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domingo, 16 de outubro de 2011

Ovídio - A força do hábito desenvolve o amor


 
A força do hábio desenvolve o amor

"O amor, ainda jovem e pouco seguro de si, se fortifica com o uso; alimente-o bem, e, com o tempo, ele se tornará sólido. (...) Faça com que sua bela se habitue com você; nada é mais poderoso do que o costume; para criá-lo, não recue diante de nenhuma dificuldade. Que sua amiga o veja sempre; que ela o escute sempre; que a noite e o dia mostrem o seu rosto para ela. Quando você tiver muitas razões para crer que ela sente saudades suas, quando sua ausência lhe causar alguma inquietação, deixe-a descansar um pouco; um campo descansado retribui largamente o que lhe confiamos, e uma terra árida bebe avidamente as águas do céu.

Mas é mais seguro que sua ausência seja curta: com o tempo as saudades diminuem, o ausente não existe mais, um novo amor se introduz." (A arte de amar, Porto Alegre: L&PM, 2001, p.63)


Ovídio nasceu em 43 a.C. em Sulmona, e morreu em 17, em Tomi (atual Constanta, Romênia). Estudou em Roma, onde conquistou a sociedade mundana com seus poemas. A partir dos 40 anos começou a reunir e reeditar sua obra. Escreveu então seu grande trabalho As metamorfoses (em 15 volumes). No ano 8 foi exilado em Roma por motivos políticos pelo imperador Augusto. Sua obra atravessou os séculos, sendo recuperada definitivamente na Idade Média, quando passou a servir de paradigma para os grandes poetas latinos,

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