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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Novas revelações em escândalo agravam crise no governo de David Cameron





Marcelo Justo, Londres – Carta Maior

O "The Sunday Times", publicação do grupo Murdoch, que parece ter declarado guerra à coalizão conservadora-liberal democrata, revelou novas reuniões secretas do primeiro ministro David Cameron para obter financiamento partidário. O escândalo golpeou duramente o governo. Pesquisa mostra que a reputação de Cameron caiu ao seu nível mais baixo desde que se converteu em primeiro ministro. O artigo é de Marcelo Justo.

Londres - O escândalo das “doações em troca de acesso político” teve um novo capítulo com as revelações publicadas neste domingo pelo “The Sunday Times”. Como um jogador que mantém as cartas coladas ao corpo, a publicação dominical do grupo Murdoch, que parece ter declarado guerra à coalizão conservadora-liberal democrata, revelou novas reuniões secretas do primeiro ministro David Cameron para obter financiamento partidário.

Na segunda-feira passada Cameron publicou uma lista de 13 jantas que havia tido com doadores em uma tentativa de enterrar o escândalo causado pela investigação do “The Sunday Times” que filmou o então tesoureiro do Partido Conservador, Peter Cruddas, oferecendo acesso privilegiado ao primeiro ministro e a seu ministro de Finanças em troca de uma doação de 250 mil libras. Cameron assegurou que a lista continha todos os eventos com doadores dos quais participou desde a vitória eleitoral em maio de 2010. Mas neste segundo capítulo do escândalo, o jornal revela que houve outras jantas e que Cruddas, longe de ser um “jogador menor” como asseguravam altos dirigentes conservadores, havia participado da maioria dos eventos.

Segundo o periódico dos Murdoch, Cruddas garantiu uma doação de um milhão de libras duas semanas antes de renunciar ao seu cargo por causa do escândalo. Na gravação secreta, o hoje ex-tesoureiro dos conservadores não identifica o nome do doador. O “The Sunday Times” o identifica como Michael Bishop, ex-diretor da empresa aérea BMI, a quem Cruddas entregou um cartão de aniversário assinado pelo próprio Cameron. Bishop confirmou ao jornal seu encontro com Cruddas, mas disse que essa não era a cifra que havia doado.

O escândalo não se limita ao primeiro ministro e ao ministro de Finanças. Segundo o “The Sunday Times”, os doadores foram convidados a outras 15 jantas e almoços com ministros e altas figuras partidárias. Nestes encontros, pode-se fazer um “quem é quem” do Partido Conservador. Desde o ministro da Defesa, Phillip Hammond, até a ministra do Interior, Teresa May, e os titulares das pastas do Trabalho, Justiça e Educação, passando pela co-presidenta do Partido Conservador, a baronesa Warsi e importantes dirigentes, ninguém deixou de passar o chapéu para empresários e executivos do setor financeiro.

O chanceler William Hague foi o anfitrião de um evento privado com mais de 70 embaixadores estrangeiros, em outubro passado, financiado com uma doação de 10 mil libras de uma cliente de Sarah Southern, uma lobista que se encontra no centro do escândalo. Southern disse a dois repórteres do “The Sunday Times” que se fizeram passar por executivos de um fundo investidor em um paraíso fiscal que por essa soma eles seriam os “únicos participantes privados na janta”. Já Edward Staite, ex-chefe de imprensa do ministro de Finanças George Osborne, sugeriu a estes “executivos” que poderiam financiar uma Unidade de Política conservadora em temas que quisessem promover: Sarah Southern era a ponte entre Straite e os “executivos”.

O escândalo está golpeando duramente o Partido Conservador. Uma pesquisa publicada pelo “The Sunday Times” mostra que os trabalhistas têm uma vantagem de 9 pontos – 7 a mais do que há duas semanas – e que a reputação do primeiro ministro David Cameron caiu ao seu nível mais baixo desde que se converteu em primeiro ministro: hoje, somente 26% dos britânicos aprovam sua gestão. O escândalo se somou à polêmica do orçamento anunciada há dez dias que ficou conhecido como o “granny tax” (imposto da vovó), uma redução na renda dos aposentados para financiar um desconto tributário para os mais ricos.

As tentativas de escapar da “pior semana da coalizão” com alguma ofensiva que golpeie a oposição trabalhista converteu-se em espetaculares gols contra. Na terça-feira, o chefe de gabinete Francis Maude disse que os motoristas deviam abastecer-se com um galão adicional de gasolina pelo perigo que constituía a irresponsável ameaça de greve dos motoristas de caminhões-tanque.

Maude queria colocar o foco no vínculo econômico entre os caminhoneiros e o trabalhismo, mas sua advertência provocou o caos. Um estouro de motoristas desesperados gerou um perigo real de desabastecimento, algumas brigas a soco em postos de gasolina e uma mulher sofreu graves queimaduras quando transferia, em sua casa, gasolina de um galão a outro. Hoje muitos conservadores admitem que as palavras de Maude foram irresponsáveis e estão pedindo sua cabeça. O grupo Murdoch, que está entregando a fatura ao governo pela investigação que este ordenou o ano passado sobre as escutas telefônicas ilegais feitas por suas publicações, publicou com destaque no “The Sunday Times” “que os dias de Maude estão contados”.

Tradução: Katarina Peixoto


Fonte: Página Global

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Homem-Aranha comemora 50 anos da primeira publicação


Da Folha.com

Que os super-vilões não nos ouçam. Vai que eles ficam sabendo e, malévolos, resolvem estragar esta festa.
É que, em agosto deste ano, o Homem-Aranha faz aniversário: 50 anos de publicação, desde a auspiciosa aparição no número 15 da revista "Amazing Fantasy".
"Amigão da vizinhança", "cabeça de teia" ou, para os íntimos, "Aranha". O herói colecionou, em cinco décadas de ação, epítetos vários.
Reuniu fãs, também, aos quais o aniversário traz novidades. A data motivará edições especiais, como a saga "Ends of the Earth" (fins do mundo) --em que o Aranha deve ganhar uniforme novo para enfrentar o Sexteto Sinistro, agremiação de seis de seus arqui-inimigos (Homem-Areia, Electro, Mistério, Camaleão, Rino e Dr. Octopus).
Também balangará nas telas do cinema, em "O Espetacular Homem-Aranha", novo candidato a recordista de bilheteria.
TRAÇO NACIONAL
Nesses 50 anos, diversos brasileiros foram os "parceiros" do cabeça de teia na árdua luta contra o crime.
Contratados pela editora Marvel, figurões do quadrinho nacional como Mike Deodato, Luke Ross, Joe Bennet, Paulo Siqueira e Adriana Melo já rabiscaram o herói.
Para um artista de HQ, a tarefa é honrosa. "É um personagem icônico", nota o paraibano Deodato, 48. Ele desenhou o aracnídeo em 2005. "Você quer deixar sua marca, a sua visão do personagem."
Ilustrador à época de J. M. Straczynski, roteirista polêmico da série, Deodato apostou na dimensão psicológica do super-herói, colocando seu foco mais nos "lábios sendo mordidos" do que na ação, afirma.
Do período, ele leva um feito de que se orgulhar: "Eu matei o Aranha!", brinca, referindo-se a uma saga desenhada por Deodato em que Peter Parker morre. Mas todo o fã de quadrinhos sabe: morte, nas HQs, não é definitiva.
Reprodução
Capa da primeira aparição do Homem-Aranha, na revista "Amazing Fantasy" nº 15
Capa da primeira aparição do Homem-Aranha, na revista "Amazing Fantasy" nº 15
O paraense Joe Bennet, 44, que o diga --uma das histórias que ele traçou foi justamente a volta de Mary Jane, ex-mulher do personagem, após ter sido dada como morta.
Bennet desenhou o Aranha de 1996 a 2000 e gaba-se de ter sido o brasileiro a fazê-lo pelo maior período.
"É divertido trabalhar com a anatomia", diz. O aracnídeo é famoso pelas poses es-drúxulas que faz ao saltitar.
"O chato", nota, "é a teia". Repleto de detalhes, o uniforme do Aranha é complicado e demorado de se desenhar.
Também preocupa, na tarefa, a opinião dos fãs. "Sempre pesa", afirma a paulista Adriana Melo, que desenhou o Homem-Aranha no final dos anos 2000 -uma das únicas mulheres com esse feito.
"Bate aquela ansiedade. Cada edição gera discussões em fóruns e em blogs de quadrinhos", afirma. "Confesso que fico preocupada e me esforço para sempre entregar um trabalho de qualidade."
Recentemente, fãs inundaram as redes sociais com paródias de uma ilustração do americano J. Scott Campbell. Eles reclamavam que ele havia desenhado Mary Jane excessivamente sexualizada.
ROCK'N'TEIA
Stephen Wacker, editor da Marvel, não esconde a admiração pelo cabeça de teia.
"O Homem-Aranha mudou tudo", afirma à Folha. "Se o Superman foi a música clássica, o Aranha foi o rock, o hip-hop e o jazz combinados."
Wacker afirma, ainda, que "você pode facilmente sustentar o argumento de que o foco nos problemas de Peter Parker e em seus sacrifícios pessoais mudou o modo com que os protagonistas de todas as espécies têm sido retratados, dos gibis aos filmes".
A respeito da contribuição de brasileiros ao amigão da vizinhança, o editor ressalta o traço de Deodato, caracterizado por "escuridão madura". "Ele fez uma carreira longa e memorável [na HQ]", diz.
Editoria de Arte/Folhapress

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Polícia Federal: edital de 1.200 vagas pode sair ainda nesta semana


O edital do concurso público que vai oferecer 1.200 vagas em cinco diferentes cargos na Polícia Federal (PF) poderá ser publicado a partir desta semana até o fim do mês de janeiro, segundo estimativas do próprio órgão.

O motivo seria a falta de funcionários suficientes para atender as demandas de serviços, o que faz com que a urgência aumente conforme o tempo vai passando.

Enquanto isso, a organizadora já desenvolve o processo de escolha da empresa responsável pela seleção, que deverá ser anunciada juntamente com o edital.

O concurso vai oferecer 500 vagas para agente de polícia, 100 de papiloscopista policial, 150 de delegado de polícia, 100 de perito criminal federal e mais 350 para escrivão de polícia.

Desde 2011

Inicialmente, a previsão era a de que o documento saísse ainda em 2011, mas como a autorização do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) chegou somente em dezembro, precisou-se fazer alterações no cronograma.

Embora o número de vagas autorizadas seja ligeiramente inferior ao solicitado pela PF, de 1.352, o órgão descarta qualquer possibilidade de pedir autorização para realizar outro processo de seleção este ano.

Fonte: JC Concursos

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