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terça-feira, 2 de julho de 2013

Dormir auxilia no aprendizado, diz psicólogos norte-americanos





A data do concurso ou do vestibular se aproxima e todo esforço se faz necessário. Nessa hora, há quem não se permita nem mesmo as oito horas de sono noturnas, necessárias para a maioria das pessoas se sentir bem-disposta. Deixar os livros de lado para tirar uma sonequinha no meio da tarde, então, nem pensar. Mas será o período de descanso um tempo realmente perdido?

De acordo com psicólogos da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, não. Durante um estudo, cujos resultados foram publicados recentemente na revista Plos One, o grupo de pesquisadores observou que o sono melhorou o desempenho dos participantes na compreensão e na memorização de regras gramaticais, o que dá forças a uma antiga tese: a de que o sono é uma etapa fundamental do aprendizado.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas, coordenados pela psicóloga Ingrid Nieuwenhuis, criaram um experimento no qual 81 voluntários não sabiam sobre o que, de fato, eles seriam avaliados. Ao chegar ao laboratório, recebiam a informação de que fariam um simples teste de memória de curto prazo, também chamada de memória de trabalho. Os participantes eram, então, apresentados a diferentes sequências de letras mostradas em uma tela de computador e precisavam redigitar os caracteres na mesma ordem que tinham sido mostrados no vídeo. Ao todo, eles faziam isso com 100 conjuntos de letras.

Fonte: Correio Brasiliense

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O que é e para que serve o sono?





Passamos cerca de um terço de nossa vida dormindo. Dormir bem é essencial não apenas para ficarmos acordados no dia seguinte, mas para mantermo-nos saudáveis, com melhor qualidade de vida e até aumento da longevidade.

Os médicos sabem que o processo do sono é regido por um relógio biológico ajustado num ciclo de 24 horas. Os ponteiros desse mecanismo são moldados geneticamente e sua sincronia depende de fatores externos, como iluminação, ruídos, odores, hábitos, tipos de colchões, vida social, etc.


Os especialistas acreditam que a principal peça dessa engrenagem é a melatonina - hormônio produzido no cérebro pela glândula pineal. Ele começa a ser secretado assim que o sol se põe, como um aviso para o organismo se preparar para "dormir".

Quando o processo tem início, a temperatura cai de 1 a 2º C e a pressão arterial também sofre uma leve queda. Daí ao primeiro cochilo é um piscar de olhos.

Em 1953, descobriu-se a existência de uma fase de sono profundo, justamente quando sonhamos. A novidade foi batizada de REM (Rapid Eyes Moviment - Movimento Rápido dos Olhos). Hoje os cientistas já sabem que o sono se divide em cinco fases, repetidas em ciclos, durante a noite. 


Nosso desempenho físico e mental está diretamente ligado a uma boa noite de sono. O efeito de uma madrugada em claro é semelhante ao de uma embriaguez leve: a coordenação motora é prejudicada e a capacidade de raciocínio fica comprometida. Ou seja: sem o merecido descanso, o organismo deixa de cumprir uma série de tarefas importantíssimas.

Em estudo realizado pela Universidade de Chicago - EUA, onze pessoas com idades entre 18 e 27 anos foram impedidas de dormir mais de quatro horas durante seis dias. O efeito foi assustador. No final do período, o funcionamento do organismo delas era comparável ao de uma pessoa de mais de 60 anos. E os níveis de insulina eram semelhantes aos dos portadores de diabetes. 

                          
Em pesquisas de laboratório, ratos usados como cobaias não aguentaram mais de dez dias sem dormir. A consequência: morte por infecção generalizada.

Enquanto ficamos na cama, uma espécie de exército de reconstrução atua recuperando as "baixas" acumuladas no período em que ficamos acordados. Isso prepara o corpo para a guerra do dia seguinte.

Durante o sono profundo, as proteínas são sintetizadas em grande escala. Isso tem o objetivo de manter ou expandir as redes de neurônios ligados à memória e ao aprendizado. Nesse processo, o cérebro comanda a produção e a liberação de hormônios, como a melatonina e o próprio hormônio do crescimento. Este garante ao indivíduo longevidade com maior jovialidade. Também regula os níveis de outras substâncias responsáveis pela regeneração de células e cicatrização da pele.

Fonte: Manual do Sono (Ed. 011/Ano 2011)

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