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sábado, 9 de abril de 2016

"Zoom", um filme brasileiro que critica Hollywood e não é chato

O longa-metragem do diretor novato Pedro Morelli mescla três narrativas diferentes para satirizar, com inteligência, os clichês do cinema

NINA FINCO
Emma trabalha numa fábrica de produtos eróticos. Inspirada pelos bustos avantajados das bonecas que produz, ela faz plástica nos seios, mas se arrepende do resultado. Enquanto bola um plano nada convencional para conseguir dinheiro e desfazer a cirurgia, ela dá continuidade a uma história em quadrinhos, de sua autoria, sobre Edward, um diretor de cinema cansado de blockbusters. Em uma tentativa de provar seu valor para Hollywood, Edward produz um filme de arte sobre Michelle, uma modelo que quer ser mais que um rostinho bonito e decide ser escritora. Ela se refugia numa cidadezinha litorânea do Nordeste do Brasil. Enquanto tenta fugir de um namorado pedante, envolve-se em um romance lésbico e rascunha a história de uma garota que trabalha numa fábrica de produtos eróticos e está insatisfeita com o tamanho de seus seios...
No filme "Zoom", os personagens Emma, Edward e Michelle contam as histórias um do outro (Foto: Época)
Parece confuso, mas o cineasta brasileiro Pedro Morelli, de 28 anos, em seu primeiro filme solo, Zoom (produção Brasil-Canadá que estreou dia 31 de março), conseguiu conectar essas três histórias, sem que o espectador,  mesmo sendo conduzido sem aviso prévio de uma trama a outra, se sinta, ao final de uma hora e meia, perdido em Marte. Ao final dessa babilônia, Zoom mostra seu verdadeiro propósito: satirizar os clichês comerciais da indústria do cinema. O ataque aos padrões de Hollywood é outro clichê do cinema “de autor”, mas o filme de Morelli faz essa crítica com frescor, sem ser pretensioso e entregando ao público um espetáculo divertido de assistir, com uma pegada pop.
A principal inovação de Zoom é o uso de várias linguagens: live action (o filme como o conhecemos, gravado com atores reais), animação clássica e histórias em quadrinhos. A história de Edward (o ator mexicano Gael García Bernal), o diretor de Hollywood cansado de blockbusters, é contada inteiramente por desenhos. Quando está entre os rascunhos na mesa de Emma (a americana Alison Pill), a funcionária de uma fábrica de produtos eróticos, Edward surge em formato de histórias em quadrinhos. Ao virar protagonista do filme, ele se transforma em uma animação criada por rotoscopia – técnica em que animadores criam desenhos baseados em movimentos de atores captados em vídeo. As cenas gravadas com Gael no papel de Edward foram transformadas em 20 mil desenhos supercoloridos.
Zoom (Foto: Época)
Entre uma história e outra, Morelli brinca com Hollywood. A produtora de Edward exige que a modelo Michelle (Mariana Ximenes) deixe de ser desleixada e ostente um penteado impecável, use salto alto e mostre a barriga chapada, tudo enquanto dirige um carro de última geração (que entra no filme graças a uma exigência do patrocinador) e é sequestrada pelo namorado em um helicóptero. Não importa se não faz sentido, o importante é apelar para a audiência. “Zoom é uma paródia, um tapa na cara sobre como tentar alcançar padrões é um esforço sem sentido”, diz Morelli.
Zoom (Foto: Época)
O caminho de Zoom começou a ser traçado em 2008, quando Morelli foi assistente nas gravações de Ensaio sobre a cegueira, adaptação de Fernando Meirelles do romance de José Saramago. Mesmo novato, com 21 anos, Morelli chamou a atenção do produtor do filme, o israelense Niv Fichman. Há cinco anos, Fichman convidou Morelli para participar de seu programa para filmes de novos diretores. A ressalva era que a história fosse fora da curva. Morelli criou então uma história dentro de uma história dentro de outra história, inspirando-se no diretor e roteirista americano Charlie Kaufman, o autor da trilogia formada por Quero ser John Malkovich (1999),Adaptação (2002) e Sinédoque, Nova York (2008).
Zoom (Foto: Época)
As três histórias de Kaufman têm em comum a quebra da “quarta parede” (divisória imaginária entre a ficção e a audiência, que permite ao espectador aceitar tudo o que acontece na tela como verdade). A derrubada desse muro acontece quando o personagem toma conhecimento de que suas ações não são reais e a plateia se lembra de que está vendo uma obra de ficção. O dramaturgo alemãoBertolt Brecht (1898-1956) foi um grande entusiasta desse recurso, por acreditar que ele encorajava a plateia a assistir às peças de forma mais crítica. O espectador se mantém atento  para tentar descobrir se aquela história é real ou está acontecendo na cabeça de alguém. “Kaufman brinca com a lógica do mundo que cria e instiga o público a questionar as regras que ele estabelece em seus roteiros”, diz Morelli.
Fugindo de todos os arquétipos, e correndo o risco por sua ousadia,Zoom consegue lançar um olhar divertido, original e brasileiro sobre a indústria do cinema.
Originalmente publicado em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/04/zoom-um-filme-brasileiro-que-critica-hollywood-e-nao-e-chato.html

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Liga da Justiça em problemas? História será inteiramente reescrita


O projeto, ainda sem diretor ou elenco definido, acabou de ter seu roteiro rejeitado.
por Bruno Carmelo


O projeto de Liga da Justiça está passando por dificuldades no momento. Ainda sem diretor ou elenco definidos, ele só vai começar a ser produzido após os resultados de bilheteria de O Homem de Aço, nova aventura do Superman. A apreensão do estúdio é compreensível, já que o filme O Lanterna Verde foi um fracasso, e a bem-sucedida trilogia do Cavaleiro das Trevas pode ser recente demais para que o público aceite outro ator no papel de Batman.

Para complicar a situação, nenhum novo vídeo de O Homem de Aço foi apresentado durante o Super Bowl, onde quase todas as superproduções marcaram presença. Por que tanto mistério em torno deste filme? O clima de tensão se acentuou quando o executivo Mark Millar, consultor da Fox para os filmes da Marvel, descreveu Liga da Justiça como "uma ótima maneira de desperdiçar 200 milhões de dólares", falando que os personagens estão "fora de moda". Os super-heróis em questão são a Mulher Maravilha, o Superman, Batman, Flash e o Lanterna Verde.

A Warner parece concordar com esta versão, já que decidiu recomeçar do zero a construção do roteiro. A história original foi escrita por Will Beall, autor de Caça aos Gângsteres, que não agradou nem ao público, nem aos produtores. Por isso, outros roteiristas devem ser contratados, e a nova trama deve ser criada o quanto antes. Mas os estúdios ainda estão otimistas: apesar de todos os problemas, o lançamento de Liga da Justiça continua previsto para 2015.

Fonte: Adoro Cinema - Screen Rant

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sugestão de filme: "A mulher de preto" (suspense)

Uma boa dica para quem curte o gênero suspense, bem ao estilo dos clássicos títulos da inglesa Hammer, com bela produção e uma atmosfera assombrosa, é assistir o filme "A mulher de preto" (Woman in black). 
No elenco, Daniel Radcliffe, o astro da série Harry Potter, vive um advogado que busca voltar à rotina normal após a morte da esposa. Veja o trailler!


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Fox vai fazer filme sobre turma de Snoopy e Charlie Brown

A Twentieth Century Fox Animation adquiriu os direitos para transformar os quadrinhos "Peanuts" (também conhecidos como "Minduim" no Brasil) ", de Charles Schulz, em um novo longa-metragem. A informação foi anunciada nesta terça-feira (9) pelo estúdio.
O filme, que ainda não tem título definido, será lançado em 25 de novembro de 2015 --ano em que a turma de Snoopy e Charlie Brown completa 65 anos. A direção ficará nas mãos de Steve Martino, codiretor de "A Era do Gelo 4". O roteiro será assinado por Craig e Bryan Schulz --filho e neto de Charles respectivamente-- e Cornelius Uliano.
"Estamos trabalhando neste projeto há anos. Finalmente sentimos que a era a hora certa, em que a tecnologia estava no ponto em que precisamos, para criar este filme", afirmou Craig. Segundo ele, o filme será fiel aos quadrinhos e "continuará o legado" deixado por Charles.
Em comunicado, representantes do estúdio se disseram honrados por levar a história dos personagens para as telas.
As tiras de "Peanuts" --que têm personagens marcantes como Linus, Lucy, Patty Pimentinha e o pássaro Woodstock-- estrearam em sete jornais em 1950. A última tira inédita da série foi publicada em 12 de fevereiro de 2000, horas depois de Schulz morrer.

Divulgação
Turma de Snoopy vai virar filme
Turma de Snoopy vai virar filme

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1166922-fox-vai-fazer-filme-sobre-turma-de-snoopy-e-charlie-brown.shtml

sábado, 1 de setembro de 2012

Abraham Lincoln - O Caçador de Vampiros (Trailer Oficial)

Cena de "Abraham Lincoln: O Caçador de Vampiros"
Dia 7 de Setembro estreia, em território nacional, o filme de ação, baseado no livro de ficção homônimo, "Abraham Lincoln: O Caçador de Vampiros". 

Produzida por Tim Burton, a película (misturando muita ficção com alguns dados históricos)  trás o ator Benjamin Walker interpretando um dos mais famosos presidentes norte-americanos, aqui tendo sua imagem vinculada a de um mítico heroi caçador de vampiros.

Pra quem gosta do gênero (e deixando de lado qualquer licença poética), não deixa de ser uma boa pedida.

















P.S.: Para quem tiver interesse em se aprofundar mais na trama contada no filme, vale a leitura da obra do autor Seth Grahame-Smith, que no Brasil saiu pela Editora Intrínseca.




quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Crítica: "Procura-se um amigo para o fim do mundo"


Por Amanda Seraphico (Jornal do Brasil)
Com a direção discreta da estreante Lorene Scafaria, Procura-se um amigo para o fim do mundo é uma comédia dramática que pretende abordar o apocalipse através de um ponto de vista intimista, explorando as reações dos personagens diante da certeza do fim e, assim, revelando seus medos e desejos. Entretanto, muito diferente de Melancolia, de Lars Von Trier, por exemplo, Procura-se um amigo mantêm a todo momento um clima leve e até mesmo doce, apesar de irônico.
No filme, Dodge (Steve Carell) é um vendedor de seguros de Nova York que, imediatamente após a descobrir que um meteoro se chocará com a Terra em apenas três semanas, é abandonado por sua esposa. Enquanto seus amigos, típicos personagens da classe média, aproveitam os últimos dias para se soltar e ousar experiências com drogas e sexo, o melancólico Dodge repensa sua vida amorosa e decide procurar uma antiga namorada. Nesse momento, ele conhece Penny (Keira Knightley), sua vizinha jovem, linda e desatinada, que perdeu o último voo para a Inglaterra e, desse modo, a chance de estar com sua família. Após fugirem de um motim, os dois saem em uma viagem de carro com esperança de conseguirem realizar seus últimos desejos.
Cena de "Procura-se um amigo para o fim do mundo", com Keira Knightley e Steve Carell
Cena de "Procura-se um amigo para o fim do mundo", com Keira Knightley e Steve Carell
A atuação contida de Carell no papel do carinhosamente patético Dodge, que contrasta radicalmente com a histeria das expressões faciais de Keira Knightley, serve bem ao estilo de humor que o roteiro sugere. Scafaria realiza bem como roteirista o desafio a que se propôs: mesclar comédia-romântica, drama e filme-catástrofe. Os estilos se misturam com naturalidade o filme está repleto de detalhes interessantes e ambíguos, como o homem que apara a grama às vésperas do apocalipse.
Porém, o que, mesmo de maneira divertida, poderia ser uma reflexão sobre o condição humana diante de sua extinção, acaba sufocada por um encontro amoroso que pouco convence. O estilo minimalista, que permite que todos acontecimentos sejam apresentados com o mesma suavidade, torna o filme morno demais. Os personagens não se mostram mais interessantes com a proximidade da morte e parecem muito passivos diante das situações que vivem. Desse modo, só resta ao público esperar os inevitáveis fins, do mundo e do filme.
Procura-se um amigo para o fim do mundo pode ser uma opção para quem deseja dar algumas risadas e assistir uma história de amor embalada ao som de Beach Boys, The Hollies, Walker Brothers e outras preciosidades da coleção de discos de Penny enquanto come uma pipoca quentinha, mas certamente decepcionará quem está em busca de fortes emoções.
Cotação: * (Regular)

domingo, 5 de agosto de 2012

Confirmado: novo filme dos X-Men se chamará "Dias de um Futuro Esquecido"


Dias de um Futuro Esquecido
Os rumores vinham desde junho, mas agora está confirmado. De acordo com o produtor Bryan Singer, a continuação de X-Men - Primeira Classe realmente se chamará X-Men - Dias de um Futuro Esquecido.
A revelação foi feita durante uma entrevista ao site IGN. "O nome é Dias de um Futuro Esquecido. A história lidará com aspectos da saga dos quadrinhos, mas também com algumas coisas novas. Será um filme bastante ambicioso", disse.
Singer, que dirigiu X-Men - O Filme e X-Men 2, acha que o universo dos mutantes é tão amplo quanto o restante doUniverso Marvel e existe um interesse em expandir os personagens e fazer conexões entre os vários filmes.
A direção, mais uma vez, será de Matthew Vaughn e o elenco do longa-metragem anterior voltará para a nova produção.
O roteiro ainda está sendo escrito e não foram revelados detalhes da trama. Entretanto, é possível que apresente algumas mudanças significativas em relação aos quadrinhos, já que a franquia cinematográfica atual apresenta personagens bem diferentes.
As filmagens estão programadas para começar em janeiro de 2013. O lançamento nos cinemas acontecerá no dia 18 de julho de 2014.
Dias de um Futuro Esquecido foi publicado na década de 1980, com roteiros de Chris Claremont e arte de John Byrne, e se tornou uma das histórias mais cultuadas dos personagens. Na trama, num futuro em que todos os mutantes são chacinados ou mantidos em campos de concentração pelas mãos dos robôs Sentinelas, não parece haver esperança frente a uma iminente guerra nuclear. Cabe aos remanescentes dos X-Men voltar ao passado para tentar modificar o horror em que o presente se transformou.
Saiba mais sobre o enredo da saga "Dias de um Futuro Esquecido", clicando aqui.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O CUBO (Cube - 1997)

 

Sinopse e detalhes:Um policial (Maurice Dean Wint), um ladrão (Wayne Robson), uma matemática (Nicole de Boer), uma psicóloga (Nicky Guadagni), um arquiteto (David Hewlett) e um jovem autista (Andrew Miller), aparentemente escolhidos a esmo, são misteriosamente presos em um labirinto de alta tecnologia, em forma de um grande cubo, no qual sequer lembram como foram parar. Sem comida nem água, eles precisam encontrar um meio de sair do local. Mas precisam também tomar cuidado para não acionar armadilhas letais, que surgem em passagens dentro de estranhos cubos.
A produção canadense é composta por uma trama instigante e original, que nos leva a proceder como os aprisionados do Cubo, ou seja, tentando entender o que fazem ali, por que razão e o que representa aquele intrincando sistema de passagens no interior do cubo. A tensão aumenta gradualmente, à medida em que o jogo de tentativas e erros avança, sem nos dar chance de saber se algum dos participantes saberá afinal encontrar a saída (se houver saída).
Em meio ao ambiente claustrofóbico das câmaras geométricas e móveis da estrutura do cubo, os personagens são forçados a conviver com suas diferenças e singularidades, testando seus limites na busca de um sentido para aquilo tuCuriosidades:
- Todos os personagens têm o nome de prisões espalhadas pelo planeta: Quentin (San Quentin, Califórnia), Holloway (Inglaterra), Kazan (Rússia), Rennes (França), Alderson (West Virginia), Leaven e Worth (Leavenworth, Kansas).
- Foi inteiramente rodado com câmeras de mão.
- Para demonstrar seu apoio ao cinema canadense, a empresa de efeitos especiais C.O.R.E. não cobrou por seu trabalho em Cubo.
Ficha Técnica:
Título: Cubo
Título original: Cube
Lançamento: 1997
Produção: Canadá
Direção: Vincenzo Natali
Atores: Nicole de Boer, Nicky Guadagni, David Hewlett,  Andrew Miller
Duração: 92 min.
Gênero: Ficção
Obs.: Lançado diretamente em vídeo no Brasil, o filme possui duas sequências, Cubo 2 - Hipercubo (2002) e Cubo Zero (2004).
Fonte: Revista Prática Jurídica - Ano XI - n.º 122 - Maio/2012 

site: www.adorocinema.com



terça-feira, 17 de julho de 2012

Na estrada com Jack Kerouac


Filme e livro sobre a obra do escritor americano lançam nova luz sobre o fundador do movimento beat e um dos autores mais influentes do século passado

Ivan Claudio
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SEM DESTINO
Sam Riley e Garrett Hedlund em "Na Estrada": viagem aos
confins dos EUA como gesto de rebeldia e autoconhecimento
Essa é apenas uma das muitas lendas que envolvem a criação do livro “On the Road”, a bíblia da geração que colocou os pés na estrada a partir dos anos 1950, e de seu autor, o “rei dos beatniks” Jack Kerouac (1922-1969). Tendo à frente o romance finalmente publicado após uma década de visitas a editoras, o escritor senta-se diante da máquina de escrever e redige uma longa carta com a mesma velocidade com que datilografara os 36 metros de rolo de papel que originaram sua obra mítica. O destinatário: Marlon Brando. “Estou rezando para que você compre ‘On the Road’ e faça dele um filme. Eu visualizo os planos magníficos que poderiam ser feitos com a câmera no banco da frente do carro mostrando a estrada através do para-brisa enquanto Sal e Dean jogam conversa fora.” Sal é Sal Paradise, seu alter ego nesse enredo à deriva em que dois amigos viajam de carro pelos EUA numa aventura regada a jazz, sexo, drogas e busca do autoconhecimento. Dean é Dean Moriarty, o seu parceiro de estrada, inspirado no ex-ladrão de carros e vagabundo com pretensões literárias Neal Cassidy. A ideia de Kerouac era que Brando interpretasse Dean e ele próprio, Sal. “Vamos lá, Marlon, arregace as mangas e responda”, termina a carta. O ator nunca lhe respondeu e, desde 1957, ano da correspondência, tentava-se levar para as telas esse clássico da contracultura que ainda faz a cabeça de jovens de sucessivas gerações. Eis alguns nomes: Francis Ford Coppola, Jean-Luc Godard, Joe Schumacher, Gus Van Sant. Quem conseguiu o feito foi justamente um brasileiro, Walter Salles, que lança o filme no País no dia 13. Antes, já nessa semana, chega às livrarias “Na Estrada com Jack Kerouac”, número especial da revista “Select”, feita em parceria com a publicação francesa “Trois Couleurs”. O dossiê de 194 páginas reúne um vasto material sobre o escritor, a gênese de sua obra cultuada e a realização do filme, que consumiu oito anos.
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MITO
A obra de Kerouac é analisada sob diferentes
ângulos no livro "Na Estrada com Jack Kerouac"
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Um dos raros documentos mostrados na revista é justamente a carta de Kerouac a Brando, descoberta em 2005. “Conseguimos muitos outros”, afirma Elisha Karmitz, editor-chefe da “Trois Couleurs” e filho de Marin Karmitz, produtor do filme “Na Estrada” em parceria com Roman Coppola. “Um dos nossos jornalistas teve acesso aos blocos de notas de Kerouac nos quais ele listava as garotas com quem teve contato e as estradas por que passou.” Os capítulos de making of são um luxo à parte, reproduzindo croquis dos cenários acompanhados das respectivas cenas, prova de como a realização do longa-metragem foi meticulosa. “Essa foi uma das partes mais difíceis dessa aventura”, afirma Walter Salles. “Os EUA tiveram sua geografia homogeneizada. Você roda 500 km e encontra o mesmo shopping, as mesmas lojas de fast-food. É desesperador. Isso nos obrigou a ir longe, cada vez mais longe, em busca daquela última fronteira americana que os personagens do livro tentam encontrar.” Enquanto procurava locações, Walter realizou o documentário “Em Busca de On the Road” totalizando 100 horas de gravação: “Queria entender melhor Kerouac, sua trajetória de filho de imigrantes, de escritor entre culturas, a geração que ele ajudou a fundar. E também as rotas do livro, os seus personagens.” Para isso, teve contato inclusive com as pessoas reais que inspiraram o autor, caso de Carolyn Cassidy, mulher de Neal Cassidy. Conheceu também o filho de Neal, John Cassidy. “Conversamos com ele durante seis horas, bebendo, tocando músicas juntos e rememorando histórias do passado.”
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Depois de seis anos de pesquisa, o cineasta rodou o longa em 69 dias, reproduzindo, de certo modo, a própria criação do romance “On The Road”. Outra lenda em torno do livro diz que ele teria sido escrito num jorro criativo em três semanas, depois de “sete anos de estrada”. Esse período de gestação da obra, entremeado à formação do grupo beatnik (que incluía o poeta Allen Ginsberg e o romancista William Burroughs), reserva os melhores textos de “Na estrada com Jack Kerouac”. O Brasil é o primeiro país a lançar a publicação, que repercute a importância do filme de Salles. “O enfoque multidirecional resultou em um belo mapeamento das influências do livro sobre áreas tão diversas quanto a literatura, a música, as artes visuais, a moda, o turismo e o comportamento de várias gerações”, afirma Paula Alzugaray, diretora de redação da “Select”.
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sábado, 7 de julho de 2012

Sobre a Condição Mecânica



Em 1962, era lançado o livro ‘Laranja Mecânica’, de Anthony Burgess, que ganhou grande notoriedade com o lançamento do filme homônimo em 1971, sob a direção de Stanley Kubrick.  Embora décadas tenham se passado desde então, as temáticas abordadas pela obra original e pela sua adaptação cinematográfica – dentre as quais figuram o livre-arbítrio e o condicionamento psicológico – permanecem ainda extremamente atuais. Sinal claro disso é a publicação, na edição do mês passado da The New Yorker, de uma seção aberta a comentários de Burgess.
O título da matéria, ‘The Clockwork Condition’ – algo como ‘A Condição Mecânica’ – faz referência à obra mais famosa do autor e ressalta as suas muitas preocupações que serão trabalhadas ao longo do texto, dentre as quais, os perigos e os dilemas morais pertinentes ao condicionamento humano. Burgess começa fazendo uma sinopse de sua obra. Trata-se da trajetória de um delinquente, Alex, que aterroriza as ruas de uma grande cidade à noite, roubando, vandalizando, estuprando e, eventualmente, matando. Ele é preso e punido, mas o Estado não se contenta meramente com a sua prisão e decide aplicar ao anti-herói uma terapia de aversão, que comprovadamente eliminaria quaisquer propensões criminais para sempre.
Alex é, assim, submetido a sessões de terapia, nas quais são injetadas nele substâncias que provocam fortíssimas náuseas, enquanto é forçado a assistir a cenas de violência ao som de música clássica. Conforme esperado, o resultado desse procedimento é que logo ele não consegue mais contemplar cenas de violência sem se sentir desesperadamente mal. Além disso, como o seu desejo sexual sempre esteve associado a traços de agressão, ele não mais consegue ver uma desejável parceria sexual sem ficar enjoado. O tratamento chega até mesmo a privá-lo de um dos seus maiores prazeres: ouvir as sinfonias de Beethoven, que Alex também passa a associar ao seu enorme mal-estar.
É nesse ponto que Burgess, na matéria da The New Yorker, conclui o óbvio – por mais que se queira, homens não são máquinas, e há uma grande dificuldade em isolar alguns impulsos de outros. Para o autor, o Estado passa dos limites quando inibe o prazer experimentado por Alex ao som daquilo que ele considerava a sublimação do belo: a música. Ao tentar inibir instintos violentos, o aparato estatal buscava livrar a sociedade de uma constante ameaça; já a eliminação do seu prazer em ouvir musica clássica em nada melhoraria a sociedade, figurando como um terrível efeito colateral.
É justamente ao som da Nona Sinfonia que Alex, enlouquecido, tenta se suicidar. Diante dessa situação, segmentos da sociedade se compadecem e Alex é submetido a outro tipo de terapia, que o restaura à sua condição anterior de ‘liberdade’. Ao final do romance, o protagonista imagina outros mais elaborados padrões de violência – o curioso, porém, é que Burgess ressalta a sua intenção de que esse fosse um final feliz. Explica-se: seria melhor ser uma pessoa má pelo livre-arbítrio do que ser uma pessoa boa através de lavagem cerebral científica.
O ponto do condicionamento humano, que Burgess chama de lavagem cerebral científica, é justamente um dos mais interessantes e relevantes para os tempos atuais abordados na história. É também em relação a isso que o autor dialoga com B. F. Skinner, na obra deste último ‘Para Além da Liberdade e da Dignidade’. Para Skinner, haveria inúmeros benefícios em um condicionamento positivo do ser humano – ou seja, haveria vantagens utilizando-se apenas estímulos positivos em resposta a comportamentos desejados. Segundo ele, seria evidente que o comportamento humano precisaria mudar; e, para isso, seria também necessário o que chamou de tecnologia de comportamento humano.
O que importaria, portanto, seria a exteriorização do ser humano, particularmente aquilo que faz um item do seu comportamento levar a outro. É em relação a essa exteriorização que o condicionamento positivo agiria: levaria a respostas instintivas condicionadas, não a reações racionais. No argumento de Skinner, apenas o condicionamento negativo transformaria o protagonista de ‘Laranja Mecânica’ em um modelo nauseado de não agressão.  Estabelece-se, assim, um diálogo entre Skinner e Burgess – o primeiro defende a técnica e toma-a como necessária para a sobrevivência da humanidade; o segundo repudia-a em suas versões positiva e negativa, preferindo preservar o campo de escolhas a ceder às mecanicidades do behaviorismo.
Embora a matéria de Burgess adentre algumas outras discussões profundas e dialogue também com outros autores – a exemplo de George Orwell, em seu ‘1984’, trabalhando a o caráter intolerável do fardo de escolher –, aqui o foco será o condicionamento humano. Tal escolha se dá pela pertinência dessa discussão em relação a um assunto já debatido no ERA, em textos de Roberta Avillez e Bennett Foddy  (este último em tradução autorizada): a gamificação. Trata-se de uma tendência de introduzir mecanismos de games na interação de setores da sociedade – tais como o empresarial – com a população.
Por esses mecanismos, pequenas recompensas são distribuídas às pessoas quando elas têm um comportamento desejado; estabelece-se uma espécie de competição entre o público-alvo, com o vencedor sendo aquele que acumulou mais recompensas por agir de um modo valorizado por quem promove esse ‘jogo’ na vida real. Em última instância, o que está em disputa é uma forma de condicionamento humano: apela-se para os instintos mais competitivos do ser humano, de forma que ele busque se destacar no processo e, para isso, aja conforme o esperado para acumular pequenas recompensas.
A gamificação já vem sendo questionada atualmente, especialmente em relação ao seu uso constante pelas grandes corporações. Conforme trabalhado nos textos citados sobre o assunto, parece haver um dilema moral em relação ao uso dessa estratégia para atingir determinados fins. Enquanto a preocupação em relação à gamificação corporativa reside no fato de as pessoas serem condicionadas a fazerem o que seria mais benéfico para as empresas, preocupação semelhante é expressa em ‘Laranja Mecânica’ quanto ao uso do condicionamento pelo governo, mesmo que visando o bem da sociedade.
Seja em uma ou em outra situação, o que está em debate é o limite entre a liberdade de escolher e a resposta mecanicamente condicionada – em uma referência ao título da obra mais famosa de Burgess, a fronteira entre a organicidade do ser humano e a mecanização que se tenta impor a ele. Kubrick, diretor da adaptação cinematográfica desse livro, trata o mesmo como uma sátira social referente à questão da psicologia behaviorista e do condicionamento psicológico como novas armas para um governo totalitarista impor vasto controle sobre os cidadãos e os transformar em pouco mais que robôs.
A referência de Kubrick aos governos totalitários parece se estender a várias esferas do mundo contemporâneo – se o pensamento da época de lançamento do filme era marcado pela preocupação com o totalitarismo, o de hoje volta-se para um condicionamento cada vez maior implantado pelos mais diversos setores sociais, como mostra a questão da gamificação. Parece propício que, logo no início de sua matéria da The New Yorker, Burgess tenha situado o período em que se passa ‘Laranja Mecânica’ da seguinte forma: ‘This city could be anywhere, but I visualized it as a sort of compound of my native Manchester, Leningrad, and New York. The time could be anytime, but it is essentially now’.(Tradução nossa: Essa cidade poderia estar em qualquer lugar, mas eu a visualizei como um misto da minha Manchester natal, Leningrado e Nova Iorque. O tempo poderia ser qualquer um, mas é essencialmente o atual)
Referência:
Anthony Burgess, “The clockwork condition”, The New Yorker, 4 de junho de 2012.
Fonte: era.org.br

terça-feira, 3 de julho de 2012

Tributo muito bom a um filme muito ruim














Sábado, 7 de julho, uma multidão vai se reunir no Cine Windsor, em São Paulo, para um tributo a um filme horroroso.
Na ocasião, será exibido um ótimo documentário sobre este filme horroroso.
O filme é “Coisas Eróticas”, dirigido por Rafaelle Rossi e lançado nos cinemas de São Paulo em 7 de julho de 1982. O documentário se chama “A Primeira Vez do Cinema Brasileiro”.
Até o próprio Rafaelle Rossi – que morreu em 2007 – sabia que seu filme não prestava: “Coisas Eróticas foi meu pior filme”, disse.
Por que então homenagear um filme tão ruim?
Fácil: porque a importância de “Coisas Eróticas” não é estética, é sociológica.
“Coisas Eróticas” foi o primeiro filme de sexo explícito brasileiro e um marco na história da Boca do Lixo e do cinema independente nacional.
O documentário, dirigido por Hugo Moura, Denise Godinho e Bruno Graziano, conta não só a saga da produção do filme, mas a história do cinema da Boca e da transição da pornochanchada para o sexo explícito, no início dos anos 1980.
É um período muito interessante e pouco explorado do nosso cinema, em que o enfraquecimento da Censura e a esperteza dos produtores, que passaram a usar mandados de segurança para liberar os filmes, fizeram nascer uma verdadeira indústria do sexo explícito.
Paradoxalmente, o sexo explícito acabou matando a Boca do Lixo, como explica muito bem Carlão Reichenbach, em uma de suas últimas entrevistas.
O filme também resgata a figura de Rafaelle Rossi, um diretor medíocre e conhecido trambiqueiro da Boca, “homenageado” no documentário por vários atores e técnicos, que aparecem contando os canos que tomaram do homem. Divertidíssimo.
Não estarei em São Paulo sábado, ou não perderia a estréia do documentário.
Fui entrevistado para o filme e dei um depoimento sobre um dos astros de “Coisas Eróticas”, Oásis Minitti, um guerreiro da época em que não existia o Viagra para ajudar os atores.
Oásis vivia na redação no “Notícias Populares”, sempre disposto a ficar pelado e tirar fotos para divulgar um novo filme ou peça. Assim que ele pintava na redação – e “pintava” é a palavra certa – os fotógrafos já sabiam o que lhes esperava: ver Oásis batendo continência. Era hilariante.
Aqui vai a programação de sábado no Cine Windsor, com entrada franca:
19h: exibição do documentário “A Primeira Vez do Cinema Brasileiro”.
20h30: coquetel de intervalo.
21h: mesa de debate com a presença de Eduardo Rossi (filho do Raffaele), Fábio Fabrício Fabretti (escritor e biógrafo da Jussara Calmon), Walder Laurentis (ator de “Coisas Eróticas”) e Débora Muniz (atriz da Boca e que falará sobre o período de transição entre pornochanchada e o pornô).
22h: exibição de “Coisas Eróticas”.
aqui, o trailer do documentário (só para maiores de 18 anos, por favor).
Não há programa melhor para este sabadão. Sério.

Fonte: andrebarcinski.blogfolha.uol.com.br

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Madagascar 3 destaca viagem pela Europa


O filme "Madagascar 3: Os Procurados", da DreamWorks, estreia nos cinemas do Brasil nesta sexta-feira, 8. "Madagascar 3: Os Procurados" tem direção de Eric Darnell, Tom McGrath e Conrad Vernon. Na dublagem da animação original, estão Ben Stiller, Chris Rock e David Schwimmer. Em "Madagascar 3: Os Procurados", na versão dublada, a atriz Heloísa Perissé é uma das dubladoras. 

Madagascar 3 - Os Procurados
Madagascar 3 - Os Procurados é diversão do início ao fim

A animação DreamWorks, com distribuição da Paramount Pictures, conta a história dos amigos Alex (Ben Stiller), Marty (Chris Rock), Melman (David Schwimmer), Gloria (Jada Pinkett Smith), rei Julien (Sacha Baron Cohen) e os pinguins, que deixam o continente africano rumo à Europa. O filme conta a viagem dos animais à Europa. OsPaparazzi destacou reportagem com a estreia de "Madagascar 3: Os Procurados"

A estreia de "Madagascar 3" foi durante o Festival de Cannes 2012, na França. Se o "Madagascar 2" foi um grande sucesso, superando o Batman em bilheteria nos cinemas, a expectativa é que a venda de ingressos nos cinemas para a nova animação seja recorde. 

No novo filme, os amigos animais vão parar em Mônaco, na Europa, onde passam a ser perseguidos por uma obcecada agente de controle animal (Frances McDormand). Em fuga, o grupo encontra abrigo em um circo. E será graças ao circo que eles conseguirão retornar aos Estados Unidos. 

Na opinião do crítico Inácio Loiola, "Madagascar 3 - Os Procurados" é um filme para adultos e crianças. "Mais uma vez Madagascar promete grande sucesso. A fórmula do sucesso é repetida no longa-metragem. Personagens carismáticos e cheios de vida, boa dose de humor, ótimas referências turísticas com a viagem dos animais pela Europa, além de uma boa dose crítica sobre o estilo de vida europeu". 

A crítica diz ainda mais sobre Madagascar 3: Os Procurados. "Os pinguins e Julien, o rei dos lêmures, brilham em todos os momentos do filme. Nos momentos do circo, as acrobacias são inspiradas no Cirque du Soleil, com trilha-sonora de Katy Perry em Firework. Outra curiosidade é que a animação da DreamWorks leva os animais, finalmente, de volta ao zoológico de Nova York, nos EUA". 


Fonte: ospaparazzi.com.br

domingo, 18 de março de 2012

Filme sobre a vida de Raul Seixas tem pré-estreia amanhã em SP


Folha e o Cine Livraria Cultura promovem nesta segunda-feira (19), às 20h, a pré-estreia gratuita do filme "Raul - O Início, o Fim e o Meio", sobre a vida de Raul Seixas, de Walter Carvalho, pelo projeto Folha Documenta.
Haverá um debate com o diretor ao final do filme. As senhas podem ser retiradas na bilheteria do cinema a partir das 19h do dia do evento.
Com estreia prevista para 23 de março, o filme traz histórias e curiosidades sobre o "maluco beleza", com depoimentos de personagens como Caetano Veloso, Paulo Coelho, Pedro Bial e Tom Zé.
RAUL - O INÍCIO, O FIM E O MEIO
DIREÇÃO WALTER CARVALHO
QUANDO Segunda-feira (19), às 20h
ENTRADA Gratuita
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
ONDE Cine Livraria Cultura
ENDEREÇO rua Padre João Manoel, 100, sala 1, no Conjunto Nacional

Fonte: Folha UOL

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Matel lançará "skate voador" de "De volta para o futuro"


Foto: Reprodução
Depois de a Nike anunciar o lançamento do tênis do filme De Volta Para o Futuro, é a vez da Mattel noticiar que vai lançar o skate voador do filme. A empresa de brinquedos marcou a pré-venda do produto para o dia 1º de março. Caso haja compras suficientes até o dia 20, ele será fabricado. Se não, o dinheiro será devolvido ao consumidor. O único porém é que a réplica não flutua como no filme. Interessados?
Fonte: Radar Pop (Via Gizmodo)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Freud: além da alma

Trecho do filme do ano de 1962, do diretor norte-americano John Huston, "Freud" (em português, "Freud, além da alma"), onde o criador da psicanálise apresenta aos cientistas suas teorias sobre a sexualidade humana. No papel do pensador austríaco, vemos o ator Montgomery Clift.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

"Distopia" - curta-metragem

Nesse post trazemos um excelente e criativo exercício de cinema. 


De forma bastante didática, o curta-metragem do ano de 2009, realizado pelos alunos da disciplina História do Cinema Mundial, do Curso de Cinema da Universidade Federal Fluminense, brinca com elementos característicos da linguagem do Expressionismo Alemão, estilo de fazer cinema que floresceu na década de 20 do século passado e tinha em sua proposta estética temas sombrios  e misteriosos, personagens bizarros e atuações marcadas pela dramaticidade intensa, com maquiagens pesadas (e claras) e cenários urbanos tomados por elementos fantásticos, numa aura de recriação do imaginário humano. 

Obras-primas do estilo e boas referências para quem se interessar em conhecer melhor a linguagem e a estética do cinema expressionista são os filmes "O gabinete do Dr. Caligari" (1919), de Robert Wiene, "Nosferatu: uma sinfonia de horrores" (1922), de Friedrich Wilhelm Murnau (meu favorito) e "M., O vampiro de Düsseldorf" (1931), do diretor Fritz Lang.

O filme aqui exibido chama-se "Distopia". Curtam!



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