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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Rússia celebra os 70 anos da vitória contra os nazistas


Com mais de 16.000 soldados, blindados, aviões e um desfile militar na Praça Vermelha de grande magnitude até mesmo para os padrões belicistas do país, a Rússia celebra neste sábado o 70º aniversário da vitória contra a Alemanha nazista, uma demonstração de força de Vladimir Putin ignorada pelos líderes ocidentais. Cada 9 de maio carrega sua mensagem: se em 2014 o presidente russo assistiu um desfile militar em uma Crimeia recém-anexada, este ano estará só na Praça Vermelha, rodeado apenas pelos dirigentes de Cuba, Índia e China, mas sem nenhum líder europeu de primeira grandeza e sem a presença de um alto representante dos Estados Unidos - país aliado dos russos na II Guerra Mundial.
Apesar de Putin ainda ser popular para boa parte dos russos, ele se transformou em um pária para as democracias ocidentais após a anexação da Crimeia e o envolvimento dos russos nos conflitos separatistas no leste da Ucrânia. "Somos fortes, não mexam conosco, essa é a mensagem que o desfile vai enviar este ano", adverte Alexandre Baunov, pesquisador do Centro Carnegie de Moscou. "A Rússia quer dizer ao Ocidente: 'Nos bastamos sozinhos'", diz Igor Koroshenko, do Conselho Consultor do Ministério de Defesa russo.
Um ano após o início da crise na Ucrânia, a lista de convidados que confirmaram presença no desfile ilustra o isolamento de Moscou. "Em 9 de maio vamos ter uma amostra de verdade do vazio entre Rússia e Europa", disse Baunov. A grande maioria dos dirigentes ocidentais, seus aliados quando se tratava de vencer a Alemanha nazista, declinaram o convite para 9 de maio em Moscou e criticam seu apoio e fornecimento de armas para os separatistas pró-russos no leste ucraniano.
A Rússia pode contar, apesar disso, com a presença do ditador cubano Raúl Castro, do cipriota Nicos Anastasiades, do chinês Xi Jinping e do indiano Narendra Modi. Também estarão lá os dirigentes dos territórios separatistas georgianos de Abecásia e Ossétia do Sul, não reconhecidos pela Comunidade Internacional. Alguns optaram por viajar para Moscou sem participar das comemorações, como o presidente tcheco Milos Zeman e o primeiro-ministro eslovaco Robert Fico, que não assistirão ao desfile, além da chanceler alemã Angela Merkel, que vai chegar à capital russa no dia seguinte. Dos 68 dirigentes convidados, estarão somente 22, além do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, e da Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova.
'Dia de orgulho' - A Rússia celebra todos os anos a vitória aliada na II Guerra Mundial em 9 de maio - a rendição foi assinada na noite de 8 de maio de 1945 em Berlim, 9 de maio na hora de Moscou - com um grande desfile militar na Praça Vermelha. "É um dia de glória, um dia de orgulho para nosso povo, um dia que marca nossa mais alta veneração a uma geração de vencedores", declarou Vladimir Putin. O aniversário da vitória, pela qual morreram pelo menos 27 milhões de soviéticos, é considerado por 42% dos russos como a festa mais importante do ano, na frente do Natal ou de seus próprios aniversários, segundo uma pesquisa recente do centro independente Levada.
Alemanha - Os alemães lembraram nesta sexta os 70 anos do fim do nazismo, comemorando uma libertação tanto para o país quanto para toda a Europa, durante uma cerimônia no Reichstag, sede do Parlamento. O fim da II Guerra Mundial foi "para todo o continente um dia de libertação", mas não "um dia em que os alemães conseguiram se libertar sozinhos", declarou o presidente do Parlamento, Norbert Lammert, que agradeceu aqueles que, pagando "o preço de perdas impensáveis, colocaram fim ao reino do terror nazista".
"Hoje, lembramos as milhares de vítimas de um trabalho de destruição sem precedentes, lançado contra outros povos e nações, contra os eslavos, contra os judeus europeus", acrescentou Lammert. A cerimônia foi acompanhada pela chanceler alemã, Angela Merkel, pelo presidente, Joachim Gauck, e pelos deputados das duas câmaras do Parlamento alemão. Segundo uma pesquisa da YouGov publicada no fim de abril, 76% dos alemães consideram o fim da guerra uma libertação de seu país, mais que uma derrota militar.
(Da redação de Veja.com.br)

domingo, 9 de novembro de 2014

"O mundo está à beira de uma nova Guerra Fria", afirma Gorbachev

Ao participar dos festejos dos 25 anos da queda do Muro de Berlim, ex-líder soviético critica políticas adotadas pelo Ocidente desde o fim do bloco comunista e fala em "quebra de confiança" com a Rússia.
Em visita a Berlim para participar das comemorações dos 25 anos da queda do Muro, o último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, criticou duramente neste sábado (08/11) as políticas implementadas pelos países ocidentais desde o fim do bloco soviético.
"O mundo está à beira de uma nova Guerra Fria. Muitos dizem até que ela já começou", declarou Gorbachev, ao comentar a tensa situação atual envolvendo rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia.
Ele acusa o Ocidente, especialmente os Estados Unidos, de não cumprir as promessas feitas desde os tempos da bipolarização mundial. Para ele, os países ocidentais simplesmente se declararam vencedores da Guerra Fria e tentaram obter vantagem do enfraquecimento da Rússia.
"Os acontecimentos dos últimos meses são consequência de políticas de visão limitada, ignorando os interesses dos parceiros", afirmou, destacando um "quebra na confiança" na relação entre os países. "E agora que a situação está dramática, não vemos o principal organismo internacional, o Conselho de Segurança da ONU, desempenhar nenhum papel ou tomar qualquer medida concreta", criticou.
Gorbachev disse que o Ocidente cometeu muitos erros que irritaram a Rússia, como a expansão da Otan e suas ações na Iugoslávia, no Iraque, na Líbia e, mais recentemente, na Síria, além dos planos de um sistema anti-aéreo de defesa.
Audioslideshow Helmut Kohl Michail Gorbatschow
Em 1990, o então chanceler federal alemão, Helmut Kohl (d), e o líder soviético, Mikhail Gorbachev (e), celebraram acordos
Herói do fim do bloco comunista
Ao participar de um evento no Portão de Brandenburgo, Gorbachev mostrou compreensão com a política adotada pelo Kremlin em relação ao recente conflito envolvendo a Ucrânia. O ex-líder soviético pediu ainda a suspensão das sanções da Europa e dos EUA contra a Rússia.
Para ele, a relação de confiança do Ocidente com a Rússia, que levou à revolução pacífica na Alemanha e nos países do leste europeu, começou a ruir já nos anos 1990. Ele defende que essa relação seja restabelecida, especialmente entre alemães e russos. "Precisamos lembrar que, sem a parceria russa-alemã, não há segurança na Europa", afirmou, ressaltando que, se isso ocorrer, o continente passará a ser irrelevante como força global.
As reformas promovidas na então União Soviética por Gorbatchev, hoje com 83 anos, ajudaram a pavimentar o caminho para a queda do Muro de Berlim, seguida pelo fim do regime comunista no leste europeu. Por isso, muitos alemães que viviam no lado oriental do muro e participaram de manifestações naquele ano de 1989 consideram o vencedor do Nobel da Paz, ainda hoje, um herói.
Fonte: www.dw.de

domingo, 20 de outubro de 2013

O misterioso caso da morte dos 9 montanhistas russos

O texto ora apresentado foi baseado no programa do History Channel "Alienígenas do Passado" e trata do caso das estranhas mortes de um grupo de alpinistas russo, em meados do século XX, e que até hoje não obteve explicações claras sobre o que de fato aconteceu naquela montanha. 


O Passo Dyatlov e a Montanha dos Mortos: a macabra morte de nove montanhistas russos.

O caso ocorreu ao norte dos montes Urais na noite de 2 de fevereiro de 1959, na costa leste da montanha Kholat Syakhl, cujo nome significa “Montanha dos Mortos”. Lendas locais já mencionavam o lugar como maligno. Em 1991, um avião caiu no local, onde também morreram nove pessoas.

O grupo formado para uma expedição ao norte das Urais, liderado por Igor Dyatlov, consistia de oito homens e duas mulheres, a maioria estudantes ou graduados do Instituto Politécnico de Ural (atualmente Universidade Técnica Estadual de Ural), mas uma das mulheres não prosseguiu, por problemas de saúde. Todos os integrantes possuíam experiência em excursões de esqui e expedições em montanhas.

Dez dias depois, quando os aventureiros não chegaram ao seu destino, equipes militares de resgate fizeram buscas na área. Encontraram o acampamento abandonado e uma barraca destruída. Investigadores concluíram que a barraca fora cortada e rasgada a partir de dentro, e que os montanhistas pareciam ter fugido apenas de meias ou descalços. Em 26 de fevereiro, as equipes de busca encontraram o acampamento abandonado. A barraca estava arruinada, e um conjunto de pegadas seguiam até a margem de um bosque próximo, estando cobertas por neve após 500 metros. Na beira da floresta, sob um grande e antigo pinheiro, foram encontrados os restos de uma fogueira, juntamente com os primeiros dois corpos, descalços e usando apenas roupa de baixo.

A busca pelos quatro esquiadores restantes levou mais de dois meses. Eles foram finalmente encontrados debaixo de quatro metros de neve, em uma ravina embrenhada na mata próxima. Um inquérito foi aberto imediatamente após o surgimento dos cinco primeiros corpos. Um exame médico não encontrou ferimentos que pudessem ter provocado as mortes, sendo concluído que todos morreram de hipotermia. Um dos corpos apresentava uma pequena fissura no crânio, inicialmente não considerada um ferimento fatal.

O exame dos corpos restantes mudou completamente o cenário. Três deles apresentavam ferimentos fatais, sendo dois com fraturas cranianas e dois com extensas fraturas torácicas. A força necessária para provocar tais ferimentos teria de ser extremamente alta, com um dos especialistas comparando-a à força de uma colisão automobilística. O mais notável é que os corpos não traziam feridas externas, como se tivessem sido esmagados por um alto nível de pressão. Apenas um dos mortos tinha um ferimento externo considerável: estava sem a língua. A análise das roupas identificou que elas continham um elevado nível de radiação.

Os corpos foram descobertos por soldados soviéticos em vários estados que só podem ser descritos como de mutilação. Estavam queimados, alguns expostos à radiação, um deles teve a língua arrancada, e também estavam prematuramente envelhecidos. A pele deles estava laranja e o cabelo estava branco. Constatou-se que uma força desconhecida atingiu os montanhistas, muito seletiva porque não tocou a neve, as árvores, nem nada ao redor.

A explicação oficial foi de que os nove morreram de hipotermia, mas o investigador chefe se recusou a assinar o relatório e preferiu se retirar do inquérito. Um dos chefes foi afastado rapidamente da investigação por ser muito meticuloso e as autoridades queriam abafar o caso. Os corpos foram enterrados em caixões de zinco para que ninguém os visse.

Inicialmente, especulou-se que o povo indígena Mansi poderia ter atacado e assassinado o grupo por invadir seu território, mas as investigações indicaram que a natureza das mortes não suportaria tal tese; apenas as pegadas dos esquiadores eram visíveis, e eles não apresentavam sinais de combate corpo-a-corpo.

Anos depois, membros do grupo de busca deram seu testemunho: Segundo eles, na noite do incidente estranhas esferas alaranjadas pairavam no céu. Lev Ivanov, chefe da investigação, disse durante entrevista em 1990 que, nos meses de fevereiro e março de 1959, diversas testemunhas, incluindo militares e meteorologistas, haviam relatado a visão de “esferas voadoras brilhantes” na área. Ivanov afirmou, na mesma entrevista, que já na época do incidente imaginara haver algum tipo de relação entre os casos.

Evidências sugerem que o grupo foi obrigado a deixar o acampamento durante a noite, quando já estavam dormindo. Embora a temperatura estivesse muito baixa (por volta de -25° a -30°C), com tempestade e rajadas de vento, os mortos estavam apenas parcialmente vestidos. Alguns deles tinham apenas um sapato, enquanto outros usavam somente meias. Outros foram encontrados enrolados em pedaços de roupas rasgadas, aparentemente arrancadas daqueles que já haviam morrido.

O veredito final foi que todos os integrantes do grupo morreram devido a uma “força incontrolável desconhecida”. O inquérito foi oficialmente encerrado em maio de 1959 devido à “ausência de parte culposa”. Os documentos relativos ao caso foram então arquivados, sendo divulgados ao público somente na década de 1990, ainda assim em fotocópias com diversas partes ausentes.

Retirado do site ahduvido.com.br

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Hulk troca o Porto pelo Zenit por valor recorde no futebol português e russo


Agora é oficial: Hulk jogará no futebol russo. Alvo de clubes ingleses no mercado de transferências, o atacante assinou nesta segunda-feira um contrato de cinco anos com o Zenit St. Petersburgo, onde vestirá a camisa 29. Segundo informações da imprensa portuguesa, o atual bicampeão da Rússia pagará € 60 milhões (cerca de R$ 153 milhões) pelo jogador, que se apresentará à seleção brasileira para os amistosos contra África do Sul (sexta-feira, no Morumbi) e China (segunda-feira, no Arruda).
De acordo com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, órgão onde todas as transferências de Portugal são registradas, os portistas receberão € 40 milhões (R$ 102 milhões) por 85% dos direitos do atleta, enquanto o montante restante será distribuído pelo fundo que tinha 15% dos direitos desportivos (€ 9 milhões); pela comissão de 10% por intermediação (€ 6 milhões); e pelo fundo de solidariedade, equivalente a 5% do valor global (€ 3 milhões). O agente e o próprio Hulk receberão ainda € 2 milhões por conta de prêmios desportivos.
Print Hulk no Zenit (Foto: Reprodução / Site oficial do Zenit)Página do Zenit St. Petersburg anuncia a contratação de Hulk (Foto: Reprodução / Site oficial do Zenit)

Ao contrário de outros países europeus, a janela para registros no país se encerra somente na quinta, o que explica a demora na conclusão do negócio. O presidente do Dragão, Pinto da Costa, já havia rejeitado uma proposta na casa dos € 50 milhões (R$ 128 milhões) na última semana. A cláusula de rescisão do jogador era de € 100 milhões (R$ 255 milhões).
Segundo o site "Transfermartk", Hulk é o jogador mais caro da atual janela de transferências, superando o brasileiro Thiago Silva, que saiu do Milan para o Paris Saint-Germain por € 42 milhões (aproximados R$ 107 milhões). Desta forma, ele também é o quinto jogador mais caro da história, se igualando ao português Luis Figo, que foi contratado pelo Real Madrid junto ao arquirrival Barcelona por € 60 milhões em 2000. Cristiano Ronaldo (€ 94 milhões do Manchester United para o Real Madrid, em 2009), Zidane (R$ 73,5 milhões do Juventus para o Real Madrid, em 2001), Ibrahimovic (€ 69,5 milhões do Inter de Milão para o Barcelona, em 2009) e Kaká (€ 65 milhões do Milan para o Real Madrid, em 2009) estão à frente.
witsel benfica x Vitoria de Guimares (Foto: EFE)Witsel, do Benfica, também foi contratado (EFE)
Desta forma, Hulk também ultrapassa o colombiano Falcao García como a maior venda do futebol português. O herói da conquista da Supercopa da Europa foi adquirido pelo Atlético de Madri por € 47 milhões em 2011. Na Rússia, ele superou o camaronês Samuel Eto'o, ex-Inter de Milão e atualmente no Anzhi, contratado por € 27 milhões.
Ainda nesta segunda-feira, o Zenit anunciou a contratação de outro jogador do futebol português: Axel Witsel, meio-campista do Benfica e da seleção belga. Aos 23 anos, ele foi comprado por € 40 milhões (R$ 102 milhões), o valor de sua cláusula de rescisão, e assinou contrato pelas próximas cinco temporadas. Witsel e Hulk chegam para credenciar o Zenit ao tricampeonato nacional e a fazer uma boa campanha na Liga dos Campeões - o time está no Grupo C ao lado de Milan, Anderlecht e Málaga. A estreia será contra os espanhóis, no dia 18.
Falcão Hulk Porto (Foto: Getty Images)Hulk abraça Falcao García: brasileiro supera colombiano e é agora a maior venda de Portugal (Getty Images)
'O Incrível Hulk'
Givanildo Vieira de Souza, o Hulk, tem 26 anos e nasceu em Campina Grande, na Paraíba. Ele recebeu o apelido desde os tempos de criança, quando assistia ao desenho e imitava o personagem - é o único homem dos sete filhos de Djovan Souza e Socorro Souza. Curiosamente, tornou-se forte já quando adulto, no que seria sua marca registrada dentro de campo.
Hulk gol Porto (Foto: Reuters)Hulk foi campeão português três vezes: brasileiro é
a maior venda da história do futebol luso (Reuters)
Hulk começou sua carreira profissional no Vitória, em 2004, e rumou para o Japão no ano seguinte. Na Terra do Sol Nascente, o atacante atuou por Kawasaki Frontale, Consadole Sapporo e Verdy Tokyo - foi artilheiro da Segunda Divisão local de 2007, com 37 gols, pelo último clube. Em 2008 o Porto foi buscá-lo por € 5,5 milhões.
Porto e seleção brasileira
Foi em Portugal que Hulk ganhou notoriedade no cenário mundial com a sua poderosa canhota. Conquistou três Campeonatos Portugueses, tendo sido o goleador máximo na edição de 2010/2011, com 23 gols, além de ser eleito o futebolista do ano no país no mesmo período. Ele também levantou a Taça de Portugal em três oportunidades, além de três Supertaças e uma Liga Europa. Sua despedida foi no último sábado, contra o Olhanense, pela terceira rodada da liga. Ele marcou uma vez na vitória por 3 a 2.
As boas atuações pelo Porto lhe renderam convocações para a seleção brasileira. A primeira aconteceu em outubro de 2009, ainda sob o comando de Dunga. Ele não disputou a Copa do Mundo e só voltou a figurar com a camisa do Brasil em agosto de 2010, com Mano Menezes. Atualmente, Hulk é nome certo nas listas do treinador e ganhou a medalha de prata nas Olimpíadas de Londres, tendo marcado inclusive na decisão contra o México, em Wembley.
Hulk porto gol olhanense (Foto: Agência AFP)Hulk em ação pelo Porto no último sábado: gol em despedida (Foto: Agência AFP)Fonte: http://globoesporte.globo.com

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Após derrota sofrida contra a Rússia, Rubén sai em defesa dos 'soldados'



O último tiro da quinta-feira foi doloroso. Mas não a ponto de encerrar a batalha. Com esse espírito, o técnico Rubén Magnano encarou a derrota dramática da seleção brasileirapara a Rússia na terceira rodada do torneio de basquete em Londres. Satisfeito com a reação diante de uma das potências da Europa, o treinador argentino saiu em defesa dos jogadores após a partida. E garantiu que a frustração pelo tropeço já será parte do passado no sábado, quando a equipe volta à quadra para enfrentar a China.
Ruben Magnano, Brasil x Rússia (Foto: Agência EFE)Magnano apoia o time durante a partida contra a Rússia, nesta quinta-feira, em Londres (Foto: Agência EFE)
- Eu sempre digo isso para eles. Assim como todos os triunfos passam a ser apenas história depois das partidas, com as derrotas também é assim. Vou proteger esses jogadores não 100%, mas 101%. Eles são os soldados, vou protegê-los até o fim. Jogamos de igual para igual com uma potência europeia. Não estou feliz da vida, claro, mas acho que eles fizeram um trabalho muito bom - explicou Magnano.
Quando a bola caiu, ainda tínhamos uns quatro segundos no relógio, mas a equipe ficou totalmente sem reação"
Marquinhos, ala da seleção
Arremesso espírita no fim
A derrota veio com uma cesta de três de Vitaliy Fridzon, com menos de cinco segundos no relógio. Desequilibrado, com Leandrinho escorregando aos seus pés, o russo acertou seu único chute de três no jogo e deu números finais ao duelo: 75 a 74 para os europeus.
- Quando a bola caiu, ainda tínhamos uns quatro segundos no relógio, mas a equipe ficou totalmente sem reação. Nossa ideia era fazer uma falta antes do arremesso, mas não deu tempo. Ele não colocou a bola no chão, já recebeu virando para chutar - analisou o ala Marquinhos.
Sem tempo para pedir, Leandrinho correu a quadra e tentou o último arremesso no desespero, mas a bola não caiu. A frustração era evidente após a sirene final, mas os atletas mais experientes do grupo sabem que, no meio de um torneio como as Olimpíadas, não há tempo para tristeza em excesso.
fridzon brasil x rússia basquete londres 2012 olimpiadas 2 (Foto: Reuters)Fridzon acerta o arremesso no fim do jogo: frustração para os brasileiros em Londres (Foto: Reuters)
- Digerir essa derrota é difícil, mas não podemos baixar a cabeça. O momento é frustrante, todo mundo saiu bravo, mas não pode ser algo muito grande. Não podemos nos apegar muito à derrota, assim como não nos apegamos muito à vitória - afirmou Guilherme Giovannoni.
Faltam dois dias para a primeira oportunidade de levantar a cabeça. No sábado, às 12h15m (de Brasília), a equipe verde-amarela encara os chineses, na penúltima rodada de classificação. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real. Na segunda-feira, o adversário será a Espanha. Com a vaga assegurada para as quartas de final, o Brasil caminha para ficar em terceiro no grupo, mas ainda luta por uma posição acima.
 

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Frio deixa ao menos 30 mortos na Ucrânia


Em toda a Europa, neve, ventos e baixas temperaturas causam 58 vítimas, a maioria moradores de rua

do iG São Paulo

Uma forte onda de frio deixou pelo menos 30 mortos na Ucrânia nos últimos dias, afirmou o Ministério de Emergência do país nesta terça-feira. Em toda a Europa, nevasca, ventos e baixas temperaturas causaram 58 vítimas, a maioria moradores de rua.
Entre os mortos na Ucrânia, 21 foram encontrados congelados nas ruas, cinco morreram em hospitais e quatro em suas casas. Nesta terça-feira, a temperatura na capital, Kiev, chegou a -23º. A previsão é que caia ainda mais, para -28º.
Foto: AP
Mulher reza em parque coberto por neve em Kiev, na Ucrânia
Por isso, o chefe administrativo de Kiev, Oleksandr Popov, ordenou o fechamento de creches, escolas e universidades até segunda-feira. Centenas de abrigos foram abertos para ajudar moradores de rua, que receberam chá quente e sanduíches.
Na Polônia, cinco vítimas de hipotermia foram registradas nas últimas 24 horas, elevando o total de mortos pelo frio para 15. A temperatura na cidade de Ustrzyki Gorne é de -27ºC nesta terça-feira, e deve chegar a -29º durante a noite.
As demais vítimas foram registradas na Romênia (oito), Sérvia (três), Bulgária (uma) e Rússia (uma).
Na Sérvia, 14 cidades declararam estado de emergência e o governo lançou uma operação para liberar estradas cobertas de neve. Além disso, ventos fortes deixaram dezenas de locais sem energia.
Segundo a polícia, as três vítimas fatais da onda de frio são uma mulher que morreu durante uma tempestade de neve e dois idosos, um deles encontrado morto em frente à sua casa.
Na Bulgária, o estado de emergência foi declarado em 25 dos 28 distritos do país. Um homem de 27 anos morreu congelado em um vilarejo do norte e ventos fortes forçaram o fechamento do porto de Varna.
Catedral é coberta pela neve em Kiev, na Ucrânia




Foto: AP

sábado, 24 de dezembro de 2011

Russos saem às ruas em protesto contra resultado de eleições


Manifestante protesta contra o governo na Rússia (Foto: AP)
Milhares de pessoas enfrentaram temperaturas abaixo de zero na Rússia para protestar contra as eleições parlamentares do país, que resultaram em vitória para o partido oficial.
Em Moscou, quase 50 mil pessoas prometeram através do site de mídia social Facebook comparecer ao protesto nesta véspera de Natal. O Ministério do Interior estima que pelo menos 28 mil cumpriram a promessa.
Por causa do frio, a prefeitura da capital está provendo chá e comidas quente, ainda que simples, feitas em cozinhas especialmente montadas no local.
Cerca de 40 ônibus com policiais estão fazendo a proteção do ato, que foi autorizado pela polícia.
Entre as 22 personalidades que devem discursar para as massas em Moscou está o ex-líder do período soviético Mikhail Gorbachov. Estão incluídos também blogueiros, intelectuais e militantes proeminentes.

Jornada de atos

Protestos estão sendo realizados neste sábado também em outras cidades russas.
Em Vladivostok, no leste do país, manifestantes carregaram cartazes pedindo que o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, seja levado a julgamento.
Em São Petersburgo, cidade de Putin e do presidente, Dmitry Medvedev, a polícia efetuou dezenas de prisões.
Manifestante protesta contra o governo na Rússia (Foto: AP)
Manifestantes encararam temperaturas abaixo de zero
Já em Orenbug, na fronteira russa com o Cazaquistão, os manifestantes foram pouco numerosos - cerca de cem - e o frio chegou a -15ºC.
Na Sibéria, a sensação térmica foi de -20ºC.

Eleições

Embora com uma votação que caiu de 64% para 49% do total, o partido Rússia Unida, de Putin e de Medvedev, saiu vencedor nas eleições parlamentares realizadas no último dia 4.
Para acalmar a insatisfação, o governo anunciou nesta semana reformas políticas, como eleições diretas para governadores regionais e processos mais simples para o registro de partidos.
Entretanto, muitos manifestantes dizem que as medidas não são suficientes.
Segundo os manifestantes, um protesto que reuniu 50 mil pessoas no dia 10 de dezembro foi o maior ato de insatisfação contra o governo desde a queda da União Soviética, em 1991.
Fonte: BBC Brasil

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