quarta-feira, 24 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
A 16 horas do fim, leilão por virgem brasileira chega a R$ 911 mil
- VIRGINS WANTED
- | ISTOÉ Online
- | 23.Out.12 - 19:02
A 16 horas do fim, leilão por virgem brasileira chega a R$ 911 mil
Do Portal Terra
A 17 horas do final do leilão da virgindade da brasileira Catarina, o maior lance chega a R$ 911 mil no site do projeto de documentário Virgins Wanted. Só nesta terça-feira, (23), penúltimo dia dos lances (as apostas terminam às 21h do dia 24 em Sydney - 9h no Brasil), três interessados ofereceram valores superiores a R$ 800 mil. O dono do maior lance é indiano, de acordo com o site.
A brasileira chegou à Austrália no final de semana do dia 14, depois de duas tentativas frustradas de conseguir um visto. "Estou muito feliz de estar aqui, porque é tudo novidade. Agora, ainda estou muito envolvida com o filme, mas quero percorrer o país e conhecer outras cidades assim que tiver mais tempo", informou a brasileira.
O leilão da virgindade de Catarina faz parte de um projeto de documentário, idealizado pelo australiano Justin Sisely. Segundo o diretor, a ideia é mostrar o desenvolvimento emocional de dois jovens, antes e depois da primeira experiência sexual.
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O jogo do bilhão
Impulsionados pelas doações aos comitês políticos, Barack Obama e Mitt Romney protagonizam a campanha política mais cara da história. Juntos, eles vão gastar mais de US$ 2 bilhões
Mariana Queiroz BarbozaDUELO
Ainda não se sabe como o debate da terça-feira 16 impactou nas doações
No anseio de não ser ultrapassado pelo adversário na corrida presidencial americana, o democrata Barack Obama deve alcançar nas próximas semanas o número mágico de US$ 1 bilhão em arrecadação de fundos para sua campanha. Assim, sua empreitada para a reeleição será a mais cara da história recente. Já o republicano Mitt Romney, que de abril a julho dominou a corrida por doações, estima gastar US$ 800 milhões. Nessa toada, até o dia do voto, em 6 de novembro, democratas e republicanos devem desembolsar no total mais de US$ 2 bilhões. “Os candidatos temem que, se não gastarem tanto dinheiro, seu opositor o fará e se comunicará melhor com os eleitores”, diz Danny Hayes, professor de ciência política da Universidade de George Washington. “Um tem que fazer frente ao investimento do outro e, dessa forma, são levados a bater recorde atrás de recorde”, diz Filipe Campante, professor de políticas públicas da Universidade de Harvard. “O resultado são valores que soam absurdos.”
Levando-se em conta um contexto em que os partidários do atual presidente comemoram um recuo de 0,3 ponto percentual na taxa de desemprego (de 8,1% para 7,8% em setembro), a campanha bilionária parece fora de tom. Para John Hudak, especialista em estudos de governança do Instituto Brookings, de Washington, embora muitos cidadãos reclamem da arrecadação e dos gastos bilionários, a crítica não deve utilizar a crise econômica como pano de fundo. “O dinheiro vem de doadores individuais, que escolheram fazer isso por vontade própria”, afirma. “Mas essa é uma parcela pequena da população, já que muitos não doam para políticos porque simplesmente não podem gastar dinheiro com isso.” A base de contribuintes do atual presidente ultrapassou os quatro milhões de indivíduos, o que é um número impressionante, mas pequeno se considerado que o vencedor precisará de ao menos 65 milhões de votos nessas eleições, segundo estimativas.
Ao dispensar o financiamento público, em 2008, Obama inaugurou a era das campanhas presidenciais bilionárias e abriu caminho para a regularização dos comitês políticos independentes, conhecidos como Super PACs. O resultado foi amplamente favorável ao democrata. Enquanto o senador republicano John McCain gastou US$ 239 milhões para concorrer à Presidência, sendo US$ 85 milhões de financiamento público, Obama gastou mais que o triplo: US$ 770 milhões. Apoiada por doações pequenas, mas contínuas, e impulsionadas pela internet, a campanha de Obama há quatro anos descobriu um caminho vantajoso para recusar o financiamento público ao se ver livre do engessamento a um teto. Esse é, afinal, o maior benefício que os inéditos Super PACs trazem aos candidatos neste ano. Em janeiro de 2010, uma decisão da Suprema Corte americana baseou-se no direito à liberdade de expressão para derrubar os limites de doação para esses comitês, que são livres para apoiar quem quiserem. “Os Super PACs geralmente são fundados por doadores ricos que contribuem com quantias de US$ 250 mil, US$ 500 mil ou até maiores que US$ 1 milhão”, diz Liz Bartolomeo, diretora de comunicação da ONG Sunlight Foundation. “As portas para despesas políticas estão abertas e há pouca regulação para impedir isso.”
Os comitês independentes tiveram papel fundamental nas primárias republicanas no início do ano. Candidatos como Newt Gingrich e Rick Santorum só foram capazes de permanecer mais tempo na disputa por causa do apoio que receberam dos Super PACs. Mas sua real influência só poderá ser conhecida após o resultado das eleições majoritárias. John Hudak, do Instituto Brookings, vê o fenômeno com ceticismo. “Campanhas caras são boas para a democracia pelo fato de indivíduos estarem doando seu dinheiro e tomando um papel mais participativo no processo eleitoral, mas os Super PACs não têm demonstrado o mesmo poder dos eleitores engajados.” Os comitês que apoiam Romney gastaram muito mais do que os que apoiam Obama (leia quadro) e a maior parte disso foi para propagandas negativas veiculadas na tevê. Ainda assim, as pesquisas mostram os dois tecnicamente empatados. “No fim do dia, apesar de todo o dinheiro, o efeito não é o esperado”, diz Hudak.
Diretor de comunicação do American Crossroads, comitê que apoia o candidato republicano, Jonathan Collegio diz que trabalha por Romney por acreditar em valores liberais, como o livre mercado e governos limitados, e não vê exagero no papel dos Super PACs. “Nossas atividades atuam como fonte de equilíbrio diante do impacto que os sindicatos tiveram nas eleições nos últimos 80 anos”, afirma. “Só em 2008, eles gastaram mais de US$ 400 milhões para ajudar a eleger Obama.” Enquanto alguns críticos defendem que a nova legislação aumenta a influência das corporações e afasta os EUA do foco nas contribuições individuais, dados da Sunlight Foundation mostram que a maioria das doações vem de pessoas físicas. Segundo a organização, dos US$ 459,7 milhões já levantados pelos comitês, apenas US$ 99 milhões vieram de empresas. “Os comitês políticos estão interessados em eleger seus candidatos e nem um pouco preocupados com a saúde da democracia”, diz Danny Hayes, da Universidade de George Washington.
Tanto empenho para a arrecadação de recursos para seus candidatos, entre outras ações, que incluem, por exemplo, ligações de telefone para potenciais eleitores, retrata um cenário que não era previsto pelos analistas no início do ano. A fraca recuperação da economia, de um lado, e a falta de carisma do adversário de Obama, do outro, resultaram numa disputa apertada, palmo a palmo, mas não impediram que o engajamento dos militantes se desse em números tão superlativos. Os momentos-chave da campanha estiveram diretamente relacionados a avanços na arrecadação. Após o primeiro debate entre os presidenciáveis em 4 de outubro, quando a performance de Mitt Romney surpreendeu positivamente os eleitores, sua campanha levantou US$ 12 milhões nas 24 horas seguintes ao evento. Antes disso, a campanha de Barack Obama chegara a um pico de 700 mil contribuintes na semana da Convenção do Partido Democrata, de 4 a 6 de setembro. O impacto do debate da terça-feira 16, em que as pesquisas sagraram Obama como o vencedor por uma pequena margem, não foi divulgado pelas campanhas.
A chegada ao marco bilionário para reeleger um presidente é relativizada pelos cientistas políticos. “Um bilhão de dólares é muito dinheiro de forma absoluta, mas nem tanto perto da nossa economia”, afirma Hayes. “Se considerarmos o tamanho do orçamento americano ou mesmo de seu déficit anual, que é da ordem de US$ 1 trilhão, isso é uma gota no oceano”, diz Filipe Campante, da Universidade de Harvard. “Dada a importância das decisões do governo sobre os agentes econômicos globais, esse valor não é surpreendente, o que não quer dizer que seja desejável do ponto de vista social.”
Foto: Brian Snyder/Reuters
Fonte: Federal Election Commission
Fotos: Joe Burbank/Photoshot/Other Images e Jason Reed/Reuters
Fonte: Federal Election Commission
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Fonte: IstoÉ N° Edição: 2241 | 19.Out.12 -
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Uma cidade filosófica
Com filósofa que atende o público, seminários e cadeiras próprias para a reflexão, pequeno município italiano atrai turistas
Michel Alecrim
Para Platão, a cidade ideal seria governada por um filósofo, como consta em seu livro “A República”. Depois de mais de 2,3 mil anos da morte do pai da Academia grega, uma pequena cidade do sul da Itália, Corigliano d’Otranto, resolveu seguir o conselho. Desde que assumiu a prefeitura, em 2006, Ada Fiore, transformou a filosofia num elemento cotidiano da pequena vila de menos de seis mil habitantes. Frases de mestres, como Santo Agostinho, podem ser lidas nas paredes. Cadeiras em formato de livros foram instaladas nas calçadas como um convite à reflexão. Ou seja, um parque temático foi criado, incluindo recursos interativos, o que já atrai milhares de turistas. No cardápio de um dos bares, pode-se ler a pergunta “Por que nasci?”, por exemplo. O tema é levado tão a sério, que até o cargo oficial de filósofo municipal foi criado. Entre as atribuições da ocupante desse posto, Graziella Lupo, está o de prestar consultas à população.
“No início, muitos moradores acharam estranho e ficaram contra. Mas com o tempo, aceitaram”, contou Ada à ISTOÉ. Estima-se que 10% dos moradores já tenham sido atendidos nas consultas, sempre concedidas nas tardes de sexta-feira, ou participado de seminários filosóficos. “A maioria das pessoas que me procura quer tratar da dinâmica de seus relacionamentos, entre pais e filhos, casais, etc.”, diz Graziella. Na alta estação o “parque filosófico” recebeu dois mil visitantes, entre os quais, brasileiros que, segundo Ada, resolveram contar suas histórias de vida para outros visitantes. “Foi muito emocionante”, recorda.
Enquanto refletem sobre a existência, os moradores de Corigliano não deixam, entretanto, de ter de enfrentar os problemas reais, como os danos ambientais do aterro sanitário que atende a região. Como a filosofia até hoje vem oferecendo mais perguntas do que respostas, a indagação adequada para esse e outros problemas está num dos cardápios de um café da cidade no qual se lê: “Por que os erros se repetem?”.
Fonte: IstoÉ N° Edição: 2241 | 19.Out.12
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domingo, 21 de outubro de 2012
OS HORRORES DO TELEMARKETING
Por Renan Hamann em 19 de Outubro de 2012
“Obrigado por entrar em contato conosco! Não se esqueça, a sua ligação é muito importante para nós! Você já conhece os novos planos de vantagens do nosso Cartão Fidelidade? Acesse nosso site e confira tudo com detalhes! A sua ligação é muito importante para nós! Ao ser atendido, tenha em mãos o seu CPF, RG, IP, ID do ICQ, MSN, CTPS e número de registro da sua casa no cartório da cidade! Sua ligação é realmente importante para nós!”
Você já deve ter ouvido frases parecidas com as que foram mostradas no parágrafo anterior, todas acompanhadas de uma agradável música de fundo – daquelas tão agradáveis que dão vontade de dar um tapa na cara de que a compôs. Você também já deve ter percebido qual é o tema do Erro 404 desta semana, né? Sim, vamos falar sobre o drama de quem precisa falar com centrais de atendimento.
“O senhor poderia estar verificando o seu código, por favor?”
Você precisa resolver um problema em sua conta telefônica e só possui alguns minutos para isso? Esqueça! Você precisa reservar algumas horas de sua agenda para poder solucionar o erro na soma da fatura. E há pesquisas que indicam que o principal motivo para a demora nesses atendimentos é o uso do gerúndio – isso mesmo, o tempo verbal que parece deixar tudo mais demorado.
"Senhor, aguarde um minuto enquanto eu vou estar conferindo a sua ficha, senhor!" (Fonte da imagem: iStock)
Por exemplo, se um atendente utilizasse a frase “Confirme seu RG, por favor!” em vez de “O senhor poderia estar confirmando o seu RG, por favor?”, teríamos uma economia de meia frase. Agora imagine isso repetidas vezes, durante todo o contato. É claro que isso representa um aumento de 43% no tempo gasto. Sem falar que isso pode deixar muitas pessoas bastante incomodadas – o gerúndio é uma poluição sonora, admitamos. Confira:
– Bom dia, senhor! Em que posso estar ajudando?
– Oi, minha conta veio com erros.
– O senhor poderia estar dizendo qual o problema, senhor?
– Tem uma ligação pra Bósnia, no valor de 200 reais, mas eu não fiz.
– O senhor poderia estar me dizendo qual a data da ligação, senhor?
– 24 de setembro!
– O senhor pode estar aguardando enquanto eu vou estar verificando.
(...)
– Obrigado por aguardar, senhor. No nosso sistema consta que o senhor efetuou a ligação, senhor.
– Mas eu não efetuei.
–Vou estar conferindo mais uma vez, senhor!
– Ahhhhhhh!
“Eu poderia falar com o seu supervisor?”
Um dos maiores dramas dos atendentes de telemarketing é a frase “Me passe para seu supervisor!”. Isso acontece porque – mesmo que aquele funcionário esteja realmente se esforçando para resolver os problemas dos clientes – os supervisores de call center odeiam ser incomodados e descontam toda a raiva que sentem do mundo em cima dos atendentes.
E é por esse motivo que você não conseguirá falar com o supervisor quando quiser. É preciso de muito esforço para conseguir convencer algum dos atendentes a fazer com que a ligação seja transferida (mas só nessas horas, né!?). As estatísticas de um dos institutos de pesquisas mais respeitados da face oeste do Bairro do Abacate (em Santana do Centro-Sul) afirmam que 85% das pessoas desistem da ligação antes de serem transferidas.
Já as outras pessoas, que resistem bravamente à espera e chegam até a tão desejada ligação, levam entre 5 e 7 minutos para perceber que estão falando com o mesmo atendente (que acabou de engrossar a voz para tentar enganar os clientes).
Transferências e quedas
Depois de quase um ano, você percebe que utiliza um plano de internet que não possui muitas finalidades. O problema é que, para cancelar, você precisa ligar para a central de atendimento em horário comercial, de segunda a sexta. Você trabalha nesses mesmos horários. Para ajudar, a empresa não disponibiliza um telefone 0800 e você precisa ligar de seu próprio celular.
Chegam as suas férias e, finalmente, você pode realizar a ligação tão desejada. Depois de um revigorante café da manhã, o telefone é acionado e começa a saga que faria até mesmo Hércules desistir – sem brincadeiras, se um dos 12 trabalhos dele fosse cancelar uma linha telefônica, a lenda jamais existiria.
"Não me transfere! Ahhh! Sua mãe tem caspa no sovaco!" (Fonte da imagem: iStock)
Mas tudo bem! Você é forte! Você está de férias e você PRECISA cancelar aquele plano. É nesse momento que você percebe o quanto as empresas de telemarketing são cruéis com seus funcionários. Todos possuem metas a serem cumpridas e cancelamento e reajustes de planos raramente contam pontos no final do mês. É por isso que eles agem como namorados ciumentos no melhor estilo “Não posso viver sem você!”.
E é assim que sua ligação é transferida por cerca de cinco ou seis dezenas de atendentes, até que a chamada caia ou você desista de realizar aquele cancelamento. “E daí que eu vou deixar de comer durante alguns dias do mês! Eu não tenho mais forças para lutar contra isso!”. E no final de sua vida você poderia ter comprado um iate com o dinheiro gasto desnecessariamente.
Os mesmos procedimentos de sempre
Todo mundo que teve que entrar em contato com centrais de atendimento deve ter ouvido as mesmas instruções. Isso acontece porque os atendentes são obrigados a seguir um protocolo antes que seja possível realizar testes adicionais – acredite, boa parte dos problemas é resolvido com isso.
Mas sempre que o cliente é um pouco mais experiente, o “procedimento-padrão” já foi realizado antes da ligação. E é por isso que tantas pessoas se revoltam nos contatos. É fácil entender... Imagine que você está vendo o pneu do seu carro furado, mas a seguradora insiste em dizer que o seu motor acabou de derreter. Você sabe a verdade, mas tem que fazer os testes-padrão.
Com os computadores, telefones e qualquer outro equipamento eletrônico, funciona da mesma maneira. Você sabe que precisa de uma solução de verdade, mas vai passar pelos testes de sempre. O pior é que em alguns casos, aquela dica “reinicie o modem” realmente funciona! E é nesse momento que você vai parar neste outro Erro 404.
.....
Atenção: este artigo faz parte do quadro "Erro 404", publicado semanalmente no Baixaki e Tecmundo com o objetivo de trazer um texto divertido aos leitores do site. Algumas das informações publicadas aqui são fictícias, ou seja, não correspondem à realidade.
Ilustração por: Aline Sentone
Fonte: Site TecMundo
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No país, 186 estrangeiros foram eleitos no dia 7
A proporção de estrangeiros eleitos neste ano se manteve em relação ao registrado em 2008
Candidatos da Hungria, Líbano e Japão, entre outros países, foram eleitos no último dia 7 nas eleições municipais do país. Os brasileiros naturalizados vão governar 28 cidades e ocupar 158 cadeiras em câmaras municipais a partir de 2013. Levantamento realizado pelo G1 mostra que 12,5% dos 1.450 brasileiros naturalizados na disputa em 2012 saíram vitoriosos.
A proporção de estrangeiros eleitos neste ano se manteve em relação ao registrado em 2008, quando 12,7% dos 1.770 candidatos conquistaram uma vaga. Na época, foram eleitos 34 prefeitos e 255 vereadores nascidos no exterior.
Fonte: www.correiodoestado.com.br
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sábado, 20 de outubro de 2012
As maiores bilheterias do cinema brasileiro
Revista de Cinema, Ancine, Embrafilme (p.134), Filme B e-Pipoca
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Apocalyptica - Seemann (HD) by Nahiem
Mais uma bela composição musical dos finlandeses do Apocalyptica, banda formada por três violoncelistas que fazem o gênero conhecido como "symphonic metal". Clipe com a participação da cantora alemã Nina Hagen.
Castillos de Cristal - "Guerrero de Fuego"
O bom metal melódico dos mexicanos da banda Castillos de Cristal.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Marvel versus DC: os crossovers não oficiais
Muito além das parcerias que renderam grandes encontros entre seus personagens, as editoras Marvel e DC estrelaram crossovers involuntários dentro e fora de seus domínios editoriais
Por Marcus Ramone
Em 1975, quando se reuniram para produzir uma adaptação do clássico O Mágico de Oz, Marvel e DC Comics abriram um precedente e criaram a expectativa da iminente realização de um sonho que povoava a mente de qualquer leitor de gibis de super-herói. Naquela época, ver os personagens das duas grandes editoras, juntos em uma mesma HQ, parecia uma realidade impossível.
Curiosamente, anos antes, alguns quadrinhistas trataram de oferecer um aperitivo daquilo que se tornaria corriqueiro no linguajar dos fãs de quadrinhos: os crossovers. Em março de 1971, na última página da revista Aquaman # 56 (DC), o herói da Liga da Justiça criou, inadvertidamente, um grotesco monstro aquático. Foi a derradeira edição daquele gibi e o plot ficou perdido.
Entretanto, em 1974, o argumentista Steve Skeates, que havia escrito aquela história, estava trabalhando na Marvel e usou a antiga ideia em Sub-Mariner # 72, repetindo as últimas sequências dos quadrinhos de Aquaman # 56.
Assim, os leitores mais atentos (e que acompanhavam as aventuras dos dois heróis) puderam identificar a mão do outro soberano dos mares na história de Namor, apertando com um dedo o botão de um dispositivo que deu vida ao monstro.
As revistas Justice League of America # 103 (DC, 1972), Amazing Adventures # 16 (Marvel, 1973) e Thor # 207 (Marvel,1973) também apresentaram um vislumbre do que poderia ser um crossover entre os personagens daquelas editoras.
Graças a Steve Englehart, Gerry Conway e Len Wein, que, depois de assistir a uma parada anual de Halloween na cidade de Rutland, nos Estados Unidos, decidiram escrever nos respectivos gibis em que trabalhavam uma aventura envolvendo os heróis fantasiados da editora concorrente.
As participações se limitaram a personagens figurantes vestidos de super-heróis em desfiles de carro aberto. Mas, em Justice League of America # 103, a ousadia foi mais longe. O vilão Félix Fausto dominou a mente dos fantasiados e lhes concedeu superpoderes. O resultado foi "Capitão América", "Homem-Aranha", "Hulk" e outros heróis da Marvel enfrentando a Liga da Justiça.
Até então, o mais próximo de um confronto desse porte tinha acontecido em outubro de 1968, na capa de Inferior # 5, gibi satírico da DC, que mostrou Homem-Aranha, Namor, Coisa, Tocha Humana e Senhor Fantástico tombados aos pés do Superman e de uma equipe de super-heróis desengonçados.
Mas foi somente em 1975 que os crossovers entre Marvel e DC começaram a ganhar forma, quando o agente literário e escritor David Obst resolveu levar a sério o que parecia apenas um desejo maluco de leitores ou brincadeira de quadrinhistas.
Depois de procurar Stan Lee e Carmine Infantino, respectivamente editores-chefes da Marvel e da DC, Obst os convenceu a apostar numa ideia que batizou de "a batalha do século": Super-Homem contra Homem-Aranha, o primeiro encontro oficial entre os personagens das duas maiores editoras de quadrinhos do planeta.
Um ano depois, a HQ Superman vs. The Amazing Spiderman foi lançada nos Estados Unidos, em formato gigante, começando a construir um currículo repleto de confrontos que marcaram época e resultaram em algumas das mais empolgantes histórias em quadrinhos de super-heróis de todos os tempos.
Essa trajetória de superencontros inclui a inusitada heroína Mantis, que estreou numa edição de Avengers, em 1973, e saiu da "Casa das Ideias" para fazer parte da DC, em 1977, com outro nome. Ela voltou para a Marvel poucos anos depois.
E como seria de se esperar, feito uma linha do tempo paralela, desgarrada do fluxo cronológico original, Marvel e DC também protagonizaram crossovers fora de seus domínios, realizados em outros universos editoriais.
Isso aconteceu muitas vezes e continua sendo uma prática comum em gibis de diversos personagens, no Brasil e em outros países.
D'oh!
Foi uma rápida aparição. Mas pode ser considerada uma das mais divertidas cenas protagonizadas pelas criações das duas editoras.
Em The Simpsons/Futurama Crossover Crisis II # 2 (Bongo Comics, 2005), o traquina Bart Simpson contracena com Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Homem-Aranha, Wolverine, Capitão América e Thor.
Os heróis embarcaram no clichê de brigar no primeiro encontro, não sem antes serem indagados pelo pequeno Bart sobre o fato de estarem com os rostos sempre escondidos na penumbra. A resposta foi dada pelo escalador de paredes: "Proteção dos direitos autorais".
Até que um roteirista os separe
A DC fez uma discreta participação na cultuada minissérieMarvels, escrita por Kurt Busiek, desenhada por Alex Ross e lançada em 1994.
Na sequência que mostrava o casamento entre Reed Richards e Sue Storm, do Quarteto Fantástico, estavam na igreja, entre os convidados, muitas celebridades que gozavam de popularidade em 1965 - ano em que, na cronologia da série, aconteceu o enlace matrimonial do casal de super-heróis.
E nessa lista, seguramente fazendo seu papel de jornalistas cobrindo o concorrido evento, apareciam Clark Kent e Lois Lane - que, dois anos depois da publicação de Marvels, também se casariam.
Quando titãs colidem
O alter ego do Superman e sua então namorada fizeram outras aparições em títulos regulares da Marvel. Uma das mais lembradas, pela toada cômica, aconteceu em Thor # 341 (março de 1984), publicada no Brasil em Os maiores clássicos do Poderoso Thor # 1 (Panini, setembro de 2006).
Na HQ, Nick Fury encontra uma forma pitoresca de disfarçar o Deus do Trovão, que, naquela fase - escrita e desenhada por Walt Simonson -, não estava usando uma identidade secreta para viver entre os humanos. O comandante da S.H.I.E.L.D. entregou um par de óculos ao asgardiano, dizendo que aquilo servia, já que resolvia o mesmo problema do "outro cara".
Se a referência sutil não bastava, o "outro cara" (ou melhor, Clark Kent) e Lois Lane apareceram na página seguinte - com direito à jornalista chamando o namorado nominalmente.
E foi então que, antecipando o que aconteceria muitos anos depois em LJA / Vingadores, os heróis se chocaram... literalmente: Superman foi derrubado por Thor quando, casualmente, os dois se esbarraram.
Supercoelhadas
A Turma da Mônica pode se considerar privilegiada. Afinal, depois dos Estados Unidos, o Bairro do Limoeiro parece ser o lugar em que os super-heróis Marvel e DC mais dão as caras.
Eles são presença fácil nas histórias da baixinha dentuça, muitas vezes aparecendo juntos em inusitados crossovers, para ajudar a garotada contra grandes perigos - um rato que amedronta as meninas ou uma gota d'água prestes a atingir o Cascão -, ou mesmo apanhando da Mônica.
Dentre essas participações especiais, duas merecem destaque.
Uma delas pode ser vista em Mauricio Apresenta # 4 - Superparque (Panini, 2008), que trouxe somente aventuras com a participação dos super-heróis, incluindo uma em que os personagens da Marvel e da DC - à vezes formando dupla uns com os outros -, divertiam-se no Parque da Mônica.
E na HQ principal de Mônica # 54 (Panini, 2011), que comemorou a 500ª edição do gibi da personagem no Brasil, um ciumento Cebolinha não contém a indignação ao ver integrantes dos Vingadores e da Liga da Justiça rindo alto com um gibi da Mônica nas mãos.
Um tira da pesada
Ele é durão e não faz distinção de quem prende, julga e executa. Resta saber por que razão, em 1978, o Juiz Dredd aniquilou vários super-heróis Marvel e DC.
Tudo não passou de uma provocativa ilustração para uma publicidade institucional do clássico gibi britânico 2000 AD. Mas teve sucesso em chamar a atenção para a criação de John Wagner e Carlos Ezquerra, que havia estreado na revista no ano anterior.
Por Odin!
Em 2003, Garth Ennis e Glen Fabry criaram o viking zumbi e vilão cósmico Harald Jaekelsson, para a minissérie Thor - Vikings, da Marvel.
Passaram-se apenas alguns meses para que o mesmo personagem aparecesse em outra minissérie, dessa vez pela DC/WildStorm.
Não foi coincidência o fato de que Authority: More Kev também tinha sido produzida por Ennis e Fabry.
A luta continua?
O saudoso gibi Os Trapalhões, da Bloch Editores, acolhia os super-heróis Marvel e DC como poucos.
Superômi, Rúlki e Nega-Maravilha eram algumas das melhores paródias desses personagens, que costumavam se reunir em crossovers.
Num deles, no início dos anos 1980, a HQ foi censurada por motivos políticos (era época da ditadura militar no Brasil) e foi publicada com alterações. Na aventura, os heróis entraram em greve, reivindicando os mesmos direitos dos trabalhadores comuns.
Em 2012, a história original foi divulgada pelo seu desenhista, o cartunista Bira Dantas.
A Era dos Super-heróis
Quem foi criança em 1979 não se esquece de uma música que fez bastante sucesso no Brasil: A Era dos Super-heróis, faixa-título do LP da banda paulistana Lee Jackson.
Escrita pelo hoje autor best-seller Paulo Coelho, a letra da música unia os personagens Marvel e DC(como Capitão América e Lanterna Verde, dentre outros) em divertidas situações vexatórias.
Para completar, a capa do disco trazia uma ilustração em que os integrantes da banda faziam as vezes desses heróis.
Quem disse que só nos gibis é possível um crossover desse naipe?
Unidas por um título
No final dos anos 1990, a Editora Abril lançou o gibi bimestral Especial do Mês, com uma proposta singular: publicar HQs da Marvel e da DC no mesmo título.
A ideia deixou em polvorosa os fãs das duas editoras, que nem se deram ao trabalho de questionar a possibilidade de tamanha façanha, levando-se em conta que as publicadoras norte-americanas certamente não permitiriam uma iniciativa desse tipo.
Apesar de a intenção ter sido publicar uma editora por edição, Especial do Mês durou apenas quatro números (todos em 1998), somente com personagens da Marvel - X-Force, Tropa Alfa, Thunderbolts e Excalibur, respectivamente.
Não realizou o intento de fazer um crossover no mix do gibi, mas entrou para a história como um belo "quase" que atiçou milhares de leitores.
E se não há, no horizonte, nenhum vislumbre de mais um crossover inédito e oficial entre Marvel e DC, é certo que vai ter sempre um gibi de outra editora oferecendo esse presente aos leitores.
Fonte: Universo HQ
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