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sexta-feira, 18 de junho de 2021

MESA REDONDA SOBRE A LEITURA | LABÔ PUC-SP

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

EXPOSIÇÕES UNIVERSAIS

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As exposições internacionais condensaram o que o século XIX entendeu como modernidade: o progresso construído sobre a ciência e a indústria; a liberdade entendida como livre mercado; o cosmopolitismo baseado na idéia de que o conhecimento humano e a produção seriam transnacionais, objetivos e sem limites.
As cidades onde as exposições foram montadas - Londres, Paris, Chicago, entre outras - foram os epicentros da modernidade. Aí se chegou ao estágio mais avançado da civilização ocidental, que convivia com os problemas advindos da desigualdade e da marginalização de grande parcela da população. As exposições universais queriam ser um retrato em miniatura desse mundo moderno avançado, composto de espetáculos nos campos da ciência, das artes, da arquitetura, dos costumes e da tecnologia. A idéia era mostrar e ensinar as virtudes do tempo presente e confirmar a previsão de um futuro excepcional. A torre Eiffel, o palácio de cristal e a roda gigante eram os símbolos visíveis do avanço tecnológico exibido nas feiras mundiais.
As exposições propiciavam também o sentimento de se estar em um estágio de desagregação social. Tudo o que era familiar e seguro estava desaparecendo, e o efêmero parecia tomar conta da cultura da época. A sensação de decadência moral, de degeneração do espírito, de enfraquecimento intelectual também fazia parte desse universo modernista do final do século XIX.
A construção da imagem da superioridade do presente ocidental - através da engenharia, da medicina, da antropologia, da criminologia, da arqueologia, entre outras ciências - permitia uma nova avaliação do passado e dos "outros". A exibição do exótico, sob a forma de produtos, costumes e mesmo indivíduos naturais das colônias atestava o poderio e o expansionismo das nações centrais e confirmava sua supremacia racial e cultural.
As nações mais pobres do Ocidente também hospedaram, já no século XX, exposições internacionais. Estas eram vistas como uma oportunidade ímpar de fazer parte, ainda que por um breve espaço de tempo, do concerto internacional das nações. A Exposição Universal do Rio de Janeiro, em 1922, se inclui neste caso.
Organizadas como expressão do progresso supranacional, as exposicões estiveram conectadas com festas e calendários nacionais; programadas como momento de reconciliação entre nações, acabaram fornecendo material simbólico para o culto da nacão e para a construção dos nacionalismos que cresceram após a Primeira Guerra Mundial.
Fonte: FGV CPDOC

domingo, 15 de janeiro de 2017

Escolas Matam a Aprendizagem (por Murilo Gun - TEDx Fortaleza)

Reproduzo aqui uma palestra do empresário e humorista Murilo Gun realizada no TEDx Fortaleza, por entender que as ideias que trabalha nela estão muito de acordo com o que penso a respeito do sistema de ensino tradicional e da forma como esse modelo acaba por tolher muitas de nossas capacidades de aprender mais e melhor.

Murilo Gun foi um dos pioneiros da internet no Brasil. Ganhou dois prêmios iBest como melhor site pessoal, publicou dois livros sobre internet e foi empresário por 10 anos. 
Formado em Administração, com MBA em Gestão, em 2014 foi selecionado entre 80 empreendedores do mundo para morar 10 semanas no NASA Research Park, no Vale do Silício, estudando inovações disruptivas na Singularity. Murilo dá palestras divertidas sobre criatividade, inovação e empreendedorismo.


This talk was given at a TEDx event using the TED conference format but independently organized by a local community. Learn more at http://ted.com/tedx

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI (por Rogério Rocha)

Neste vídeo exponho os principais desafios e exigências postas aos mestres, estudantes e aprendizes no século em que estamos. 

A partir do contexto evidenciado, e com base em conceitos como o de sociedade em rede, conectivismo e transferência de conhecimento, elenco algumas das condições necessárias ao bom desenvolvimento da relação ensino-aprendizagem, bem como as características que deve ter o aprendiz do século XXI diante das novas ferramentas utilizadas na educação. Assistam! Comentem! Curtam!


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Confira 10 das melhores ideias de Leonardo da Vinci



Considerado por muitos como o maior gênio da história, Leonardo da Vinci tinha habilidades e conhecimentos que deixariam qualquer pessoa boquiaberta. Ele se destacou como cientista, engenheiro, pintor, anatomista, inventor, escultor, arquiteto, matemático, botânico, poeta e músico.
Fonte da imagem: Wikimedia Commons
Confira 10 das melhores ideias de Leonardo da Vinci
Ele é conhecido como o pai da aviação e da balística e tem incontáveis obras reconhecidas mundialmente; por isso, trazemos neste artigo as mais brilhantes ideias ou observações de da Vinci para que você possa se inspirar ainda mais com o trabalho de uma das figuras mais importantes da história da humanidade.

O Homem Vitruviano

Da Vinci criou um desenho do que seria a forma mais perfeita do corpo humano conforme as proporções definidas por Vitrúvio, um antigo arquiteto romano. A figura de cara séria feita pelo artista é considerada hoje como uma das imagens mais conhecidas do planeta.

O Tempo Geológico

Você pode não saber, mas além de dominar a Geometria, Física, Astronomia, Biologia e Anatomia, Leonardo da Vinci também era fera em Geologia. As observações feitas por ele foram essenciais para o estudo da história da Terra, algo que resolveu o problema da época: o entendimento pleno dos fósseis.

A cidade perfeita

Da Vinci morava em Milão, mas tinha uma visão diferente do que seria um bom lugar para se viver. Ele então projetou aquilo que acreditava ser a cidade perfeita. Seus projetos eram tão completos que incluíam até mesmo estábulos com detalhados sistemas de circulação de ar.

Canhão triplo

Da Vinci era um pacifista, mas isso não impedia que o gênio imaginasse um design mais inteligente para canhões. E ele fez isso muito bem com o seu canhão triplo, ainda mais veloz e leve do que os canhões da época, além de ser capaz de poupar muito mais energia.

O carro autopropulsionado

Ele não é um possante dos melhores, mas o veículo autopropulsionado projetado por da Vinci era incrivelmente revolucionário para aquela época. O veículo de madeira se movimentaria com a interação sequencial de molas e engrenagens. Em 2004, cientistas em um museu em Florença construíram uma réplica do carro e perceberam que a ideia original de da Vinci funcionava perfeitamente.

Máquina voadora

O fascínio de da Vinci por máquinas voadoras não é segredo para ninguém. Entre diversos projetos, ele criou um planador equipado com asas prontas para serem “batidas” por um humano. O modelo lembra muito um grão cortado ao meio e era equipado com bancos e engrenagens.

Ponte giratória

Pensando em uma fuga rápida, Leonardo da Vinci criou uma ponte giratória, perfeita para ser usada em tempos de guerra. Com materiais leves e resistentes, a ponte seria presa a um sistema de corda e rolamentos capazes de fazer um exército escapar a qualquer momento.

O helicóptero

Cientistas atuais concordam: ele jamais teria levantado do chão, mas o helicóptero de Leonardo da Vinci é um de seus trabalhos mais famosos (e geniais). Embora fosse pouco prática e exigisse o trabalho de quatro homens para sair do chão, a ideia foi o pontapé para extensos estudos, até que chegamos aos helicópteros atuais.

Equipamento de mergulho

O fascínio de Leonardo Da Vinci não era somente pelo ar: ele também se interessava muito pelo mundo subaquático. Com isso, ele criou um equipamento de mergulho bastante moderno e complexo para a época, conectando um snorkel em uma câmara flutuante, além de incluir um compartimento especial no traje para que seu usuário pudesse urinar em alto-mar de consciência limpa.

Escrita especular

Ainda não se sabe se Leonardo da Vinci queria esconder suas ideias ou se ele só queria evitar a sujeira feita pela tinta ao escrever com a mão esquerda, mas ele é o mais famoso escritor especular da história, ou seja: ele escrevia na direção inversa (da direita para a esquerda), sendo possível ler o conteúdo normalmente apenas ao posicionar o texto à frente de um espelho.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Refundação da Física


por Mario Novello
©Martina Vaculikova/ Shutterstock
No século 17 os astrônomos (Ticho Brahe, Kepler, Galileu) realizaram uma mudança profunda na arte de representar racionalmente a Natureza, dando origem a um modo novo de produzir conhecimento científico e fundando a física moderna. Quando observamos o céu, para mais uma vez produzir uma história científica do Universo, estamos seguindo os mesmos caminhos e a mesma tarefa. O papel da cosmologia, hoje, como há quatro séculos, é elaborar a refundação da física, como veremos.

O Universo está em um processo acelerado?

A observação do comportamento irregular de estrelas supernovas levou à hipótese de que o Universo estaria dotado de expansão acelerada. Isso significa que a taxa de crescimento do volume global do espaço estaria aumentando com o tempo (contrariamente ao que se poderia esperar devido ao caráter atrativo da gravitação). Segundo a teoria da relatividade geral isso implicaria a existência de uma fonte de expansão com propriedades pouco convencionais e exigiria a presença de incompreensível pressão altamente negativa. Se essa fosse a interpretação correta dos dados astronômicos, teríamos de aceitar a existência em alguma região cósmica de novas formas de matéria com propriedades inusitadas. Ou então, a simetria que levou os cosmólogos a eleger o modelo geométrico de Friedmann deveria ser alterada. Isso eliminaria a necessidade de examinar inúmeras tentativas recentes e de postular a presença de formas de matéria desconhecidas com características esdrúxulas. 

Qual a origem do Universo?

Desde 1979 conhecemos soluções exatas das equações da relatividade geral que descrevem a geometria do Universo sem singularidade, isto é, como um processo oscilante, que anteriormente à atual fase de expansão passou por uma fase de contração gravitacional. Há até pouco tempo a opção entre uma teoria do universo singular (tipo Big Bang) ou um universo eterno se sustentava apenas por argumentos formais. Mas, ao compararem observações envolvendo a formação de estruturas como galáxias e aglomerados galácticos, os cosmólogos estão no limiar de poder decidir sobre a característica mais fundamental do Universo, correspondendo ao seu tempo de existência, para finalmente responder à questão: o Universo teve começo há uns poucos bilhões de anos ou ele é muito mais antigo, possivelmente eterno? 

As leis da física são universais?

Desde o início da ciência moderna o pensamento científico foi dominado por uma visão rígida, com o pressuposto de que as leis físicas descobertas a partir de experiências realizadas em laboratórios terrestres ou em nossa vizinhança no Sistema Solar eram verdades eternas, sem evolução e válidas em todo o Universo. Embora no primeiro momento essa extrapolação exagerada servisse como uma prática de trabalho adequada, nos últimos anos ela tem sido criticada e dado lugar a um intenso trabalho relacionando os mecanismos de formação das leis físicas com a evolução do Universo (inibindo a visão idealista de que são precisamente essas leis físicas absolutas, acima de qualquer compreensão ulterior, que determinam a evolução cósmica).

As leis da microfísica são universais?

Um bom exemplo de alterações de leis físicas terrestres está relacionado a duas interações fundamentais: o eletro magnetismo e a desintegração da matéria pela interação fraca. O físico inglês P. A. M. Dirac e o brasileiro C. Lattes, entre outros, se perguntaram, talvez de maneira ingênua, se o valor numérico da carga elétrica seria uma constante universal ou variaria com o espaço e o tempo. Esse modo de apresentar uma possível dependência da interação eletromagnética é certamente simplista e está longe de conter toda possibilidade de variação compatível com as demais leis e princípios fundamentais da física. Mas devemos reconhecer que esse foi um primeiro passo capaz de permitir retirar do Olimpo as leis físicas terrestres e a inexorabilidade de serem aplicadas de modo irrestrito em qualquer estágio de evolução do Universo.

 Um modo um pouco menos simplista ocorreu com a questão: os processos de desintegração da matéria seriamuniversais? Ou, dito de outro modo, a força que controla o decaimento da matéria (interação fraca) e que, segundo as observações realizadas em laboratórios terrestres, tem a característica de violar maximalmente a paridade, exibiria essa propriedade em qualquer circunstância em nosso Universo? Seria isso verdade mesmo em situações em que o campo gravitacional (que em princípio não parece desempenhar papel relevante nesse mecanismo de desintegração) exibe curvaturas do espaço- tempo extraordinariamente grandes, de várias ordens de grandeza superiores àquelas onde esses processos de desintegração foram testados?

A grandiosidade da fase atual por que passa a ciência, graças ao olhar moderno para o céu, e em analogia profunda com o que aconteceu na astronomia há 400 anos, estão levando a Cosmologia a produzir uma verdadeira refundação da física.
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Mario Novello doutor em física pela Universidade de Genebra, Suíça, publicou mais de uma centena de artigos científicos sobre cosmologia e gravitação em revistas internacionais. Colaborador frequente de SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL fundou e dirige o Grupo de Cosmologia do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – CBPF/CNPq e a Escola de Cosmologia e Gravitação do CBPF. É autor de vários livros de divulgação científica.


Fonte: Scientific American Brasil

sexta-feira, 6 de abril de 2012

NEOCOMPETÊNCIAS (por Tom Coelho)


Seja para construir uma carreira de sucesso ou para encontrar sua vocação e seguir uma missão, ser competente é um pré-requisito básico.
A mais difundida definição para competências foi formulada por Scott B. Parry, em sua obra "The quest for competencies", de 1996, em que ele diz:
"Competências são um agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados, que afeta a maior parte de uma tarefa (papel ou responsabilidade), correlacionado à performance, que pode ser medido a partir de parâmetros bem-aceitos, e que pode ser melhorado através de treinamento e desenvolvimento".
Esse conceito ficou registrado no mundo acadêmico e corporativo como a Regra do CHA.
O "C" representa o conhecimento, o saber adquirido. É o processo de instrução e envolve formação, escolaridade, autodidatismo, leituras, cursos e treinamentos realizados.
O "H" significa habilidade, o saber fazer. Trata-se da capacidade de produzir a partir do conhecimento adquirido e diz respeito a ações práticas como analisar, interpretar, compreender, julgar, planejar, administrar, comunicar, entre tantas outras. Mediante treino, repetição e prática constante, as habilidades podem ser desenvolvidas e lapidadas.
O "A" constitui a atitude, o querer fazer. É a decisão consciente e emocional de agir diante dos fatos, com proatividade e assertividade. Atitudes são constatações, favoráveis ou desfavoráveis, em relação a objetos, pessoas ou eventos. Uma atitude é formada por três componentes: cognição, afeto e comportamento.
Ocorre que o conceito do CHA já não responde às demandas do mundo corporativo atual, motivo pelo qual desenvolvi um novo modelo ao qual intitulei "Neocompetência".
Embora o conhecimento continue imprescindível, na base desta estrutura, é importante pontuar que ele não é mais estático. Aliás, as festas de "formatura" nas universidades deveriam ser simplesmente abolidas, porque ao concluir um curso de graduação com quatro anos de duração, por exemplo, muito do que foi estudado no primeiro e segundo anos já está defasado. Disso decorre a importância da atualização, o saber aprender, representando o desafio de ampliar o conhecimento de forma contínua, além da capacidade de discernir sobre o que deve ou não ser aprendido dentre tantas possibilidades.
A atitude, embora seja o elo supremo desta corrente, precisa ser referendada pela realização, o fazer efetivamente, pois muitos que desejam não levam a termo suas ações, capitulando e desistindo no decorrer do caminho.
Neste contexto, surge a premência da motivação, o fazer fazer. Num primeiro instante, do ponto de vista individual, mesmo porque a motivação é um processo pessoal, responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para atingir uma determinada meta. A intensidade está relacionada à quantidade de esforço empregado - muito ou pouco. A direção refere-se a uma escolha qualitativa e quantitativa em face de alternativas diversas. E a persistência reflete o tempo direcionado à prática da ação, indicando se a pessoa desiste ou insiste no cumprimento da tarefa.
Mas para se alcançar a efetividade, precisamos empreender ações não individualmente, mas em equipe. Neste ponto, a motivação se converte em apoio, sustentação e, em especial, inspiração àqueles que compõem o time.
No estágio seguinte, o profissional competente compreende que conhecimento bom é conhecimento compartilhado e que para evoluir não apenas na hierarquia, mas nos processos de reconhecimento e de autorrealização, é necessário ensinar aos que estão ao seu redor. É o fazer saber, por meio da educação, disseminando experiências, comportamentos e melhores práticas.
Neste momento, surge a importância da autoconsciência de que na medida em que ampliamos nosso espectro de conhecimentos, maior é nossa ignorância diante do universo de possibilidades do saber. A humildade representa o saber saber, a percepção clara e inequívoca de nossas próprias limitações e que nos faz simultaneamente educadores e educandos, combatendo a prepotência e a arrogância. Há que aprender, porém há ­também que ensinar.
A humildade leva à prática inconteste da verdade. E como não há porque mascarar eventos ou ações passa-se a valorizar a autenticidade, o saber ser, onde importa não o que você tem, mas quem você é. Uma característica singular num mundo tão superficial em determinados aspectos como o que vivenciamos atualmente.
O homem é um ser social por natureza, de modo que deve aprender não apenas a viver, mas também saber conviver, ou seja, viver com seus pares. A isso chamamos sociabilidade.
Por fim, a solidariedade, que remete não à solidão, mas à cooperação, à responsabilidade e à interdependência. É a consciência plena de saber devolver à mesma sociedade em que convivemos um pouco do que aprendemos e somos a fim de mitigar as desigualdades.
Compreendido o conceito moderno de "competência", fica mais fácil para o profissional definir como deve se posicionar. Há competências técnicas, comportamentais, relacionais, valorativas e transcendentais. Mas este é assunto para outra oportunidade.
* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de "Sete Vidas - Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional", pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Fonte: Investidura Portal Jurídico

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