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domingo, 18 de agosto de 2013

Documento da CIA confirma existência da Área 51

A Área 51, presente na cultura popular e em teorias da conspiração sobre extraterrestres, viagem no tempo e autópsias de alienígenas, apareceu em um documento oficial da CIA - a agência de inteligência americana - sobre um avião espião.  Contudo, não há dados sobre ETs. As informações são do site da ABC.
 Segundo a TV, oficiais e ex-funcionários já falavam da existência da base militar e como ela foi usada para testes do avião U-2, mas é a primeira vez que o governo americano fala abertamente sobre a existência da Área 51 e dá dados específicos sobre seu funcionamento. O relatório inclusive mostra um mapa da área.
O documento de 400 páginas relata o programa de criação dos aviões espiões U-2 e Oxcart, entre 1954 e 1974. A primeira aeronave foi usada largamente pelo governo americano durante a Guerra Fria em missões de reconhecimento. A segunda foi substituída pelo avião SR-71. O texto, contudo, não fala sobre o uso da base após 1974.
Segundo o relatório, como o U-2 e o Oxcart voavam muito mais alto que os demais aviões de sua época, eles eram facilmente confundidos com óvnis. "Os testes de alta altitude do U-2 levaram a um efeito colateral inesperado - um enorme aumento no relato de objetos voadores não identificados (óvnis)", diz o documento. A Força Aérea alegou à época que os habitantes da região estavam vendo fenômenos naturais - e não uma aeronave ultrassecreta.
"O voos do U-2 e, posteriormente, do Oxcart contam por mais da metade dos relatos de óvnis durante o final dos anos 50 e a maior parte dos 60", diz o documento.
A Área 51 foi aberta em 1955 e a segurança e a natureza secreta do local são constantes desde então. Segundo o relatório, a logística e principalmente o deslocamento de funcionários da Lockheed (que trabalhavam nos projetos) sem atrair a curiosidade da população local se tornou um desafio. A resposta foi levar de avião apenas o número necessário de profissionais na segunda-feira, e mandá-los de volta na sexta.
A Área 51 era chamada de "Paradise Ranch" ("Rancho Paraíso") ou simplesmente "the Ranch" ("o Rancho"), segundo o documento, para ficar mais atrativa aos empregados. Além disso, o texto relata três acidentes fatais com o U-2 em 1956. O Arquivo de Segurança Nacional, da Universidade George Washington, conseguiu o documento com a CIA através de um requerimento de liberdade de informação e divulgou o conteúdo na quinta-feira.
Jeffrey Richelson, que fez o pedido, recebeu uma primeira versão em 2002, mas todas as menções à Área 51 haviam sido redigidas. Ele fez um novo pedido em 2005 e, há poucas semanas, recebeu o texto com referências à base
Contudo, o documento aparentemente não dará fim às teorias da conspiração - já que partes do texto ainda estão editadas.
Fonte: Correio de Estado, Domingo, 18.08.2013

domingo, 9 de setembro de 2012

EUROPA: OUTRO IMENSO PASSO ATRÁS




Novo pacote imposto à Grécia reduz, além do salário mínimo, fins-de-semana e férias. BC quer submeter mais países a choques
 
Antonio Martins* - Outras Palavras
 
As hipóteses de pensadores como Manuel Castells e Ignacio Ramonet, que enxergam recrudescimento da luta de classes na Europa e riscos de retrocesso social profundo, ganharam nova força nos últimos dias. Na terça-feira (4/9), o jornal londrino The Guardian vazou o conteúdo de uma carta-ultimato radical, dirigida pela chamada troika (União Europeia, Banco Central Europeu e FMI) ao governo grego. Enviado às vésperas da viagem de uma “comissão de inspetores” a Atenas, e redigida na forma de um elenco seco de exigências, o documento concentra-se nas relações de trabalho.
 
Requer mudanças profundas – e inimagináveis, há apenas alguns meses – nas leis que protegem os direitos laborais. Além de livrar as grandes empresas de boa parte das leis trabalhistas, concede-lhes ampla redução de impostos, o que debilitaria ainda mais os serviços públicos. Não se trata, porém, de algo limitado à Grécia. Nesta quinta-feira (6/9), ao anunciar novas ações para evitar um colapso financeiro do euro, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mário Draghi, comunicou que a instituição poderá submeter outros países em dificuldades a semelhantes “medidas de estrita e efetiva condicionalidade”.
 
A vastidão das propostas exigidas de Atenas levou o site World Socialist a enxergá-las como ”um retrocesso às condições de trabalho que vigoravam nos países capitalistas durante o século 19″. Não parece haver exagero na imagem. A troika exige explicitamente, por exemplo, o fim da jornada de 40 horas – que inspirou a maior parte das lutas sociais a partir de 1860 e foi gradualmente conquistada na virada para o século 20. A carta é clara: cobra “flexibilidade ampliada dos horários de trabalho” e especifica: em particular “aumento do número máximo de dias de trabalho, para seis por semana, em todos os setores”.
 
Estender a jornada laboral, num país onde toda a economia está deprimida, estimulará os empresários a produzir o mesmo com menos empregados. Sintomaticamente, o ultimato também exige que sejam reduzidos em 50% os prazos de aviso prévio e custos indenizatórios das demissões. Mas vai adiante. Pede nova compressão do valor nominal do salário mínimo – já achatado em 21% este ano. Chega aos detalhes: reivindica alterar as leis gregas que estabelecem intervalo mínimo entre as jornadas de trabalho. “A ideia é que os empregadores possam convocar os assalariados a qualquer momento, acabando com a estabilidade dos horários de trabalho”, afirma Panagiotis Sotiris, professor da Universidade do Egeu.
 
Nem as férias serão preservadas, se as pressões da troika forem aceitas. A carta a Atenas propõe autorizar os empregadores a fatiar o período contínuo de descanso remunerado em dias esparsos, concedidos ao longo do ano. Para os patrões, cômodo e barato – porque permite dispensar os assalariados em períodos de baixa atividade, por exemplo. Para os trabalhadores, equivale à obrigação de permanecer disponíveis, em todas as época do ano, às tarefas definidas pela empresa.
 
Muitas das exigências contrariam leis e normas gregas – e talvez fosse difícil propor ao Parlamento uma bateria de decisões impopulares. Por isso, a troika tem uma reivindicação de caráter genérico porém devastador, inclusive por humilhar a soberania nacional. Quer desmantelar o sistema atual de fiscalização do trabalho, retirando completamente sua autonomia e colocando-o sob supervisão direta da União Europeia. Ainda que muitas das leis que impedem a super-exploração dos assalariados sejam mantidas, terão pouca eficácia prática. Os funcionários encarregados de garantir seu cumprimento serão comandados por burocratas comprometidos com o sentido geral das novas ordens.
 
Na mesma carta em que incentiva o ataque generalizado aos direitos dos trabalhadores, a troika reivindica redução das contribuições das empresas aos sistemas de Saúde e Previdência, além de isentá-las de outros impostos. Segundo The Guardian, o ultimato estabelece prazo curto para as decisões. A União Europeia estaria insatisfeita com a “paralisia” do novo governo conservador grego, eleito em maio e até agora incapaz de impor os cortes de direitos sociais e serviços públicos que lhe foram exigidos.
 
Agora, as cartas estão na mesa, segundo o jornal britânico. Ou Atenas executa as exigências do ultimato, ou não receberá a segunda parcela (14,6 bilhões de euros) de um “resgate” indispensável para manter até mesmo as despesas essenciais do Estado – como o pagamento dos servidores públicos e dos aposentados. A alternativa seria emitir moeda própria e deixar o euro – com consequências ainda imprevisíveis, tanto para a Grécia quanto para a moeda comum.
 
Ao que tudo indica, porém, Atenas pode ser apenas a primeira vítima de uma nova fase do ataque aos direitos sociais na Europa: a partir de agora, ainda mais intenso e coordenado que ao longo dos últimos três anos. Na quinta-feira (6/9), após uma bateria de encontros com governantes europeus (em especial com a chanceler alemã, Angela Merkel), o presidente do BCE anunciou finalmente que o banco passará a comprar títulos públicos de países em dificuldades de rolar suas dívidas nos mercados.
 
A ação do BCE era esperada há muito, por todos. Por meio dela, países que foram obrigados a elevar em muito as taxas de juros oferecidas aos credores (como Espanha e Itália) poderão ter, a partir de agora, certo alívio. Mas Mário Draghi estipulou, também, algo inesperado. As intervenções do banco não serão automáticas, como ocorre com os bancos centrais de todos os países. Para iniciá-las, o BCE exigirá dos governos em dificuldades que peçam formalmente apoio. Ao fazê-lo, deverão comprometer-se a “contrapartidas estritas e efetivas”. A Espanha seria séria candidata a inaugurar a lista. Angela Merkel encontrou-se, também nesta semana, com o primeiro-ministro Mariano Rajoy e teria exigido este novo passo.
 
Os mercados financeiros comemoraram o anúncio de Draghi. As bolsas de valores subiram acentuadamente hoje, em toda a Europa e em Nova York. Tendo em vista o sentido das medidas que se pretende impor às sociedades, só se pode ver, na celebração, o “recrudescimento da luta de classes” mencionado por Castells e Ramonet.

*Antonio Martins é editor de Outras Palavras. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

ONGs divulgam carta de repúdio a documento da Rio+20

Agência Estado
Organizações não-governamentais (ONGs) que participam da Rio+20 divulgam na tarde desta quinta-feira uma carta de repúdio aos resultados diplomáticos da conferência. O texto é assinado por ícones do movimento ambientalista, como o cientista Thomas Lovejoy e a ex-ministra Marina Silva.
O documento acordado entre os países para ser aprovado na plenária final da conferência na sexta-feira, intitulado "O Futuro que Queremos", é classificado como "fraco e muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio-92".
Na quarta-feira, lideranças da sociedade civil pediram que a expressão "com plena participação da sociedade civil" seja removida do parágrafo introdutório do documento. 
Leia abaixo a íntegra da carta e a lista de signatários: 
A RIO+20 QUE NÃO QUEREMOS
O Futuro que Queremos não passa pelo documento que carrega este nome, resultante do processo de negociação da Rio+20.
O futuro que queremos tem compromisso e ação, e não só promessas. Tem a urgência necessária para reverter as crises social, ambiental e econômica e não postergação. Tem cooperação e sintonia com a sociedade e seus anseios, e não apenas as cômodas posições de governos.
Nada disso se encontra nos 283 parágrafos do documento oficial que deverá ser o legado desta Conferência. O documento intitulado O Futuro que Queremos é fraco e está muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio-92. Está muito aquém, ainda, da importância e da urgência dos temas abordados, pois simplesmente lançar uma frágil e genérica agenda de futuras negociações não assegura resultados concretos.
A Rio+20 passará para a história como uma Conferência da ONU que ofereceu à sociedade mundial um texto marcado por graves omissões que comprometem a preservação e a capacidade de recuperação socioambiental do planeta, bem como a garantia, às atuais e futuras gerações, de direitos humanos adquiridos.
Por tudo isso, registramos nossa profunda decepção com os chefes de Estado, pois foi sob suas ordens e orientações que trabalharam os negociadores, e esclarecemos que a sociedade civil não compactua nem subscreve esse documento.
SIGNATÁRIOS:
Ashok Khosha
Bill Mackbidden
Camila Tulmin
Fabio Feldman
Juan Carlos Jintrack
Kumi Naidoo
Marina Silva
Mathis Wackernagel
Ricardo Young
Thomas Lovejoy
William Kees
Roberto Klabin
Sergio Mindlin
Yolanda Kakabadse

Fonte: Jornal do Comércio

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Primeira proposta de criação da web foi considerada vaga demais



"Vago, mas excitante..." diz anotação do chefe de Berners-Lee (Fonte da imagem: CERN)


Em 1989, Tim Berners-Lee, o pai da web, enviou a proposta de um sistema de gerenciamento de informações para o seu chefe no laboratório CERN, Mike Sendall. A resposta para a ideia foi anotada à mão, em um canto da folha: “Vago, mas excitante...”. Esse foi um dos pontapés iniciais para que pudéssemos, hoje, criar e ler páginas na internet.

O texto completo da proposta pode ser encontrado online. Quanto ao documento, ainda existe uma cópia física dele e, para o deleite de muitos internautas, a digitalização da folha está hospedada no site do primeiro servidor web do mundo.
Fonte: Techmundo

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