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Boi de Maracanã
Boi Barrica
Os sotaques
"No auto tradicional da brincadeira - a comédia -, em meio a um enredo de temática
rural, que mistura boi, amo, vaqueiros, rapazes e índios, situa-se como um ser fantástico que assusta Pai Francisco quando este rouba o boi para lhe tirar a língua e satisfazer o desejo de grávida de sua mulher, Catirina.
Atualmente, no ritual da festa da morte do boi de alguns grupos, o Cazumbá ajuda Nego Chico a matar o novilho.
Dos mascarados do bumba-meu-boi, esses dois se destacam como os responsáveis pelo sacrifício, no faz-de-conta teatral de sangrar o animal e dividir seu sangue - vinho tinto - entre os participantes dessa encenação, envolvidos em contraditória mistura de alegria e tristeza.
(...)
Hoje o cazumbá vem na frente dos conjuntos, abrindo caminho em meio assistência para o boi passar e se apresentar mais à vontade, além de assumir um cunho humorístico, pois faz graça para o pessoal, procurando envolver principalmente as crianças. Exerce também liderança dentro e fora da roda do boi, estando sempre vigilante a tudo que acontece". (pg. 6 e 7)
"A máscara confere autoridade, autentica, legitima o ato ritualizado; também reafirma o
indivíduo, sua tradução enquanto agente articulador e, principalmente, comunicador". (pg. 10)
Fonte: LODY, Raul. Cazumbá: máscara e drama no boi do Maranhão. Rio de Janeiro: FUNARTE/CNFCP, 1999.
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