A primeira coisa que precisa ser
dita sobre Rogério é que ele está fazendo da poesia um desafio e um risco, como
bem apontava o grande poeta Ivan Junqueira no célebre poema “O Grito”.
Rogério faz da poesia um desafio
porque escreve numa terra de grandiosos poetas. Poetas como Sousândrade, Nauro
Machado, Maranhão Sobrinho e ainda Gonçalves Dias, o grande primeiro poeta
nacional e o mais “paraversificado” de todos. E faz da poesia um risco pois a
vocação do poeta é a um só tempo divina e maldita.
É divina porque a poesia tem
o dom de salvar vidas e maldita porque a poesia meio que absorve toda a vida do
poeta. A poesia demanda muito, consome muito.
Eu acho importante falar ainda
que Rogério Rocha reuniu em Pedra dos
Olhos poemas de todo o fazer de uma vida até agora; mas é uma poesia muito
expurgada e de grande viés reflexivo.
Acredito eu que raros poetas tiveram a coragem
de reunir seus poemas da mocidade. Podemos contar nos dedos: Olavo Bilac foi um
deles e João Cabral de Melo Neto rasgou e jogou no lixo toda a sua produção da
mocidade.
Ademais, meus queridos, para não
nos estendermos muito, digo-lhes que a Poesia de Rogério Rocha é uma poesia pensamentada, e como não poderia deixar
de ser, uma poesia filosófica que lembra muito outro grande pensador da Poesia
brasileira: Ivan Junqueira de “Três Meditações na Corda Lírica”. Obrigado!
(Texto de autoria do poeta Arthur Prazeres)
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