Vice-mundial em 2002 e campeão olímpico em Atenas-2004 dirigindo a seleção de seu país, o técnico argentino Rubén Magnano aceitou o desafio de renascer o basquete brasileiro em janeiro do ano passado. Conciliador e experiente, o treinador conseguiu com primor seu primeiro grande objetivo: levar o Brasil de volta a uma edição de Jogos Olímpicos.
Com a vitória do sábado sobre a República Dominicana, o time verde-amarelo se classificou à final do Pré-Olímpico de Mar de Plata e assegurou uma das duas vagas para as Olimpíadas de Londres-2012. A última participação nacional havia sido no longínquo Atlanta-1996.
Nesta época, o Brasil tinha ainda o prazer de assistir ao ídolo Oscar Schmidt em quadra. E, por falar no ‘Mão Santa’, ele é um dos que mais se rendem à filosofia do hermano.
“O Magnano é um fenômeno.(...) Ele é um gênio do basquete. Não sei por que tiraram ele da Argentina. Veio nos ensinar a jogar um basquete copiado dos iugoslavos, com pouco risco, um jogo de segurança”, afirmou Oscar.
Além de instituir um padrão de jogo à seleção (com uma acentuada atenção à defesa), Magnano, ao contrário de seus antecessores, sempre se esquivou de polêmicas.
Desde o início de seu trabalho, ele acompanhou de perto (fazendo inclusive visitas in loco) os atletas brasileiros pelo mundo – fato comprovado pela convocação de atletas ‘esquecidos’ no basquete europeu – e nem mesmo os pedidos de dispensa dos jogadores da NBA o tiraram do sério.
Ovacionado pela torcida argentina em todos os jogos do Brasil em Mar del Plata, Magnano conquistou, em menos de dois anos, o posto de candidato a ídolo nacional. Futuramente, ele pode desempenhar um papel ainda maior: o responsável por resgatar o amor brasileiro pelo esporte da bola laranja.
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