Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (Recife, 19 de agosto de 1849 — Washington, 17 de janeiro de 1910) foi um político, diplomata, historiador, jurista e jornalista brasileiro formado pela Faculdade de Direito do Recife. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Foi um dos grandes diplomatas do Império do Brasil (1822-1889), além de orador, poeta e memorialista. Além de O Abolicionismo, Minha Formação figura como uma importante obra de memórias, onde se percebe o paradoxo de quem foi educado por uma família escravocrata, mas optou pela luta em favor dos escravos. Numa de suas frases lapidares, Nabuco vislumbrou uma imagem que muitos dizem ter se confirmado posteriormente: "A escravidão permanecerá por muito
tempo como a característica nacional do Brasil", sentenciou.
"O verdadeiro patriotismo é o que concilia a pátria com a humanidade." |
Político, diplomata e abolicionista em Pernambuco, Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo nasceu em 19 de agosto de 1849, em Recife. Faleceu em 17 de janeiro de 1919, em Washington, EUA.
Era filho de José Tomás Nabuco de Araújo e de Ana Benigna
Barreto Nabuco de Araújo. Seu pai era senador, jurista e político
baiano. Joaquim Nabuco estudou no Colégio Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro. Tornou-se bacharel em Letras.Casou-se com Evelina Torres Ribeiro, filha de José Antônio Soares Ribeiro, o I Barão de Inhoã. Teve cinco filhos: Maurício (diplomata), Joaquim (sacerdote), Carolina (escritora), Mariana e José Tomas.
Foi para São Paulo em 1865 para cursar Direito. Concluiu o curso em 1870, na cidade de Recife. Ingressou no
serviço diplomático, trabalhando como adido de primeira classe em Londres e
Washington entre os anos de 1876 a 1879.
Era oposto à escravidão, e contra ela lutou em suas atividades
políticas e como escritor. Em 1879, na Câmara dos Deputados, realizou
forte campanha contra a escravidão, ajudando a fundar, na época,a Sociedade Antiescravidão Brasileira.
A instituição viria a influenciar o processo de abolição de 1888. Joaquim Nabuco
passou a residir no Rio de Janeiro depois de eleito deputado por
Pernambuco. Em 1883 já havia publicado em Londres a obra “O
Abolicionismo”.
Depois da Proclamação da República,
em 1889, manteve-se convicto a favor da monarquia, negando-se servir ao
novo governo republicano como diplomata, afastando-se da vida pública, e passando a se dedicar exclusivamente aos estudos. Nessa época viveu no
Rio de Janeiro e trabalhou como advogado e jornalista.
Era colaborador da “Revista Brasileira” e amigo íntimo de Machado de Assis,
José Veríssimo e Lúcio de Mendonça. Retornou a exercer a diplomacia em
1901, como embaixador do Brasil em Londres e posteriormente em
Washington.
No ano de 1906, presidiu, no Rio de Janeiro, a III Conferência
Panamericana, que visava unir os países das Américas. Em 1908, tornou-se
doutor em letras pela Universidade de Yale (EUA), e foi o orador da
colação de graus da Universidade de Chicago e Universidade de Wisconsin.
Também morou na Inglaterra e na França. Ajudou a fundar a ABL –
Academia Brasileira de Letras- junto com seus amigos literatos Machado
de Assis, José Veríssimo e Lúcio de Mendonça. Sua cadeira na ABL tinha
como patrono Maciel Monteiro. Conta a história que Machado de Assis
tinha uma foto de Nabuco em sua casa.
Trecho de um discurso de Joaquim Nabuco:
“A nossa constituição não é imagem dessas catedrais góticas edificadas a muito custo e que representam no meio da nossa civilização adiantada, no meio da atividade febril do nosso tempo, épocas de passividade e de inação; a nossa constituição é pelo contrário de formação natural, é uma dessas formações como a do solo onde camadas sucessivas se depositam; onde a vida penetra por toda a parte, sujeita ao eterno movimento, e onde os erros que passam ficam sepultados sob as verdades que nascem.”
Fontes*: Site História Brasileira
Wikipédia - verbete Joaquim Nabuco
Site Fundação Joaquim Nabuco
*Com adaptações textuais pelo autor deste blog
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