sábado, 10 de novembro de 2012

A new Atlantic alliance


Brazilian companies are heading for Africa, laden with capital and expertise



IN THE sweaty heat of northern Mozambique, Vale, a Brazilian mining giant, is digging up coal at its mine near the village of Moatize. A 400,000-tonne mound sits ready to burn. The mine can churn out 4,000 tonnes an hour but the railways and ports cannot cope. Vale is working to improve a line through Malawi to take the coal for export. OAS Construtora, another Brazilian firm, has signed a deal with the miner to build part of a new port at Nacala, 1,000km (620 miles) to the north-east, to do the same.
The continent is an important part of Vale’s future, enthuses Ricardo Saad, the firm’s Africa boss. He is not alone in his excitement about Brazil’s prospects. Relations with Africa flourished during the presidency of Luiz Inácio Lula da Silva. He travelled there a dozen times and African leaders flocked to Brazil. His zeal was in part ideological: he devoted much of his diplomacy to “south-south” relations—at the cost, critics say, of neglecting more powerful (and richer) trade partners, such as the United States.

Brazilian businesses seem keen. In 2001 Brazil invested $69 billion in Africa. By 2009, the latest figures available, that had swelled to $214 billion. At first Brazilian firms focused their efforts on Lusophone Africa, Angola and Mozambique in particular, capitalising on linguistic and cultural affinity to gain a foothold. Now they are spreading across the continent.Lula stressed his country’s “historic debt” to Africa, a reference to the 3.5m Africans shipped to Brazil as slaves. Outside Nigeria, Brazil has the world’s biggest black population. Dilma Rousseff, Brazil’s current president, is continuing those policies—though with more emphasis on how the relationship benefits Brazil. There are many ways that it can. Africa needs infrastructure and Brazil has lots of construction firms. Africa sits on oil and minerals in abundance; Brazil has the firms to get them out. Its agribusiness giants are also eyeing up Africa. If the continent’s economy continues to grow as it has in recent years, it will produce millions of customers much like Brazil’s new middle class.

So far a few large firms dominate. Vale’s coal mine in Mozambique is its biggest operation outside Brazil. Odebrecht has been building things in Africa since the 1980s. Early on it was involved in construction of the vast Capanda dam in Angola. It erected the country’s first shopping mall in the capital, Luanda. In Ghana, where demand for homes is so fierce that tenants have to pay up to two years’ rent in advance, OAS, a contractor of Camargo Corrêa, a big conglomerate, is putting up social housing.
Andrade Gutierrez, another construction firm, works on everything from ports to housing and sanitation projects in Angola, Algeria, Congo and Guinea. Petrobras, Brazil’s state-owned oil behemoth, is already pumping oil in Angola and Nigeria and is on the hunt for more in Benin, Gabon, Libya, Nigeria and Tanzania. Consumer companies are setting their sights on a growing market, too. O Boticário, a Brazilian cosmetics firm, has been peddling its products in Angola since 2006.
Brazil v China
Since Brazil cannot compete with the likes of China in the scale of its investment, it has to offer something extra: in particular, technical expertise. With similar climates, agriculture has been a fruitful field of collaboration. In 2008 Embrapa, a Brazilian agricultural-research institute, set up an office in Ghana. Through Embrapa, Brazil has provided technical assistance to the cotton industry in Benin, Burkina Faso, Chad and Mali. Brazilian companies that produce soya, sugar cane, corn and cotton were sniffing out investments in Tanzania earlier this year.
Brazilian firms hope that their reputation will ensure that opportunities keep coming. They are keen to distinguish themselves from competitors, especially the Chinese. They do not want to be seen as grabbing everything they can, says Rodrigo da Costa Fonseca, Andrade Gutierrez’s president in Africa. Whereas Chinese firms are lambasted for their working practices, their Brazilian counterparts emphasise that they play by the rules, are good employers and want to build enduring relationships by offering development aid as well as private investment.
In particular, Brazilians stress that in Africa they employ Africans (Chinese firms are often criticised for shipping in their own people). Around 90% of Odebrecht’s employees in Angola are locals, as are 85% of Vale’s employees in Mozambique.
The Brazilians have not managed to avoid all criticism. Vale has come under fire for its resettlement of over 1,000 families to make way for its coal mine. Most have been moved to a brand-new village at Cateme, 40km away from Moatize. Disgruntled villagers say the cost of living has soared because of the added expense of getting to Tete, the provincial capital. The ground is less fertile and water less plentiful at the new location, say inhabitants, and the houses provided by Vale are shoddily built. In January angry villagers blocked a nearby railway line in protest.
Vale says it is dealing with these problems—fixing the houses and putting on a bus into town. The company is paying the price for being first in, says Altiberto Brandão, who runs Vale’s mine at Moatize. Vale has a 35-year concession so it needs to keep locals on its side: “we don’t want 35 years of problems,” Mr Brandão insists.
Brazil is still enjoying its honeymoon in Africa, says Oliver Stuenkel of the Global Public Policy Institute, a think-tank. Still, Brazil should learn from the mistakes of others, he says. With its prominence in mining, there is always a danger that Brazil is seen as a new colonial power. Though its presence is growing, it is still paltry compared with China’s. Unlike China, Brazil does not need Africa’s resources but is more interested in diversifying its markets. There is no construction in Europe—there is nothing left to build there, laughs OAS’s Africa head, Leonardo Calado de Brito. “Africa is the place to be.”

Paul McCartney - "My Love"

George Harrison and Eric Clapton - 'While my guitar gently weeps'

O inesquecível George Harrison e super banda no The Princes Trust de 1987.

Microsoft está desenvolvendo uma nova tecnologia para tradução simultânea

Fernanda Santos
Para o TechTudo
A Microsoft está desenvolvendo uma nova tecnologia que permite a tradução simultânea de fala em qualquer idioma. A novidade foi apresentada ao público pelo diretor chefe do setor de pesquisa da empresa, Rick Rashid, em outubro durante o evento Microsoft Research Asia’s 21t Century Computing, realizado Tianjin, China. Na ocasião Rashid demonstrou como o aparelho funciona fazendo um discurso em inglês, que era traduzido em tempo real, em texto e também por voz, para mandarim.
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Rick Rashid demonstrando o novo serviço em vídeo (Foto: Reprodução)
A tecnologia apresentada pela Microsoft usa a técnica chamada Deep Neural Network (Redes Neurais Profundas), que foi desenvolvida pela empresa em parceria com a Universidade de Toronto há dois anos. Esta tecnologia “padroniza o comportamento do cérebro humano” e oferece a possibilidade de “treinar mais características e obter um melhor reconhecimento da fala”, se apresentando mais eficiente que as técnicas anteriores.
Na palestra o representante da Microsoft afirma que eles já conseguiram diminuir em 30% a tacha de erro no reconhecimento de palavras em um discurso, “Isso significa que, ao invés de ter uma palavra incorreta entre outras quatro ou cinco, teremos uma errada em sete ou oito”, diz o diretor chefe. Mesmo que o resultado esteja um pouco longe de ser perfeito, a empresa acredita que este é um avanço significativo desde os anos de 1970 e, como irão adicionar mais dados à tecnologia, eles pretendem conseguir obter resultados melhores.
Em sua apresentação, Rashid também falou sobre os avanços da tecnologia de fala até os dias atuais, começando pela forma de ondas simples desenvolvido há 60 anos atrás, abordando também um pouco sobre a técnica conhecida como “escondidos de Markov”, desenvolvida no final dos anos 1970.
O que chamou a atenção durante a apresentação da novidade na China é que o aparelho imita a voz de Rashid enquanto ele discursa, o que foi possível ser feito com a gravação de dados de sua fala em inglês feita uma hora antes da apresentação. Em uma brincadeira durante sua palestra, Rashid diz que o tradutor universal de Star Trek agora é mais do que nunca uma realidade. Confira a seguir a apresentação da tecnologia na íntegra em um vídeo (em inglês) divulgado pela Microsoft:
Fonte: Tech Tudo

PRESSÃO PARA HOMENS SEREM DOMINANTES NO SEXO PODE ATRAPALHAR RELACIONAMENTOS


Ainda há um senso comum de que homens pensam mais em sexo, querem mais sexo, são mais experientes em sexo. E, por mais que, de vez em quando, faça bem para o homem se sentir dessa forma, a expectativa de que ele deve ser o dominante na vida sexual do casal pode atrapalhar o relacionamento.
É isso que revela uma pesquisa da Universidade de Yale, que analisou 357 mulheres e 126 homens. O estudo buscava entender como andava a confiança sexual de jovens sexualmente ativos. Para isso, eles respondiam a perguntas sobre sua vida ‘entre quatro paredes’ em um computador. Ao lado da máquina, havia uma bacia de preservativos femininos (com uma placa instruindo as pessoas a levarem quantos quisessem e mostrando como usá-los). Além das respostas, os pesquisadores analisaram também quantos preservativos os voluntários levavam para casa.
O resultado mostrou que, quanto mais o voluntário (tanto homens quanto mulheres) acreditava que a vida sexual do casal era responsabilidade do homem, menos confiantes eles se sentiam em situações íntimas – e menos preservativos femininos levavam para casa. Segundo os cientistas, os homens que acreditam serem dominantes acabam se sentindo menos confortáveis para discutir o relacionamento e a dinâmica sexual, prejudicando seus relacionamentos.
Mulheres que acreditavam na mesma coisa também discutiam menos suas preferências – embora os cientistas notem que é a minoria das moças que acredita que o homem deva se sentir responsável pela vida sexual do casal.
E você, qual é sua opinião sobre o assunto? 
Fonte: Revista Galileu

The View from The Shard: If you build it, they will come


Nov 9th 2012, 12:02 by L.F.



The Shard, London’s newest skyscraper, is the tallest building in western Europe. It pierces the sky above London Bridge, and divides opinion on the ground. Some praise its elegant lines and staggering height, while others view it as a gratuitous monument to power. Qatari power, to be precise—the State of Qatar is the majority shareholder.
Love it or loathe it, it is here to stay. And from February 1st 2013 the public will be able to speed up the skyscraper in less than 60 seconds to view London from 72 floors up. At 244 metres (800 ft) it is almost twice as high as any other public viewing point in the city, enabling visitors to see for 40 miles—further than Windsor—on a clear day.
Andy Nyberg, chief executive of The View From the Shard , the grandly named visitor attraction, is fresh from working on the view from Burj Khalifa, the world’s tallest building, in Dubai. The designers plan to deliver a high-tech multi-sensory experience with an authentic London theme. He hopes the Shard will become the first stop for tourists who are new to the city.
A welcome gallery, at ground level, will introduce the history and culture of London with multimedia maps and videos of Londoners enjoying city life. Images of famous people doing slightly tongue-in-cheek things—Margaret Thatcher and Karl Marx riding on a tandem bicycle and George Orwell installing CCTV cameras—will inject a British sense of humour. The music has been specially commissioned and recorded by the London Symphony Orchestra.
The 360-degree view is certainly breathtaking. Strict planning regulations have ensured that most of London’s skyline is still fairly low-rise, preserving the views of significant landmarks. From on-high the city is a swell of organised chaos, the winding River Thames and swathes of railway lines dissecting an otherwise refreshingly green metropolis with a happy jumble of historic landmarks and modern edifices. Several interactive telescopes (known as tell:scopes) provide touch-screen information on 200 landmarks, allowing visitors to zoom in on the live view, or show it on a clear day or at night—a useful back-up for London’s unpredictable weather.
Qatar’s investment in the Shard is part of its Qatar National Vision 2030, the emir’s blueprint for changing the country’s hydrocarbon economy into a knowledge economy through investment in property, education and cultural projects around the globe. The influx of cash will revive a tired area—about a tenth of the £500m ($800m) budget has been spent on improving local infrastructure. Local businesses hope it will bring crowds to nearby attractions too, such as The Globe and Borough Market which have a stronger heritage. Tickets are not cheap; £24.95 for an adult. Mr Nyberg must be confident that the tourists will be happy to pay up.
Fonte: The Economist

Violência fora de controle


Escalada de assassinatos em São Paulo escancara erros da política de segurança pública estadual e mostra que é preciso mudar a abordagem para enfrentar o crime organizado

Flávio Costa e Natália Martino
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Clima de Pânico 
Conflitos de PMs com o crime organizado espalham terror pelas
ruas da principal cidade do País: 72 mortes em uma semana
São Paulo vive há meses uma guerra silenciosa que denota a falência da política de segurança pública estadual. Policiais Militares são alvejados na porta de casa, chacinas se sucedem, criminosos incendeiam ônibus e comerciantes e escolas fecham as portas ao menor ruído sob “toque de recolher”, numa onda de medo que tomou conta da região metropolitana da cidade. Na última semana, a escalada de violência atingiu o auge. Em apenas uma semana, entre 25 de outubro e 1º de novembro, 72 pessoas foram assassinadas na Grande São Paulo. É um número superior ao da média mensal de homicídios que ­ocorreram entre janeiro e setembro, em Ciudad Juarez, no México, município dominado pelo narcotráfico e conhecido como a cidade mais violenta do mundo.

Os assassinatos das últimas semanas seguiram um mórbido padrão: um policial é executado e, em seguida, vários civis são mortos na mesma região por homens mascarados. No pico de violência iniciado na quinta-feira 25, o 86 º PM assassinado neste ano foi alvejado por dois indivíduos de moto, na porta de casa, na Vila Nova Curuçá, zona leste da capital. Na sequência, na mesma região, duas pessoas também foram mortas a tiros por homens encapuzados. “Considerando-se a dinâmica dos crimes, me parece muito plausível a hipótese de se tratar de assassinatos de policiais cometidos pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e subsequente retaliação praticada por milícias policiais”, avalia a socióloga Camila Dias, pesquisadora associada do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP).

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MOTIVO 
O aumento dos confrontos e da letalidade da polícia pode 
ter detonado o atual ciclo de retaliações entre PMs e criminosos
Especialistas ouvidos por ISTOÉ elencam diversos erros cometidos pela atual administração no combate ao crime organizado: a falta de reconhecimento público da dimensão e da força do PCC, o investimento na militarização das ações de segurança, o esvaziamento das funções da Polícia Civil e o excessivo encarceramento em um sistema prisional dominado pelos criminosos. 

Embora continue a minimizar a força do crime organizado, o governo ­estadual esboçou uma reação tardia ao ocupar Paraisópolis, a maior favela da capital, com 600 homens da PM na semana passada. Em um prédio da comunidade funcionava uma espécie de quartel do PCC, onde foram encontrados documentos que provam a relação do maior grupo criminoso do País com as recentes mortes de PMs. As execuções foram ordenadas, segundo o secretário de Segurança Antonio Ferreira Pinto, por Francisco Antonio Cesário da Silva, o Piauí, integrante da facção, acusado de chefiar o crime na favela. Os papéis encontrados pela PM durante a ocupação pertencem a membros da quadrilha comandada por Piauí. Condenado por crimes como roubo, sequestro, homicídio, receptação e falsidade ideológica, ele está preso desde agosto em Avaré, a 272 quilômetros da capital paulista. 

Entre os documentos revelados pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, havia cadernos com nomes, endereços, descrições físicas e detalhamento da rotina de mais de 40 policiais militares ao lado de uma carta com ordens para matar dois policiais para cada “execução covarde” de um membro do PCC. “Esclarecemos que não foi (sic) nós que buscamos esse caminho, ao contrário, estamos sendo executados na maior covardia na mão da Polícia Militar, da Rota”, diz um trecho da carta, fazendo referência direta ao batalhão de elite da PM, Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar. Detalhes de como funcionava o chamado tribunal da facção eram relatados em páginas que incluíam os nomes dos responsáveis por conduzir os julgamentos, as testemunhas e até as sentenças aplicadas a cada delito.

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Diante de tantas mortes e das novas revelações, não é de surpreender que os próprios PMs estejam assustados. Os ataques em série fizeram com que parte dos policiais buscasse socorro na religião. A associação PMs de Cristo lançou a campanha “Ore por um PM”, que consiste em um ciclo de orações, até o dia 15 de dezembro, contra a morte de colegas. “Neste momento em que estamos enfrentando esses sobressaltos é preciso reforçar a nossa fé em Deus e a união da corporação”, diz o capitão Joel Rocha, presidente da entidade.

O aumento dos confrontos e da letalidade da polícia pode ter detonado esse ciclo de retaliações entre PMs e criminosos. O atual secretário Antonio Ferreira Pinto priorizou as ações de enfrentamento e de policiamento ostensivo da Polícia Militar em detrimento do trabalho investigativo da Polícia Civil. “Ocupações como a de Paraisópolis amenizam a situação, mas, depois que a PM sai, o crime volta a imperar. É preciso um trabalho de investigação profundo por parte da Polícia Civil para identificar os chefes e sufocar a rede de financiamento do crime organizado”, afirma o delegado George Melão, presidente do sindicato paulista da categoria.

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Outra falha remonta ao início dos anos 2000. À medida que aumentava o encarceramento, o PCC arregimentava novos membros no sistema prisional. Líderes foram espalhados pelas prisões do Estado, mas não foram mantidos em isolamento. A partir dos ataques de 2006, a facção, que já era poderosa nos presídios, passou a controlar as atividades ilegais do lado de fora, como tráfico de drogas, assaltos e sequestros. “O governo cedeu espaço ao PCC no sistema penitenciário. Há uma espécie de acordo tácito: prendemos os bandidos, mas eles fazem o que querem na cadeia”, afirma o ex-subsecretário nacional de Segurança Pública Guaracy Mingard, para quem é fundamental isolar as lideranças da facção , restringir, de verdade, o uso de celulares e retomar o controle das penitenciárias pelo Estado.
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SOCORRO
Alvos, policiais recorreram à religião. A associação PMs de Cristo lançou 
a campanha “Ore por um PM”, um ciclo de orações até o dia 15 de dezembro
É preciso mudar a abordagem para vencer o crime organizado em São Paulo. O Rio de Janeiro, cidade que durante décadas viveu à mercê de facções criminosas, só conseguiu recuperar territórios dominados pelos bandidos e reduzir os índices de violência quando assumiu que a postura até então estava equivocada. As autoridades paulistas deveriam aprender com o exemplo carioca e abandonar a tática do enfrentamento. “É necessário fortalecer a Polícia Civil e investir em inteligência policial para deixar claro aos criminosos que todos os crimes serão punidos”, diz a socióloga Camila, da USP. Outra medida eficiente é secar os lucros na origem e atacar os negócios que permitem a lavagem de dinheiro e, consequentemente, o funcionamento da máquina do crime. “A fonte de arrecadação do PCC tem que ser cortada”, defende Mingard. “No caso do tráfico de drogas, deve-se impedir o funcionamento das bocas e prender os chefes dos locais.”
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Diante de um inimigo comum, em vez de trabalharem em conjunto, autoridades federais e estaduais passaram a semana trocando farpas. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmava que tem oferecido ajuda à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e vagas em presídios federais para isolar os líderes do PCC desde junho. E o secretário Ferreira Pinto e o governador Alckmin diziam que apresentaram um plano de ações e não obtiveram respostas. No final da semana, eles ensaiaram um entendimento, mas a única ação concreta foi a ocupação de Paraisópolis. A polícia deteve suspeitos, apreendeu armas de fogo, munição e drogas. Especialistas temem, entretanto, que sejam presos apenas peixes pequenos. “Se não investirmos em investigação, vamos ter que esperar para ver qual grupo se cansa primeiro de matar e interrompe o ciclo de ‘mata-mata’”, diz Luciana Guimarães, diretora da ONG Sou da Paz. 
Fotos: Adriano Machado; Apu Gomes/Folhapress; JOSÉ PATRÍCIO/ESTADÃO
Fonte: IstoÉ - 7/nov - ano 36 - n.º 2243

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

The Axis of Awesome - 4 Chords (4 acordes)

Os caras do "The Axis of Awesome" mostram, com bom humor, o que se pode fazer com apenas 4 acordes no universo da música.

Descoberta 'Super-Terra' potencialmente habitável próxima ao Sistema Solar

BBC

Divulgação
Concepção artística do HD 40307g, planeta que pode ser habitável e fica a 42 anos-luz da Terra
Uma equipe de astrônomos de vários países encontrou uma "superterra", um planeta que pode ter um clima parecido com o da Terra e com potencial para ser habitado, a apenas 42 anos-luz de distância. 

O planeta orbita em volta da estrela HD 40307. Anteriormente, sabia-se que três planetas orbitavam em volta desta estrela, todos eles próximos demais para permitir a existência de água. 

Mas, outros três planetas foram encontrados em volta da HD 40307, entre eles a "superterra", que tem sete vezes a massa da Terra e está localizada na zona habitável do sistema, onde a água líquida pode existir. 

O planeta, batizado de HD 40307g, tem a órbita mais externa entre os seis em volta da estrela e percorre esta órbita em um tempo equivalente a 200 dias terrestres. E, o mais importante, os cientistas acreditam que o planeta gira em torno de seu próprio eixo, o que gera o efeito de dia e noite. 

Fonte: BBC Brasil

Steve Howe - "Mood for a Day"

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Vaticano estuda restringir acesso de turistas à Capela Sistina


O Vaticano poderá estudar a possibilidade de restringir o número de visitantes à Capela Sistina.
O diretor dos museus do Vaticano, Antonio Paolucci, disse que o alto número de turistas é um problema grave.
Mais de 20 mil turistas visitam a Capela Sistina diariamente. Segundo o Vaticano, o barulho e o excesso de gente impossibilitam que as pessoas possam apreciar as famosas pinturas de Michelangelo no teto.
A umidade e o pó provocados pelos turistas também estão colocando em risco algumas das pinturas.
Esta quarta-feira é o 500º aniversário da data em que Michelangelo terminou suas obras na Capela.
Fonte: BBC Brasil

Segunda geração de imigrantes brasileiros sofre exclusão no Japão


Jovens da segunda geração de imigrantes brasileiros no Japão sofrem de exclusão e dificuldade de integração no país em que nasceram ou foram criados desde cedo.

Segundo o Itamaraty, a dificuldade de integração de brasileiros nascidos ou criados no exterior é mais grave no Japão, onde há, segundo o ministério da Justiça japonês, 36.869 crianças e adolescentes brasileiros até 14 anos de idade - 17,55% do total de brasileiros residentes.

Diferentemente dos pais, eles não aceitam ser tratados como estrangeiros, mas esbarram em dificuldades como não dominar o idioma como os nativos.

Segundo a ministra Luiza Lopes da Silva, diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior do Itamaraty, sem o domínio completo da língua, acabam sendo identificados facilmente pelos japoneses e tratados como estrangeiros - mesmo sendo cidadãos do país.

"Os pais (desses jovens) vieram ao país com uma mentalidade diferente, só para trabalhar. Já a segunda geração vê (no cotidiano do japonês) como poderia ser a vida deles e como ela não é", disse a ministra.

Esse problema não existe, segundo ela, em países onde o idioma é de mais fácil assimilação como os Estados Unidos e a Grã-Bretanha.

Evasão escolar

De acordo Lopes da Silva, a segunda geração tenta frequentar escolas japonesas, mas muitos acabam abandonado as carteiras escolares e assim diminuindo suas chances de inclusão.

Os motivos da evasão são a dificuldade dos cursos e a incapacidade dos pais, que também não dominam a língua perfeitamente, de dar apoio nas tarefas de casa, algo essencial no sistema educacional japonês.

Segundo a ministra, outro termômetro dessa falta de integração é a baixa quantidade de casamentos entre japoneses e descendentes de brasileiros.

Além da barreira do idioma, as diferenças culturais e a alta concorrência no mercado de trabalho dificultam ainda mais a integração.

Anderson Yuiti Kinjo, de 18 anos, nasceu no Japão, mas nunca frequentou a escola japonesa. Terminou o ensino médio em uma instituição de ensino brasileira.

"Na época que comecei a estudar, havia muitos boatos sobre bullying contra estrangeiros nas escolas japonesas e, por isso, meus pais optaram pelo ensino em português", disse à BBC Brasil.

"Gosto muito do Japão, falo bem o japonês, mas não me sinto completamente à vontade aqui", disse o rapaz, que planeja voltar para o Brasil para continuar os estudos. Ele não está satisfeito com o emprego em uma linha de montagem de eletrônicos na província de Gunma.

Ao contrário de boa parte dos colegas, Yudi Taniguti, também de 18 anos, conseguiu acompanhar a escola japonesa. Ele chegou ao Japão com os pais, vindo de Caldas Novas (GO), quando tinha 2 anos de idade.

Taniguti trabalha em uma fábrica de eletrônicos. "Minha mãe fala que a vida no Japão vai ser sempre a mesma, sem oportunidades. Já no Brasil acho que teria mais chances", disse.

No limbo

"A situação dos filhos de imigrantes deve ser sempre acompanhada com atenção. Se crescer já é um processo cheio de descobertas, mesmo no país natal, o desafio é muito maior quando se mora em um país tão diferente", disse o diplomata Paulo Henrique Batalha, da Embaixada do Brasil em Tóquio.

Já o sociólogo e professor da Universidade Musashi, Angelo Ishi, afirmou que os filhos de brasileiros correm o risco de não dominar bem nenhum dos dois idiomas.

"Não importa se é o português ou o japonês, o jovem tem de estudar e aprimorar os conhecimentos a ponto de poder manejar pelo menos uma língua em nível avançado", afirmou.

Para Ishi, esses jovens estão num "limbo" entre a sociedade japonesa e a comunidade brasileira no Japão.

"A ironia é que, quanto mais um jovem sobe um degrau de escolaridade e se integra à sociedade japonesa, no geral, ele acaba se distanciando dos conterrâneos. Por isso, a comunidade brasileira continua órfã em termos de jovens líderes bilíngues".

Para tentar amenizar os problemas enfrentados pelos jovens brasileiros, os governos brasileiro, japonês, e a iniciativa privada têm desenvolvido projetos.

Entre eles, está o Arco-Íris, do Ministério da Educação do Japão. Criado em 2009, o programa tem como objetivo a escolarização das crianças estrangeiras que moram no Japão.

Com ênfase no ensino da língua japonesa, o objetivo dele é facilitar a transição de alunos de escolas brasileiras para o sistema de ensino público japonês, gratuito. Mais de 5 mil jovens já foram beneficiados pelo projeto.

O Itamaraty vem monitorando o problema e tem projetos semelhantes de assistência a estudantes. O principal deles funciona em Hamamatsu.

Para Ishi, o grande desafio das próximas gerações de filhos de imigrantes brasileiros é conquistar diplomas universitários. "Não há fórmula segura para ascensão social, seja em qual país for, que não seja através dos estudos", afirmou.

Paraguai

Segundo a ministra Lopes da Silva, os filhos de imigrantes brasileiros que vivem no Paraguai também enfrentam barreira semelhante com a língua guarani - que também é falada no país, ao lado do castelhano.

Os "brasiguaios", como são conhecidos, formam hoje uma comunidade de 200 mil pessoas no Paraguai. Outros cerca de 300 mil têm dupla nacionalidade, segundo o Itamaraty.

"A proximidade com o Brasil e a facilidade para cruzar a fronteira também dificulta a integração", disse a ministra. Segundo ela, a facilidade de voltar para o Brasil faz com que muitos tenham dificuldades de se identificar como paraguaios.

Atualmente, o Itamaraty promove conferências regulares com especialistas e autoridades dos dois países com o objetivo principal de integrar a comunidade de descendentes de brasileiros na sociedade paraguaia. Projetos educacionais também estão em estudo.

Para a diretora do Departamento Consular do Itamaraty, essa dificuldade de integração das comunidades no Paraguai e no Japão deve ser um estágio transitório, que deve ser superado com o tempo.

Fonte: Notícias Uol

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