A proporção de estrangeiros eleitos neste ano se manteve em relação ao registrado em 2008
Candidatos da Hungria, Líbano e Japão, entre outros países, foram eleitos no último dia 7 nas eleições municipais do país. Os brasileiros naturalizados vão governar 28 cidades e ocupar 158 cadeiras em câmaras municipais a partir de 2013. Levantamento realizado pelo G1 mostra que 12,5% dos 1.450 brasileiros naturalizados na disputa em 2012 saíram vitoriosos.
A proporção de estrangeiros eleitos neste ano se manteve em relação ao registrado em 2008, quando 12,7% dos 1.770 candidatos conquistaram uma vaga. Na época, foram eleitos 34 prefeitos e 255 vereadores nascidos no exterior.
O
processo de expulsão de estrangeiros presos no Brasil será um dos temas tratados
no Seminário sobre Presos
Estrangeiros que
o Conselho Nacional de Justiça realizará no próximo dia 9 de março, na Escola
Paulista da Magistratura. Representantes do Ministério da Justiça e a Defensoria
Publica da União participarão do debate sobre como facilitar e acelerar a
expulsão de pessoas presas em território nacional para cumprirem penas nos seus
países de origem.
Segundo os dados mais recentes do Departamento
Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, havia 3.191
estrangeiros sob custódia no país em junho de 2011. Dentre todos os continentes,
os presos vindos de países do continente americano eram maioria (1.546), de
acordo com o levantamento do Depen.
A
iniciativa é um desdobramento do mutirão carcerário que o CNJ realizou no estado
de São Paulo no segundo semestre de 2011. Durante o mutirão, as instituições
envolvidas no problema se reuniram e criaram grupo de trabalho para discutir o
assunto em seminário.
São Paulo – O sistema prisional paulista é o que
abriga o maior contingente de presos estrangeiros dentro todos os sistemas
estaduais. “Seis em cada dez estrangeiros presos no Brasil estão em alguma
unidade prisional do estado de São Paulo”, diz o coordenador do evento e juiz
auxiliar da Presidência do CNJ Luciano Losekann.
Os demais temas em debate serão a prisão em flagrante de
estrangeiros ou decorrente de ordem judicial, o processo de conhecimento e
execução penal, defesa e acusação, além do contato com as famílias e países de
origem.
Participantes – Representações estrangeiras
relacionadas aos problemas foram convidadas para o evento, assim como o
Ministério das Relações Exteriores (MRE). Além disso, devem participar
representantes dos poderes Judiciários do Estado e da União; Ministérios
Públicos estaduais e federal; Defensorias Públicas do Estado e da União;
representantes da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São
Paulo e da pastoral carcerária.
As primárias que acontecem desde o início deste ano em diversos estados dos EUA pelo Partido Republicano vão definir o adversário do atual presidente Barack Obama para a disputa de 2012.
O conservador Mitt Romney tem se destacado na disputa, com resultado significativo na última terça-feira (6), na Flórida, quando obteve 46% dos votos contra 32% de Newt Gingrich.
Em Nevada, onde Romney destacou a participação dos eleitores mórmons e os que apoiam o movimento Tea Party, o candidato também ficou na frente. Às 3h10 deste domingo (horário de Brasília), Romney já era dado como vitorioso, na frente do ex-presidente da Câmara de Representantes, Newt Gingrich e do congressista Ron Paul e do ex-senador Rick Santorum.
Um dos pontos mais abordados durante os debates entre os candidatos é a questão da imigração nos Estados Unidos. O Partido Republicano tem se posicionado contra a entrada de estrangeiros nos EUA de maneira assídua e Romney é um dos que mais reforçam a posição de rejeição. O discurso de extrema-direita e conservador do candidato tem alcançado altos índices de popularidade.
Existem atualmente cerca de 11 milhões de estrangeiros vivendo ilegalmente nos Estados Unidos. Grande parte é de latino-americanos, principalmente mexicanos, que imigraram de forma ilícita e ocuparam subempregos e profissões desvalorizadas, por muito tempo rejeitada pelos norte-americanos.
Segundo o professor Pedro Paulo Zaluth, da Universidade de Campinas (Unicamp), o alto índice de desemprego, causado pela crise econômica, faz com que os eleitores acreditem que uma das razões são que os imigrantes estejam "roubando os empregos", pelo baixo custo da mão-de-obra.
Há hoje nos Estados Unidos "um sentimento de intolerância que é alimentado pela relação neurótica e obsessiva da população com a nacionalidade e os traços culturais do país. Opõe-se a distribuição de renda, pois a camada social menos favorecida tende a ser, em sua maioria, imigrante", afirma o economista.
Uma das principais bandeiras de Romney é o veto ao "Dream Act", uma proposta que corre no congresso e é apoiado pelo governo de Barack Obama, e que autorizaria a legalização de estudantes imigrantes ilegais que chegaram aos EUA antes dos 16 anos, dentre outros requisitos.
O discurso do conservador vai em clara oposição às recentes declarações de Obama, que reverenciou a importância dos imigrantes para a formação dos Estados Unidos. "Foi a vinda de milhares de imigrantes que fez os Estados Unidos. Apoiar a imigração é a coisa certa a se fazer, é a coisa inteligente a se fazer" afirmou. Em outra ocasião, Obama citou inclusive os brasileiros: "Pessoas querem vir para cá. E China e Brasil são dois dos países com maiores demandas. Os Estados Unidos estão abertos para negócios", disse.
Romney segue uma tendência que se estabeleceu nos estados do Sul dos Estados Unidos desde 2009. Em estados como o Arizona, leis transformaram a imigração ilegal em crime e concedeu poderes a polícia para abordar "suspeitos" em qualquer lugar, o que levou a uma onda de protestos e acusações da política ter características racistas e xenófobas.
Apesar de uma atitude altamente criticada pelo presidente Obama, a população parece concordar com o conservadorismo do sul. Uma pesquisa da Pew Research Center for the People and the Press, mostrou que cerca de 60% dos americanos concordam com as rígidas leis em relação aos imigrantes.
A criação e o aumento de organizações de extrema-direita, como o Tea Party, apoiado pela mídia conservadora, como a Fox News, é um exemplo claro de um movimento cada vez mais conservador da população norte-americana, afirma o professor.
O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira medidas para tornar mais ágil o processo de concessão de vistos de não-imigrantes, que deverá beneficiar especialmente turistas brasileiros e chineses.
O anúncio foi feito em uma visita ao parque Disneyworld, na Flórida.
Com as novas regras, incluídas em uma ordem executiva assinada pelo presidente, determinados tipos de viajantes que já foram entrevistados em pedidos anteriores poderão renovar o visto sem passar pela entrevista novamente.
O objetivo é aumentar em 40% a capacidade de processamento dos pedidos de vistos no Brasil e na China neste ano.
Segundo o Departamento de Estado, o número de viajantes do Brasil que chegam aos EUA deve crescer 274% entre 2010 e 2016.