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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Frio intenso castiga população pobre e causa mortes na Europa

Stanislaw, um morador de rua de Varsóvia, na Polônia, improvisa sua moradia nas galerias subterrâneas do sistema de esgoto da cidade para se abrigar do frio. Pelo menos nove pessoas morreram de hipotermia no país na última madrugada, o que eleva a 29 o número de vítimas do frio na Polônia desde a chegada da onda de ar polar, na última sexta-feira   Foto: AFP
Stanislaw, um morador de rua de Varsóvia, na Polônia, improvisa sua moradia nas galerias subterrâneas do sistema de esgoto da cidade para se abrigar do frio. Pelo menos nove pessoas morreram de hipotermia no país na última madrugada, o que eleva a 29 o número de vítimas do frio na Polônia desde a chegada da onda de ar polar, na última sexta-feira 


Homem sem-teto que usa o esgoto como abrigo observa a rua de um bueiro, em Varsóvia  Foto: AFP
Homem sem-teto que usa o esgoto como abrigo observa a rua de um bueiro, em Varsóvia


Anna Svrcinova, uma moradora de rua, passa as noites frias de Praga, na República Checa, em uma fábrica abandonada  Foto: AP
Anna Svrcinova, uma moradora de rua, passa as noites frias de Praga, na República Checa, em uma fábrica abandonada


As mãos de um morador de rua, com feridas agravadas pelo frio intenso em Bucareste, na Romênia  Foto: Reuters
As mãos de um morador de rua, com feridas agravadas pelo frio intenso em Bucareste, na Romênia


Perto do grupo de sem-teto que dorme sob a ponte, gelo cobre lixeiras na capital da República Checa  Foto: Reuters
Perto do grupo de sem-teto que dorme sob a ponte, gelo cobre lixeiras na capital da República Checa


Fontes e fotos: Reuters e AP

Onda de frio castiga Europa e Ásia


O número de mortos pela onda de frio que atinge o leste da Europa há uma semana aumentou nesta quinta-feira para 114, enquanto o norte do Japão contabiliza 56 mortos e mais de 750 feridos desde novembro. O frio também chegou à Coreia do Sul, que enfrenta o início de fevereiro mais gélido em 55 anos.

Foto: AP
Mulher caminha em rua de Vilnius, Lituânia, sob temperaturas de 30 graus negativos pela manhã

As temperaturas no leste da Europa caíram para menos de 32,5ºC em algumas áreas. Partes do Mar Negro congelaram na área costeira da Romênia, e houve uma queda rara de neve nas ilhas da Croácia no Mar Adriático. Na Bulgária, 16 cidades tiveram suas temperaturas mais baixas desde que os recordes começaram a ser registrados há 100 anos.
O país mais afetado é a Ucrânia, onde o número de mortos subiu de 43 para 63 nesta quinta-feira e quase 950 pessoas foram internadas com hipotermia e ulceração produzida pelo frio. O governo montou 2 mil tendas aquecidas com alimentos quentes para os sem-teto.
Do total de mortos, 41 morreram na rua, 14 em suas casas e oito em hospitais, segundo o Ministério de Emergência ucraniano. O primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azarov, anunciou na quarta-feira à noite que o Ministério da Saúde proibiu aos hospitais dar alta aos pacientes indigentes até que o frio diminua.
Pelos dados do Serviço Meteorológico, as temperaturas mínimas desses dias, que estão entre os 30 graus negativos, se manterão até sábado, quando devem subir de 10 a 15 graus abaixo de zero, mais frequentes para essa época do ano.
Além da Ucrânia, outros países que contabilizaram mortos são Polônia, Romênia, Sérvia, Bulgária, Rússia e República Checa. Segundo as autoridades, a maioria das vítimas são moradores de rua.
Nas montanhas da Sérvia, ao menos 11 mil habitantes de uma vila ficaram presos pela neve pesada e as nevascas. Segundo o policial de emergências Predrag Maric, os que estão presos vivem em 6,5 mil casas em áreas remotas que não podem ser alcançadas por causas de estradas escorregadias e cheias de neve. As equipes trabalham para tirar a neve e poder entregar os suprimentos necessários.
Durante esta semana, helicópteros tiveram de retirar dezenas de pessoas de vilas na Sérvia e Bósnia, bem como enviar pelo ar alimentos e remédios. "A situação é dramática, com a neve acumulada em cinco metros em algumas áreas. Só é possível ver os tetos", disse Milorad Dramacanin, que participou nas retiradas feitas pelos helicópteros.
Escolas, enfermarias e faculdades em toda a região fecharam, incluindo uma escola no leste da Hungria. O aeroporto na capital de Montenegro, Podgorica, ficou fechada pelo segundo dia consecutivo nesta quinta-feira por causa das nevascas.
Na Rússia, o chefe dos Serviços de Saúde russos, Guenadi Onichtchenko, desaconselhou categoricamente que os moscovitas saiam às ruas para se manifestar contra o governo do primeiro-ministro Vladimir Putin no sábado por causa do frio de 18 graus negativos.
"As previsões meteorológicas são sumamente desfavoráveis, no sábado fará 18 graus negativos. É uma temperatura muito baixa para Moscou", afirmou, criticando também o fato de que os moscovitas não estão usando roupas apropriadas para frio tão intenso. Os opositores preveem realizar no sábado una marcha na qual esperam reunir milhares.
Japão e Coreia do Sul
Nevascas excepcionais no norte do Japão causaram avalanches e acidentes que deixaram ao menos 56 mortos e mais de 750 feridos desde novembro, disseram autoridades. De acordo com a agência de gestão de desastres, 43 morreram ao tentar retirar a neve de telhados ou estradas, e outras sete foram esmagadas pela queda brutal de neve empilhada em edifícios. Outras quatro pessoas morreram em avalanches na quarta-feira, e outras duas perderam a vida por causa das condições climáticas extremas.
As autoridades disseram que as tempestades de neve atingiram as cidades costeiras ao longo do Mar do Japão e amplas áreas do norte do país desde o fim do ano passado. Algumas áreas receberam mais do dobro da quantidade normal de neve para o período.
Em Tóquio, as temperaturas foram as mais baixas em 26 anos, chegando aos 4,8 graus centígrados, 1,3 a menos do que o normal para essa época, segundo a Agência Meteorológica japonesa. Desde quarta-feira uma frente de fortes nevascas, acompanhada de ventos de mais de 130 km/h e ressaca intensa atinge as províncias do norte de Akita, Yamagata, Aomori e Niigata.
Durante esta quinta, cerca de 50 voos foram cancelados no oeste do país por causa do frio, de acordo com a televisão local NHK.
A capital da Coreia do Sul, Seul, registrou 17 graus negativos nesta quinta-feira e teve sua principal linha de metrô paralisada no início do fevereiro mais gélido do país em 55 anos. No país, a insólita onda de frio polar deixou a região de Cheorwon, perto da fronteira norte-coreana, sob 24,6 graus abaixo de zero nesta quinta e, em Chuncheon, a capital setentrional da Província de Gangwon, os termômetros marcaram 23,1 graus negativos.
As extremas condições meteorológicas causaram grandes engarrafamentos em Seul, cuja área metropolitana abriga 20 milhões de habitantes, que também sofreram com a paralisação da linha de metrô que liga a capital às principais cidades da periferia.
*Com AP e EFE

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Aumentam temores de que Portugal peça novo resgate e reestruturação


Lisboa - Os mercados financeiros temem cada vez mais que Portugal se veja obrigado a pedir um segundo resgate financeiro e uma reestruturação de sua dívida, tornando-se uma "nova Grécia", mas o governo português já se pronunciou dizendo que isso não irá ocorrer.

"Para Portugal, o mais importante agora é reduzir a pressão externa, que é originada na situação grega", disse o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, após a reunião europeia de segunda-feira em Bruxelas.

Segundo Coelho, mesmo que Irlanda ou Portugal não sejam capazes de emitir títulos da dívida nos mercados financeiros nos prazos acordados, a União Europeia (UE) não retirará seu apoio a estes países enquanto seus programas forem aplicados corretamente.

Em uma declaração comum, os países da zona do euro se comprometeram a apoiar os Estados resgatados como Portugal e Irlanda até que eles possam voltar aos mercados.

Depois de Grécia e Irlanda, Portugal se converteu em maio no terceiro país da Eurozona a pedir um resgate da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de um total de 78 bilhões de euros.

O objetivo desta assistência é permitir que Lisboa possa cumprir com seus compromissos financeiros, já que os juros exigidos pelos mercados para comprar dívida portuguesa se tornaram proibitivos.

Nesta terça-feira, o rendimento do bônus português a dez anos rondava os 16%.

"É possível que Portugal precise de mais dinheiro por causa da conjuntura econômica", disse Patrick Jacq, estrategista de obrigações no banco francês BNP Paribas.

Cumprindo os compromissos adquiridos com a UE e o FMI, o governo português tem aplicando um severo plano de rigor, lançado uma reforma do mercado de trabalho e iniciado um programa de privatizações.

Contudo, a receita de rigor provocará este ano uma recessão "sem precedentes" de 3,1% do PIB, segundo o Banco de Portugal, o que pesará na arrecadação fiscal.

Fora do país, a desaceleração da economia mundial, em especial da zona do euro, ameaça frear as exportações portuguesas, único motor que pode reativar o crescimento.

"Contudo, caso a Grécia alcance um acordo com seus credores privados e se beneficie de um plano suplementar, penso que a situação nos mercados se acalmará", disse Patrick Jacq.

Fonte: Correioweb/France Press

Frio deixa ao menos 30 mortos na Ucrânia


Em toda a Europa, neve, ventos e baixas temperaturas causam 58 vítimas, a maioria moradores de rua

do iG São Paulo

Uma forte onda de frio deixou pelo menos 30 mortos na Ucrânia nos últimos dias, afirmou o Ministério de Emergência do país nesta terça-feira. Em toda a Europa, nevasca, ventos e baixas temperaturas causaram 58 vítimas, a maioria moradores de rua.
Entre os mortos na Ucrânia, 21 foram encontrados congelados nas ruas, cinco morreram em hospitais e quatro em suas casas. Nesta terça-feira, a temperatura na capital, Kiev, chegou a -23º. A previsão é que caia ainda mais, para -28º.
Foto: AP
Mulher reza em parque coberto por neve em Kiev, na Ucrânia
Por isso, o chefe administrativo de Kiev, Oleksandr Popov, ordenou o fechamento de creches, escolas e universidades até segunda-feira. Centenas de abrigos foram abertos para ajudar moradores de rua, que receberam chá quente e sanduíches.
Na Polônia, cinco vítimas de hipotermia foram registradas nas últimas 24 horas, elevando o total de mortos pelo frio para 15. A temperatura na cidade de Ustrzyki Gorne é de -27ºC nesta terça-feira, e deve chegar a -29º durante a noite.
As demais vítimas foram registradas na Romênia (oito), Sérvia (três), Bulgária (uma) e Rússia (uma).
Na Sérvia, 14 cidades declararam estado de emergência e o governo lançou uma operação para liberar estradas cobertas de neve. Além disso, ventos fortes deixaram dezenas de locais sem energia.
Segundo a polícia, as três vítimas fatais da onda de frio são uma mulher que morreu durante uma tempestade de neve e dois idosos, um deles encontrado morto em frente à sua casa.
Na Bulgária, o estado de emergência foi declarado em 25 dos 28 distritos do país. Um homem de 27 anos morreu congelado em um vilarejo do norte e ventos fortes forçaram o fechamento do porto de Varna.
Catedral é coberta pela neve em Kiev, na Ucrânia




Foto: AP

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Crônica de uma decepção anunciada


Ricardo Amorim
Ricardo Amorim é economista, apresentador do "Manhattan Connection" (Globo News) e presidente da Ricam Consultoria (www.ricamconsultoria.com.br)

Mesmo que mais calotes não ocorram e a Europa tenha uma recessão branda, é provável que ela se estenda aos EUA

Dezembro, mês internacional das promessas e previsões para o ano vindouro. Uma previsão para 2012: você vai prometer e programar um monte de mudanças que não vão acontecer... e eu também. No Ano-Novo, imaginamos tudo que gostaríamos que acontecesse e desconsideramos solenemente qualquer potencial dificuldade. Conhece alguém que inclua problemas de saúde, perda de emprego ou crises no casamento em suas expectativas para o Ano-Novo? Nem eu.
A mesma coisa acontece com as previsões econômicas. 

A maioria dos economistas projeta a manutenção do status, ignorando potenciais obstáculos. No caso das previsões dos governos, o problema é ainda pior. O governo brasileiro projeta um PIB 5% maior em 2012; a maioria dos economistas espera crescimento de 3,5%. Minha previsão de Ano-Novo: todos exageraram no otimismo, talvez por muito.

Devido à letargia dos líderes europeus, recessão por lá em 2012 é praticamente uma certeza. Uma recessão branda é o cenário mais otimista. O cenário alternativo – se os europeus forem incapazes de implementar uma resposta ampla e significativa aos desafios atuais – é uma crise crônica de proporções superiores às causadas pelo colapso do banco Lehman Brothers em 2008.

No caso de um eventual processo generalizado de calotes de países europeus, a probabilidade de problemas financeiros mais sérios, similares aos causados pela quebra do Lehman Brothers, é muito grande.

Só que, desta vez, o arsenal de combate à crise nos países desenvolvidos está praticamente exaurido. Ao contrário de 2009, eles não podem mais estimular suas economias com aumento de gastos públicos e redução de impostos. Agora, há uma crise fiscal que exigirá exatamente o contrário. 

Também não terão como impulsioná-las reduzindo as taxas de juros. Elas já estão em 1% a.a. ou menos, em praticamente todos eles. O único instrumento de estímulo econômico que restou, o menos eficiente deles, é imprimir dinheiro – com efeitos colaterais na inflação e na taxa de câmbio, como todo brasileiro que viveu a década de 80 sabe.

Mesmo que mais calotes não ocorram e a Europa tenha apenas uma recessão branda, é bem provável que ela se estenda aos EUA. Desde 1948, toda vez que o crescimento trimestral americano caiu abaixo de 2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, em seguida ele se tornou negativo. Quando o crescimento perde força, empresas param de contratar e investir, e bancos param de emprestar, aprofundando o próprio desaquecimento. No terceiro trimestre de 2011, o PIB americano cresceu 1,4% em relação ao terceiro trimestre de 2010. Paralisia política, corte de gastos públicos e aumento de impostos elevam ainda mais a probabilidade de recessão nos EUA em 2012.

Com Europa e EUA em recessão, só restaria o último dos pilares da economia mundial, a China. Infelizmente, a economia chinesa também está mais frágil do que em 2008. Então, o PIB chinês crescia 14% a.a. Agora, 9% a.a. Além disso, a redução na oferta de crédito global, causada por preocupações com a Europa, expôs problemas nas construtoras chinesas. Um eventual estouro de bolha imobiliária na China aumentará as dificuldades da economia global.

Quem lê habitualmente esta coluna não se surpreendeu com a estagnação do PIB brasileiro no terceiro trimestre deste ano. Não se surpreenda também com um crescimento muito baixo no ano que vem e até com uma pequena queda, se calotes ocorrerem na Europa. Feliz 2013.
Fonte: Revista Istoé

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