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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

UFOLOGIA É CIÊNCIA?


Boa parte dos estudos sobre óvnis carece de rigor científico ou está impregnada de forte misticismo. A culpa é também dos cientistas, que evitam pisar nesse campo minado para não colocar em risco sua reputação

por Leandro Steiw

Em novembro de 1977, o primeiro-ministro de Granada, Eric Matthew Gairy, sugeriu a criação de uma agência na Organização das Nações Unidas (ONU) para coordenar os estudos mundiais sobre o fenômeno óvni. A proposta foi adiante e, um ano depois, foi constituído um grupo de trabalho, formado, entre outros, pelos astrofísicos Josef Allen Hynek e Jacques Vallée, pelo engenheiro Claude Poher e pelo astronauta Leroy Gordon Cooper Jr. Pela primeira vez na curta história da ufologia, objetos voadores não-identificados seriam estudados com o aval de uma instituição digna de crédito no mundo todo. Mas os Estados Unidos não gostaram muito da idéia e avisaram que não financiariam qualquer investigação oficial sobre óvnis. Sem o apoio e a grana da maior economia do planeta, a idéia foi engavetada. E ficou uma pergunta no ar: se a ONU tomasse a frente desses estudos, a ufologia seria levada mais a sério?
O estudo de óvnis é um campo minado, no qual os cientistas evitam pisar para não explodir a própria reputação. A maioria dos acadêmicos considera a ufologia uma pseudociência, ou seja, um trabalho destituído do rigor da metodologia científica. Para piorar, dezenas de charlatões tomaram conta das pesquisas ufológicas, com a intenção de explorar a boa-fé das pessoas. Mas há cientistas, com formação acadêmica e reconhecimento público, que adotaram a ufologia como sua especialidade. Como identificar quem é quem no meio desse balaio de gatos?
Primeiro, é preciso entender o conceito. A ufologia investiga o fenômeno óvni – qualquer objeto visto no céu que não possa ser identificado ao primeiro olhar. A hipótese extraterrestre é apenas uma das possibilidades a serem investigadas. “Este é o principal problema da ufologia: a maioria dos próprios ufólogos”, diz Rogério Chola, ombudsman da revista UFO. “Eles são os responsáveis por perpetuar os paradigmas de que óvni é o mesmo que nave extraterrestre.”
Esqueça os preconceitos
Os óvnis realmente existem. Pode ser um avião passando entre as nuvens, uma estrela brilhante, um meteoro, um satélite artificial, um balão meteorológico, pássaros. Pode ser um punhado de coisas banais que normalmente não tomariam a sua atenção, mas que, por terem aparecido em condições desfavoráveis – escuridão, neblina, distância –, não puderam ser identificadas de imediato. Os pilotos de aviões comerciais e militares freqüentemente encontram objetos desconhecidos no céu e relatam como óvnis. O papel dos ufólogos é este: buscar uma explicação para os fenômenos. “Se nenhuma dessas hipóteses explicar ou reproduzir o fenômeno, então o objeto continua sendo um óvni. Claro que a hipótese extraterrestre deve ser a última a ser considerada e, caso o óvni preencha certos requisitos, poderá ser enquadrado como um artefato de origem desconhecida da tecnologia humana e da natureza do planeta Terra. Ir além disso é especular sem argumentos convincentes”, afirma Chola.
As teorias
Atualmente, há quatro teorias sobre o fenômeno óvni. A primeira apela para o racional: óvni é algum tipo de aeronave avançada, secreta ou experimental de fabricação humana, desconhecida ou mal reconhecida pelo observador. A segunda é a mais polêmica: se nenhum fenômeno natural ou tecnologia terrestre servir de explicação, trata-se de uma espaçonave alienígena. A terceirateoria aponta para hipóteses psicossociais e psicopatológicas: quem vê um óvni sofre de algum distúrbio. E a quarta escola apóia-se na religião, no ocultismo e no sobrenatural – os óvnis são mensagens divinas ou diabólicas. Pobre do ufólogo quando as hipóteses de uma tendência misturam-se às de outra. “A ufologia extrapolou os seus limites ao enveredar por caminhos místicos e transcendentais, passando a estudar vida extraterrestre, canalizações de mensagens extraterrestres, contatos telepáticos e entidades de outras dimensões, entre outros, o que a rigor não compete a ela estudar”, diz Chola.
Mas a responsabilidade não é só dos ufólogos. Como a ciência abdicou do direito de estudar os óvnis, diversas histórias permanecem sem resposta e adubam a já fértil imaginação do homem. Um dos poucos cientistas que tentaram encontrar uma explicação para o fenômeno óvni foi o astrofísico americano Josef Allen Hynek (1910-1986), fundador do Centro para Estudos Ufológicos e conselheiro do Projeto Blue Book (leia mais na página 22). Nos anos 50, Hynek era cético sobre óvnis e acreditava que as descrições eram feitas por testemunhas que não haviam sido capazes de identificar objetos naturais ou de fabricação humana. Depois de ler dezenas de papéis, porém, ele encontrou relatos de gente instruída – como astrônomos, pilotos, oficiais de polícia e militares – que mereciam um mínimo de crédito. Hynek conversou com físicos que também contaram ter visto objetos voadores impossíveis de explicar à luz dos conhecimentos atuais daciência . Ele então abandonou o ceticismo, encarou a ufologia como profissão, aplicou a metodologia científica nas pesquisas e foi um dos personagens da frustrada tentativa de abrir a agência coordenadora na ONU.
No entanto, aos poucos, Hynek se tornou um crítico da explicação extraterrestre. Em 1976, ele afirmou: “Tenho apoiado cada vez menos a idéia de que os óvnis são espaçonaves de outros mundos. Há tantas coisas se opondo a essa teoria . Para mim, parece ridículo que superinteligências viajariam grandes distâncias para fazer coisas relativamente estúpidas, como parar carros, coletar amostras de solo e assustar pessoas”. No final da vida, ele estava convencido de que os “discos voadores” tinham mais a ver com fenômenos psíquicos do que com veículos alienígenas.
Seja como for, a hipótese extraterrestre vem perdendo das outras teorias por falta de provas físicas. Em 60 anos, nenhum dos milhares de humanos que alegam ter contatado ETs conseguiu apresentar um único objeto comprovadamente de origem extraterrena. O mais famoso ufólogo do século 21, o americano cético Philip Klass, oferece 10 mil dólares a qualquer vítima de abdução que registrar queixa no FBI e deixar a polícia federal americana averiguar o caso. Se for verdade, o denunciante ganha a grana. Se for mentira, será multado em 10 mil dólares e preso por cinco anos. Até hoje, ninguém topou o desafio. H
"O principal problema da ufologia hoje é a maioria dos próprios ufólogos. Eles são os responsáveis por perpetuar os paradigmas de que óvni é sinônimo de nave extraterrestre"
Rogério Chola, ombudsman da revista ufo
"Parece ridículo que superinteligências viajariam grandes distâncias para fazer coisas relativamente estúpidas, como parar carros, coletar amostras e solo e assustar pessoas"
Josef Allen Hynek, astrofísico americano
Fonte: Supertinteressante - jun. 2005

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

73% dos brasileiros não sabem ler textos em inglês


Na classe A/B percentual cai para 46%, enquanto, na D/E sobe para 92%.
​Saber uma segunda língua, em especial o inglês, é uma exigência comum no mercado de trabalho.  Mas dados do IBOPE Inteligência demonstram que a capacidade do brasileiro em  interpretar textos em idioma estrangeiro  está longe de ser a ideal.

Em dezembro de 2011, a pesquisa Bus do IBOPE Inteligência ouviu a população nacional para saber a qualidade do inglês de cada entrevistado. O estudo perguntou aos entrevistados como eles definiriam a “capacidade de ler e entender uma notícia simples de jornal em inglês”.

Os resultados mostram que 73% consideram não saber o idioma e 13% avaliam ter capacidade baixa ou muito baixa. Outros 10% avaliam ter capacidade média e moderada e somente 3% julgam ter competência alta ou muito alta de leitura. 

Entretanto, esses percentuais mudam de acordo com as classes sociais. Nas classes A/B, 46% dizem não saber ler em inglês, enquanto 9% declaram ter capacidade alta ou muito alta. Na classe C, 79% afirmam não saber a língua e 2% dizem ter habilidade alta ou muito alta. Já nas classes D/E, 92 % dizem não saber o idioma e não há quem afirme ter capacidade alta ou muito alta.

Escrever em inglês
Dentre as pessoas que informaram ter alguma capacidade para ler, 55% dizem ser baixa ou muito baixa a capacidade de “escrever uma carta simples em inglês para um amigo, seja para fins pessoais ou profissionais”. Outros 30% disseram ter capacidade moderada e apenas 8% disseram ter capacidade alta ou muito alta.

Fonte: IBOPE

Se o mundo tivesse direito à votação, Obama teria 81% das intenções de voto


62% da população mundial acredita que as decisões americanas interferem em seus países
ISTOCKPHOTO
​42% dos brasileiros consideram que deveriam ter o direito de votar nas eleições que acontecem nos EUA.
​Nos Estados Unidos, democratas e republicanos disputam o voto do eleitor para a presidência do País. O presidente Barack Obama tenta a reeleição pelo partido dos democratas, enquanto a oposição traz Romney na disputa pelo cargo. Mas o interesse pelos resultados dessas eleições ultrapassam as fronteiras dos Estados Unidos. 

Afinal, as ações do País têm alto impacto em outras nações. Ao menos isso é o que pensam 62% dos entrevistados na pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência, em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), em 32 países dos cinco continentes do globo. 

No Brasil, o percentual das pessoas que acreditam que as decisões americanas têm impacto no rumo do seu próprio País é ainda maior, atingindo 80% dos entrevistados. Com essa premissa, 42% dos brasileiros consideram que deveriam ter o direito de votar nas eleições que acontecem nos EUA, mesmo percentual da média global.

Em uma situação hipotética, se a votação de outros países fosse legitimada pelas autoridades americanas, Obama teria 81% das intenções de voto contra 19% de Romney (já desconsiderando os votos inválidos). No Brasil, o democrata teria ainda mais vantagem sobre o republicano, com 93% das menções dos votos válidos.

Sobre a pesquisa
A pesquisa foi realizada com 26.014 pessoas em 32 países, entre 20 de agosto e 5 de setembro de 2012.

Fonte: IBOPE

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Nestlé, Samsung e Adidas são as marcas preferidas da classe C


Pesquisa Data Popular aponta também que homens citam marcas de tênis, roupas de esporte e eletrônicos, enquanto as mulheres mencionam alimentos, cosméticos e roupas



Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (5) pelo instituto Data Popular indica que 46% dos consumidores da nova classe C não têm uma "marca do coração”. Para Renato Meirelles, diretor do instituto, a falta de preferência decorre dos erros cometidos pelas empresas em suas estratégias de marketing. “O mercado publicitário não sabe o que fazer com a classe C ainda. Não entendem que propaganda boa é a que vende e não a que é premiada”, diz.
Getty Images
Nestlé é apontada como a "marca do coração" de 4,1% da nova classe média
Para o estudo, foram realizadas 22 mil entrevistas com consumidores de 153 cidades brasileiras, e a família da classe C usada nas pesquisas tem uma renda média de R$ 2,5 mil ao mês. No resultado final, a Nestlé ficou em primeiro lugar como a marca favorita de 4,1% dos entrevistados, seguida da Samsung com 3,9% e Adidas e Nike, com 3,7%.
Em geral, a maioria das marcas citadas são da categoria “premium” ou “medium price”. Grande parte delas também é líder de mercado, ou seja, o consumidor da classe C prefere pagar mais caro, porém garantir a qualidade. “Esse consumidor não pode errar, se ele comprar uma marca de arroz que gruda, vai ter que comer arroz grudento o mês todo", diz Meirelles. “As empresas precisam entender que o modelo tradicional de preço baixo que as trouxe até aqui, não é suficiente para conquistar a classe média”.
Entre os homens, a marca preferida é a Adidas (5,8%), seguida da Nike (5,1%) e da Samsung (4,9%). Para as mulheres, a Nestlé repete a liderança (6,3%), em segundo lugar está O Boticário (4,2%) e em terceiro, a Hering (3,1%). Em relação às faixas etárias, os “maduros” preferem também a Nestlé (4,9%), depois a Sony(4,2%) e a Samsung (3,8%). Já entre os jovens, a “marca do coração” é a Nike (4,2%), seguida da Samsung (3,6%) e da Apple (3,2%). Para Meirelles, os números são baixos, pois as marcas não conseguiram coresponder ao crescimento da nova classe média. “Os consumidores procuram marcas como um selo de qualidade, mas não estão encontrando isso”.

As marcas preferidas da Classe C

A pesquisa avaliou 17 categorias de produtos, veja os líderes em cada uma delas:
Fonte: Data Popular
A classe C já corresponde por 44% dos gastos no país. Segundo a Ipsos Public Affairs, cerca de 2,7 milhões de brasileiros migraram para o segmento só no ano passado, chegando a 103,054 milhões de pessoas, ou 54% da população total do país. O desafio das empresas está em tornar esse grande contingente em consumidores cativos. Conforme projeção do Data Popular, em 2014 a classe C será representada por 58,3% dos brasileiros, enquanto 26,8% estarão na D.
“O consumidor C ainda não tem marca, essa é uma possibilidade espetacular para que as empresas desenvolvam melhores estratégias”, diz Roberto Meir, publisher da revista Consumidor Moderno. Para ele, as marcas precisam se preocupar com relevância e não em estar na memória do consumidor. “A Omo, por exemplo, aparece em primeiro lugar em todos os Top of Minds, mas é a preferida de 21% dos entrevistados, enquanto o multiuso Veja lidera com 28%”.
As empresas gastam milhões com propagandas que não se comunicam com a classe que mais consome no Brasil. “O consumidor fica feliz porque ganha uma promoção de operadora de celular, mas depois não consegue falar no call center", diz Meirelles. “A pós-venda está ligada a 75% da percepção de marca, para conquistar o coração do consumidor não bastam comerciais de 30 segundos na televisão”.
*Com Agência Estado

sexta-feira, 20 de julho de 2012

PROJETO INVESTIGA AS ESTEARIAS DO MARANHÃO

Figura antropomorfa "Vivendo sobre as Àguas”, projeto de pesquisa enfocando os sítios arqueológicos únicos no Maranhão, as estearias, vem sendo desenvolvido, pelo arqueólogo Deusdédit Carneiro Leite Filho, sob a chancela da Secretaria de Estado da Cultura, como ação integrante do programa de dez anos de levantamento do potencial e estudo dos recursos arqueológicos do estado.

Em inúmeras visitas à região da Baixada maranhense ao longo do período, diversos sítios de estearias foram localizados, além dos já identificados por Raimundo Lopes na década de 20 do século passado e posteriormente estudados por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi.

A investigação em andamento visa compreender de maneira mais conclusiva a configuração e abrangência regional desses tipos de assentamentos, assim como a dinâmica cultural desenvolvida pelos grupos ceramistas que habitaram ambientes aquáticos associados ao referido contexto arqueológico peculiar e sua cultura material característica.





Texto: Deusdedit Carneiro Leite Filho

Vídeos: You Tube


Fonte: Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão


P.S.: Recentemente descobriu-se uma sétima estearia na região de Penalva (trata-se da estearia do lago Formoso). O município da baixada maranhense torna-se, atualmente, o principal sítio arqueológico do Brasil no que diz respeito às estearias.

domingo, 15 de julho de 2012

EUA: Nova pesquisa aponta Obama com sete pontos de vantagem sobre Romney




Fillipe Mauro – Opera Mundi

Constitucionalidade da reforma da saúde não afetou campanha democrata

O presidente dos EUA e candidato à reeleição Barack Obama conseguiu abrir uma vantagem de sete pontos percentuais sobre seu principal adversário, o agora pré-candidato único do Partido Republicano, Mitt Romney.

De acordo com números divulgados nesta sexta-feira (13/07) pelo Pew Research Center, um dos maiores centros de análise política do país, Obama tem 50% das intenções de voto enquanto Romney permanece em segundo lugar, com 43%.

Há menos de um mês, ainda em junho, Obama também figurava na marca dos 50%. Contudo, o ex-governador do Estado de Massachusetts contava, à época, com 46% das intenções de voto, o que reduzia a vantagem do democrata para apenas quatro pontos percentuais.

O Pew Research Center consultou 2973 adultos de todo o território norte-americano entre os dias 28 de junho e 9 de julho.

Reforma da saúde

Embora a reforma do sistema público de saúde dos EUA tenha se revelado um dos maiores empenhos políticos da gestão Obama, a comprovação de sua constitucionalidade pela Suprema Corte de Justiça “aparenta não ter afetado a corrida presidencial de 2012”.

Para os analistas do Pew Center, o que a decisão judicial colocou em xeque foi a imagem pública da Suprema Corte e não a campanha democrata em si. 51% dos entrevistados disseram possuir uma visão positiva da atuação dos magistrados após o julgamento. Por sua vez, os que alegaram possuir uma visão negativa da instituição a partir da sentença somaram 37%.

A desaprovação parte em boa medida do eleitorado republicano. Em abril, 56% dos cidadãos declaradamente republicanos enxergavam a atuação da Suprema Corte de forma positiva. Com a sentença favorável ao governo Obama, esse número caiu para 51%.

Entusiasmo

A pesquisa também apontou uma forte diferença na intensidade com a qual eleitores democratas e republicanos se identificam com os candidatos de seus partidos.

Apenas 34% dos eleitores republicanos apresentam entusiasmo com a candidatura de Romney. Entre democratas, contudo, esse valor praticamente dobra: 64% se consideram fortes partidários da tentativa de reeleição do presidente Barack Obama.

Entre os chamados “eleitores independentes”, a preferência por Obama ou Romney varia muito pouco e mantém-se praticamente equilibrada. Em meio aos votantes desvinculados de quaisquer partidos políticos, 46% preferem a candidatura republicana e 45% a democrata.

Insatisfação pública

Com essa sondagem, o Pew Center também buscou mensurar a satisfação dos cidadãos com o estado geral do país. Os entrevistados que se disseram satisfeitos com o que o instituto chama de “condição nacional” somam apenas 28%, número muito inferior aos 67% que alegam estar insatisfeitos com o país.

As estatísticas do desemprego nos EUA são apontadas como o critério prioritário dos eleitores na escolha de seus candidatos. Chegam a 46% os que pensam que Romney é um nome mais capacitado para acelerar a economia do país e elevar a oferta nacional de postos de trabalho. Os que pensam que Obama reúne as competências mais relevantes para enfrentar esse desafio são 42%.

Dos 12 temas percorridos pelos pesquisadores do Pew Center, Romney é visto como um nome mais forte do que Obama em apenas mais um: a redução do déficit público norte-americano. Para dois terços dos norte-americanos, Obama é considerado o mais indicado para atender as demandas dos mais pobres e 50% se vêem mais bem representados pelo atual presidente no que diz respeito à polêmicas como o aborto e a extensão de direitos civis a homossexuais.

Fonte: Página Global

sábado, 23 de junho de 2012

A vantagem de comer terra

Novas descobertas sugerem que comer terra não é necessariamente patológico, mas apenas uma adaptação
por Philip T. B. Starks e Brittany L. Slabach
THOMAS JACKSON Getty Images

Em 2009, um grupo de estudantesde biologia da Tufts University reuniu-se para comer terra. Eles moeram pequenos torrões de argila e ingeriram o pó para descobrir, pela primeira vez, o sabor desse material. Esse estranho teste de sabor era parte de um curso de medicina darwiniana oferecido por um de nós (Starks). Os alunos estavam estudando a evolução da geofagia – a prática de comer terra, principalmente solos semelhantes à argila, coisa que animais e pessoas praticam há milênios.

O guia padrão de referência para psiquiatras – a quarta edição do Manual de Estatística e Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSMI, na sigla em inglês) classifica a geofagia como um transtorno de alimentação em que a pessoa consome coisas que não são alimentos, como cinza de cigarro e tinta de parede. Mas como os alunos viriam a descobrir, estudos culturais de animais e humanos sugerem que a geofagia não é necessariamente uma anormalidade – na verdade, ela é um tipo de adaptação. Os pesquisadores estão analisando o ato de comer terra sob um ângulo diferente e descobrindo que o comportamento geralmente serve para suprir minerais vitais e para desativar toxinas de alimentos e do ambiente.


Abordagem evolucionária

Uma forma de decidir se a geofagia é anormal ou adaptativa é determinar até que ponto o comportamento é comum em animais e em sociedades humanas. Como o comportamento é observado em muitas espécies e culturas diferentes, é provável que seja benéfico.
Atualmente parece não haver dúvida de que a geofagia é ainda mais comum no reino animal do que se pensava. Os pesquisadores observaram geofagia em mais de 200 espécies de animais, incluindo papagaios, veados, elefantes, morcegos, coelhos, babuínos, gorilas e chimpanzés. A geofagia também é bem documentada em humanos, com registros que datam da época de Hipócrates (460 a.C.). Os mesopotâmios e antigos egípcios usavam a argila medicinalmente: eles cobriam ferimentos com emplastros de barro e comiam terra para tratar de várias doenças, principalmente do intestino. Alguns povos indígenas das Américas usavam terra como um tempero e preparavam alimentos naturalmente amargos como noz de carvalho e batatas com um pouco de terra para neutralizar o amargor. A geofagia foi praticada com frequência na Europa até o século 19 e em algumas sociedades, como a etnia Tiv, da Nigéria, o desejo de comer terra é sinal de gravidez.

Uma explicação comum para o hábito de animais e pessoas ingerirem terra é que o solo contém minerais como cálcio, sódio e ferro, que mantêm a produção de energia e outros processos biológicos vitais. Como as necessidades desses minerais variam com a estação do ano, com a idade e com o estado geral de saúde dos animais, a geofagia é particularmente comum quando sua dieta alimentar não fornece minerais suficientes ou quando os desafios do ambiente exigem mais energia que o normal. Gorilas-das-montanhas e búfalos africanos que vivem em altas altitudes podem, por exemplo, ingerir terra como uma fonte de ferro que promove o desenvolvimento das células vermelhas do sangue. Elefantes, gorilas e morcegos consomem terra rica em sódio quando sua alimentação não contém quantidades suficientes desse elemento químico. Populações de elefantes visitam constantemente cavernas subterrâneas onde cavam e ingerem rochas ricas em sal.
 
Entre populações humanas da África os que têm acesso direto ao cálcio não praticam geofagia com tanta frequência. A necessidade de cálcio pode explicar, em parte, por que a geofagia é mais comumente associada à gravidez: a mãe necessita de mais cálcio à medida que os ossos do feto se desenvolvem.

Ainda assim, o déficit de minerais não explica completamente a geofagia. Num artigo extenso de revisão publicado em 2011 no Quarterly Review of Biology, Sera L. Young, da Cornell University, e seus colegas concluíram que ingerir terra raramente acrescenta quantidades signifi cativas de minerais à nutrição de qualquer ser, humano ou animal. Em muitos casos esse comportamento interfere na absorção do alimento do intestino à corrente sanguínea, provocando deficiência de nutrientes.

Se animais e humanos não estão retirando da terra que ingerem o suprimento de minerais de que necessitam, qual seria então o benefício da geofagia? Uma segunda explicação que está ganhando adeptos é que comer terra geralmente é uma forma de desintoxicação.


A terra desintoxica


A ideia de que, na maioria dos casos, comer terra é provavelmente uma forma de eliminar toxinas pode explicar por que pessoas e animais geralmente preferem solos semelhantes à argila. Moléculas de argila negativamente carregadas ligam-se facilmente a toxinas carregadas positivamente no estômago e intestinos – evitando que as toxinas penetrem na corrente sanguínea e transportando-as através dos intestinos para serem eliminadas. A desintoxicação pode explicar também por que alguns povos indígenas preparam refeições com batatas e nozes de carvalho com argila – esses alimentos são amargos porque contêm pequenas quantidades de toxinas.

Nos anos 90, James Gilardi, diretor executivo da Fundação Mundial do Papagaio encontrou apoio para a hipótese da desintoxicação em um dos poucos estudos experimentais sobre geofagia. Enquanto observava um bando de papagaios peruanos alimentando-se numa faixa específica de solo exposto ao longo do rio Manu, Gilardi notou que os pássaros não se interessavam por faixas de terra das vizinhanças com muito mais minerais. Ele pressupôs que os papagaios não estavam ingerindo terra por causa dos minerais, mas para neutralizar alcaloides tóxicos das sementes e frutas não maduras que fazem parte de sua alimentação. Toxinas presentes em vegetais (ou carnes) geralmente irritam o intestino. Para testar a hipótese, Gilardi alimentou alguns papagaios com o alcaloide tóxico quinidina com e sem a terra preferida e mediu a quantidade de alcaloide presente no sangue dos pássaros depois da refeição. Os pássaros que não consumiram terra exibiram níveis mais altos de quinidina no sangue. Os pesquisadores observaram os mesmos efeitos benéfi cos em chimpanzés e babuínos que receberam suplemento de argila em suas refeições.
 
Estudos com morcegos revelam mais evidências dos efeitos benéficos da terra na desintoxicação. Um estudo publicado na PLoS ONE em 2011 questionava se morcegos da Amazônia visitavam encostas de despenhadeiros de argila exposta para nutrir-se ou desintoxicar-se. Christian Voigt, do Instituto Leibniz de Pesquisa em Zoologia e Vida Selvagem, em Berlim, e seus colegas capturaram morcegos de duas espécies diferentes: uma que se alimenta principalmente de frutas e outra cuja dieta se baseia principalmente em insetos. Voigt acreditava que se os morcegos estivessem ingerindo argila por causa dos minerais, ele deveria encontrar menor quantidade de morcegos comedores de frutas nas encostas de argila porque as frutas contêm mais minerais que os insetos. Mas a maioria dos morcegos que capturou nas encostas de argila eram consumidores de frutas – e muitas fêmeas estavam prenhes ou amamentando. Voigt concluiu que as fêmeas frugívoras prenhes visitavam as encostas de argila para se desintoxicar porque estavam comendo duas vezes mais para alimentar seus bebês, o que signifi cava que estavam ingerindo duas vezes mais toxinas vegetais de frutas não maduras, sementes e folhas.

Como os morcegos, mulheres grávidas também podem ingerir terra por suas propriedades desintoxicantes, além de fonte suplementar de minerais. O primeiro trimestre da gravidez incomoda muitas mulheres com náuseas e vômitos, e estudos cruzados de várias culturas mostram uma associação entre geofagia no início da gravidez e o mal-estar matinal. Mulheres de países subsaarianos e do sul dos Estados Unidos relataram consumir argila para aliviar esse desconforto. Alguns pesquisadores propuseram que o mal-estar matinal elimina as toxinas da mãe, que podem prejudicar o feto. Talvez a geofagia e o mal-estar matinal funcionem em conjunto para proteger o desenvolvimento do feto. Como a argila pode conter bactérias e vírus, ela também protege mãe e feto de patógenos como a Escherichia coli e o Vibrio cholerae presentes em alimentos.

Embora apenas recentemente a comunidade científica tenha reunido evidências suficientes para sugerir que a geofagia é um comportamento adaptativo, ao longo de milhares de anos muitas pessoas – e não apenas mulheres grávidas – usaram minerais da argila como remédio para náusea, vômitos e diarreia. Na era da medicina moderna, empresas farmacêuticas aproveitaram as propriedades associativas do caulim, um mineral da argila, para produzir o Kaopectate, um medicamento que trata diarreia e outros problemas digestivos. Finalmente o composto sintético subsalicilato de bismuto – o principal ingrediente do Pepto-Bismol – substituiu o caulim, mas a argila ainda é usada atualmente de outras formas. Caulim e esmectitas se prendem não só às toxinas nocivas, mas também a patógenos. Fazendeiros utilizam argila no preparo de ração para a criação para inibir a transmissão de toxinas, e alguns pesquisadores propuseram aproveitar as propriedades de associação patogênica da argila para purificar a água.

É claro que ingerir terra também pode ser perigoso. Juntamente com minerais e materiais desintoxicantes seria possível ingerir bactérias, vírus, vermes parasitas e quantidades ameaçadoras de chumbo e arsênico, não intencionalmente. Devido a esses riscos, consumidores modernos de terra deveriam se limitar a produtos comercialmente seguros, passados por aquecimento ou esterilização –, mas não deveriam ser estigmatizados por seu comportamento.

De forma geral as evidências mostram que, em muitos casos, a geofagia não é um sinal de doença mental, mas uma defesa específica que evoluiu para combater toxinas e provavelmente suprir déficits de minerais. Embora possamos não pensar em geofagia quando tomamos vitaminas ou procuramos alívio numa colherada de Kaopectate, na verdade estamos participando da prática ancestral de comer terra.
  

Fonte: Revista Scientif American Brasil (ed. 122 - julho/2012) 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Você me desculpa?


Pesquisadores investigam se cães realmente  sentem culpa ao quebrar regras impostas pelos donos
por Jason G. Goldman

©mlorenz / Shutterstock

 “Cheguei em casa e ele estava agindo de maneira estranha. Eu sabia que ele tinha feito alguma coisa errada”, contou-me ela. Pedi mais detalhes. “Sua cabeça estava baixa e ele não me olhava nos olhos”, continuou. “Então eu encontrei: embaixo da cama”.

Minha amiga passou semanas treinando seu cão, Henry, para que ele não fizesse cocô no carpete. E lá estava, embaixo da cama. “Ele sabia que havia se comportado mal, por isso estava agindo com tanta culpa”, insistiu a moça, certa de que seu cão sabia que havia violado suas regras. Mas ela não estava sozinha: 74% dos donos de cães acreditam que seus animais sentem culpa.

Existem muitas evidências para o que os cientistas chamam de emoções primárias – alegria e medo, por exemplo – em animais. Mas evidências empíricas para emoções secundárias como ciúme, orgulho e culpa são extremamente raras na literatura sobre cognição animal, já que emoções secundária requerem certo nível de sofisticação cognitiva, particularmente no que diz respeito à autoconsciência, que pode não existir em animais não-humanos.

O problema é que a demonstração de comportamentos associados à culpa não é, em si, sinal da capacidade de senti-la emocionalmente. Os comportamentos culposos se seguem às transgressões? Se sim, isso forneceria pistas de que os cães podem estar conscientes delas. Ou será que o comportamento de culpa acompanha uma repreensão ao animal? – uma especulação razoável, já que os donos tendem a brigar menos com seus cães se eles “se arrependerem”. Se esse for o caso, o comportamento poderia ser simplesmente resultado da associação aprendida entre um estímulo (como fazer cocô no carpete) e o castigo que se segue.

Para analisar a questão, um grupo de pesquisadores de cognição canina da Eotvos Lorand University, em Budapeste, liderados por Julie Hecht, criou um experimento, relatado no periódico Applied Animal Behavior Science.

Os pesquisadores queriam responder duas perguntas. “Quando estão recebendo seus donos, cães que se comportaram mal na ausência deles agem diferentes dos “inocentes?”/ “Os donos seriam capazes de determinar, baseando-se apenas no comportamento do cão, se  eles cometeram alguma transgressão?

Durante o estudo, os pesquisadores determinaram o comportamento de recepção padrão de 64 cães, após breve separação dos donos. Além disso, estabeleceram uma regra social: animais não podem pegar comida que fica em cima da mesa. Em seguida, os cães foram deixados sozinhos com e os pesquisadores verificaram como recebiam seus donos após terem se alimentado, ou não, da “comida proibida” e observavam se os donos conseguiam determinar se os cães haviam quebrado a regra.

A primeira descoberta mostrou que os cães nem sempre agem com culpa – apenas em certas circunstâncias. Eles mostraram significativamente menos comportamentos associados à culpa quando estavam sendo recebidos por seus donos do que quando estavam sendo repreendidos. Depois, os pesquisadores verificaram se os cães transgressores demonstravam mais culpa. Surpreendentemente, os dois grupos apresentaram a mesma tendência a agir com culpa. Juntas, as conclusões fornecem uma possível resposta para a primeira pergunta: cães que se comportaram mal não tinham tendências estatisticamente significativas de se comportar diferente dos demais.

Outra descoberta, no entanto, pode indicar possíveis sentimentos de culpa. Cada cão teve três oportunidades de receber seus donos: uma vez antes de a regra ser estabelecida; depois de a regra ter sido estabelecida e os cães terem oportunidade de violá-la; e uma terceira vez, após a regra, mas sem oportunidade de violá-la. Enquanto todos tendiam a agir com culpa durante a segunda recepção ao serem repreendidos, somente os que de fato cometeram transgressões mantiveram o comportamento durante a terceira recepção.

Sobre os donos, quase 75% foram capazes de determinar se os cães haviam se comportado mal: um resultado significativamente maior que o esperado para chutes aleatórios. No entanto, é possível que os donos estivessem se baseando no comportamento anterior dos cães para isso. Talvez os donos não estivessem se baseando apenas no comportamento dos animais, mas em sua tendência anterior a comer os alimentos! Após eliminar esses donos (que sabiam que os cães haviam violado a regra antes mesmo de ela ter sido estabelecida), os participantes não conseguiram determinar se seus cães haviam se comportado mal.

Pesquisas futuras, segundo os pesquisadores, terão de investigar questões em ambientes familiares, e não no laboratório, examinando regras sociais já estabelecidas entre dono e cão. Ainda pode demorar algum tempo para que possamos saber com certeza se cães sentem culpa, ou se as pessoas conseguem determinar se um cão violou uma regra antes de encontrar evidências concretas disso.

Texto original publicado em http://blogs.scientificamerican.com/thoughtful-animal/2012/05/31/do-dogs-feel-guilty/

Jason G. Goldman Jason G. Goldman é um estudante de pós-graduação em psicologia do desenvolvimento na University of Southern Califórnia.
Fonte: Scientific American Brasil

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Tomate tem 7 mil genes a mais do que homem, segundo estudo



RIO - O tomate, quem diria, tem DNA mais complexo do que o do ser humano. Seu genoma, que acaba de ser decodificado, conta com 31.760 genes - sete mil a mais do que o nosso. A diversidade genética pode ter salvo a planta de sucumbir à mesma catástrofe que matou os dinossauros e a maior parte das formas de vida da Terra. Agora, seu mapeamento ajudará na produção de variantes mais saborosas, inclusive fora de sua época tradicional de cultivo.
Um consórcio de geneticistas de 14 países levou nove anos trabalhando com a planta, cujo cultivo é crescente no mundo. Só em 2010, foram produzidas 145,8 milhões de toneladas. Espera-se que, a partir dos resultados do estudo, publicados esta quinta-feira na "Nature", seja possível desenvolver tomates capazes de sobreviver a pestes e às mudanças climáticas.
A revelação do genoma do tomate abre caminho para variedades mais nutritivas, saborosas e até com formatos diferentes. Elas podem ser produzidas tanto por cruzamento tradicional quanto por engenharia genética. Os dados têm aplicação para outras culturas da família Solanaceae, como berinjelas e pimentas.
Os cientistas sequenciaram os genomas das variedades Heinz 1706 (Solanum lycopersicum), usado no ketchup, e de seu parente selvagem mais próximo, a Solanum pimpinellifolium, dos Andes peruanos, berço dos ancestrais do tomate.
O fato do fruto ter mais genes do que o homem não quer dizer que ele seja mais sofisticado; apenas que escolheu uma estratégia diferente para organizar seu DNA. Os seres humanos fazem uso de uma técnica conhecida como splicing alternativo, permitindo que os componentes de cada gene sejam montados em muitas formas diferentes. Assim, um gene pode ter várias funções.
Já a família Solanaceae desenvolveu complexidade genética pela aquisição de genes. Cerca de 70 milhões de anos atrás, algum imprevisto resultou na triplicação do genoma da planta. Normalmente a triplicação de um genoma seria uma desvantagem, sobrecarregando a planta com uma DNA maior do que o necessário. Mas este evento ocorreu numa época de grande estresse ambiental, quando houve extinção dos dinossauros, e esta versatilidade genética inesperada pode ter salvo a espécie.
- É fácil pensar que, neste período, com muita atividade vulcânica e pouca luz solar, a reserva de genes foi útil para uma planta - explica Jim Giovannoni, geneticista do Instituto Broyce Thompson de Pesquisa de Plantas, nos EUA.


Fonte: br.noticias.yahoo.com/Agência O Globo

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Em pesquisa, público alemão pede a aposentadoria de Michael Schumacher


Maior campeão da história da Fórmula 1, Michael Schumacher parece não contar mais com o prestígio de seus compatriotas. Em pesquisa feita pela agência de marketing alemã Promit, 55,4% dos entrevistados afirmaram que o piloto deve se aposentar ao fim da temporada.
Correndo pela Mercedes, Schumacher ocupa a 18ª posição no Mundial de Pilotos, com apenas dois pontos conquistados em cinco corridas. Enquanto isso, o também alemão Nico Rosberg, companheiro de equipe do heptacampeão, é o sétimo colocado e soma 41 pontos.
No Grande Prêmio da Espanha, disputado no último domingo, Schumacher teve de abandonar a prova na 12ª volta, após acidente com Bruno Senna. O alemão chegou a chamar o brasileiro de “idiota” após a colisão.
Foto: Carlo Ferraro/EFE
Fonte: Uol Esporte

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Pesquisa mostra cesta básica mais cara em 15 capitais brasileiras


cesta
Pesquisa feita pela Dieese, mostra que valor cestabásica aumentou no mês de abril, em 15 capitais, entre 17 pesquisadas
Colocar na mesa o conjunto de 13 produtos considerados básicos para a alimentação do brasileiro ficou mais caro no mês de abril, em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os alimentos que mais influenciaram o aumento da cesta básica foram o óleo de soja, o feijão, o leite, o pão, o tomate e a batata.
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica constatou que, em abril, o movimento de alta foi inverso ao apurado em março, quando a cesta ficou mais barata em 11 cidades, principalmente, por influência da queda dos preços da carne bovina naquele mês.
No grupo de alimentos que mais influenciaram o aumento do valor médio, o óleo de soja subiu em 14 cidades; o feijão apresentou alta em 12 localidades; e o leite, o pão e o tomate tiveram elevação em dez capitais. A batata também subiu de preço em oito das nove capitais em que o custo do produto é acompanhado, com destaque para Goiânia, onde os preços subiram 20,87% em abril, e Belo Horizonte, onde o aumento foi de 19,01%.
No caso do feijão, as altas expressivas foram influenciadas pela seca que prejudicou as safras, especialmente na Bahia. Os maiores aumentos foram encontrados em Fortaleza (19,52%), São Paulo (13,56%), Belém (12,96%), Recife (12,67%) e Goiânia (10,30%).
No mês passado, as maiores elevações no custo médio da cesta foram encontradas nas cidades de Manaus (3,80%), Fortaleza (3,54%), Natal (2,93%) e Salvador (2,84%). Apenas as capitais, Rio de Janeiro e Belo Horizonte apresentaram retração, com reduções de -1,83% e -0,82% respectivamente.
A cidade de São Paulo continua sendo o local onde se gasta mais para uma alimentação completa. A cesta básica do paulistano custa em média R$ 277,27. Em seguida, aparecem as cidades de Porto Alegre, com um custo de R$ 268,10; Manaus, onde o gasto é de R$ 267,19; e Vitória, com valor médio de R$ 262,14. A cesta mais barata foi encontrada em Aracaju (R$192,52).
Considerando o acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o custo médio da cesta básica caiu em seis localidades. As maiores baixas foram apuradas em Vitória (-4,81%), Goiânia (-4,60%) e Rio de Janeiro (-4,13%). Os aumentos mais expressivos foram registrados em João Pessoa (6,24%), Natal (6,15%) e Aracaju (5,65%).
Na análise anual, em que é considerado o período entre maio de 2011 e abril último, apenas as cidades de Natal, Rio de Janeiro e Goiânia apresentaram retração no custo médio, com reduções de -1,74%, -1,22% e -0,76%, respectivamente. Já as maiores elevações foram encontradas em capitais do Norte e Nordeste: Recife (10,86%), João Pessoa (9,14%), Manaus (7,77%), Belém (7,35%) e Salvador (7,15%).
Pelos cálculos do Dieese, para atender às necessidades básicas de uma família, o salário mínimo, em abril, deveria ter sido R$ 2.329,35, o que corresponde a 3,74 vezes o mínimo em vigor (R$ 622). Em março, o valor estimado era um pouco menor, R$ 2.295,58 , ou seja, 3,69 vezes o mínimo atual.
Fonte: Correio do Brasil

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