A série Assassin’s Creed popularizou a Ordem dos Assassinos, através de personagens como Altaïr Ibn-La’Ahad, Ezio Auditore, Desmond Miles, entre outros. Porém, o que muitos não sabem, é que a Ordem dos Assassinos realmente existiu, durante a Idade Média. Nesta postagem, vamos conhecer 15 curiosidades históricas dos Assassinos.
Hassan Ibn Sabbah, fundador da Ordem dos Assassinos
- A Ordem de Assassinos foi uma seita fundada no século XI por Hassan Ibn Sabbah, conhecido como “o velho da montanha”. Hassan criou a seita com o objetivo de difundir uma nova corrente do ismaelismo, que ele mesmo havia criado. Sua sede era uma fortaleza situada na região de Alamut, no Irã.
- Os Assassinos resultaram de uma disputa sucessória no califado fatímida, uma dinastia xiita que governou o Norte de África e o Egito nos séculos X e XI. Após a morte do califa al-Mustansir em 1094, Hassan recusou-se a reconhecer o novo califa, al-Musta’li, decidindo apoiar o irmão mais velho deste, Nizar.
- Em 1090, Hassan e os seus partidários já tinham capturado a fortaleza de Alamut, situada perto da atual cidade iraniana de Teerã. Esta fortaleza serviu como centro de operações, a partir da qual Hassan comandava a realização de ataques nos territórios que são hoje o Iraque e o Irã.
- A partir do século XII, os Assassinos começam a atacar a Síria, tendo tomado vários castelos situados nas montanhas de An-Nusayriyah. Um desses castelos foi Masyaf, a partir do qual Rashid ad-Din as-Sinan governou de forma praticamente independente em relação a Alamut.
- A fama do grupo se alastrou até o mundo cristão, que ficou surpreso com a fidelidade de seus membros, mais até que com sua ferocidade. Seu líder possuía cerca de 60 mil seguidores, segundo alguns relatos da época especulavam.
Ruínas da Fortaleza de Alamut, no Irã
- Alguns pesquisadores acreditam que a palavra Assassino viria de “Assass” – ou seja, “os fundamentos” da fé islâmica. Porém, desde Marco Polo que se acredita que o termo provém de haxixe ou haschichiyun, que significa “fumador de haxixe”.
- Algumas fontes cristãs medievais relatam que os Assassinos teriam por hábito consumir esta substância antes de perpetrarem os seus ataques, induzindo-lhes a visão do paraíso. Contudo, as fontes ismaelitas não fazem referência a qualquer prática deste tipo, sendo esta lenda resultado de relatos de viajantes.
- Apesar de andarem uniformizados na fortaleza de Alamut com trajes brancos e um cordão vermelho em volta da cintura, quando recebiam uma missão, os Assassinos preferiam se misturar aos mendigos das cidades da Síria, da Mesopotâmia, do Egito e da Palestina para não despertarem a atenção.
- Em meio à multidão urbana, eles levavam uma vida comum para não atrair suspeitas, até que um emissário lhes trazia a ordem para atacar. Geralmente, eles aproximavam-se da vítima em número de três. Se por acaso dois punhais ou lâminas ocultas nas mangas fracassassem, haveria ainda um terceiro a completar o serviço.
- Atuavam em qualquer lugar – nos mercados, nas ruas estreitas, dentro dos palácios e até mesmo no silêncio das mesquitas. Até o grande sultão Saladino, seu inimigo de morte, eles chegaram a assustar, deixando um punhal com um bilhete ameaçador em cima da sua alcova.
- A organização tinha como marca o uso de veneno e adagas. De 1090 a 1256, os Assassinos destronaram quase todos que se opuseram a eles. Emires, governantes de cidades, comandantes de fortalezas e até religiosos notórios passaram a vestir armaduras de metal para evitar serem assassinados.
- Hassan treinou e organizou um bando de destemidos assassinos políticos como jamais se havia visto. Certa vez, durante a visita de um emir, querendo demonstrar a lealdade de seus homens, Hassan pediu que um de seus homens se suicidasse, ordem que foi cumprida imediatamente na frente de todos.
- Segundo alguns pesquisadores, a frase “nada é verdade, tudo é permitido“, popularizada na série Assassin’s Creed, era realmente utilizada por Hassan e os Grão-Mestres nos rituais de iniciação na Ordem dos Asssassinos.
- Além de um rigoroso exame de admissão dos iniciados, recolhia crianças abandonadas ou as comprava de casais miseráveis para fazer delas o seu exército de fieis. Carentes de tudo, os jovens aspirantes viam-no como um deus-pai, dedicando-se integralmente a sua vontade, jamais ousando criticar uma ordem recebida.
- Hassan e os Grão-Mestres que governaram após o mesmo seguraram um grande poderio e influência política em toda a região, até que o líder mongol Hulagu Khan destruiu a base de Alamut, em 1256. Foi o fim da ameaça que a seita dos assassinos representava em todo o Oriente Médio.