sábado, 29 de dezembro de 2012

Tom Ward - "Caprice No. 24 by Niccolo Paganini" (Guitar Recital)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Stan Lee, gênio dos quadrinhos, completa 90 anos


Stan Lee
O dia 28 de dezembro de 2012 é especial para o mundo dos quadrinhos. Nesta sexta, Stan Lee, gênio das HQs, completa 90 anos bem vividos e aproveitados.
Quando Stanley Martin Lieber nasceu, em Nova York, o mundo não conhecia os super-heróis da forma que nós conhecemos hoje. A ordem mundial havia mudado após o encerramento da Primeira Guerra Mundial e o mundo se encaminhava para um segundo grande confronto. É graças a alguns gênios como ele que crianças e adultos de 2012 podem sonhar com um mundo cheio de superseres cujos poderes incluem andar pelas paredes como aranhas e ter força suficiente para arremessar tanques de guerra como se fossem bolinhas de papel.
A carreira de Lee nas editoras de HQs começou de forma pouco promissora, como uma espécie de faz-tudo da Timely Comics. Mas quando os editores Joe Simon e Jack Kirby deixaram a empresa, em 1944, Lee foi promovido a editor-interino, com apenas 19 anos.
Desde então, Lee só cresceu. Entre seus filhos mais queridos pelo público estão Quarteto Fantástico, Homem de Ferro, Homem Aranha, Hulk, Demolidor e os mutantes de X-Men.
Stan Lee seguiu também para televisão, em que apresentou um reality show de super-heróis reais. Mas sua participações mais divertidas são, sem dúvida, nos filmes com os heróis da Marvel, como um vendedor de cachorro-quente em X-Men, de 2000, ou um senhor que joga xadrez e não acredita que super-heróis estejam em Nova York, no recente Os Vingadores.
Fonte: Revista Rolling Stone

Evidências de Ufos no passado (Livro de Enoch e livros sagrados hindus)

Bad Company - "If You Needed Somebody" (HQ)

Governo adia para 2016 início do acordo ortográfico


O governo federal adiou para 2016 a obrigatoriedade do uso do novo acordo ortográfico. A decisão foi publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União.
As novas regras, adotadas pelos setores público e privado desde 2008, estavam previstas para serem implementadas de forma integral a partir de 1º de janeiro de 2013.
A reforma ortográfica altera a grafia de cerca de 0,5% das palavras em português. Até a data da obrigatoriedade, tanto a nova norma como a atual poderão ser usadas.
Editoria de arte/Folhapress
O adiamento de três anos abre brechas para que novas mudanças sejam propostas. Isso significa que, embora jornais, livros didáticos e documentos oficiais já tenham adotado o novo acordo, novas alterações podem ser implementadas ou até mesmo suspensas.
DIPLOMACIA
A decisão é encarada como um movimento diplomático, uma vez que o governo, diz o Itamaraty, quer sincronizar as mudanças com Portugal.
O país europeu concordou oficialmente com a reforma ortográfica, mas ainda resiste em adotá-la. Assim como o Brasil, Portugal ratificou em 2008 o acordo, mas definiu um período de transição maior.
Não há sanções para quem desrespeitar a regra, que é, na prática, apenas uma tentativa de uniformizar a grafia no Brasil, Portugal, nos países da África e no Timor Leste.
A intenção era facilitar o intercâmbio de obras escritas no idioma entre esses oito países, além de fortalecer o peso do idioma em organismos internacionais.
"É muito difícil querer que o português seja língua oficial nas Nações Unidas se vão perguntar: Qual é o português que vocês querem?", afirma o embaixador Pedro Motta, representante brasileiro na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
Editoria de arte/Folhapress
Editoria de arte/Folhapress
Fonte: Folha de São Paulo/Educação

domingo, 23 de dezembro de 2012

Band of Horses - "Laredo"

Uma banda que tem me agradado muito ouvir. Chama-se Band of Horses. Eles fazem um indie/alternative rock de qualidade. Vale ouvir! 

Indústria não se preocupa em desenvolver remédios para o Terceiro Mundo, diz Prêmio Nobel


Ferid Murad critica a falta de investimento em tratamentos de doenças que matam muita gente em países pobres

por Julliane SilveirafonteTxt=Julliane Silveira
Editora Globo
(Fotos: Editora Globo)
Em todo o mundo, 1,5 milhão de crianças morrem anualmente por causa da diarreia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em países em desenvolvimento, a OMS estima que cada criança tenha três episódios de diarreia por ano.

Esse problema faz parte das doenças comuns em países pobres, como a malária, a tuberculose, a doença de Chagas, entre outras. São patologias que recebem pouquíssima atenção das grandes empresas farmacêuticas – quando há pesquisadores que se interessam em estudá-las e descobrir novos tratamentos, é quase impossível obter financiamento, porque certamente não trarão grandes retornos financeiros. Por isso, são chamadas pela OMS de doenças negligenciadas.

Um desses pesquisadores é o farmacologista Ferid Murad que, além de uma cadeira na Universidade do Texas (EUA), tem no currículo o Prêmio Nobel de Medicina de 1998, recebido com dois outros colegas pela descoberta dos mecanismos que possibilitaram o desenvolvimento do Viagra.


Editora Globo
(Fotos: Editora Globo)

Murad sempre criticou ferozmente a falta de incentivos para pesquisa e desenvolvimento de tratamentos que pudesse conter doenças que ainda matam muita gente em países pobres. Agora, encontrou um parceiro para desenvolver um medicamento contra diarreia causada pelo Cólera e pela bactéria Escherichia coli. A Biolab, farmacêutica brasileira, fechou em outubro um acordo com o pesquisador para a criação de uma nova droga.

Pode parecer inusitado, mas o óxido nítrico, mesmo componente usado para criar o Viagra, deve ser aplicado no medicamento contra diarreia, como Murad conta nesta entrevista concedida a Galileu. O óxido nítrico atua no controle do sistema cardiovascular e, por isso, medicamentos à base dessa substância são usados também para tratar arterosclerose, hipertensão pulmonar, entre outras doenças.

E também pode controlar outras manifestações, como a diarreia. Mas nenhum almoço vem de graça: a expectativa é que a mesma droga possa tratar síndrome do intestino irritável, uma doença que também solta o intestino, causa fortes dores abdominais e atinge cerca de 15% da população dos EUA e da Europa, segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia. 


GALILEU – Você sempre diz que é muito difícil para um grupo de pesquisa conseguir fundos para estudar doenças de países pobres. 
Ferid Murad – Muitas fundações não estão nem um pouco interessadas em patrocinar ou desenvolver remédios para o Terceiro Mundo, simplesmente porque não haverá lucros. Isso é muito ruim. 

Podemos ver um movimento de gente patrocinando pesquisas contra essas doenças. A Fundação Bill e Melinda Gates, por exemplo, a China, que é um país em grande crescimento. Você acha que temos um novo cenário? 
Sim, estamos melhorando. Sei que Gates está interessando em pesquisas sobre tuberculose, vacinas e diarreia também. Mas ele tem uma equipe muito pequena para ajudá-lo a direcionar corretamente os investimentos. Para você ter uma ideia: nos EUA, uma empresa pode ser livre de impostos se gastar 5% dos ganhos com ações filantrópicas. Como a companhia de Gates faz US$ 33 bilhões por ano, deve gastar US$ 1,5 bilhão. É muito dinheiro e eles não têm uma força cavalar para analisar tudo o que cai em suas mãos. Mas dar grandes quantias para qualquer projeto não é a melhor forma de financiar pesquisa e, por isso, eles precisam de ótimos revisores para avaliar quais pesquisas realmente merecem os fundos. 

Existem boas ações? 
Sim, há muita gente estudando formas de combater tuberculose, esquistossomose, malaria, dermatoses. Há mudanças, mas o problema é que não há muita gente sendo tratada com elas. É preciso missionários e médicos para ir até essas pessoas, para informá-las. Temos um progresso enorme contra doenças cardiovasculares, que são as que mais matam gente no mundo. Falar de 2 milhões de pessoas mortas por diarreira é ínfimo. Mas existem pessoas que morrem disso e não deveriam! Não há médicos para tratá-las, não há água potável. E as pessoas não se importam. 

Mas isso seria mais um problema de saúde pública do que de desenvolvimento de um remédio, não? 
Sim, a questão é mais ampla. Mas é preciso mais pesquisa. A tuberculose, por exemplo, tem se manifestado em formas muito resistentes, porque as pessoas não usaram os antibióticos corretamente e as bactérias se tornaram resistentes. Há também o problema da qualidade da droga. Na África, por exemplo, em muitos casos as pessoas acreditam estar usando um bom medicamento, mas não estão. 

A parceira aqui no Brasil parece ser um passo importante nesse cenário. 
Sim, se pensarmos que 2 milhões de pessoas morrem de diarreia por ano, principalmente crianças e idosos. Temos um composto químico e estamos testando outros compostos também, onde a Biolab entra como parceira. Por enquanto, a pesquisa é feita em laboratório e, depois, será testada em animais. Em um ou dois anos começaremos os protocolos clínicos, em humanos.

O composto será específico para o público brasileiro?
Vamos fazer os testes aqui e desenvolveremos a droga aqui, com aprovação das autoridades brasileiras. Se falamos de diarreia, estamos pensando num mercado mais social. Mas se funcionar em síndrome do intestino irritável, estamos falando de um mercado bem mais abrangente e grande em termos de dinheiro. Acredito que muita gente pagaria mais para ter um remédio que realmente funcione. Então parece ser um caminho para fazer isso ser economicamente viável e acabar com a diarreia. Então a doença “de rico”, a síndrome do intestino irritável, é um caminho para driblar a dificuldade de ter fundos para tratar uma doença de pobre. Tenho certeza de que, se descobrirmos que o composto também funciona para a síndrome haverá muitas empresas interessadas em ajudar a gente. Mesmo porque líderes de muitas empresas têm essa doença. [risos] 

E como o remédio age? 
No caso da diarreia, as bactérias liberam toxinas no organismo. Descobrimos um remédio que bloqueia o mecanismo das células e interrompe o problema. Não matamos o micro-organismo, mas cessamos a ação do corpo. A droga funciona com E-Coli e Cólera.

É verdade que o mesmo componente do Viagra, o óxido nítrico, vai ser usado na nova droga? 
Sim. Para entender melhor, é preciso saber que as células do organismo produzem elementos o tempo todo, que são lançados nos vasos sanguíneos, o cérebro libera neurotransmissores... Enfim, existem centenas de mensageiros no corpo, procurando seu alvo. Eles encontrarão o alvo com a ajuda de receptores que ficam nas membranas das células. Esses primeiros “mensageiros” interagem com os receptores como uma chave e uma fechadura, mas não precisam entrar na célula. O contato intracelular é feito por meio de mecanismos bioquímicos, realizado por receptores internos, chamados de segundos mensageiros intracelulares. Existem centenas de primeiros mensageiros, mas só sete ou oito mensageiros intracelulares – entre eles, o óxido nítrico. Se o óxido nítrico é um dos sete, posso dizer que ele regula 14% do nosso corpo.

Matematicamente faz sentido. Mas como um mesmo químico resolve problemas de ereção, doenças vasculares e diarreia? 
O sistema cardiovascular tem seus mensageiros. Se tiver o receptor certo para o primeiro mensageiro, a mensagem chegará para dentro das células e a função ocorrerá: dilatação dos vasos, coração baterá mais forte etc. Para questões vasculares, precisamos de altos níveis do composto, para diarreia, acredito que precisaremos de baixos níveis. É como a aspirina: as pessoas usam para tratar dor de cabeça e prevenir ataques cardíacos e câncer colorretal.

Já se sabe qual será o veículo remédio? Injeção, cápsula? 
Não ainda. Temos que ver como ele vai funcionar. Espero que seja por via oral, porque poderíamos até colocar em pirulitos para crianças. Estimo que em três anos possamos ter o produto no mercado.

Fonte: Revista Galileu Online

Mercado de blindados mira cidades fora do eixo Rio-SP


País é líder mundial no setor, com 70 811 veículos blindados em circulação. Expansão do setor chegou ao Norte e Nordeste, e agências investem em blindagem para a classe C

Kamila Hage
Serviço de blindagem de automóveis em fábrica paulista
Serviço de blindagem de automóveis em fábrica paulista (Divulgação)
O Brasil é líder mundial no setor dos carros blindados, com 70 811 automóveis protegidos, segundo a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Só nos primeiros seis meses de 2012 foram modificados 4.275 veículos. A novidade é que o mercado, que se consolidou no Rio de Janeiro e em São Paulo durante a década de 1990, está se expandindo agora para outros estados que têm índices crescentes de criminalidade, como Pernambuco e Pará. Ao mesmo tempo, o serviço passa por um momento de popularização. Em busca das classes B e C, as empresas começaram a oferecer níveis de blindagem mais baratos.
Descentralização – Pela primeira vez, o levantamento da Abrablin, feito de seis em seis meses, apontou produção de blindados fora do eixo Rio-São Paulo. São Paulo, por seu peso econômico e demográfico, segue disparado na primeira colocação, respondendo por 70% da produção de blindados. Por razões semelhantes, o Rio vem em segundo lugar, com 12% do mercado. Contudo, essa concentração tende a cair com o passar dos anos. Pernambuco ocupa hoje o terceiro lugar no ranking brasileiro de blindagem, com 4% do mercado, seguido pelo Pará, com 3%, e pelo Paraná, com 2%.
Em primeiro lugar, segundo o estudo “Mapa da Violência”, desenvolvido pelo Instituto Sangari com informações dos ministérios da Saúde e da Justiça, as estatísticas paulistas e fluminenses de latrocínios e homicídios mostraram retração entre 2000 e 2010 de, respectivamente, de 67% e 48%. Enquanto isso, no Pará, por exemplo, houve aumento de 253%; no Maranhão, de 269%; e na Bahia, de 303%. Entre as regiões brasileiras, o Sudeste foi a única a ter queda nestes indicadores, enquanto as outras quatro mostraram crescimento, sobretudo o Norte e o Nordeste. Pará e Pernambuco ocupam, respectivamente, a terceira e a quarta posições na lista dos estados com maior número de homicídios, segundo o "Mapa da Violência". Paraná está em nono lugar.
Fábio de Mello, responsável pela análise de mercado da empresa Concept Blindagens, uma das maiores do Brasil, explica que a marca investe em regiões com alto índice de criminalidade, uma vez que o potencial de clientes nesses locais é maior.  “As pessoas sempre estão em busca de segurança”, diz. Contudo, ele diz que o crescimento do mercado de blindados nesses estados – Pernambuco, Pará e Paraná – está ligado também à melhoria econômica e ao modismo. “As pessoas se baseiam muito na opinião dos parentes e conhecidos que usam o blindado e aprovam”, explica.
Jorge Lordello, especialista em segurança pública e privada, concorda com Fábio. “Quando uma pessoa compra, acontece o efeito cascata”, diz. “Pernambuco tem altos índices criminais. Assim, a camada social que pode ter acaba comprando.” 
o mercado de blindados no Brasil
Populares – Os veículos blindados atravessam também um momento de popularização, o que significa que, em média, os preços têm diminuído com o passar dos anos. Até 2002, por exemplo, o serviço era avaliado em dólares por causa do expressivo volume de componentes estrangeiros que utilizava e que o encarecia. Desde então, as empresas brasileiras desenvolveram tecnologia própria e a blindagem mais comum no país – a do tipo III-A, que defende o veículo de todas as armas de cano curto e submetralhadoras – passou de 60 000 dólares (mais de 120 000 reais) para 46 650 reais, em média.
O valor segue elevado para o padrão de renda do brasileiro. Contudo, na tentativa de expandir seu mercado e atingir as classes B e C, as companhias já oferecem níveis de blindagem ainda mais baratos, como o II-A e o II. Ambos protegem o carro contra armas de cano curto e podem custar menos de 20 000 reais. “As pessoas, muitas vezes, economizam no valor do carro para poder blindá-lo”, afirma Christian Conde, presidente da Abrablin. 
Ele lembra que outro fator que ajuda na popularização desses veículos é o maior número de parcelas oferecidas pelas empresas no financiamento da blindagem – uma consequência do amadurecimento do mercado de crédito doméstico e da redução das taxas de juros. O serviço, que no passado só podia ser dividido apenas em duas vezes (50% de entrada e 50% na entrega do veículo), agora conta com linhas de crédito com prazos de 30 meses.

Como funciona a blindagem no Brasil

Para proteger um veículo (vidros, lataria e pneus), o interessado deve antes pedir autorização ao Exército Brasileiro – órgão regulador do serviço no Brasil e responsável pela fiscalização das empresas. O documento, que custa de 250 a 500 reais, leva alguns dias para sair e tem como requisito básico a apresentação do atestado de antecedentes criminais. Pessoas com a ficha suja não podem adquirir a licença. 
A blindagem no país é dividida em seis níveis, mas 90% do mercado brasileiro usa o III-A. Acima deste nível está o III, que oferece proteção a alguns tipos de fuzil. Ele representa apenas 5% do mercado e tem autorização restrita. “Nesse caso, o Exército vai perguntar os motivos para tal proteção”, explica Christian Conde, presidente da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). O mais potente é o nível IV, que protege o veículo de todas as armas, além de granadas e munições específicas para furar blindagem. A categoria, contudo, não é permitida para civis. 
Depois de efetuada a blindagem, o contratante deve levar o veículo para passar por uma revisão no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), com a finalidade de regularizar o documento do automóvel.  Conde alerta: “Sem esse processo, o carro pode ser apreendido em uma eventual blitz policial”. A análise do Detran também verificará se a empresa que efetuou o serviço realmente usou os itens declarados no veículo. Esse processo evita que algumas companhias mal-intencionadas vendam um nível de blindagem e instalem outro menos eficaz.  
Conde ressalta que a proteção de um veículo blindado não exclui cuidados do usuário. Ele deve sempre estar sempre atento no momento em que entra ou sai do carro. Também é indicado que mantenha certa distância de outros veículos para não ser vítima de uma emboscada com, por exemplo, uma rajada de tiros. Nesse caso, até mesmo o nível III-A pode ser perfurado.
Fonte: Veja Online

A história da homossexualidade e a luta pela dignidade


Durante décadas, com base em teorias científicas diversas, a homossexualidade foi considerada uma doença mental e os gays, submetidos aos mais absurdos tratamentos. Somente em 1990 a OMS a retirou da condição de patologia

Texto Cláudia de Castro Lima | Design Villas |
No outono de 1933, o campo de concentração nazista de Fuhlsbuttel, no norte de Hamburgo, na Alemanha, foi o primeiro a começar a receber uma nova categoria de presos. Mal desciam dos trens, eram marcados com a letra A, mais tarde substituída por um triângulo cor-de-rosa. Diferentemente de suas intenções em relação aos judeus e ciganos, os soldados nazistas não pretendiam exterminar os homossexuais. Queriam "curá-los". Para isso, os prisioneiros foram submetidos a alguns tratamentos bizarros e cruéis - de acordo com a teoria científica vigente à época, a homossexualidade era uma patologia mental.
Nos campos de concentração da Alemanha nazista, os homossexuais tinham os piores trabalhos e eram vistos como doentes e pervertidos até pelos demais confinados. No campo de Flossenbürg, os nazistas abriram uma casa de prostituição e forçavam os homossexuais a visitá-la. Os gays que se "curavam" eram enviados por "bom comportamento" para uma divisão militar para combater os russos. Outro tratamento oferecido aos homossexuais foi elaborado pelo endocrinologista nazista holandês Carl Vaernet. Ele castrou seus pacientes no campo de Buchenwald e depois injetou doses muito altas de hormônios masculinos, para observar sinais de "masculinização". Estima-se que 55% dos gays que entraram nos campos de concentração morreram - algo entre 5 mil e 15 mil pessoas. O fim da guerra, no entanto, não trouxe alento. Americanos e britânicos forçaram os homossexuais a cumprir o restante da pena que os nazistas tinham imposto a eles em prisões normais.
Em um campo de concentração, nazistas abriram um prostíbulo para auxiliar na "cura" dos gays. Um dos tratamentos "clínicos" era a lobotomia

As teorias científicas que classificaram a homossexualidade como doença começaram a despontar na Europa no fim do século 19. Somente um século depois, a Organização Mundial da Saúde retirou-a do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Distúrbios Mentais, que a classificava como desvio ou perversão - assim, aboliu o termo "homossexualismo", já que "ismo", em saúde, é um sufixo que caracteriza condição patológica. A ação, tardia, foi resultado de uma dura e dolorosa briga pelos direitos dos homossexuais. De hábito cultural na Antiguidade, a condição homossexual virou pecado na Idade Média, crime na Moderna e patologia (com direito a tratamentos que incluíam choques elétricos e lobotomia) até pouco tempo atrás.

No começo do século 19, o homossexual era tratado ao mesmo tempo como um anormal e um pervertido. "A medicina, desde o fim do século 18, tomou emprestada a concepção clerical da homossexualidade e esta se tornou uma doença, ou melhor, uma enfermidade que um exame clínico podia diagnosticar", afirma o historiador medievalista Philippe Ariès.

"Em meados de 1850, médicos europeus começaram a pesquisar sobre a homossexualidade, o que aos poucos deu ensejo a uma nova percepção de que a condição era relativamente endêmica a certos indivíduos e (segundo o julgamento da maior parte dos especialistas) patológica", afirma Peter Stearns em seu livro História da Sexualidade. "Cada vez mais, cientistas argumentavam que a homossexualidade era um traço de caráter que se desenvolvia como resultado de alguma falha na educação infantil." Acompanhando o discurso da ciência, o médico austro-húngaro Karoly Maria Benkert criou o termo "homossexualidade" para designar todas as formas de relação carnal entre pessoas do mesmo sexo. No fim do século 19, médicos criaram a sexologia. Seus trabalhos foram influenciados pelas teorias de um psiquiatra austríaco, Richard Von Krafft-Ebing, que a considerava uma tara ou uma degeneração. Em seu livro Psychopathia Sexualis, publicado em 1886, listou todas as formas possíveis de perversão, numa espécie de catálogo - a homossexualidade, claro, constava dele.

Em 1969, a polícia de Nova York invadiu o bar Stonewall Inn, frequentado por homossexuais, e prendeu 200 pessoas. Foi recebida na rua com pedras e garrafas. Era o início do "Gay Power"
Foi no meio dessa turbulência que um caso tornou-se emblemático na história dos direitos dos homossexuais: o do escritor e dramaturgo irlandês Oscar Wilde. Casado e pai de dois filhos, Wilde teve várias relações com homens e apaixonou-se por Alfred Douglas, filho do marquês de Queensberry. Os dois conheceram o submundo homossexual de Londres, que frequentavam para satisfazer suas predileções por jovens da classe operária. O pai de Alfred Douglas acusou Wilde e o filho de manterem uma "relação repugnante e chocante". O dramaturgo processou o marquês por difamação, só que o processo virou-se contra ele. Citado por sodomia com pelo menos dez jovens, acabou declarado culpado por atentado ao pudor e condenado a dois anos de trabalhos forçados.

"Tratamentos" para o homossexualismo não tardaram a surgir. Hipnose, castração e terapias reparativas para alterar as preferências e desejos dos pacientes foram tentadas. Uma terapia usada era a lobotomia - cirurgia que retirava uma parte do cérebro. Na Alemanha Ocidental, elas só deixaram de ser aplicadas em 1979. Na Dinamarca, o número de pessoas submetidas à operação foi de 3,5 mil, sendo a última em 1981. Nos EUA, as vítimas chegam à casa das dezenas de milhares.

A situação começou a ser revertida só na última metade do século 20. Em 28 de junho de 1969, detetives à paisana entraram no bar Stonewall Inn, em Nova York, e expulsaram cerca de 200 clientes gays de lá. Ao saírem do bar com os presos, foram recebidos na rua por uma multidão revoltada com a frequência dos abusos, que atirou pedras e garrafas. Os distúrbios de Stonewall deram origem ao "Gay Power" e marcaram o início dos protestos públicos contra a discriminação de homossexuais.

"As manifestações sozinhas não seriam lembradas hoje por transformar políticas e vidas gays se não fossem seguidas por organizações que transformaram a afronta pura em força social contínua", afirma a jornalista Sherry Wolf em Sexuality and Socialism: History, Politics and Theory of LGBT Liberation (inédito em português). Os ativistas perceberam ser preciso organização para combater a homofobia - um dos pontos principais era fazer com que as pessoas não tivessem mais medo ou vergonha de sair do armário. Vários protestos foram marcados, criaram-se grupos ativistas e jornais com propostas gays, como Come Out! e Gay Power, para expressar o desejo de uma imprensa independente e militante. Em junho de 1970, as primeiras marchas do orgulho gay aconteceram em Los Angeles, São Francisco, Chicago e Nova York. Uma das principais vitórias aconteceu em 1970, quando o cofundador dos Panteras Negras, Huey Newton, expressou publicamente seu apoio ao movimento pró-gay - era a primeira vez que um movimento ativista majoritariamente heterossexual fazia isso. Os homossexuais comemoraram ainda mais quando, em 1973, a Associação de Psiquiatria Americana desclassificou a homossexualidade como patologia. Os danos que as chamadas "terapias de reversão" causavam aos pacientes foram trazidos à tona.

O professor do departamento de Psicologia Clínica da Unesp Fernando Silva Teixeira Filho aponta para pessoas como o político e ativista Harvey Milk como decisivas na luta contra o preconceito. "Milk estabeleceu princípios claros de luta: a busca por direitos iguais a todos os seres humanos, independentemente de orientação sexual ou credo", afirma.

Em 1981, o Conselho Europeu emitiu uma resolução exortando seus membros a descriminalizar a homossexualidade. Em 1990, a Organização Mundial de Saúde declarou que "a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão". Três anos depois, a nova classificação entrou em vigor nos países-membros nas Nações Unidas. No Brasil, deixou de ser tratada por psicólogos em 1999. Na contramão, os autointitulados "psicólogos de Cristo" se propõem a "curar" gays . E há projetos de lei como o do deputado João Campos (PSDB-GO), que pretende sustar dois artigos da lei cujo texto proíbe os psicólogos de emitir opiniões públicas ou tratar a homossexualidade como doença. A Câmara dos Deputados discutiu em junho pela primeira vez o projeto de "cura gay".

Harvey Milk e são francisco

Como um dono de loja ajudou a tornar a cidade porto seguro para homossexuais


São Francisco é conhecida por ser o "paraíso gay" mundial. A descoberta de ouro a partir de 1848 fez o vilarejo portuário transformar-se radicalmente. Mais de 300 mil homens chegaram de toda parte e 90% da população do local passou a ser masculina. "A preservação da virtude e dignidade era um esforço tão desanimador quanto uma colina de São Francisco", escreve William Lipsky, autor de Gay and Lesbian San Francisco (sem versão em português). "Com poucas mulheres na cidade e menos ainda nas minas, os homens olharam uns para os outros para buscar todo tipo de conforto." Os poucos saloons, pensões e clubes ficavam lotados de homens, que viviam muito próximos uns dos outros e ainda tinham de dividir todo tipo de intimidade, do banheiro aos cobertores. A população gay de São Francisco sofreu impacto semelhante mais tarde outra vez, com a Segunda Guerra. Na época, todo militar americano suspeito de ser homossexual era enviado para a cidade, para ser avaliado por uma junta que decidiria se ele continuaria ou não na carreira. Entre 1941 e 1945, quase 10 mil gays e lésbicas foram dispensados do serviço militar - e muitos ficaram por lá. Criaram assim, perto da baía, uma vizinhança gay friendly. Durante a década de 1970, muitos gays abriram negócios no bairro de Castro. Foi quando despontou a figura de Harvey Milk. O judeu nascido em Nova York, ex-oficial da Marinha e analista de seguros em Wall Street, mudou-se para São Francisco em 1972 decidido a não esconder mais sua homossexualidade. Abriu uma loja de fotografia no bairro, envolveu-se com questões sociais, descobriu a vocação política e conseguiu, em 1977, eleger-se para o Comitê de Supervisores de São Francisco - o primeiro político abertamente homossexual a ser eleito. Foi assassinado por um colega homofóbico junto com o prefeito da cidade, George Moscone.

Os gays no Brasil
No país, 10,4% dos homens são homo ou bissexuais e 6,3% das brasileiras são lésbicas ou bissexuais (fonte: Carmira Abdo/IUSP)
O crime por sodomia já era previsto em lei desde o Descobrimento, segundo as Ordenações Manuelinas, que vigoravam em Portugal: era comparado ao de lesa-majestade, segundo o jornalista, dramaturgo e cineasta João Silvério Trevisan em seu livro Devassos no Paraíso. O código seguinte, as Ordenações Filipinas, que durou até o Império, previa que os homossexuais fossem queimados e seus bens, confiscados. Como ocorreu no resto do mundo, as teorias higienistas atingiram o Brasil no século 19. Avaliações supostamente científicas começaram a ser produzidas por aqui. O jurista José Viveiros de Castro relacionou na época, por exemplo, as possíveis causas da "anomalia": "loucura erótica" resultante de psicopatias sexuais, falhas hereditárias no desenvolvimento glandular, vida insalubre, alcoolismo e excesso de masturbação eram algumas. O país reconhece a união civil homossexual desde 2004 e, há dois anos, permite a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. Transgêneros podem mudar de sexo legalmente. Mas o casamento homossexual é proibido e os gays ainda são vítimas de agressão física no país por causa de sua opção sexual.
Fonte: Aventuras na História

SKULL FIST - "Head Öf The Pack" - OFFICIAL VIDEO (2011)

sábado, 22 de dezembro de 2012

Canções de rock que o forró conseguiu estragar



01
Se você gosta de forró, bem, digamos que este post não é para você, na realidade não é nada pessoal contra o gênero, mas como se não bastasse o sucesso das “preciosidades” musicais encontradas na música brasileira de atualmente como: funks pobres em letras e estrutura musical (que novidade né!), sertanojos universitários, entre tantos outros… Ainda temos que suportar os populares grupos de forró.

Ressalvo que nem todos, mas a grande maioria, esbanja uma falta de criatividade de assombrar nas suas canções, porque além de fazer uma música de péssima qualidade, geralmente tratam-se de "versões" ao estilo Latino, entendem?

Mas a coisa fica séria quando estes grupos, não contentes em estragar e piorar o que já existe aqui no Brasil, decidem fazer as suas versões de verdadeiros clássicos do rock.


Guns N’ Roses - Sweet Child O ‘Mine



Forró Estourado – Hoje a Noite Vai ser Demais


The Animals – House Of The Rising Sun


Os Ingleses do Forró – House Of Rising Sun


Calcinha Preta – Agora Estou Sofrendo


Creedence Clearwater Revival - Have You Ever Seen The Rain


Os Ingleses do Forró – Have You Ever Seen The Rain


Marillion – Beautiful


Moleca 100 Vergonha – Nosso Amor é Maior


Foreigner – I Wanna Know What Love Is


Calcinha Preta – É seu amor que eu quero


Badfinger – Without You


Calcinha Preta – Paulinha


Bônus: 
Os Cavaleiros do Zodíaco – Pegasus Fantasy


Abertura Cavaleiros do Zodíaco (versão forró)


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Fonte: Minilua

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