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terça-feira, 4 de maio de 2021
terça-feira, 27 de outubro de 2020
COMENTÁRIOS SOBRE O LIVRO DE POEMAS "PEDRA DOS OLHOS" (TEXTO DO ESCRITOR CHARLES SIMÕES)
Reproduzo aqui um texto de autoria do escritor maranhense Charles Simões, onde tece considerações sobre a leitura de meu livro de poemas "Pedra dos Olhos". Boa leitura!
"Não sou crítico, mas se entendesse das coisas que necessitam de crítica talvez lesse um pouco mais, não para fazer uma crítica mas uma reflexão a partir das reflexões que me foram postas pelos textos que me foram apresentados.Como não sou crítico nem poeta, direi umas palavrinhas a respeito desta obra que acabei de ler depois de ter lido o autor que me impulsionou a ser um dos seus leitores a partir de um texto que postara hoje neste 27 de outubro que não é de Francis Cabrel.
A obra é " Pedra dos Olhos" da Editora Hamsa e o autor é o maranhense Rogério Rocha, professor e filósofo. Eu já conheço o autor e por vezes que nos encontramos ocasionalmente, Rogério, educado e cortesmente sempre nos permitiu um dedo de prosa, mas aquela prosa que se alguém não parar para ir-se embora, ficaria- se horas e horas. Na maioria das vezes, ele está sempre acompanhado de meninos simples mas que respiram poesia, embora digam não ser poetas.
Hoje, com um tempo de sobra, olhei a rede social de soslaio e encontrei o texto do artista se indagando a respeito dos tipos de leitores que o leriam. Achei- me no direito, sem pedir licença, de ser um leitor seu ou da sua obra. Já tinha visto no dia que adquiri o livro que a apresentação fora feita por Saulo Barreto que sempre tem o prazer de dividir e compartilhar ideias com o nobre filósofo e conforme o final da apresentação se acha um amigo menor.
Eu li a obra em um fôlego e simplesmente senti muito prazer ao fazer tão boa leitura. Não sou um leitor eficiente para leitura de textos deste calibre, até porque não sou poeta, mas cada poema deixava- me extasiado. Rogério Rocha não dispensa uma boa escolha lexical e de maneira muito disciplinada não segue regras impostas pelas regras dos doutores em poema e que muitas vezes entendem pouco de poesia, afirmação minha, como um homem simples no ato de pensar, porque poesia brota de dentro da gente como dizia outro grande poeta José Chagas.
Eu tenho a sensação que o poeta/filósofo, nunca finalizou um poema em um só dia, eu acho que sentava, e no silêncio de sua calma, ele matutava e matutava, para em versos brancos apresentar uma rica poesia que sempre traz um ritmo e métrica tão bem colocados que só depois do verso lido você percebe ser branco porque além de ricos em ritmos são muito marcados por uma métrica própria.
Não me peçam para explicar isso, adquiram a obra e tirem suas dúvidas, eu tenho plena consciência que o autor sabe sobre tudo e dialoga sobretudo sobre as coisas humanas e ele se preocupa como um poeta grande que não deixa os menores problemas serem passados em branco pois em brancos versos versa sobre tudo que lhe vem à mente.
Cada poema tem uma natureza singular, o dito está no que diz porque era preciso dizer e quando talvez não diz a gente encontra porque descobre que era aquilo que queria dizer. Todos os poemas são uma riqueza de poesia mesmo que venham interpolados com a crônica, mas percebi um grand poeta quando apresentou Nauro Machado um dos últimos poetas grandes que nasceu na nossa cidade que transpira poesia como as de Gonçalves Dias, Ferreira Gullar e tantos outros mais.
E aqui jamais eu digo que os demais não são poetas, são sim, mas que Nauro era daqueles poetas que fez da poesia a sua morada, às vezes quando se via com seu guarda- chuva e o seu silêncio, andando devagar na singela cidade, às vezes tão mal cuidada, o poeta construía tão primorosas poesias que cheias de magia nos encantavam como encantado fiquei ao ler todos os poemas de Pedra nos Olhos de Rogério Rocha.
Nobres amigos leitores se desejam encantar-se ou se deixar encantar por tão rica, nobre e arrojada poesia leia a obra e tire suas próprias conclusões, pois podem crer que eu sou suspeita.
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Rogério Rocha
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
TEXTO LIDO PELO POETA ARTHUR PRAZERES NO LANÇAMENTO DO LIVRO PEDRA DOS OLHOS DE ROGÉRIO ROCHA
A primeira coisa que precisa ser
dita sobre Rogério é que ele está fazendo da poesia um desafio e um risco, como
bem apontava o grande poeta Ivan Junqueira no célebre poema “O Grito”.
Rogério faz da poesia um desafio
porque escreve numa terra de grandiosos poetas. Poetas como Sousândrade, Nauro
Machado, Maranhão Sobrinho e ainda Gonçalves Dias, o grande primeiro poeta
nacional e o mais “paraversificado” de todos. E faz da poesia um risco pois a
vocação do poeta é a um só tempo divina e maldita.
É divina porque a poesia tem
o dom de salvar vidas e maldita porque a poesia meio que absorve toda a vida do
poeta. A poesia demanda muito, consome muito.
Eu acho importante falar ainda
que Rogério Rocha reuniu em Pedra dos
Olhos poemas de todo o fazer de uma vida até agora; mas é uma poesia muito
expurgada e de grande viés reflexivo.
Acredito eu que raros poetas tiveram a coragem
de reunir seus poemas da mocidade. Podemos contar nos dedos: Olavo Bilac foi um
deles e João Cabral de Melo Neto rasgou e jogou no lixo toda a sua produção da
mocidade.
Ademais, meus queridos, para não
nos estendermos muito, digo-lhes que a Poesia de Rogério Rocha é uma poesia pensamentada, e como não poderia deixar
de ser, uma poesia filosófica que lembra muito outro grande pensador da Poesia
brasileira: Ivan Junqueira de “Três Meditações na Corda Lírica”. Obrigado!
(Texto de autoria do poeta Arthur Prazeres)
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019
LANÇAMENTO DO LIVRO DE POEMAS "PEDRA DOS OLHOS"
Rogério Henrique Castro Rocha - ou simplesmente Rogério Rocha - é maranhense da cidade de São Luís, técnico judiciário da 9ª Vara Criminal, ex-assessor jurídico, professor de Filosofia, palestrante, produtor cultural, membro fundador dos projetos de divulgação de filosofia e literatura Iniciativa Eidos e Duo Litera.
Rogério Rocha é licenciado em Filosofia e bacharel em Direito, ambos pela Universidade Federal do Maranhão, sendo pós-graduado em Direito Constitucional (LFG/UNIDERP/ANHANGUERA) e em Filosofia (Paradigmas em pesquisa sobre Ética - IESMA). Também é Mestre em Criminologia pela Universidade Fernando Pessoa (Porto - Portugal).
Foi inspirado no efeito que lhe rendeu a leitura de mestres como Carlos Drummond de Andrade, Jorge de Lima, Fernando Pessoa e Manuel Bandeira, que começou a escrever seus primeiros versos, ainda na imaturidade da fase de transição entre a infância e a adolescência. Contudo, foi ainda na juventude, quando fazia os cursos de Direito e Filosofia da Universidade Federal do Maranhão, movido pela leitura de pensadores como Friedrich Nietzsche e Martin Heidegger, de poetas como Friedrich Hölderlin e Rainer Maria Rilke, e influenciado pelas filosofias do existencialismo e da fenomenologia, que começou a ganhar densidade seu fazer poético, que hoje atinge um momento mais próximo à maturidade.
No dia 11 de Janeiro, às 19h, na Livraria Themis, no Monumental Shopping, o escritor Rogério Rocha lançará seu primeiro livro solo, intitulado “Pedra dos Olhos”.
Trata-se de uma reunião de poemas construídos ao longo de três décadas e que pode dar ao leitor da revelação lietrária maranhense, que já participou de duas antologias (uma bilíngue, em inglês/português, lançada em Salões do Livro na Europa, Canadá e EUA, e no Concurso Literário Gonçalves Dias 2019, no qual foi premiado com o segundo lugar, em meio a mais de 300 poemas inscritos), a dimensão de parte daquilo que compõe sua jornada poética, com traços filosóficos e o lirismo que definem de seu estilo, além do universo de imagens e vivências que habitam seus versos.
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segunda-feira, 2 de julho de 2012
CD traz poemas de Ferreira Gullar
Gravado pela “Luz da Cidade”, CD reúne poemas do poeta Ferreira Gullar.
Com repertório escolhido pelo próprio escritor, grande parte da seleção dos 29 poemas recitados por Gullar pertencem ao livro “Em alguma parte alguma” (Editora Olympo, 2010), eleito “O Livro do Ano” de ficção, em 2011, na 53ª Edição do Prêmio Jabuti.
O álbum tem apresentação do poeta Antônio Cícero e projeto gráfico de Pedro Drummond, neto de Carlos Drummond de Andrade.
Considerado um dos fundadores do neoconcretismo, Ferreira Gullar, além de escritor, também é biógrafo, ensaísta e crítico de arte.
Fonte: revistacult.uol.com.br
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quinta-feira, 11 de agosto de 2011
POEMAS DE CELSO BORGES
Alguns poemas do maranhense Celso Borges:
| amor |
como padece o amor
– frágil –
como padece entre as rameiras
entre o chão e as esteiras de toda a vida
como padece feito pedra desgastada pela correnteza
como padece a vida do dia-a-dia
a vida e as esporas rastejantes
o amor
objeto da cidade em movimento
(p. 31)
| narciso acha feio o espelho |
rugas rugem no rosto
rasgam a pele pelo meio, rangem
abrem trilhas trevos, travessia de mau gosto
deixam rastro raízes imposto
rugas surgem na vertigem da cara
rasgam traços furam faros, ferem
fazem falhas fendas de carne rara
fabricam ferida que nunca sara
rugas mudam de cor a seda virgem
rasgam finos poros plantam fuligem
fundam sem truque a falta de infância
riscam estrias sobre tenra elegância
rugas inauguram dor e cicatriz na juventude
rasgam ventas mancham murcham toda plenitude
marcham com navalhas impondo duro corte
golpeiam o futuro anunciam sua morte
rugas vagam entre massas maçãs e narinas
rasgam véus vãos secam flores femininas
espalham decadência cegam punhais e beleza
quebram espelhos afiam lâminas trevas tristeza
(p. 35)
| pária |
somos poucos
cada vez menos
somos loucos
cada vez mais
somos além
dessa matéria óbvia
que nos faz dizer
– tá tudo bem.
(p. 39)
| now |
o sucesso do amanhã é um comércio
que desconheço como poeta
não me cabe exercitar a beleza do futuro
ou colorir utopias quase sempre alheias.
eis o preço que pago por trazer comigo
o presente em estado de emergência.
(p. 75)
| in |
te ponho dentro do poema
entre vírgulas, parêntesis
tua pele passa e brilhas folha a folha
te vejo entre aliterações e rimas
teu corpo vivo nu no verso
teu corpo verso
viva o verso no universo de teu corpo vivo
vivo. Vivo!
o futuro não é delicado com a gente
mas delicado multiplica-se nas páginas
– tu és o livro do mundo e ponto final
(p. 49)
| persona non grata |
eu disse quase tudo
eu quase não disse nada
é disso que sou feito
nem leite nem nata
persona non grata
esse o meu futuro
o ouro de que me acumulo
o verbo o pulo
o salto por cima do muro
| amor |
como padece o amor
– frágil –
como padece entre as rameiras
entre o chão e as esteiras de toda a vida
como padece feito pedra desgastada pela correnteza
como padece a vida do dia-a-dia
a vida e as esporas rastejantes
o amor
objeto da cidade em movimento
(p. 31)
| narciso acha feio o espelho |
rugas rugem no rosto
rasgam a pele pelo meio, rangem
abrem trilhas trevos, travessia de mau gosto
deixam rastro raízes imposto
rugas surgem na vertigem da cara
rasgam traços furam faros, ferem
fazem falhas fendas de carne rara
fabricam ferida que nunca sara
rugas mudam de cor a seda virgem
rasgam finos poros plantam fuligem
fundam sem truque a falta de infância
riscam estrias sobre tenra elegância
rugas inauguram dor e cicatriz na juventude
rasgam ventas mancham murcham toda plenitude
marcham com navalhas impondo duro corte
golpeiam o futuro anunciam sua morte
rugas vagam entre massas maçãs e narinas
rasgam véus vãos secam flores femininas
espalham decadência cegam punhais e beleza
quebram espelhos afiam lâminas trevas tristeza
(p. 35)
| pária |
somos poucos
cada vez menos
somos loucos
cada vez mais
somos além
dessa matéria óbvia
que nos faz dizer
– tá tudo bem.
(p. 39)
| now |
o sucesso do amanhã é um comércio
que desconheço como poeta
não me cabe exercitar a beleza do futuro
ou colorir utopias quase sempre alheias.
eis o preço que pago por trazer comigo
o presente em estado de emergência.
(p. 75)
| in |
te ponho dentro do poema
entre vírgulas, parêntesis
tua pele passa e brilhas folha a folha
te vejo entre aliterações e rimas
teu corpo vivo nu no verso
teu corpo verso
viva o verso no universo de teu corpo vivo
vivo. Vivo!
o futuro não é delicado com a gente
mas delicado multiplica-se nas páginas
– tu és o livro do mundo e ponto final
(p. 49)
| persona non grata |
eu disse quase tudo
eu quase não disse nada
é disso que sou feito
nem leite nem nata
persona non grata
esse o meu futuro
o ouro de que me acumulo
o verbo o pulo
o salto por cima do muro
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