Epitaph Tour - Judas Priest |
Um show de luzes, pirotecnia e efeitos
visuais foi o pano de fundo perfeito para a execução das clássicas músicas da
longa trajetória da banda de Rob Halford, que nessa turnê “Epitaph”, trás o seu
adeus aos palcos, após anos de serviços prestados ao rock.
Os fãs puderam vibrar
com um resumo da obra musical da banda, a partir da execução de clássicos
retirados dos principais álbuns do Judas. Logo de saída, uma sequência
ininterrupta trouxe “Rapid Fire”, “Metal Gods” e “Heading Out To The Highway”,
sempre com a exibição, no fundo do palco, de imagens que reproduziam as capas
dos álbuns. O momento mais lírico, porém não menos pesado, ficou com a bela
“Diamonds na Rust”, num arranjo renovado e arrebatador.
Em “Night Crawler”,
“Turbo Lover” e “The Green Manalishi” a plateia, entusiasmada com a performance
dos ingleses, cantou junto. Mas foi mesmo em “Breaking the Law” que essa
participação chegou ao seu nível máximo, quando Rob Halford virou o pedestal e
pôs o microfone na direção do público que, do início ao fim, regido pelo
vocalista, cantou esse que é um dos hinos do Judas Priest, um dos precursores
da New Wave of British Heavy Metal, na década de 80.
Num show praticamente
perfeito, o único incidente a ser destacado ocorreu no início da música “Hell
Bent For Leather”, quando o vocalista Halford, ao entrar no palco em sua famosa
Harley Davidson, perdeu o equilíbrio ao descer e caiu da motocicleta. Cena
que, dada a empolgação da plateia, num primeiro momento, talvez tenha passado
em branco a alguns dos presentes ao ginásio, mas que foi contornada quando, com
o auxílio dos companheiros, conseguiu se erguer, continuando o show como se
nada houvesse acontecido. Prova do mais puro profissionalismo, tanto que mereceu o aplauso de todos.
Por fim, vale
destacar também a performance do novo guitarrista da banda, o talentosíssimo
Richie Faulkner. Muito aplaudido, em vários momentos do show, mostrou técnica e habilidade nos solos que executou. Grande revelação o cara. Me
lembrou muito o estilo de outro virtuose da guitarra: o saudoso Randy Rhoads.
O show se encerrou,
apoteoticamente, com “Living after midnight” e seu refrão pegajoso. Enfim, o
Judas fechou sua passagem pelo Brasil com um grande espetáculo. Valeu cada real
do ingresso, desde já entrando para nossa lista dos candidatos a melhor show do
ano.
Fotos e vídeos: Rogério Rocha
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