internautas. Apesar de proibir o fornecimento a terceiros de registros de conexão e acesso, o texto abre exceção para casos em que o próprio usuário dá “consentimento livre, expresso e informado” para o uso de seus dados. Isso acontece, na maioria das vezes, sem que a pessoa se dê conta. Ocorre que praticamente todos os termos de adesão para a criação de contas de e-mails ou redes sociais incluem essa autorização automática. O cliente não tem opção: ou concorda com os termos de uso ou simplesmente não usa os serviços. A artimanha garante aos provedores de serviços o acesso a dados dos internautas. A invasão se dá na forma de uma aparente coincidência: o internauta comenta sobre um produto ou serviço na rede e logo passa a ser bombardeado por anúncios.
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A manobra é replicada nos cadastros de sites de compras e outros serviços online. Ela é mais flagrante no Google. Ali, para abrir uma conta no Gmail, o usuário esbarra num termo de adesão escrito apenas em inglês, no qual abre mão da privacidade. “Você concorda que o Google pode usar seus dados de acordo com a política de privacidade”, diz um trecho do contrato. Na rede social Facebook não é diferente. Ao se cadastrar, o internauta precisa aprovar os termos do acesso, que na prática representam a autorização para o uso dos dados de navegação. “Usamos as informações que recebemos sobre você em relação aos serviços e recursos que fornecemos a você e a outros usuários, como seus amigos, nossos parceiros, os anunciantes que compram anúncios no site e os desenvolvedores que criam os jogos, aplicativos e sites que você usa”, informa o termo.
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Enquanto provedores de serviços como e-mail e rede social se beneficiam dos contratos para lhes garantir o acesso e o uso de informações dos usuários, provedores de conexão, como as companhias telefônicas, fecham parcerias milionárias com empresas especializadas em rastrear a navegação. A multinacional Phorm é uma dessas empresas e hoje presta serviços para a Oi e a Telefônica no Brasil. Sua missão é traçar o perfil dos internautas e descobrir seus interesses de navegação. São provedores de acesso como as duas empresas de telefonia que mais brigam para que o marco da internet não as deixe de fora do clube de quem fatura em cima da privacidade dos internautas. O argumento é que os sites de e-mails e redes sociais já fazem esse rastreamento, mesmo sem previsão legal. “É uma briga grande, mas acreditamos que o texto da forma como está fechará muitas brechas”, alega o relator do projeto na Câmara, deputado Alexandre Molon (PR-RJ). “Sabemos que algumas empresas, como a Phorm, vivem dessa bisbilhotagem disputada pelo mercado da rede. Queremos frear esse comércio e impedir que a privacidade alimente os negócios. Acho que o marco é um avanço para isso.” O parlamentar não explica, porém, como vai garantir a privacidade dos usuários diante dos termos de adesão que o internauta encontra pelo caminho. O governo tem pressa na votação do texto. Um dos que pressionam pela aprovação ainda neste ano é o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
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GANHAM PARA VASCULHARDeputado Alexandre Molon (PT-RJ) diz que 
empresas vivem da bisbilhotagem
Na contramão do discurso de Molon, o especialista em direito eletrônico Renato Opice Blum, da Fundação Getulio Vargas, diz que a aprovação do marco não vai garantir a privacidade, mas apenas oficializar – se não aumentar – o comércio de publicidade direcionada que existe atualmente. “Esse texto não muda nada, uma vez que a maioria dos brasileiros autoriza o uso e a divulgação dos seus dados sem se dar conta. O problema é que ninguém costuma ler os contratos dos serviços”, diz. Para Blum, como a nova legislação não deve frear o comércio de informações, restará aos brasileiros ter cautela ao navegar na rede e, sobretudo, na hora de escolher os serviços que contrata. Diante da guerra de interesses, o único consenso entre os vários atores dessa discussão é que, aprovado o texto em debate no Congresso, ganharão força os negócios feitos à custa da privacidade do internauta.
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 Fotos: shutterstock; Sérgio Lima/Folhapress
Fonte: Revista Istoé - Ano 36 - Edição nº 2240

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

VIGÍLIA (Por Rogério Rocha)














Vigília

Um dia a mais ou a menos,
Não importa, se sei que a morte,
Espetáculo obscuro do destino,
Bate à porta.

Por isso espero,
Por isso vigio.

Vigio teu sono, teus anseios,
Passeio na noite, sem receios.
Caminho sobre as cinzas...
Sobre as cinzas de um menino
Que tornou-se um rapazinho,
Que sorriu, cortou caminho,
Pulou janelas, cruzou esquinas
Da triste cidade, quando era tempo.

Quando era tempo, proclamou versos.
Quando era tempo, correu ao vento.
Amou, sofreu, criou, alegrou-se...
Quando era tempo.

Mas há pouco a se fazer...

Por isso espero.
Por isso vigio.


Vigio teu sono, teus anseios,
Passeio na noite, sem receios.
Persigo a sombra, o teu corpo,
A marca pungente de um corte,
Cicatrizado por dentro.
Persigo teu beijo turbulento,
teu abraço, em mim, tão forte.

Espero acordado, 
atento, circunspecto.
Por mim mesmo, espero,
Um dia ouvir
O sussurro de uma voz
Me chamando pra dormir.


CONCLUSÃO PARA CONSOLO (por Bandeira Tribuzi)


Bandeira Tribuzi (poeta maranhense -  1927-1977)


Conclusão para Consolo

Bicho da terra estás apenas morto.
Já a terra de que és bicho te recobre
e uma pequena flor acena, leve,
um pequenino adeus sobre teu túmulo.

Tua mulher jamais esquecerá
tua sólida figura. Nem teus filhos
que em si a reproduzem e prosseguem
tua presença em gestos e palavras.

O tempo que rompeu teu rude corpo
como inverno passando sobre o campo,
não cortou a semente indispensável.

Ele mesmo será propício à nova
árvore forte que sustém o mundo
e reverdece o chão da vida mágica.



Bandeira Tribuzi, foi o pseudônimo de José Tribuzi Pinheiro Gomes, poeta que iniciou o Modernismo no Maranhão em 1948, com a publicação do livro de poesia Alguma Existência. Fez parte de um movimento literário difundido através da revista "A Ilha", que lançou o pós-modernismo na poesia maranhense. Foi fundador do jornal O Estado do Maranhão. Entre seus principais livros de poemas, estão: Alguma existência (1948); Rosa da Esperança (1950); Safra (1960); Pele & Osso (1970).

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

UFOLOGIA É CIÊNCIA?


Boa parte dos estudos sobre óvnis carece de rigor científico ou está impregnada de forte misticismo. A culpa é também dos cientistas, que evitam pisar nesse campo minado para não colocar em risco sua reputação

por Leandro Steiw

Em novembro de 1977, o primeiro-ministro de Granada, Eric Matthew Gairy, sugeriu a criação de uma agência na Organização das Nações Unidas (ONU) para coordenar os estudos mundiais sobre o fenômeno óvni. A proposta foi adiante e, um ano depois, foi constituído um grupo de trabalho, formado, entre outros, pelos astrofísicos Josef Allen Hynek e Jacques Vallée, pelo engenheiro Claude Poher e pelo astronauta Leroy Gordon Cooper Jr. Pela primeira vez na curta história da ufologia, objetos voadores não-identificados seriam estudados com o aval de uma instituição digna de crédito no mundo todo. Mas os Estados Unidos não gostaram muito da idéia e avisaram que não financiariam qualquer investigação oficial sobre óvnis. Sem o apoio e a grana da maior economia do planeta, a idéia foi engavetada. E ficou uma pergunta no ar: se a ONU tomasse a frente desses estudos, a ufologia seria levada mais a sério?
O estudo de óvnis é um campo minado, no qual os cientistas evitam pisar para não explodir a própria reputação. A maioria dos acadêmicos considera a ufologia uma pseudociência, ou seja, um trabalho destituído do rigor da metodologia científica. Para piorar, dezenas de charlatões tomaram conta das pesquisas ufológicas, com a intenção de explorar a boa-fé das pessoas. Mas há cientistas, com formação acadêmica e reconhecimento público, que adotaram a ufologia como sua especialidade. Como identificar quem é quem no meio desse balaio de gatos?
Primeiro, é preciso entender o conceito. A ufologia investiga o fenômeno óvni – qualquer objeto visto no céu que não possa ser identificado ao primeiro olhar. A hipótese extraterrestre é apenas uma das possibilidades a serem investigadas. “Este é o principal problema da ufologia: a maioria dos próprios ufólogos”, diz Rogério Chola, ombudsman da revista UFO. “Eles são os responsáveis por perpetuar os paradigmas de que óvni é o mesmo que nave extraterrestre.”
Esqueça os preconceitos
Os óvnis realmente existem. Pode ser um avião passando entre as nuvens, uma estrela brilhante, um meteoro, um satélite artificial, um balão meteorológico, pássaros. Pode ser um punhado de coisas banais que normalmente não tomariam a sua atenção, mas que, por terem aparecido em condições desfavoráveis – escuridão, neblina, distância –, não puderam ser identificadas de imediato. Os pilotos de aviões comerciais e militares freqüentemente encontram objetos desconhecidos no céu e relatam como óvnis. O papel dos ufólogos é este: buscar uma explicação para os fenômenos. “Se nenhuma dessas hipóteses explicar ou reproduzir o fenômeno, então o objeto continua sendo um óvni. Claro que a hipótese extraterrestre deve ser a última a ser considerada e, caso o óvni preencha certos requisitos, poderá ser enquadrado como um artefato de origem desconhecida da tecnologia humana e da natureza do planeta Terra. Ir além disso é especular sem argumentos convincentes”, afirma Chola.
As teorias
Atualmente, há quatro teorias sobre o fenômeno óvni. A primeira apela para o racional: óvni é algum tipo de aeronave avançada, secreta ou experimental de fabricação humana, desconhecida ou mal reconhecida pelo observador. A segunda é a mais polêmica: se nenhum fenômeno natural ou tecnologia terrestre servir de explicação, trata-se de uma espaçonave alienígena. A terceirateoria aponta para hipóteses psicossociais e psicopatológicas: quem vê um óvni sofre de algum distúrbio. E a quarta escola apóia-se na religião, no ocultismo e no sobrenatural – os óvnis são mensagens divinas ou diabólicas. Pobre do ufólogo quando as hipóteses de uma tendência misturam-se às de outra. “A ufologia extrapolou os seus limites ao enveredar por caminhos místicos e transcendentais, passando a estudar vida extraterrestre, canalizações de mensagens extraterrestres, contatos telepáticos e entidades de outras dimensões, entre outros, o que a rigor não compete a ela estudar”, diz Chola.
Mas a responsabilidade não é só dos ufólogos. Como a ciência abdicou do direito de estudar os óvnis, diversas histórias permanecem sem resposta e adubam a já fértil imaginação do homem. Um dos poucos cientistas que tentaram encontrar uma explicação para o fenômeno óvni foi o astrofísico americano Josef Allen Hynek (1910-1986), fundador do Centro para Estudos Ufológicos e conselheiro do Projeto Blue Book (leia mais na página 22). Nos anos 50, Hynek era cético sobre óvnis e acreditava que as descrições eram feitas por testemunhas que não haviam sido capazes de identificar objetos naturais ou de fabricação humana. Depois de ler dezenas de papéis, porém, ele encontrou relatos de gente instruída – como astrônomos, pilotos, oficiais de polícia e militares – que mereciam um mínimo de crédito. Hynek conversou com físicos que também contaram ter visto objetos voadores impossíveis de explicar à luz dos conhecimentos atuais daciência . Ele então abandonou o ceticismo, encarou a ufologia como profissão, aplicou a metodologia científica nas pesquisas e foi um dos personagens da frustrada tentativa de abrir a agência coordenadora na ONU.
No entanto, aos poucos, Hynek se tornou um crítico da explicação extraterrestre. Em 1976, ele afirmou: “Tenho apoiado cada vez menos a idéia de que os óvnis são espaçonaves de outros mundos. Há tantas coisas se opondo a essa teoria . Para mim, parece ridículo que superinteligências viajariam grandes distâncias para fazer coisas relativamente estúpidas, como parar carros, coletar amostras de solo e assustar pessoas”. No final da vida, ele estava convencido de que os “discos voadores” tinham mais a ver com fenômenos psíquicos do que com veículos alienígenas.
Seja como for, a hipótese extraterrestre vem perdendo das outras teorias por falta de provas físicas. Em 60 anos, nenhum dos milhares de humanos que alegam ter contatado ETs conseguiu apresentar um único objeto comprovadamente de origem extraterrena. O mais famoso ufólogo do século 21, o americano cético Philip Klass, oferece 10 mil dólares a qualquer vítima de abdução que registrar queixa no FBI e deixar a polícia federal americana averiguar o caso. Se for verdade, o denunciante ganha a grana. Se for mentira, será multado em 10 mil dólares e preso por cinco anos. Até hoje, ninguém topou o desafio. H
"O principal problema da ufologia hoje é a maioria dos próprios ufólogos. Eles são os responsáveis por perpetuar os paradigmas de que óvni é sinônimo de nave extraterrestre"
Rogério Chola, ombudsman da revista ufo
"Parece ridículo que superinteligências viajariam grandes distâncias para fazer coisas relativamente estúpidas, como parar carros, coletar amostras e solo e assustar pessoas"
Josef Allen Hynek, astrofísico americano
Fonte: Supertinteressante - jun. 2005

terça-feira, 30 de outubro de 2012

"FREUD É APENAS UMA LENDA"; ENTREVISTA COM O FILÓSOFO MIKKEL BORCH-JACOBSEN


Mikkel Borch-Jacobsen

"Freud é apenas uma lenda"
Filósofo e historiador, o professor da Universidade de Washington diz por que considera o pai da psicanálise uma fraude
por Natália Martino
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OMISSÃO
"Muitos pacientes de Freud cometeram suicídio e
ele nunca disse uma palavra sobre isso"
, afirma o professor 
O filósofo e historiador Mikkel Borch-Jacobsen não se esquiva de uma polêmica. A última década da sua carreira, dedicada aos estudos sobre a história da psicanálise e da psiquiatria, foi pródiga em livros e opiniões controversas que lhe renderam inimigos entre terapeutas do mundo inteiro. Começou a receber as primeiras críticas severas em 1996 com o lançamento do livro “Anna O. – Uma Mistificação Centenária”, no qual questionava as avaliações de Freud sobre uma das suas principais pacientes. Foi também um dos autores do “Livro Negro da Psicanálise”, uma das obras mais barulhentas já lançadas sobre o assunto. Agora, escreveu “Os Pacientes de Freud”, lançado recentemente no Brasil (Editora Texto e Grafia), no qual reconstrói a trajetória de 31 pacientes de Freud. Na obra, ele conta os motivos que os levaram até o analista e, principalmente, como viveram durante e depois do tratamento. A partir de documentos, como cartas trocadas entre o terapeuta e seus amigos e entrevistas confidenciais feitas com os pacientes de Freud, o autor desconstrói o mito do criador da psicanálise.
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"Os medicamentos foram excluídos das histórias que o psicanalista
contou, mas muitos pacientes eram viciados em morfina"
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"Como Anna iria se curar se seu analista era o próprio pai do qual
ela deveria se desligar? Parece óbvio, mas ele não percebeu isso"
 O que os relatos que o sr. apresenta em seu livro revelam sobre Freud e a psicanálise?
Mikkel Borch-Jacobsen -
As histórias dos pacientes de Freud foram a base das suas teorias. Quando percebemos que elas são falsas, como vemos ao analisar a vida dos pacientes que descrevo no livro, toda a teoria da psicanálise é abalada. O caso apresentado por Freud como sendo de Anna O., que hoje sabemos tratar-se de Bertha Pappenheim, por exemplo, é considerado um dos mais fundamentais para o desenvolvimento da psicanálise. A paciente tinha sintomas graves de histeria que, supostamente, Freud curou com o método catártico. Mas isso não é verdade. No fim do tratamento, ela já não suportava mais conviver com o problema e foi internada em uma clínica, onde continuou apresentando o mesmo quadro de histeria. Apenas seis ou oito anos depois, Bertha foi considerada curada. Não se sabe como ela se curou, mas é óbvio que não foi com a psicanálise, ninguém se cura por meio de um tratamento finalizado quase uma década antes.  
Istoé -
Os resultados terapêuticos eram insuficientes?
Mikkel Borch-Jacobsen -
Na maioria dos casos sim. Era comum que as condições dos pacientes piorassem, como no caso de Viktor von Dirsztay, que mais tarde chegou a admitir que a análise o destruiu. Muitos outros dos seus pacientes cometeram suicídio, como Margit Kremzir e Pauline Silberstein. Claro que qualquer terapeuta está sujeito ao risco de suicídio dos seus pacientes, mas a questão é que Freud nunca disse uma palavra sobre isso.
Istoé -
Ele escondia esses fatos?
Mikkel Borch-Jacobsen -
Como um bom positivista, Freud sempre afirmou que suas teorias eram baseadas na observação de dados clínicos. Por um longo período, porém, tudo o que sabíamos sobre esses dados se baseava no que ele escolheu nos mostrar. Ao compararmos essas histórias com a realidade, observamos discrepâncias que automaticamente invalidam as conclusões de Freud. Os medicamentos, por exemplo, foram sistematicamente excluídos das histórias que ele contou, mas muitos dos seus pacientes eram viciados em morfina. Hoje é muito claro que a droga teve em alguns casos um papel essencial no tratamento. Freud dizia, por exemplo, que diante dos ataques histéricos de Anna von Lieben, a Cäcilie M. citada em “Estudos sobre a Histeria”, ele conduzia um tratamento hipnótico que a fazia se sentir melhor. O que ele não nos contava é que as crises dela eram causadas por abstinência de drogas e que ela se acalmava quando ele lhe dava uma injeção de morfina. A famosa cura catártica nada mais era do que cura com morfina.
Istoé -
Os diagnósticos dele são questionáveis?
Mikkel Borch-Jacobsen -
Sim, os diagnósticos que Freud alegava fazer tão cuidadosamente escancaram discrepâncias entre sua prática real e suas descrições. Quando o pai da jovem Ida Bauer, que Freud eternizou como Dora, a levou até Freud devido a um episódio de asma, o analista instantaneamente diagnosticou neurose. Mas como ele poderia saber? Aquela era a primeira vez que ele a via. Há vários exemplos desse tipo e uma vez que definia seu diagnóstico, Freud o mantinha obstinadamente, mesmo que os fatos mostrassem a ele outro caminho. As consequências dessa postura frequentemente eram bem sérias, como quando Freud forçou Horace Frink a se divorciar da esposa para se casar com a milionára Angelika Bijur para combater a homossexualidade que o paciente negava vigorosamente.
Istoé -
Freud chegava a dar conselhos tão diretos aos pacientes?
Mikkel Borch-Jacobsen -
Ele intervia diretamente na vida dos seus pacientes e não hesitou em instigar alguns a se casarem e terem filhos, por exemplo. Foi o que aconteceu com Max Graf e Olga Hönig, os pais do “pequeno Hans” – e o casamento foi um completo desastre. Em outros casos, Freud proibia pacientes de se masturbarem, como no caso da sua filha, Anna Freud. Sempre que essas instruções eram dadas, Freud era a voz da autoridade.  
Istoé -
Ele acreditava que podia tratar a filha?
Mikkel Borch-Jacobsen -
Freud queria muito ajudar a filha a se desligar dele e isso fica claro em várias cartas que ele escreveu a amigos. Mas a única coisa que ele podia oferecer a ela era a psicanálise, o que, obviamente, era a coisa mais estúpida que ele poderia fazer. Como ela conseguiria se curar se sua única ajuda era de um analista que era o próprio pai do qual ela deveria se desligar? Por mais óbvio que pareça, Freud não percebeu isso. Não estou dizendo que ele abusou da filha, de jeito nenhum, ele a amava. Mas estava tão convencido de que sabia como ajudá-la que não permitiu que ela se libertasse dele.
Istoé -
Para Freud, a psicanálise sempre funcionava? 
Mikkel Borch-Jacobsen -
Sim, claro, ele acreditava que havia descoberto a cura para as doenças mentais. Freud tinha suposições teóricas que o impediam de ver o que estava acontecendo. Ele estava tão convencido de que a terapia funcionava que, quando ela não dava certo, ele simplesmente achava que era necessário ir mais fundo no inconsciente. Só no fim da sua vida, em seus últimos artigos, ele admitiu que os métodos eram inconclusivos em alguns casos.
Istoé -
Mas em algum momento ele foi deliberadamente negligente ou desumano com seus pacientes?
Mikkel Borch-Jacobsen -
Sim, a forma como ele sacrificava seus pacientes no altar das suas teorias é vergonhosa. Marie von Ferstel, por exemplo. Ela era uma mulher rica que sofria de fobias e de constipação. Freud disse a ela que, para resolver esses problemas, ela teria que aprender a se desapegar, por exemplo, do dinheiro. O que ela fez? Transferiu para ele o título de uma das suas propriedades, que ele prontamente vendeu. Eu acho isso imperdoável. Freud simplesmente não era uma pessoa admirável.
Istoé -
De que forma essas revelações atingem a psicanálise hoje?
Mikkel Borch-Jacobsen -
Não vejo como salvar a psicanálise diante de tudo isso. Eu sei que muitas pessoas admiram Freud como um pensador independentemente das vicissitudes de sua prática. Também acho que ele era um gênio, tinha ideias realmente incríveis. Mas as suas teorias são contraditórias demais às suas práticas para serem levadas a sério.
Istoé -
O sr. aponta essas contradições em 31 casos e Freud atendeu pelo menos cinco vezes mais pacientes. Não poderia ser coincidência?
Mikkel Borch-Jacobsen -
Uma das minhas principais fontes de pesquisa foram as entrevistas com pacientes de Freud conduzidas por Kurt Eissler, que era secretário do Arquivos de Freud. Esse material ficou inacessível até 1999, quando Eissler morreu e, a partir daí, começou a ser colocado em domínio público, processo que só deve acabar em 2057. Eissler tinha enorme interesse em defender a memória do pai da psicanálise e se essas entrevistas fossem positivas não teriam sido tornadas confidenciais. Muita coisa ainda será revelada, possivelmente conseguiremos rastrear outros pacientes, mas não acho que as novas histórias irão contradizer as estatísticas que já temos.
Istoé -
Muitas pessoas afirmam hoje ter encontrado conforto na psicanálise. Não há nenhum valor nisso?  
Mikkel Borch-Jacobsen -
No meu ponto de vista, neuroses, como histeria e obsessão, não são doenças mentais, são pedidos de socorro. A análise cumpre, nesses casos, o papel que a religião cumpria antes. As pessoas iam até o padre para buscar respostas e as encontravam. Qualquer uma das centenas de tipos de psicoterapias que existem hoje pode cumprir esse papel. Reconheço que, em alguns casos, pessoas com problemas pessoais podem encontrar conforto no divã.
Istoé -
Mas seus livros parecem tentar destruir a psicanálise.
Mikkel Borch-Jacobsen -
Eu sou um acadêmico e meu único interesse é separar as verdades das lendas. Freud é apenas uma lenda. Ele reescreveu a história de acordo com seus propósitos pessoais.
Istoé -
Essa sua postura crítica em relação à psicanálise acompanhou toda a sua carreira?
Mikkel Borch-Jacobsen -
Não, no início eu era simpático à psicanálise e tinha interesse especial na escola Lacaniana.
Istoé -
E o que essa mudança significou profissionalmente? 
Mikkel Borch-Jacobsen -
Eu era constantemente convidado para conferências e para escrever artigos em revistas até que eu publiquei meu primeiro livro mais crítico sobre Freud. A partir desse momento, não fui mais convidado para nada. Não se pode ser crítico à psicanálise sem sofrer as consequências disso.
Istoé -
O sr. também estudou a psiquiatria. Acredita que esse é um caminho mais válido para tratar doenças mentais?
Mikkel Borch-Jacobsen -
A psiquiatria não é uma teoria única, mas, de forma geral, fez enormes progressos, como se vê, por exemplo, nos diagnósticos de esquizofrenia, depressão e outras doenças. Do ponto de vista da cura, porém, ela não avançou. Temos várias drogas hoje que nos permitem controlar certos sintomas das doenças mentais, mas ainda não há cura para elas e nem mesmo se conhece suas causas. A psiquiatria tenta encontrar soluções, mas ainda não foi bem-sucedida.
Istoé -
Qual é o próximo mito que o sr. pretende desbancar?
Mikkel Borch-Jacobsen -
Agora estou estudando a indústria farmacêutica. Sou muito crítico com as drogas psiquiátricas e, por isso, estou pesquisando esse universo do ponto de vista histórico.  

Fonte: Revista IstoÉ, ed. 2242, 25. Out. 2012.

Cinderella - "Don't Know What You Got (Till It's Gone)"

Arsenal sai perdendo por 4 a 0, mas vira jogo de 12 gols e avança na Copa da Liga Inglesa

Walcott foi o nome da reação espetacular do Arsenal, fazendo três gols nesta terça
Walcott foi o nome da reação espetacular do Arsenal, fazendo três gols nesta terça
Do UOL, em São Paulo

Em um jogo espetacular com 12 gols, o Arsenal venceu o Reading por 7 a 5 nesta terça-feira, na casa do adversário, e avançou às quartas de final da Copa da Liga Inglesa. A equipe de Londres precisou de uma reação espetacular, já que terminou o primeiro tempo perdendo por 4 a 1. Após conseguiu o empate por 4 a 4 na segunda etapa, a partida foi para a prorrogação. No tempo-extra, o time do técnico Arsène Wenger anotou mais três vezes, encerrando o placar e se classificando de maneira épica.


O nome do jogo foi o atacante Theo Walcott. Após o Reading abrir quatro gols de diferença em apenas 37 minutos (gols de Roberts, Koscielny [contra], Leigertwood e Hunt) e torcedores do Arsenal começarem a deixar o estádio Madejski, o veloz ponteiro diminuiu nos acréscimos da etapa inicial.
No segundo tempo, após Koscielny e Giroud deixaram o placar em 4 a 3, Walcott marcou no último minuto de jogo (o juiz deu seis de acréscimo) e levou o duelo para a prorrogação. Depois, ainda anotou seu terceiro, com Chamakh anotando os outros dois do time de Londres - Pogrebnyak ainda fez o quinto do Reading.
Em outros jogos da Copa da Liga Inglesa nesta terça, o Leeds eliminou o Southampton após vencer em casa por 3 a 0. O Aston Villa também avançou, ao eliminar o pequeno Swindon Town com uma vitória por 3 a 2. O Sunderland, por sua vez, foi eliminado, após perder por 1 a 0 para o Middlesbrough. Por fim, o Bradford City deixou o Wigan pelo caminho, ao vencer nos pênaltis após 0 a 0 no tempo regulamentar e na prorrogação.
Fonte: esporte.uol.com.br

PSDB SONHA COM AÉCIO E CAMPOS, DIZ ARTHUR VIRGÍLIO


Por KÁTIA BRASIL

DE MANAUS
AGUIRRE TALENTO
ENVIADO ESPECIAL A MANAUS
O prefeito eleito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), afirmou ontem à Folha que o "time dos sonhos" de seu partido para as eleições presidenciais de 2014 é a união do senador Aécio Neves (PSDB-MG) com o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos.
"Acho que não é hora de lançar ninguém de São Paulo. Meu time dos sonhos reuniria Aécio e Eduardo Campos, sem importar em qual posição da chapa", afirmou Virgílio.
Lula Marques/Folhapress
O prefeito eleito de Manaus, Arthur Virgílio
O prefeito eleito de Manaus, Arthur Virgílio
De acordo com a avaliação do tucano, essa dupla representa "dois governos aprovados, duas pessoas simpáticas, dois jovens, duas tradições políticas".
Virgílio, 66, venceu a disputa em Manaus com 66% dos votos, ante 34% de Vanessa Grazziotin (PC do B), candidata que teve apoio da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O tucano, referência do PSDB em seu mandato como senador (2003-2010), passou dois anos afastado da política após ser derrotado por Grazziotin na disputa pelo Senado em 2010.
Agora, ele representa a mais importante vitória do PSDB nas eleições municipais deste ano.
De acordo com Virgílio, "mais do que novos quadros, precisamos de novas ideias". "O PSDB precisa aterrissar no cotidiano e falar a linguagem das pessoas. Está superado isso de partido de intelectuais; não me agrada essa conversa", disse ele.
GANHAR A PRÓXIMA
Para ele, os tucanos serão "ridicularizados" se perderem a disputa pela Presidência em 2014. "Já perdemos três eleições seguidas, tem que ganhar a próxima."
Agora prefeito eleito, ele disse que buscará parcerias com o Palácio do Planalto e criticou a participação da presidente no palanque da sua adversária.
"Entendo ela ter participado, mas presidente não deveria participar de campanha. A instituição da Presidência da República é uma coisa que a gente devia solenizar mais", disse o prefeito eleito.
Para Virgílio, Dilma o tratou com respeito e Lula foi "insultuoso".
"Ele [Lula] falou que eu não gostava de pobre, mas ele era bem pobre quando fui solidário a ele", disse, citando episódio no Estado na década de 1980 em que Lula foi processado sob a acusação de incitar o assassinato de um fazendeiro.
Na ocasião, Virgílio disse que foi ao julgamento dar apoio a Lula e depois jantou com ele. "Em nenhum momento eu tive rancor dele; tive muita tristeza com o que coordenou contra mim."

Warrant - "Heaven"

Uma homenagem à banda de glam metal Warrant e a seu vocalista Jani Lane, falecido em agosto de 2011, aos 47 anos de idade.

Def Leppard - Hysteria

Poison - Life Goes On

domingo, 28 de outubro de 2012

PSOL ELEGE PREFEITO EM MACAPÁ


Clécio Luis é eleito em Macapá



O candidato do PSOL venceu uma disputa concorrida voto a voto com seu oponente Roberto Góes
Foto: Divulgação
Foto: O Globo

Pela primeira vez desde a sua fundação, em 2004, o PSOL vence uma disputa para a prefeitura de uma capital no país, no Estado do Amapá. Com cerca de 50,59% dos votos válidos, Clécio Luis foi eleito prefeito em Macapá, derrotando seu adversário Roberto Góes, do PDT.
O partido de esquerda não teve a mesma sorte em Belém do Pará, onde seu candidato Edmilson Rodrigues perdeu para o tucano Zenaldo Coutinho – que obteve 56,61% dos votos válidos.
O PSDB foi vitorioso também em Manaus (AM), onde elegeu Artur Neto em disputa tranquila. O candidato teve 65,95% dos votos, contra 34,05% de sua adversária Vanessa Grazziotin (PCdoB).
Nas outras duas capitais da região Norte que tiveram segundo turno, PT e PSB saíram vencedores.  Em disputa equilibrada, o petista Marcus Alexandre venceu Tião Bocalom (PSDB) em Rio Branco (AC), com 50,77% dos votos; em Porto Velho (RO), Dr. Mauro Nazif (PSB) foi eleito com 63,03%, contra 36,97% de seu adversário, Lindomar Garçon (PV).
Fonte: Revista Brasileiros

Sete dias em outro mundo


Livro de neurocirurgião americano sobre o que viu e sentiu durante a semana em que esteve em coma reacende interesse pela chamada experiência de quase morte

Mônica Tarantino
Assista ao depoimento de Eben Alexander :
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VIAGEM
O médico Eben afirma ter estado consciente e
viajado para uma outra dimensão do universo
Quando recuperam a consciência depois de sobreviver a traumas graves, algumas pessoas relatam o que teriam vivenciado, como visitas a lugares desconhecidos. Chamadas de experiências de quase morte (EQM), essas situações são estudadas por cientistas interessados nas relações entre o cérebro e a espiritualidade e na compreensão da consciência. É um campo polêmico, no qual há poucas certezas e muitas hipóteses. Na última semana, chegou às livrarias americanas um relato único sobre o tema, escrito na primeira pessoa pelo neurocirurgião Eben Alexander III, do Brigham & Women Hospital e da Harvard Medical School, em Boston, nos Estados Unidos. O livro se chama “Proof of Heaven: A Neurosurgeon’s Journey into the Afterlife” (Prova do paraíso: a jornada de um neurocirurgião à vida após a morte, em tradução livre). É a história de um médico que por mais de 25 anos manteve o ceticismo frente aos testemunhos de EQM de seus pacientes. Há quatro anos, porém, o próprio Alexander passou por uma experiência desse tipo, o que abalou seriamente as suas convicções sobre a natureza dessas vivências. “Não acreditava nesse fenômeno. Para mim, sempre houve boas explicações científicas para essas viagens fora do corpo descritas por pessoas que haviam escapado da morte”, diz o médico.
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Na obra, que o médico considera também uma resposta à descrença polida dos colegas que ouviram sua história, Alexander detalha a odisseia transcendental que experimentou durante a semana em que esteve em coma profundo por causa de uma forma rara de meningite bacteriana. Em estado vegetativo e com poucas chances de se recuperar, ele abriu os olhos no sétimo dia. Nesse período, conta que viu e sentiu coisas estranhas. “Enquanto meu corpo estava em coma, minha consciência viajou para outra dimensão do universo que eu nunca sonhei que existisse”, diz. “É um novo mundo onde somos muito mais do que nossos cérebros e corpos e a morte não é o fim da consciência”, afirma. Perplexo diante do que viveu, ele se questiona: “Os principais argumentos contra as EQM sugerem que elas são resultado do mau funcionamento do córtex (região do cérebro). No meu caso, ele não estava funcionando. Isso está documentado por exames neurológicos.” Disponível também em versão eletrônica, o livro de Alexander será lançado no Brasil em abril de 2013 pela Editora Sextante. 

Como outras pessoas que tiveram uma EQM, Alexander levou meses para começar a entender o que lhe sucedera. Foi assim também com o advogado Solon Michalski, 65 anos, de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Aos 21 anos, ele ficou em coma por dez dias após um acidente de carro. “Eu via meu corpo na cama do hospital e ouvia as pessoas chorando. Sentia uma sensação de alívio crescente do desconforto que era estar preso a um corpo machucado”, conta. “Revi também as mancadas que dei na vida e fiquei muito envergonhado antes de recuperar a consciência e abrir os olhos”, conta ele, que teve depois outra EQM. “Foi durante uma cirurgia na perna. Eu via luzes da sala de operação de um ângulo que me deu a impressão de estar colado no teto e percebi que os médicos estavam tentando me acordar”, relata. Por mais de quatro décadas, ele meditou sobre essas sensações, que acabaram mudando sua vida. “Sou uma pessoa melhor. Li muito e entendi que somos parte de um tecido universal que está sempre se ajustando”, diz Michalski.

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No Brasil, as EQM serão em breve investigadas com critérios científicos. Um grupo de professores da Universidade Federal de Juiz de Fora, ligado às redes internacionais de estudo sobre o tema, está prestes a dar início a um estudo para mapear casos de quase morte em pacientes que tiveram parada cardíaca nos hospitais da cidade. “Serão colocadas prateleiras acima dos leitos das UTIs e, em cima delas, figuras impressas de fácil identificação. Tais imagens ficam a 30 centímetros do teto, onde só podem ser vistas por alguém que esteja flutuando”, explica o psiquiatra Alexander Moreira-Almeida, coordenador do Núcleo de Espiritualidade e Saúde da universidade e autor de livros e artigos sobre espiritualidade e saúde. Os pacientes serão também submetidos a testes para descartar doenças neurológicas ou transtornos psiquiátricos.  
Foto: divulgação
Foto: Daniela Dacorso/ag. Istoé

Edivaldo Holanda Júnior é o novo prefeito de São Luís


Foto: Paulo Soares/O Estado








SÃO LUÍS - O advogado Edivaldo Holanda Júnior (PTC), da coligação “Muda São Luís”, foi o candidato eleito em São Luís na disputa eleitoral à prefeitura do município, no segundo turno.
O novo prefeito teve 280.809 dos votos válidos, que corresponde 56,06% de votos. O postulante João Castelo (PSDB) teve 43,94% das votações, obtendo 220.085 dos votos. Dos 678.070 eleitores, 528.631 (77,96%) compareceram às urnas. Os votos em brancos e nulos somam 5,25% da totalidade dos votos.
Perfil
Edivaldo Holanda Júnior foi eleito logo na sua primeira disputa à prefeitura da capital maranhense. Ele assume o comando do município aos 34 anos. Atualmente ele é deputado federal e por duas vezes consecutivas elegeu-se vereador de São Luís. A primeira, aos 26 anos, com 3.376 votos.
Nas eleições de 2010, elege-se deputado federal com 104.015 votos. No ano seguinte, conquistou a liderança de seu partido na Câmara Federal. Na Câmara dos Deputados, Edivaldo Holanda Júnior ocupou a vice-presidência da Comissão de Legislação Participativa do Congresso Nacional. Foi escolhido pela coligação “Muda São Luís” (PC do B, PSB, PDT e PTC), como candidato à prefeito de São Luís, tendo como seu vice o ex-deputado Roberto Rocha (PSB).
Primeiro turno
No primeiro turno o candidato Edivaldo Holanda Júnior conquistou 186.184 votos, ou 36,44% dos votos considerados válidos, contra 156.320 votos de seu oponente, ou 30,60% dos votos válidos.
Como justificar
O eleitor que deixou de justificar o voto hoje (28) terá prazo de até 60 dias para entregar o formulário em qualquer cartório eleitoral. Quem faltou ao primeiro turno tem até 6 de dezembro para justificar a ausência. Já quem não puder votar no segundo turno tem até o dia 27 do mesmo mês. O eleitor que não votar em três eleições consecutivas, não justificar sua ausência e não quitar a multa devida terá sua inscrição cancelada. Para efeito de cancelamento, cada turno é considerado como uma eleição.
Fonte: Portal Imirante

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