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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SINESTESIA: O DOM DE MISTURAR OS SENTIDOS


Qual a cor dos números? Qual o gosto de um som grave? Essas perguntas podem causar estranheza na maioria das pessoas, mas a resposta está na ponta da língua de poucas: os sinestetas. Se você não cabulou muitas aulas de português deve ser lembrar que 'sinestesia' é uma figura de linguagem para mistura de sentidos. Ao falarmos do 'som doce do violão' estamos usando a sinestesia, pois o som em si não tem gosto. Apenas enganamos nosso cérebro entendendo um som doce à um som suave.
Na ciência, porém, sinestesia é um distúrbio neurológico que faz o portador confundir literalmente os 5 sentidos. Os portadores, estimados como 1 em cada 300 pessoas, associam grafias (como letras) a gostos, sons a cores e gostos a sensações táteis. Colocando em exemplos práticos, uma mulher dizia sentir frio ao tomar vinho, um homem sempre associava cores a letras e uma moça via a chuva como gotas coloridas. Obviamente, as sensações variam entre os portadores, mas a condição acaba propiciando um potencial acima da média de memorização e de criatividade. A capacidade de associar os 5 sentidos ajudam bastante nessas habilidades, e por isso muitos sinestetas acabam se destacando em suas áreas de atuação. Vamos conhecer alguns:

Elizabeth Sulston

A mulher suíça de 27 anos é estimulada principalmente pela audição. Segundo os médicos, ela associa principalmente a audição ao paladar. "Quando Elizabeth ouve uma determinada peça musical, ela automaticamente experimenta um sabor na língua", explica a especialista Michaela Esslen. Elizabeth é estudante musical na Universidade de Zurique, e suas habilidades deram a ela o não-ortodoxo emprego de afinador humano: ela consegue perceber minuciosamente a afinação dos instrumentos da orquestra graças a sua sinestesia. Uma das desvantagens, segundo ela, é se sentir só por não ter alguém para compartilhar as experiências.

Eddie Van Halen

O guitarrista holandês é considerado um dos melhores do mundo. Precisamente o 8º melhor de todos os tempos, segundo a revista Rolling Stones. Quando se mudou para os EUA, Eddie fundou a banda Van Halen, onde começou a tocar bateria, assumindo depois a guitarra. Seu progresso no instrumento foi impressionante, tendo grande ajuda de sua habilidade de 'ver cores nas notas'. Eddie colaborou com muitos músicos famosos, tendo inclusive composto o riff de guitarra para a música 'Beat It' do Michael Jackson.

Duke Ellington

Um dos mais influentes compositores de Jazz da primeira metade do século XX, o artista apelidado de The Duke tinha grande sucesso em liderar orquestras. Sucesso garantido pelo óbvio talento mas, também, pelo dom de misturar sons e cores, dando-lhe um amplo vocabulário musical. "Eu ouço uma nota tocada por um dos companheiros da banda e é uma cor. Ouço a mesma nota tocada por outra pessoa e é uma cor diferente. Se Harry Carney está tocando, 'ré' é escuro serapilheira azuis. Se Johnny Hodges estiver tocando, 'sol' torna-se de cetim azul claro", afirmou o músico sobre sua facilidade de orquestrar.

Richard Feynman

O físico americano tinha grande facilidade com números e ciências desde criança. Ganhador de um Nobel, o professor introduziu importantes conceitos científicos como a nanotecnologia, e chegou a viajar para o Brasil, onde fez um discurso criticando os métodos mnemônicos. Ele, porém, fazia uso involuntário destes métodos, pois sofria de sinestesia. "Quando escrevo uma equação na lousa vejo os números e as letras de cor diferente. E me pergunto: que diabos meus alunos vêem?", se perguntava.
Fonte: medaumla.wordpress.com
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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Por que nos sentimos emocionados ao escutar música?


Por que nos sentimos emocionados ao escutar música? 
(Fonte da imagem: Thinkstock)

Já aconteceu com você de estar ouvindo uma música e, de repente, se sentir emocionado e ficar inclusive com o corpo todo arrepiado? De acordo com o pessoal do site Live Science, isso não ocorre somente com você, e muitos compositores tiram vantagem de determinadas notas musicais para conseguir “arrancar” essas reações da plateia.

Segundo a publicação, os compositores “brincam” com algumas alterações sutis — mas bastante complexas —, assim como com o ritmo dessas variações para conseguir obter diferentes emoções de quem os está ouvindo.

Dessa forma, alguns exemplos dessas alterações são quando uma sinfonia passa a tocar de muito alto a mais baixinho subitamente, quando um instrumento ou voz faz um solo ou quando dois cantores cantam com tons de voz contrastantes.

Santo remédio?


Além disso, pesquisadores alemães descobriram que as pessoas que normalmente mostram reações mais fortes à música também são aquelas menos interessadas em buscar emoções através de aventuras, e que a intensidade das reações depende muito da habilidade de cada um de interpretar e dar vida às melodias.

Aliás, ainda de acordo com a notícia, além de se tratar de uma atividade que estimula os ouvintes a recriar emoções, sentimentos e expressões, existem estudos que sugerem que a música pode aliviar as dores do parto, reduzir os sintomas da depressão, trazer fortes memórias à tona e inclusive ajudar a diminuir a necessidade de sedação durante alguns procedimentos cirúrgicos!

Fonte: Live Science


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