Problemas cardiovasculares teriam causado morte. Segundo a Anvisa, 86 pessoas tiveram gastroenterite durante a viagem
Uma mulher norte-americana morreu a bordo de um navio
que atracou na manhã desta terça-feira (22) no Píer Mauá, no centro do
Rio de Janeiro. De acordo com a PF (Polícia Federal), a embarcação veio
do Uruguai.
A vítima foi identificada como Dorothy Missen Philips, de 61 anos. A
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou ter recebido
do Serviço Médico do transatlântico a informação de que a
norte-americana havia morrido em decorrência de problemas
cardiovasculares. Mas a confirmação da causa da morte só poderá ser
anunciada depois da autópsia.
A PF informou que aguarda o laudo cadavérico e vai colher o
depoimento do médico do navio para avaliar a necessidade de abertura de
um inquérito. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico
Legal (IML).
A Anvisa informou ainda que o relatório do Serviço Médico do navio
indicou que foram notificados 86 casos de gastroenterite, sendo 79 em
passageiros e sete tripulantes.
Segundo a Anvisa, os primeiros casos sintomáticos foram registrados
no dia 6, quando o transatlântico estava em escala em Valparaiso, no
Chile. Nos últimos dois dias foram registrados dois casos novos, o que
aponta a diminuição significativa do número de casos no momento de
atracação do navio no Brasil (no dia de hoje somente existia um
passageiro com sintomas de gastrenterite a bordo).
Todos os passageiros foram liberados e aqueles que não sentiam bem
seguiram para o posto da Anvisa localizado no Aeroporto Internacional
Antônio Carlos Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, zona norte da
cidade.
O navio MS Veendam possui 629 cabines e capacidade para receber 1.258
passageiros. O transatlântico faz parte da frota da Holland America. A
reportagem do iG entrou em contato com a sede da empresa em Seattle, nos Estados Unidos, mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto.
Segundo o secretário estadual de Turismo, Ronald Ázaro, não há risco
para a população fluminense. “Se a Anvisa estava avisada e sabe qual foi
o grau de contágio, ela comunicaria para a gente [as autoridades do
Estado]. Então, não teve um grau de infecção que pudesse contagiar
outras pessoas aqui”, disse o secretário.
O navio Veendam saiu de Nova York, nos Estados Unidos, há 36 dias, e
passou por vários países sulamericanos até chegar ao Brasil. Passageiros
relataram que, durante a viagem, a tripulação começou a dar orientações
sobre cuidados com higiene pessoal, orientando as pessoas a lavar
sempre as mãos e nunca tocar nos alimentos.
Alguns passageiros disseram que os garçons serviam as refeições com
luvas e máscaras. Há informações de que a piscina foi interditada nos
últimos dias.
A Secretaria Estadual de Turismo reclamou do fato de a empresa
responsável pelo navio não ter avisado as autoridades portuárias sobre o
problema a bordo. Por isso, houve desconforto no momento do desembarque
e do embarque dos passageiros para a próxima viagem.
Com informações da Agência Brasil
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