O julgamento político do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, teve
início às 18h15 (19h15 de Brasília), com a apresentação da acusação a
cargo de cinco deputados que exercem a função de fiscais no processo.
Diante do Senado constituído em tribunal, o primeiro a expor as razões
pelas quais Lugo deve ser retirado do cargo foi Carlos Liseras, do
Partido Colorado.
Mais cedo, em uma sessão extraordinária retransmitida pela TV, os
senadores aprovaram um completo regulamento do processo constitucional
promovido horas antes pela Câmara dos Deputados contra o presidente.
Na manhã de hoje, o Parlamento paraguaio aprovou o início de um processo de impeachment do presidente Fernando Lugo, a quem partidos de oposição responsabilizam pelos confrontos.
Jorge Adorno/Reuters | ||
Fernando Lugo fala a jornalistas; ele enfrenta processo de impeachment |
Lugo já anunciou que vai enfrentar o julgamento político e não pretende renunciar.
Ele é acusado de "mau desempenho de suas funções", principalmente por
um episódio sangrento de conflito de terras ocorrido na semana passada.
Um confronto armado deixou seis policiais e 11 camponeses mortos na sexta-feira passada em Curuguaty, a 250 km da capital.
O episódio forçou a saída do ministro do Interior, Carlos Filizzola, e
do comandante da polícia, Paulino Rojas, que deixaram seus cargos
pressionados pelo Congresso.
A reforma agrária era uma das prioridades do governo de Lugo, mas o
mandatário teve dificuldades para aproximar posições entre as
organizações camponesas e os proprietários, na medida em que buscava
colocar ordem no organismo encarregado pela distribuição de terras.
Fonte: Folha de São Paulo (Mundo)
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