quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Onda de frio castiga Europa e Ásia


O número de mortos pela onda de frio que atinge o leste da Europa há uma semana aumentou nesta quinta-feira para 114, enquanto o norte do Japão contabiliza 56 mortos e mais de 750 feridos desde novembro. O frio também chegou à Coreia do Sul, que enfrenta o início de fevereiro mais gélido em 55 anos.

Foto: AP
Mulher caminha em rua de Vilnius, Lituânia, sob temperaturas de 30 graus negativos pela manhã

As temperaturas no leste da Europa caíram para menos de 32,5ºC em algumas áreas. Partes do Mar Negro congelaram na área costeira da Romênia, e houve uma queda rara de neve nas ilhas da Croácia no Mar Adriático. Na Bulgária, 16 cidades tiveram suas temperaturas mais baixas desde que os recordes começaram a ser registrados há 100 anos.
O país mais afetado é a Ucrânia, onde o número de mortos subiu de 43 para 63 nesta quinta-feira e quase 950 pessoas foram internadas com hipotermia e ulceração produzida pelo frio. O governo montou 2 mil tendas aquecidas com alimentos quentes para os sem-teto.
Do total de mortos, 41 morreram na rua, 14 em suas casas e oito em hospitais, segundo o Ministério de Emergência ucraniano. O primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azarov, anunciou na quarta-feira à noite que o Ministério da Saúde proibiu aos hospitais dar alta aos pacientes indigentes até que o frio diminua.
Pelos dados do Serviço Meteorológico, as temperaturas mínimas desses dias, que estão entre os 30 graus negativos, se manterão até sábado, quando devem subir de 10 a 15 graus abaixo de zero, mais frequentes para essa época do ano.
Além da Ucrânia, outros países que contabilizaram mortos são Polônia, Romênia, Sérvia, Bulgária, Rússia e República Checa. Segundo as autoridades, a maioria das vítimas são moradores de rua.
Nas montanhas da Sérvia, ao menos 11 mil habitantes de uma vila ficaram presos pela neve pesada e as nevascas. Segundo o policial de emergências Predrag Maric, os que estão presos vivem em 6,5 mil casas em áreas remotas que não podem ser alcançadas por causas de estradas escorregadias e cheias de neve. As equipes trabalham para tirar a neve e poder entregar os suprimentos necessários.
Durante esta semana, helicópteros tiveram de retirar dezenas de pessoas de vilas na Sérvia e Bósnia, bem como enviar pelo ar alimentos e remédios. "A situação é dramática, com a neve acumulada em cinco metros em algumas áreas. Só é possível ver os tetos", disse Milorad Dramacanin, que participou nas retiradas feitas pelos helicópteros.
Escolas, enfermarias e faculdades em toda a região fecharam, incluindo uma escola no leste da Hungria. O aeroporto na capital de Montenegro, Podgorica, ficou fechada pelo segundo dia consecutivo nesta quinta-feira por causa das nevascas.
Na Rússia, o chefe dos Serviços de Saúde russos, Guenadi Onichtchenko, desaconselhou categoricamente que os moscovitas saiam às ruas para se manifestar contra o governo do primeiro-ministro Vladimir Putin no sábado por causa do frio de 18 graus negativos.
"As previsões meteorológicas são sumamente desfavoráveis, no sábado fará 18 graus negativos. É uma temperatura muito baixa para Moscou", afirmou, criticando também o fato de que os moscovitas não estão usando roupas apropriadas para frio tão intenso. Os opositores preveem realizar no sábado una marcha na qual esperam reunir milhares.
Japão e Coreia do Sul
Nevascas excepcionais no norte do Japão causaram avalanches e acidentes que deixaram ao menos 56 mortos e mais de 750 feridos desde novembro, disseram autoridades. De acordo com a agência de gestão de desastres, 43 morreram ao tentar retirar a neve de telhados ou estradas, e outras sete foram esmagadas pela queda brutal de neve empilhada em edifícios. Outras quatro pessoas morreram em avalanches na quarta-feira, e outras duas perderam a vida por causa das condições climáticas extremas.
As autoridades disseram que as tempestades de neve atingiram as cidades costeiras ao longo do Mar do Japão e amplas áreas do norte do país desde o fim do ano passado. Algumas áreas receberam mais do dobro da quantidade normal de neve para o período.
Em Tóquio, as temperaturas foram as mais baixas em 26 anos, chegando aos 4,8 graus centígrados, 1,3 a menos do que o normal para essa época, segundo a Agência Meteorológica japonesa. Desde quarta-feira uma frente de fortes nevascas, acompanhada de ventos de mais de 130 km/h e ressaca intensa atinge as províncias do norte de Akita, Yamagata, Aomori e Niigata.
Durante esta quinta, cerca de 50 voos foram cancelados no oeste do país por causa do frio, de acordo com a televisão local NHK.
A capital da Coreia do Sul, Seul, registrou 17 graus negativos nesta quinta-feira e teve sua principal linha de metrô paralisada no início do fevereiro mais gélido do país em 55 anos. No país, a insólita onda de frio polar deixou a região de Cheorwon, perto da fronteira norte-coreana, sob 24,6 graus abaixo de zero nesta quinta e, em Chuncheon, a capital setentrional da Província de Gangwon, os termômetros marcaram 23,1 graus negativos.
As extremas condições meteorológicas causaram grandes engarrafamentos em Seul, cuja área metropolitana abriga 20 milhões de habitantes, que também sofreram com a paralisação da linha de metrô que liga a capital às principais cidades da periferia.
*Com AP e EFE

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Urinóis inspirados em logotipo dos Stones causam polêmica em museu


Urinóis inspirados no famoso logotipo dos Rolling Stones causaram polêmica em um museu dedicado à banda em Luechow, na Alemanha. Feministas locais se queixaram que os urinóis são ofensivos e transmitem uma mensagem "misógina" (desprezo ao sexo feminino), segundo reportagem do jornal inglês "Metro".
Urinóis inspirados no famoso logotipo dos Rolling Stones causaram polêmica em museu alemão. (Foto: Reprodução/Metro)Urinóis inspirados no famoso logotipo dos Rolling Stones causaram polêmica em museu alemão. (Foto: Reprodução/Metro)
"É discriminação contra as mulheres", afirmou Roda Armbruster. "Por que tem que ser a boca de uma mulher?", questionou a feminista.
Os urinóis foram criados pelo artista holandês Meike van Schijndel.
Do G1, em São Paulo

'Rato monstro' deixa moradores apavorados no Zimbábue


Roedor pesaria cerca de dez quilos, sendo maior do que um gato.
'Na minha vida nunca vi um rato tão enorme', disse Augustine Ugalo.

Do G1, em São Paulo

Um rato capturado no ano passado em uma casa em Harare, no Zimbábue, deixou os moradores apavorados com seu tamanho. O roedor pesaria cerca de dez quilos, sendo maior do que um gato, segundo o site de notícias local "Bulawayo 24".
Rato pesaria cerca de 10 quilos. (Foto: Reprodução)Rato pesaria cerca de 10 quilos. (Foto: Reprodução)
Augustine Ugalo contou que o rato foi flagrado correndo dentro da casa e chegou a atacar uma das pessoas que tentavam capturá-lo. "Na minha vida nunca vi um rato tão enorme. Ele não tinha medo de seres humanos", destacou Ugalo.
Segundo ele, a caçada para tentar matar o "rato monstro" demorou mais 30 minutos.

Canibal pede colega de clínica psiquiátrica em casamento na Suécia


Fofos, não?

Um dos casais mais assustadores da Suécia pediram autorização da Justiça para se casar no hospital psiquiátrico da cadeia onde estão presos. Isakin Jonsson, de 33 anos, pediu a mão da namorada Michelle Gustafsson, de 23, mas ainda não recebeu a permissão das autoridades locais.
Isakin foi preso por matar a então namorada, mãe de cinco filhos. Ele cortou a cabeça da mulher, comeu partes do corpo dela e depois se gabou do fato na internet.
O crime de Michelle não fica muito atrás no quesito crueldade. Ela matou um homem, pai solteiro, bebeu o sangue dele e posou para uma foto com sangue nos lábios e segurando uma faca suja e uma serra elétrica. Depois publicou a imagem na internet, com a legenda: “Eu quero cortar as gargantas das pessoas no metrô”.

Isakin com a ex-namorada, que ele matou
Isakin com a ex-namorada, que ele matou Foto: Reprodução

Os dois começaram a namorar em 13 de novembro de 2011, depois de um pedido pelo MSN. O casal ficou noivo em dezembro. Michelle e Isakin são companheiros na clínica psiquiátrica da prisão de segurança máxima de Karsuddens, e devem permanecer lá até o fim das vidas.
Segundo o jornal “Daily Mail”, os dois optaram pelo tratamento psiquiátrico por tempo indeterminado para escapar da pena de morte. Mas os especialistas acreditam que eles não têm cura. “Eu amo Michelle. Nunca conheci ninguém igual a ela. Eu quero levar um vida sem crimes”, escreveu Isakin na internet, nesta semana.

Michelle e a vítima dela
Fonte: Extra/Thevipnews


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

R$ 119 mil em doações do CNJ ao TJ do Maranhão desaparecem


Em 13 tribunais investigados no país, cerca de R$ 6,4 milhões em bens sumiram
Uma investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), cujo resultado foi registrado num relatório do órgão, descobriu que em torno de R$ 6,4 milhões em bens doados pelo órgão a tribunais estaduais – entre eles o TJ do Maranhão – desapareceram. No TJ do Maranhão, sumiram 106 bens doados, no valor de R$ 119 mil.
Os R$ 6,4 milhões em doações que desapareceram em TJs de todo o país referem-se a 5.426 equipamentos –entre computadores, notebooks, impressoras e estabilizadores. Os equipamentos que as cortes regionais não sabem explicar o destino foram entregues pelo CNJ para aumentar a eficiência do Judiciário.
A auditoria mostra ainda que os tribunais mantêm parados R$ 2,3 milhões em bens repassados. Esse material foi considerado 'ocioso' pelo conselho na apuração, encerrada no dia 18 de novembro.
O CNJ passa por uma crise interna, envolvendo, entre outras coisas, a fiscalização nos estados, principalmente os pagamentos a magistrados. A conclusão da auditoria revela que o descontrole no uso do dinheiro pelos tribunais pode ir além da folha de pagamento.
Diante da situação, o CNJ decidiu suspender o repasse de bens a quatro estados: Paraíba, Tocantins, Rio Grande do Norte e Goiás.
Os três primeiros estão com um índice acima de 10% de bens 'não localizados', limite estabelecido para interromper o repasse. Já o tribunal goiano, segundo a auditoria, descumpriu regras na entrega de seus dados.
Além desses quatro, a investigação atingiu outros 12 estados. Numa análise preliminar, 10 também apresentaram irregularidades. São eles: Piauí, Pará, Ceará, Paraná, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais e Roraima.
Nova investigação – Apenas Espírito Santo e Rio Grande do Sul encontraram todos os bens. Os demais não foram punidos com bloqueio, mas têm até maio – quando uma nova auditoria será feita – para mostrar as providências que estão tomando para localizar os equipamentos.
No relatório, o CNJ ressalta que 'trata-se de recursos públicos que estão sendo distribuídos ao Poder Judiciário com um objetivo específico: informatizar o Poder Judiciário a fim de tornar a Justiça mais célere'.
A investigação do conselho abrangeu um universo de R$ 65 milhões em bens doados entre 2010 e 2011.
A prática do CNJ de doar material aos tribunais foi regulamentada em 2009.
Segundo a resolução, 'o CNJ poderá destinar recursos ou oferecer apoio técnico aos tribunais com maior carência, visando o nivelamento tecnológico'. Cabe à Comissão de Tecnologia e Infraestrutura definir os critérios.
O tribunal da Paraíba é o campeão de equipamentos desaparecidos. O valor chega a R$ 3,4 milhões, pouco mais da metade do que o CNJ não localizou no país.
De acordo com o conselho, 62% do que foi doado à corte paraibana tomou um destino incerto.
(Folha de S. Paulo e Redação do JP)

ONG divulga fotos de índios isolados na amazônia peruana


A organização não-governamental Survival International divulgou nesta terça-feira novas fotos de índios isolados da etnia Mashco-Piro que vivem no Parque Nacional de Manú, localizado dentro da região amazônica do Peru.
Foto: Diego Cortijo/Survival
Índios isolados na beira do rio na Amazônia
De acordo com a organização ambiental, as fotos foram feitas pelos fotógrafo Diego Cortijo e Gabriela Gali durante uma expedição que buscava registrar pássaros na região amazônica.
Foto: Gabrilea Gali/Survival
Tribo tem sido ameaçada pela expansão de madereiras ilegais
Segundo a Survival, é raro encontrar índios da tribo Mashco-Piro dentro do parque. A organização afirma que a expansão de madeireiras e empresas de extração de gás na região faz com que os índios fiquem em regiões mais protegidas da mata.
Fonte: Último Segundo Ig

Aumentam temores de que Portugal peça novo resgate e reestruturação


Lisboa - Os mercados financeiros temem cada vez mais que Portugal se veja obrigado a pedir um segundo resgate financeiro e uma reestruturação de sua dívida, tornando-se uma "nova Grécia", mas o governo português já se pronunciou dizendo que isso não irá ocorrer.

"Para Portugal, o mais importante agora é reduzir a pressão externa, que é originada na situação grega", disse o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, após a reunião europeia de segunda-feira em Bruxelas.

Segundo Coelho, mesmo que Irlanda ou Portugal não sejam capazes de emitir títulos da dívida nos mercados financeiros nos prazos acordados, a União Europeia (UE) não retirará seu apoio a estes países enquanto seus programas forem aplicados corretamente.

Em uma declaração comum, os países da zona do euro se comprometeram a apoiar os Estados resgatados como Portugal e Irlanda até que eles possam voltar aos mercados.

Depois de Grécia e Irlanda, Portugal se converteu em maio no terceiro país da Eurozona a pedir um resgate da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de um total de 78 bilhões de euros.

O objetivo desta assistência é permitir que Lisboa possa cumprir com seus compromissos financeiros, já que os juros exigidos pelos mercados para comprar dívida portuguesa se tornaram proibitivos.

Nesta terça-feira, o rendimento do bônus português a dez anos rondava os 16%.

"É possível que Portugal precise de mais dinheiro por causa da conjuntura econômica", disse Patrick Jacq, estrategista de obrigações no banco francês BNP Paribas.

Cumprindo os compromissos adquiridos com a UE e o FMI, o governo português tem aplicando um severo plano de rigor, lançado uma reforma do mercado de trabalho e iniciado um programa de privatizações.

Contudo, a receita de rigor provocará este ano uma recessão "sem precedentes" de 3,1% do PIB, segundo o Banco de Portugal, o que pesará na arrecadação fiscal.

Fora do país, a desaceleração da economia mundial, em especial da zona do euro, ameaça frear as exportações portuguesas, único motor que pode reativar o crescimento.

"Contudo, caso a Grécia alcance um acordo com seus credores privados e se beneficie de um plano suplementar, penso que a situação nos mercados se acalmará", disse Patrick Jacq.

Fonte: Correioweb/France Press

Na era do celular, 'orelhões' são depredados e abandonados em São Luís


POR JULLY CAMILO e OSWALDO VIVIANI
Ele tem pouco mais de 40 anos – foi criado por uma arquiteta chinesa em São Paulo, em 1971 –, mas já é um senhor inútil e maltratado. O chamado “orelhão”, nome dado à proteção do telefone público, que lembra a parte proeminente do aparelho auditivo, vai caindo no ostracismo. O orelhão é vítima, principalmente, da popularização do telefone celular, que já faz parte do rol de bens de mais de 100 milhões de brasileiros.
Em São Luís, quem ainda precisa usar um orelhão, seja por economia ou por qualquer outro motivo, esbarra na falta de manutenção e depredação dos equipamentos. Nas ruas da capital maranhense, o que se vê são orelhões depredados, sujos, sem funcionar, servindo apenas para exibição de propaganda, que na maioria das vezes é colada na cabine ou na base dos equipamentos.
Foto: G. Ferreira
 
Relegados ao descaso, ‘orelhões’ viraram ‘mídia’ de propagandas de todo tipo; muitos já foram retirados pela Oi/Telemar
Segundo a população que transita no Centro e em seu entorno, é muito difícil localizar um orelhão que esteja em pleno funcionamento. Na Praça Deodoro, próximo à Biblioteca Benedito Leite, existe apenas a base do equipamento. Na Praça do Pantheon, a situação é semelhante. Vendedores ambulantes afirmaram que há quase um ano a Oi/Telemar, responsável pelos equipamentos telefônicos públicos do Maranhão, removeu os orelhões da área.
“Estou aqui há mais de dois anos e presenciei várias cenas de vandalismo com os orelhões. Hoje, quem precisar utilizar telefones públicos não consegue encontrar mais nenhum por aqui. Só restaram as bases dos orelhões, que servem apenas para os usuários de drogas esconderem nelas trouxinhas de entorpecentes”, disse um camelô que não quis ser identificado.
Nas praças da Alegria e da Misericórdia, situadas nas ruas de Santana e da Misericórdia, respectivamente, o cenário de abandono dos equipamentos também é presente.
Nesses locais, os orelhões, além de sujos e cheios de propagandas de cursos de inglês, salões de beleza e estúdios de tatuagens, não funcionam. A fiação de um dos orelhões está quebrada amarrada a uma das árvores existentes no local.
“A maioria das pessoas que utilizam os orelhões das praças são pacientes ou familiares que estão nas dependências da Santa Casa. Mas a maioria dos frequentadores do hospital, mesmo sendo gente bem pobre, vinda do interior, já tem celular”, disse o taxista José Mourão, de 45 anos.
Em uma das principais ruas de São Luís, a situação é ainda pior. Na Rua Grande, considerada o “coração” do centro comercial da capital, os orelhões também estão com aparência péssima, cheios de propagandas coladas, e não funcionam.
A vendedora de cartões telefônicos Conceição Mota, de 39 anos, disse que optou por também vender produtos importados, como calculadoras, jogos, entre outros, uma vez que os cartões já não têm mais tanta saída.
O soldador Aliando Lopes, de 29, anos que na segunda-feira (30) esqueceu o celular em casa e precisou fazer uma ligação, relatou que precisou andar até o final da rua para encontrar um orelhão que funcionasse.
“Só utilizo o orelhão em locais onde não há cobertura móvel ou em caso de não estar com o meu celular, como agora. Além, de ser um sistema ultrapassado, os orelhões quase nunca funcionam e estão sempre em péssimo estado de conservação”, afirmou Lopes.
Na Praia Grande, onde é grande o fluxo de turistas nesta época do ano, os dois orelhões existentes no local estão sempre com problemas.
Para a pedagoga Luísa Marques, 37, que veio de Recife conhecer São Luís, a situação representa “um completo descaso da empresa responsável pelos telefones públicos de São Luís”.
“Fiquei surpresa quando tentei ligar de um orelhão e quase não consegui. Com muita dificuldade consegui achar um funcionando, mas, além de sujo, estava todo pichado”, disse Luísa.
Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), há mais de um milhão de orelhões no Brasil. E as concessionárias do serviço têm a obrigação de manter os aparelhos em perfeito estado, conforme determina o Programa de Metas de Qualidade (PMQ) estabelecido pela agência. A norma exige que 98% das reclamações sobre o mau funcionamento dos equipamentos sejam atendidas em até oito horas e, em nenhuma hipótese, esse prazo pode ultrapassar um dia. A pior situação dos telefones públicos está no Norte do país.
Outro lado – Responsável pela instalação e manutenção dos orelhões no Maranhão, a Oi/Telemar informou, por meio de nota encaminhada ao Jornal Pequeno, que acionou técnicos especializados para vistoriar os locais mencionados pela reportagem: Praça Deodoro (próximo à Biblioteca Benedito Leite); Praça do Pantheon; Praça da Misericórdia; Praça da Alegria; Rua Grande; e Praia Grande. Segundo a empresa, após verificação dos equipamentos, se for constatado que eles estão danificados, serão normalizados os seus serviços “o mais brevemente possível”.
A Oi/Telemar acrescentou que eventuais remanejamentos de orelhões servem para “otimizar o atendimento em determinadas áreas”.
A empresa informou que mantém um programa permanente de limpeza de seus telefones públicos e conta, ainda, com as solicitações de reparo enviadas à companhia pelo canal de atendimento 103 31 por consumidores e por entidades públicas.
Quanto a ações de vandalismo sofridas pelos orelhões, a Oi/Telemar informou que em 2011 aproximadamente 25 mil equipamentos foram atingidos por vândalos no estado do Maranhão.
Fonte: Jornal Pequeno

Postagens populares

Total de visualizações de página

Páginas