Uma cena cada vez mais comum e que tem nos causado tristeza e também certo incômodo com a situação é o número crescente de aninais mortos nas pistas de rolamento, nas ruas e avenidas de nossa cidade. Infelizmente, percebo que esse tem sido um dos reflexos mais visíveis do crescimento populacional e do consequente aumento da frota de automóveis nos últimos tempos.
Por inúmeras vezes tenho me deparado com corpos de cães e gatos (já vi até aves) esmagados, dilacerados ou caídos junto às bordas das calçadas. Eu mesmo, pelo menos duas vezes neste ano, tive de desviar bruscamente meu veículo ou reduzir a velocidade do mesmo, em plena via pública, correndo risco inclusive de colidir com outros carros, a fim de não passar por cima de cães (sobretudo cães pequenos, tentando atravessar as pistas).
Para a grande maioria das pessoas este é um assunto menor, irrisório, com o qual não devemos nos preocupar sequer em perder tempo. Afinal - dirão alguns - são apenas animais. Se tiver de passar por cima...
Ocorre que, para aqueles que gostam de cães e gatos (e que criam com carinho seus bichos de estimação), não é nada fácil ter de conviver com o descaso de donos que abandonam seus animais à própria sorte, jogando-os na rua, expostos a contrair e proliferar doenças, bem como aos maus-tratos por parte de transeuntes. Por outro lado, o Poder Público do município também tem sua parcela de colaboração nesse cenário, visto que pouco ou nada tem feito para retirá-los dos espaços públicos. Pois, querendo ou não, eles também são parte da cidade.
Já é hora de se começar a fazer alguma coisa em relação a esse problema. Para o bem da coletividade e em prol da dignidade animal.
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