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domingo, 19 de maio de 2013

PARTIDO ALEMÃO ADMITE SAÍDA DE PORTUGAL DO EURO


O líder do partido alemão minoritário de eurocépticos defendeu hoje a expulsão da zona euro dos países em crise no Sul da Europa "para o seu bem" e a reintrodução das moedas nacionais na Grécia e em Portugal, refere o "Diário de Notícias". O partido Alternativa para a Alemanha (AfD) sublinha que a reintrodução das moedas nacionais pressuporia um acordo relativo ao perdão da dívida soberana dos países que abandonassem a zona euro. 

Bernd Lucke  afirma que os países em crise teriam "a oportunidade" de recuperar a competitividade económica ao regressar à sua própria moeda. No entanto, defende que a Alemanha deve conservar o euro. Estas declarações foram prestadas durante uma entrevista ao jornal alemão 'Frankfurter Allgemeinen Sonntagszeitung', que será publicada na íntegra no domingo, o presidente do novo partido Alternativa para a Alemanha (AfD), Bernd Lucke, sublinha que a Alemanha deve conservar o euro, ao contrário do cepticismo inicial a esse respeito, "mas os países do sul da Europa não".

O AfD frisa que a reintrodução das moedas nacionais pressuporia um acordo relativo ao perdão da dívida soberana dos países que abandonassem a zona euro, apontando a Grécia como um deles, e "quiça" Portugal.

"A saída do euro ajudaria o sector privado a recuperar a competitividade perdida", destaca Bernd Lucke.

O processo poderia ser realizado com a introdução através de uma "transição suave" de "uma moeda paralela ao euro" até ser "possível material e economicamente" colocar em circulação as antigas moedas nacionais, conclui.

sábado, 18 de agosto de 2012

E SE NÃO HOUVER SAÍDA ALGUMA?




Immanuel Wallerstein especula sobre as raízes da “crise estrutural do capitalismo” – e a dura disputa pelas alternativas

Immanuel Wallerstein - Tradução: Antonio Martins - Outras Palavras

A maior parte dos políticos e dos “especialistas” tem um costume arraigado de prometer tempos melhores à frente, desde que suas políticas sejam adotadas. As dificuldades econômicas globais que vivemos não são exceção, neste quesito. Seja nas discussões sobre o desemprego nos Estados Unidos, os custos alarmantes de financiamento da dívida pública na Europa ou os índices de crescimento subitamente em declínio, na Índia, China e Brasil, expressões de otimismo a médio prazo permanecem na ordem do dia.

Mas e se não houver motivos para elas? De vez em quando, emerge um pouco de honestidade. Em 7/8, Andrew Ross Sorkin publicou um artigo no New York Times em que oferecia “uma explicação mais direta sobre por que os investidores deixaram as bolsas de valores: elas tornaram-se uma aposta perdedora. Há toda uma geração de investidores que nunca ganhou muito”. Três dias depois, James Mackintosh escreveu algo semelhante no Financial Times: os economistas estão começando a admitir que a Grande Recessão atingiu permanentemente o crescimento… Os investidores estão mais pessimistas”. E, ainda mais importante, o New York Times publicou, em 14/8, reportagem sobre o custo crescente de negociações mais rápidas. Em meio ao artigo, podia-se ler: “[Os investidores] estão desconcertados por um mercado que não ofereceu quase retorno algum na última década, devido às bolhas especulativas e à instabilidade da economia global.

Quando se constata que muito poucos concentraram montanhas incríveis de dinheiro, pergunta-se: como o mercado de ações pode ter se tornado “perdedor”? Durante muito tempo, o pensamento básico sobre os investimentos afirmava que, a longo prazo, o ganho com ações, corrigido pela inflação, era alto – em especial, mais alto que o dos papéis do Estado (bônus). Esta era a recompensa pelos riscos derivados da grande volatilidade, a curto e médio prazo, das ações. Os cálculos variam, mas em geral admite-se que, no século passado, o retorno das ações foi bem mais alto que o dos bônus, desde, é claro, que a aplicação fosse mantida.

Não se leva tanto em conta que, no mesmo período de um século, os lucros das ações corresponderam mais ou menos a duas vezes o aumento do PIB – algo que levou alguns analistas a falar num “efeito Ponzi”. Ocorre que os maravilhosos ganhos com ações ocorreram, em grande parte, no período a partir do início dos anos 1970, a era do que é chamado de globalização, neoliberalismo e ou financeirização.

Mas o que ocorreu de fato, neste período? Deveríamos notar, de início, que o período pós-1970 seguiu-se à época de maior crescimento (por larga margem) na produção, produtividade e mais-valia global, na história do economia-mundo capitalista. É por isso que os franceses chamam este período de trente glorieuses – os trinta anos (1943-1973) gloriosos. Em minha linguagem analítica, foi uma fase A do ciclo Kondratieff. Quem possuía ações neste período deu-se, de fato, muito bem. Assim como os empresários em geral, os trabalhadores assalariados e os governos, no que diz respeito às receitas. Parecia que o capitalismo, como sistema-mundo, teria um poderoso impulso, após a Grande Depressão e as destruições maciças da II Guerra Mundial.

Porém, tempos tão bons não duraram para sempre, nem poderiam. Por um motivo: a expansão da economia-mundo baseou-se em alguns quase-monopólios, nas chamadas indústrias-líderes. Duraram até serem solapados por competidores que conseguiram, finalmente, entrar no mercado mundial. Competição mais acirrada reduziu os preços (sua virtude), mas também a lucratividade (seu vício). A economia-mundo mergulhou numa longa estaganção nos trina ou quarenta anos inglórios seguintes (1970s – 2012 e além). Este período foi marcado por endividamento crescente (de quase todo mundo), desemprego global em alta e retirada de muitos investidores (talvez a maior parte) para os títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

Tais papéis são seguros, ou pelo menos mais seguros, mas não muito lucrativos, exceto para um grupo cada vez menor de bancos e hedge funds que manipularam as operações financeiras em todo o mundo – sem produzir valor algum. Isso nos trouxe aonde estamos: um mundo incrivelmente polarizado, com os salários reais muito abaixo de seus picos nos anos 1970 (mas ainda acima de seus pisos, nos 1940) e as receitas estatais significativamente rebaixadas, também. Uma sequência de “crises da dívida” empobreceu uma sequência de zonas do sistema-mundo. Como resultado, o que chamamos de demanda efetiva contraiu-se em toda parte. É ao que Sorkin se referia, quando afirmou que o mercado de ações já não é atrativo, como fonte de lucros para acumular capital.

O núcleo do dilema tem a ver com as contraiços centrais do sistema. O que maximiza os ganhos, a curto prazo, para os produtores mais eficientes (margens de lucro ampliadas), oprime os compradores, a longo prazo. À medida em que mais populações e zonas integram-se completamente à economia-mundo, há cada vez menos margem para “ajustes” ou “renovações” – e cada vez mais escolhas impossíveis para investidores, consumidores e governos.

Lembremos que a taxa de retorno, no século passado, foi o dobro do aumento do PIB. Isso poderia se repetir? É difícil de imaginar – tanto para mim, quanto para a maior parte dos investidores potenciais no mercado. Isso gera as restrições com que nos deparamos todos os dias nos Estados Unidos, Europa e, breve, nas “economias emergentes”. O endividamento é alto demais para se sustentar.

Por isso, temos, por um lado, um apelo político poderoso à “austeridade”. Ela significa, na prática, eliminar direitos (como aposentadorias, qualidade da assistência médica, gastos com educação) e reduzir o papel dos governos na garantia de tais direitos. Porém, se a maioria das pessoas tiver menos, elas gastarão obviamente menos – e quem vende encontrará menos compradores – ou seja, menor demanda efetiva. Portanto, a produção será ainda menos lucrativa (reduzindo os ganhos com ações); e os governos, ainda mais pobres.

É um círculo vicioso e não há saída fácil aceitável. Pode significar que não há saída alguma. É algo que alguns de nós chamamos crise estrutural da economia-mundo capitalista. Produz flutuações caóticas (e selvagens) quando o sistema chega a encruzilhadas, e surgem lutas duríssimas sobre que sistema deveria substituir aquele sob o qual vivemos.

Os políticos e “especialistas” preferem não enfrentar esta realidade e as escolhas que ela impõe. Mesmo um realista, como Sorkin, termina sua análise expressando a esperança que que a economia terá “um impulso”; e a sociedade, “fé a longo prazo”. Se você pensa que será suficiente, posso me oferecer para vender-lhe a Ponte de Brooklin.

Fonte: Página Global

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O CUBO (Cube - 1997)

 

Sinopse e detalhes:Um policial (Maurice Dean Wint), um ladrão (Wayne Robson), uma matemática (Nicole de Boer), uma psicóloga (Nicky Guadagni), um arquiteto (David Hewlett) e um jovem autista (Andrew Miller), aparentemente escolhidos a esmo, são misteriosamente presos em um labirinto de alta tecnologia, em forma de um grande cubo, no qual sequer lembram como foram parar. Sem comida nem água, eles precisam encontrar um meio de sair do local. Mas precisam também tomar cuidado para não acionar armadilhas letais, que surgem em passagens dentro de estranhos cubos.
A produção canadense é composta por uma trama instigante e original, que nos leva a proceder como os aprisionados do Cubo, ou seja, tentando entender o que fazem ali, por que razão e o que representa aquele intrincando sistema de passagens no interior do cubo. A tensão aumenta gradualmente, à medida em que o jogo de tentativas e erros avança, sem nos dar chance de saber se algum dos participantes saberá afinal encontrar a saída (se houver saída).
Em meio ao ambiente claustrofóbico das câmaras geométricas e móveis da estrutura do cubo, os personagens são forçados a conviver com suas diferenças e singularidades, testando seus limites na busca de um sentido para aquilo tuCuriosidades:
- Todos os personagens têm o nome de prisões espalhadas pelo planeta: Quentin (San Quentin, Califórnia), Holloway (Inglaterra), Kazan (Rússia), Rennes (França), Alderson (West Virginia), Leaven e Worth (Leavenworth, Kansas).
- Foi inteiramente rodado com câmeras de mão.
- Para demonstrar seu apoio ao cinema canadense, a empresa de efeitos especiais C.O.R.E. não cobrou por seu trabalho em Cubo.
Ficha Técnica:
Título: Cubo
Título original: Cube
Lançamento: 1997
Produção: Canadá
Direção: Vincenzo Natali
Atores: Nicole de Boer, Nicky Guadagni, David Hewlett,  Andrew Miller
Duração: 92 min.
Gênero: Ficção
Obs.: Lançado diretamente em vídeo no Brasil, o filme possui duas sequências, Cubo 2 - Hipercubo (2002) e Cubo Zero (2004).
Fonte: Revista Prática Jurídica - Ano XI - n.º 122 - Maio/2012 

site: www.adorocinema.com



sábado, 26 de maio de 2012

Israel: PROTESTO RACISTA E XENÓFOBO PEDE EXPULSÃO DE 60 MIL


Grupos de direita e fundamentalistas judaicos de Israel realizaram um protesto que se transformou em violência contra imigrantes sem documentos. O governo israelense acelerou a construção de um muro de 250 quilômetros que separa Israel do deserto do Sinai, suposta porta de entrada dos imigrantes.

Grupos de direita e fundamentalistas judaicos de Israel realizaram, na última quarta-feira (23), um protesto que se transformou em violência contra imigrantes africanos no país.

Centenas de israelenses foram até o bairro pobre de Hatikva, em Telavive, e realizaram a manifestação, que incluiu saques e apedrejamento de carros dos africanos. A mídia internacional taxou o protesto de racista e xenófobo.

Os imigrantes, a maioria do Sudão e da Eritreia, entram em Israel pela fronteira do deserto do Sinai egípcio. Dados oficiais apontam que cerca de 60 mil africanos vivem de forma clandestina no país. O governo israelense acelerou a construção de um muro de 250 quilômetros que separa Israel do Egito.

A polícia prendeu 20 manifestantes e nenhum imigrante ficou ferido no ataque. Também participou do ato o deputado Miri Regev, do partido de direita Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ele comparou os imigrantes clandestinos com "um câncer que se prolifera".

O líder do partido religioso Shass e ministro do Interior, Elie Yishai, declarou que os africanos clandestinos devem ser presos e deportados para “proteger o caráter judaico do Estado de Israel".

O prefeito de Telavive, Ron Huldai, de um partido de esquerda, defende que sejam criadas condições de trabalho aos imigrantes.

* Com informações da Rádioagência NP


Fonte: Página Global

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