Grupos de direita e fundamentalistas judaicos de Israel realizaram um protesto que se transformou em violência contra imigrantes sem documentos. O governo israelense acelerou a construção de um muro de 250 quilômetros que separa Israel do deserto do Sinai, suposta porta de entrada dos imigrantes.
Grupos de direita e fundamentalistas judaicos de Israel realizaram, na última quarta-feira (23), um protesto que se transformou em violência contra imigrantes africanos no país.
Centenas de israelenses foram até o bairro pobre de Hatikva, em Telavive, e realizaram a manifestação, que incluiu saques e apedrejamento de carros dos africanos. A mídia internacional taxou o protesto de racista e xenófobo.
Os imigrantes, a maioria do Sudão e da Eritreia, entram em Israel pela fronteira do deserto do Sinai egípcio. Dados oficiais apontam que cerca de 60 mil africanos vivem de forma clandestina no país. O governo israelense acelerou a construção de um muro de 250 quilômetros que separa Israel do Egito.
A polícia prendeu 20 manifestantes e nenhum imigrante ficou ferido no ataque. Também participou do ato o deputado Miri Regev, do partido de direita Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ele comparou os imigrantes clandestinos com "um câncer que se prolifera".
O líder do partido religioso Shass e ministro do Interior, Elie Yishai, declarou que os africanos clandestinos devem ser presos e deportados para “proteger o caráter judaico do Estado de Israel".
O prefeito de Telavive, Ron Huldai, de um partido de esquerda, defende que sejam criadas condições de trabalho aos imigrantes.
* Com informações da Rádioagência NP
Fonte: Página Global
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