Países em que as pessoas se sentem mais felizes tendem a apresentar índices mais altos de suicídio, segundo pesquisadores britânicos e americanos.
Os especialistas sugerem que a explicação para o fenômeno estaria na tendência dos seres humanos de se comparar uns aos outros.
Sentir-se infeliz em um ambiente onde a maioria das pessoas se sente feliz aumenta a sensação de infelicidade e a probabilidade de que a pessoa infeliz recorra ao suicídio, a equipe concluiu.
O estudo foi feito por especialistas da University of Warwick, na Grã-Bretanha, Hamilton College, em Nova York e do Federal Reserve Bank em San Francisco, Califórnia, e será publicado na revista científica Journal of Economic Behavior & Organization.
Ele se baseia em dados internacionais e em informações coletadas nos Estados Unidos.
Nos EUA, os pesquisadores compararam dados obtidos a partir de depoimentos de 1,3 milhão de americanos selecionados de forma aleatória com depoimentos sobre suicídio obtidos a partir de uma outra amostra, também aleatória, com um milhão de americanos.
Os especialistas sugerem que a explicação para o fenômeno estaria na tendência dos seres humanos de se comparar uns aos outros.
Sentir-se infeliz em um ambiente onde a maioria das pessoas se sente feliz aumenta a sensação de infelicidade e a probabilidade de que a pessoa infeliz recorra ao suicídio, a equipe concluiu.
O estudo foi feito por especialistas da University of Warwick, na Grã-Bretanha, Hamilton College, em Nova York e do Federal Reserve Bank em San Francisco, Califórnia, e será publicado na revista científica Journal of Economic Behavior & Organization.
Ele se baseia em dados internacionais e em informações coletadas nos Estados Unidos.
Nos EUA, os pesquisadores compararam dados obtidos a partir de depoimentos de 1,3 milhão de americanos selecionados de forma aleatória com depoimentos sobre suicídio obtidos a partir de uma outra amostra, também aleatória, com um milhão de americanos.
Comentário: O sociólogo Émile Durkheim, autor de um estudo consagrado sobre o tema, primeiro a se debruçar sobre a questão, afirmava que o suicídio era um fato social normal, como o crime, por exemplo, só alcançando a condição de fatos sociais patológicos quando passarem a atingir taxas de crescimento elevadas.
Ainda segundo seus estudos, mesmo sendo importantes para a análise, estatísticas, por si só, não são suficientes para determinar a causa de tal ato extremo.
Múltiplas podem ser as razões de um suicídio anômico: desde a ausência de freios normativos ou morais, passando por crises econômicas, existenciais, doença, etc. São os chamados 'estados excepcionais'.
Embora acionado por causas sociais, o fenômeno suicida parte de um ato intencional do indivíduo. Não discutamos aqui se refletido ou impensado. Mas trata-se de inegável ato de intencionalidade personalíssima, cujas razões de fundo estão aquém do que possamos de fato mensurar.
Quanto aos dados e conclusões parciais do estudo americano, relacionando grau maior de felicidade social com taxas também maiores de suicídios, antes de podermos afirmar categoricamente que a relação levantada exista, entendo apenas que pode se perceber que a prosperidade material e a liberdade desenfreada de certos meios sociais trazem, por vezes, a ilusão de tudo poder (uma fome insaciável de transgredir, de ir além das convenções, uma ânsia por novidades que preencham o cotidiano redundante de certas pessoas), o que acaba levando certos indivíduos à prática mais constante de tal ato extremo.
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