terça-feira, 17 de maio de 2011

OS 10 MELHORES ÁLBUNS DE HEAVY METAL LANÇADOS EM 1980


Chad Bowar do site About.com fez uma lista elencando os principais lançamentos do ano de 1980.
Segundo Chad, "foi um ano divisor de águas para o Heavy Metal. Foi o início de uma nova década, e diversos álbuns que agora são considerados clássicos foram lançados neste ano". 
Reproduzo a lista do de Chad, primeiro, pelo fato de que ela resume muito bem o que foi aquele início de década para o estilo. Segundo, porque se tivesse de fazer minha lista, apontaria basicamente os mesmo discos, com poucas mudanças. Nesse ponto, creio que as escolhas dele foram acertadas. Aí vão eles:

1. AC/DC - "Back in Black"

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Depois de grande sucesso com "Highway to Hell" em 1979, as coisas se mostraram bastante promissoras para o AC/DC. Então em fevereiro de 1980 houve a morte do cantor Bon Scott e eles imediatamente recrutaram Brian Johnson e lançaram este álbum alguns meses depois. Pelas notas de abertura de "Hells Bells" até o final de "Rock and Roll Ain't Noise Pollution", este álbum é um clássico. Cada música é memorável, e "You Shook me all Night Long" e a música título estão entre as melhores músicas de metal de todos os tempos.

                             2. JUDAS PRIEST - "British Steel"

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Depois de lançar diversos bons álbuns na década de 70, este é um que leva o JUDAS PRIEST para a estratosfera. Ele é largamente considerado um dos melhores álbuns da banda. Nesta época o PRIEST havia refinado e aperfeiçoado o som e focado em compor hinos de arena do rock, e eles atingem no alvo com "Breaking the Law" e "Living After Midnight".


                             3. OZZY OSBOURNE - "Blizzard of Ozz"

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Depois de deixar o BLACK SABBATH e embarcar em uma carreira solo, OZZY OSBOURNE chamou o guitarrista Randy Rhoads e o resultado foi este fantástico álbum. Ele foi mais técnico e moderno do que o SABBATH, graças a Rhoads e sua virtuosidade nas guitarras. Há grandes músicas neste álbum, incluindo "Crazy Train" e a controversa "Suicide Solution".

   

                             4. MOTORHEAD - "Ace of Spades"

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Este foi o primeiro álbum do MOTORHEAD a ser lançado nos EUA, apesar de seus primeiros álbuns terem obtido grande sucesso no Reino Unido. Este álbum é um clássico pelo estilo distinto de Lemmy nos vocais e grandes músicas como a do título do álbum. Era alto, cru e direto como um tapa na cara.



                             5. IRON MAIDEN - "Iron Maiden"

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O mais longe que pode ir um álbum de estreia, este é um dos melhores e mais influentes. Incontáveis bandas seguiriam o caminho do IRON MAIDEN. Não até que Bruce Dickinson se tornasse o vocalista e a banda alcançasse alturas ainda maiores, mas PAUL DI'ANNO fez um trabalho sólido. Este álbum contém músicas além do seu tempo e um estilo progressivo e épico em que a banda iria gravitar em direção ao futuro.

            

                             6. BLACK SABBATH - "Heaven and Hell"

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Com o vocalista OZZY OSBOURNE deixando a banda, muitos pensaram que o futuro do BLACK SABBATH era desolador. Mas ao escolher Ronnie James Dio como novo vocalista eles provaram que todos estavam enganados. Entre a grande voz de DIO e o excelente trabalho de guitarra de Tony Iommi, a banda entregou um dos seus melhores álbuns em anos. Grandes músicas incluem "Children of the Sea", "Neon Nights" e a música título.

                             

                           7. SAXON - "Wells of Steel"

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Apesar deles estarem na estrada a tanto tempo quanto seus companheiros de NWOBHM como o IRON MAIDEN e o DEF LEPPARD, o SAXON nunca alcançou a popularidade comercial desses grupos, apesar do fato deles terem sempre uma base de fãs forte e leal. O segundo álbum da banda foi provavelmente o melhor. Ele contem músicas como "Motorcycle Man" e "Suzie Hold On". Apesar do fato deles nunca terem feito sucesso nos EUA, este é um grande álbum.


                              8. DIAMOND HEAD - "Lightning to the Nations"

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O DIAMOND HEAD era uma banda que teve uma forte influência no METALLICA, que depois acabaria por fazer covers de várias de suas músicas. "Am I Evil", "Helpless" e "The Prince" são deste álbum de sete músicas. Há algum conflito na data de lançamento deste álbum. Eu vi datas entre 1979 até 1981 em várias fontes. O site oficial da banda diz 1980, então vou com eles.


                             9. SCORPIONS - "Animal Magnetism"

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O SCORPIONS está sempre por aí. Até 1980 eles já tinham lançado álbuns por 8 anos. Demoraria mais alguns anos até que eles se tornassem estrelas internacionais, mas este álbum mostra que eles estavam no caminho. Ele inclui músicas clássicas como "The Zoo" e "Make it Real" entre outras ótimas canções.



                             10. ANGEL WITCH - "Angel Witch"

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Este álbum é um clássico do início do New Wave of British Heavy Metal, mas o ANGEL WITCH mostrou ser apenas passageiro. Depois de seu álbum de estreia em 1980 a banda implodiu e diversos membros a deixaram. Eles se reagruparam para alguns álbuns medíocres no meio da década de 80 e então desapareceram mais uma vez. Esse álbum é muito difícil de se encontrar, ele é intenso e sombrio, mas com muita melodia.


domingo, 15 de maio de 2011

FILME MUDO E EM PRETO E BRANCO ROUBA A CENA EM CANNES


Em plena era do 3D digital, um filme silencioso e rodado em preto-e-branco conseguiu causar o maior alvoroço neste domingo no 64º Festival de Cannes. Originalmente escalado para o pacote de títulos hors-concours da maratona francesa e promovido a 20 título da competição cerca de uma semana antes do início da contenda,L’artiste, do francês Michel Hazanavicius, devolve às plateias modernas o sabor do cinema mudo do início do século passado. “Os filmes silenciosos são puro cinema, porque são essencialmente visuais. Eles formaram os maiores diretores do século 20. Há muito tempo desejava trabalhar com esse formato”, disse Hazanavicius, ladeado pela equipe do filme, justificando sua escolha.

A exceção de dois curtos momentos em que o som invade a história, assumindo a função metalinguística, L’artiste  segue à risca o padrão estético  dos filmes da pré-história da arte cinematográfica – da abertura aos créditos finais. A trama acompanha o ocaso de um astro do cinema mudo durante o processo de popularização do filme falado, no final dos anos 20. O galã francês Jean Dujardin (famoso em seu país pela franquia  do agente 117, um pastiche local de James Bond) encarna o ator em franca decadência, que é reconduzido ao caminho do sucesso por uma jovem atriz em ascensão, interpretada pela argentina Bérénice Bejo. “O melodrama me parecia o gênero mais apropriado para o formato. Os mais bem-sucedidos filmes de Charles Chaplin, por exemplo, são melodramas, apesar do tom cômico”, lembrou Hazanavicius.
O filme foi rodado em estúdios e locações nos Estados Unidos, reproduzido com fidelidade as ruas da Los Angeles da época. O elenco secundário é reforçado por atores americanos, como John Goodman (SpeedRacer), James Cromwell (Homem Aranha 3) e Penelope Ann Miller. “Sabemos que é um risco muito grande fazer um filme assim nos dias de hoje. Mas acreditamos na nossa ideia, no propósito de oferecer algo diferente ao público moderno, e demos o melhor de nós em função desse objetivo. O fato de estarmos aqui, em Cannes, e em competição, já é um sinal de que não estamos totalmente enganos”, comentou o diretor.

Teenage Fan Club: música pra pular


Pra quem não conhece, aqui vai uma grande apresentação dos britânicos do Teenage Fan Club, banda escocesa da cidade de Glasgow, formada em 1989 e que continua em ação pelos festivais mundo afora. 


O estilo é um tanto difícil de definir. Power Pop, Shoegaze, Rock Alternativo. Por vezes um caos sonoro, muita guitarra distorcida, efeitos, vocais perdidos no éter... mas, cá pra nós... os caras são muito bons mesmo. Como diria um amigo meu, é "música pra pular". 

Que Nirvana, que nada!!! Sou mais o TFC!



For those unfamiliar, here's a great presentation of the British Teenage Fan Club, the Scottish band from Glasgow, formed in 1989 and is still making good albums andplaying at festivals worldwide.

The style is somewhat difficult to define. Power Pop, Shoegaze, Alternative Rock.Sometimes chaotic sound, very distorted guitar, effects, voice lost in the ether ... butwe get here ... the guys are very good indeed. As a friend of mine would say, is"music to jump. "

What Nirvana, nothing! I'm more of TFC.











Livro distribuído pelo MEC defende errar concordância


Um capítulo do livro "Por uma Vida Melhor", da ONG Ação Educativa, uma das mais respeitadas na área, diz que, na variedade linguística popular, pode-se dizer "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado".

Em sua página 15, o texto afirma, conforme revelou o site IG: "Você pode estar se perguntando: 'Mas eu posso falar os livro?'. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico".
Segundo o MEC, o livro está em acordo com os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) --normas a serem seguidas por todas as escolas e livros didáticos.
"A escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma 'certa' de falar, a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala", afirma o texto dos PCNs.
"Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural que, além de desvalorizar a forma de falar do aluno, denota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde inteiramente a nenhum de seus dialetos", continua.
Heloísa Ramos, uma das autoras do livro, disse que a citação polêmica está num capítulo que descreve as diferenças entre escrever e falar, mas que a coleção não ignora que "cabe à escola ensinar as convenções ortográficas e as características da variedade linguística de prestígio".
O linguista Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras, critica os PCNs.
"Há uma confusão entre o que se espera da pesquisa de um cientista e a tarefa de um professor. Se o professor diz que o aluno pode continuar falando 'nós vai' porque isso não está errado, então esse é o pior tipo de pedagogia, a da mesmice cultural", diz.
"Se um indivíduo vai para a escola, é porque busca ascensão social. E isso demanda da escola que lhe ensine novas formas de pensar, agir e falar", continua Bechara.
Pasquale Cipro Neto, colunista da Folha, alerta para o risco de exageros. "Uma coisa é manifestar preconceito contra quem quer que seja por causa da expressão que ela usa. Mas isso não quer dizer que qualquer variedade da língua é adequada a qualquer situação."
Fonte: Uol

Cigarro e saúde




Fotos: Shutterstock

É clichê ficar repetindo que o cigarro faz mal à saúde. Mas nunca é demais citar números para lembrar o leitor. No Brasil, 200 mil pessoas morrem por ano vítimas do tabagismo (23 pessoas por hora). Quem fuma mais de 20 cigarros por dia vive, em média, 22 anos a menos. Hoje, 20% dos brasileiros adultos fumam. E como parar? Primeiro basta querer. Depois, de acordo com Sérgio Ricardo Santos, coordenador do PrevFumo, programa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que auxilia fumantes a abandonar o tabaco, deve-se procurar um médico, pois esse profissional é o único que pode identificar o que leva a pessoa a acender um cigarro e os efeitos desse ato sobre o organismo. Mas quem quer deixar o vício deve se preparar para enfrentar alguns desafios, como: o desejo compulsivo de voltar a fumar, aumento do apetite, dores de cabeça, náuseas e tremores nas mãos. Não é fácil, mas é melhor do que entrar para as estatísticas.

FONTE: Revista UM

Novo clip do Whitesnake - Love will set you free


Para os fãs da banda, a nova música do Whitesnake. Curtam!

Müller admite abalo com a fama e diz que "gastou muito dinheiro"



 . Foto: Getty Images
Muller não soube lidar com o sucesso quando jovemFoto: Getty Images
Morando de favor na casa do antigo companheiro de São Paulo, o ex-lateral direito Pavão, o ex-atacante Müller, 45 anos, avaliou os erros que causaram sua decadência financeira após carreira de 20 anos e concluiu que não estava preparado para tamanho sucesso. "Quando você é jovem, sempre gasta muito dinheiro, até desnecessariamente. Você não tem um preparado psicológico para fama e o sucesso, e acaba gastando muito dinheiro", afirmou, ao programaEsporte Fantástico, da TV Record.
Deslumbrado com o sucesso e com a fartura financeira, Müller não conseguiu se manter após a aposentadoria e, atualmente, tenta construir um cômodo no andar de cima da casa de Pavão para se alojar. Jogador de sucesso, não obteve êxito como dirigente e treinador. Atuou também como comentarista televisivo, e não descarta voltar a qualquer uma dessas funções. "Sempre priorizo o que vem primeiro. O futebol sempre foi meu meio de sobrevivência, então o que vier primeiro eu priorizo", afirmou o ex-craque.

CCJ analisará PEC que facilitará apresentação de projetos de iniciativa popular


Projetos de iniciativa popular podem ter a tramitação facilitada no Congresso. Na pauta de votação do próximo dia 18 da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a PEC (proposta de emenda à Constituição) 3/11 diminui as exigências para a apresentação de propostas ao Legislativo. Do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), a PEC altera o número de assinaturas necessárias para iniciar a tramitação desse tipo de projeto. 

Atualmente, um projeto de iniciativa popular precisa do apoio de, pelo menos, 1% dos eleitores do país (algo em torno de 1,3 milhão de assinaturas), distribuídos por cinco estados distintos e com participação de 0,3% de eleitores em cada estado. A PEC diminui a exigência para 0,5% dos votos válidos na última eleição para deputado federal (aproximadamente 490 mil assinaturas), passa a distribuição de cinco para nove estados e reduz para 0,1% o número de eleitores exigidos de cada um dos estados. 


O relator da PEC na CCJ é o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que deu parecer favorável à proposta, mas apresentou uma emenda. O senador propôs a distinção, no caso da iniciativa popular, entre projetos de lei e propostas de emenda à Constituição. Para projeto de lei, continuaria valendo o percentual 0,5% dos votos dados na última eleição para a Câmara dos Deputados. Já para PECs, o índice subiria 0,7% do eleitorado. 


Fonte: Agência Senado

sábado, 14 de maio de 2011

Projeto de Lei fixa pena para fraude em concurso ou vestibular



A
Câmara analisa o Projeto de Lei 327/11, do deputado Hugo Leal, que estabelece pena de reclusão de dois a seis anos, além de multa, para o crime de fraude em Concurso Público ou exame vestibular.13/05/2011-17:20 |




A proposta acrescenta artigo ao Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40). O deputado explica que o projeto busca preencher uma lacuna, já que ainda não existe legislação específica para o ato de fraudar concursos públicos, e esse crime precisa ser enquadrado em outros artigos do código.



Para o autor, esse tipo de fraude tem semelhanças com o crime de falsificação e, por isso, deve ser enquadrado na mesma parte do código. "Esse tipo de fraude é grave, pois agride a fé pública, que é baseada exatamente na confiança dos cidadãos nas instituições, sendo que essa confiança é essencial para a vida em sociedade", explica.



Hugo Leal afirma que os órgãos públicos têm buscado cada vez mais atuar com seriedade na elaboração de processos seletivos, mas, apesar dos esforços adotados pelas bancas examinadoras, as fraudes continuam ocorrendo. "Pessoas envolvidas utilizam-se de técnicas cada vez mais sofisticadas, tentando sempre burlar o sigilo e a segurança para que candidatos ligados ao esquema ilícito consigam ser aprovados", diz.



Tramitação:



O projeto tramita apensado ao PL 1086/99, que trata de assunto semelhante. As propostas serão analisadas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário.



Mais informações: www.camara.gov.br.



Fonte: PCI

sexta-feira, 13 de maio de 2011

VASCO DA GAMA: O CLUBE DA ABOLIÇÃO


No dia do centenário da abolição da escravidão, 13 de maio de 1988, o Clube de Regatas Vasco da Gama fez publicar nos principais jornais cariocas o seguinte anúncio, de página inteira:

13 de Maio
Cem Anos de Abolição

HOMENAGEM DO CLUBE DE
REGATAS VASCO DA GAMA.
UM CLUBE TÃO PRETO E
BRANCO QUANTO O BRASIL.

      O Vasco da Gama foi o primeiro clube de futebol a acreditar no talento e na raça do povo negro.
      Por causa disto, foi também o mais hostilizado.
      Com um time formado por negros, operários e suburbanos, o Vasco foi campeão da segunda divisão em 1922.
      No ano seguinte, tornava-se campeão carioca da primeira divisão.
      Era um clube do povo.
      Na época, o futebol era um esporte de elite. Uma elite que, ao se sentir agredida, exigiu do Vasco a eliminação de doze de seus atletas, todos negros. A decisão foi definitiva: o clube não abriu mão de seus jogadores e retirou-se da Associação Metropolitana de Esportes.
Mas as pressões não terminaram. O Vasco foi condenado por não possuir um estádio.
      Contra tudo e com a ajuda do povo, construímos então o maior estádio da América Latina.
      Muitos quiseram acabar com nosso clube. Mas isto foi em 1923.
      O que restou dessa luta ficou imortalizado nas palavras do Presidente do Vasco. Numa resposta histórica.
      Hoje, negros e brancos suam a mesma camisa em diversos clubes.
      Foi desta mistura que nasceram as cores do Vasco.
      É dessa união que dependem as cores do nosso país.
Seguindo-se então o ofício histórico enviado pelo presidente do Vasco à AMEA em 7 de abril de 1924 (reproduzido mais acima); os logotipos das empresas que ajudaram a financiar a publicação do anúncio; e, no pé da página, o emblema do Vasco da Gama.
Que outro clube pode orgulhar-se de poder publicar um anúncio deste teor?

Vasco da Gama: história de integração racial e social no futebol do Brasil



O Vasco lançou no dia 24 de março o seu terceiro uniforme para a temporada 2011. O modelo é inspirado no usado na década de 20 e faz referência ao atuação do clube naquele período, em prol da inclusão de jogadores negros e de classes mais humildes.  No lado esquerdo do peito da camisa, há a imagem de uma mão espalmada em preto e branco. E, na gola, as palavras “Inclusão” e “Respeito”.

Se o Vasco não foi o primeiro clube brasileiro a contar com jogadores negros em seu elenco – alguns pesquisadores defendem que a primazia foi do Bangu; outros que a Ponte Preta foi a pioneira -, não há dúvida que o Clube de Regatas Vasco da Gama adotou uma inovadora política clara de inclusão de atletas negros, mulatos e/ou que não pertenciam à elite. E que lutou para que eles não fossem excluídos do esporte. Contribuindo decisivamente para que o futebol deixasse um esporte exclusivo de descendentes de ingleses e jovens da aristocracia. Brancos.
- O mulato e o preto eram, assim, aos olhos dos clubes finos, uma espécie de arma proibida – escreveu Mário Filho em seu livro “O negro no futebol brasileiro”. Escrito em 1947, a obra é uma referência sobre o assunto.
Coube ao Vasco, vindo da segunda divisão, desafiar o sistema vigente. O clube, fundado por portugueses, se distinguia de outros criados pela colônia lusitana por abrir suas portas também para brasileiros. De qualquer origem. O critério para ser convidado a defender o clube da Cruz de Malta não era a cor da pele ou a situação social. Era saber tratar bem a bola.
E o time passou a adotar um regime desconhecido dos demais. Os jogadores, na prática, viviam para o futebol. Acordavam em uma espécie de ‘concentração’ e treinavam. Exercícios físicos e com a bola. De manhã até de noite. Treinador pelo uruguaio Ramon Platero, e com o apoio de comerciantes portugueses, tinham boa alimentação e recebiam ‘bichos’ para dedicarem ao futebol. Um princípio de profissionalismo em uma época em que os comandantes do futebol orgulhavam-se de dizer que o esporte era amador.
Com atletas habilidosos e bem preparados, o time do Vasco geralmente dominava os adversários no segundo tempo dos jogos, quando os rivais não conseguiam mais acompanhar quem havia treinado forte durante toda a semana. E o clube vindo da segunda divisão foi campeão carioca em 1923, logo no ano de estreia na elite do futebol do Rio (na foto acima, o time campeão).
A reação dos clubes tradicionais não demorou. No ano seguinte, o grupo formado por América, Botafogo, Flamengo e Fluminense decidiu deixar a Liga Metropoliana de Desportos Terrestres (LMDT) e fundar a AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos). 
Pelas regras da nova entidade, os jogadores precisariam provar que estudavam ou trabalhavam. Não em um trabalho qualquer. “Um emprego decente (…). Empregados subalternos eram riscados”, segundo Mário Filho. E precisavam saber ler e escrever corretamente. Além disso, todos os clubes deveriam ter campos e sedes próprios. O Bangu, com um time formado em boa parte por operários da fábrica de tecidos instalada no bairro da Zona Oeste, foi convidado pelo quarteto a ingressar na entidade. Os cinco fundadores tinham peso maior nas votações, garantindo que as suas propostas fossem vitoriosas.
Ao Vasco, foi exigido que 12 jogadores fossem afastados, por não atenderam aos requisitos impostos pela AMEA. Diante do ultimato, o presidente do clube, José Augusto Prestes, assinou um ofício em 7 de abril, que ficou famoso na história do futebol carioca. E brasileiro.
 Rio de Janeiro, 7 de abril de 1924
Ofício no. 261
Exmo. Sr. Arnaldo Guinle, M.D. presidente da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos.
As resoluções divulgadas hoje pela imprensa, tomadas em reunião de ontem pelos altos poderes da Associação a que V. Exa. tão dignamente preside, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama em tal situação de inferioridade que absolutamente não pode ser justificada nem pela deficiência do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa sede, nem pela condição modesta de grande número dos nossos associados.
Os privilégios concedidos aos cinco clubes fundadores da AMEA e a forma como será exercido o direito de discussão e voto, e as futuras classificações, obriga-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções.
Quanto a condição de eliminarmos doze (12) jogadores das nossas equipes, resolve por unanimidade a diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama, não a dever aceitar, por não se conformar com o processo por que foi feita a investigação das posições sociais desses nossos con-sócios, investigações levadas a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.
Estamos certos que V. Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno da nossa parte sacrificar ao desejo de filiar-se a AMEA alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do Campeonato de Futebol da Cidade do Rio de Janeiro de 1923.
São esses doze jogadores jovens quase todos brasileiros no começo de sua carreira, e o ato público que os pode macular nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu nem sob o pavilhão que eles com tanta galhardia cobriram de glórias.
Nestes termos, sentimos ter de comunicar a V. Exa. que desistimos de fazer parte da AMEA.
Queira V. Exa. aceitar os protestos de consideração e estima de quem tem a honra de se subscrever de V. Exa. Att. Obrigado.
Dr. José Augusto Prestes
Presidente

O Vasco permaneceu na LMDT, ao lado de clubes que não aceitaram as condições ou que não conseguiram cumpriram as exigências da AMEA (casos do Bonsucesso, Andarahy, Villa Isabel, Mackenzie). E foi campeão da Liga Metropolitana em 1924.
No ano seguinte, houve acordo entre o clube e a AMEA, costurado em boa parte por Carlito Rocha, futuro presidente do Botafogo. O Cruzmaltino manteve seus atletas. E o clube, com seus jogadores negros, mulatos e pobres, entrou para a história esportiva do país ao contribuir decisivamente para tornar o futebol um esporte realmente de todos os brasileiros.
Fonte: blog Memória Esporte Clube 

Leônidas da Silva: o Diamante Negro


(1913-2004)

Filho de uma cozinheira com um marinheiro português, Leônidas da Silva nasceu em 6 de setembro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1931, começaria sua carreira como jogador de futebol no Bonsucesso, impressionando os dirigentes cariocas, que o convocaram para disputar o Campeonato Brasileiro de Seleções. Já famoso, Leônidas mudou-se para Vila Isabel, onde tornou-se vizinho e amigo de Noel Rosa.

Em 1932 foi a grande estrela da Seleção Brasileira na conquista da Copa Rio Branco, no Uruguai. Em 1933, o sucesso na Seleção rendeu-lhe contrato com um clube uruguaio, o Peñarol. Mas em pouco tempo Leônidas voltaria ao país, indo jogar no Vasco da Gama. Em 1935, foi campeão carioca pelo Botafogo. No ano seguinte, quando foi para o Flamengo, tornou-se o maior ídolo da torcida rubro-negra. Lá, disputou 179 jogos, com 142 gols, e foi campeão carioca em 1939. 

Leônidas da Silva foi o primeiro negro a assumir a condição de astro do futebol brasileiro. O jogador foi um profissional, numa época em que o futebol era marcado pelo amadorismo. Por isso, segundo André Ribeiro, às vezes era chamado de mascarado.

Leônidas disputou 37 jogos na Seleção Brasileira, nos quais marcou 37 gols. Artilheiro da Copa de 1938, na França, virou ídolo nacional, apesar da Seleção Brasileira ter ficado em 3º lugar. Fez um histórico gol descalço na vitória por 6 a 5 contra a Polônia, na prorrogação. No jogo contra a Tchecoslováquia, ganhou definitivamente o torcedor europeu ao executar uma bicicleta, jogada até então inexistente no futebol, levando os franceses a chamarem-no de Homem de Borracha.

No Brasil, o empresário das comunicações, Assis Chateaubriand, que também era dono da fábrica de chocolates Lacta, lançou o chocolate Diamante Negro em homenagem ao craque, antecipando o sucesso que produtos aliados à imagem de jogadores poderiam fazer. Na época, foi criado também o cigarro Leônidas, pela Companhia Sudan, a maior fabricante do país, e o relógio de grife com o nome do jogador.

Em 1942, o craque deixou o Flamengo para jogar no São Paulo, na negociação mais cara do futebol sul-americano da época. Foi o auge de sua carreira. Lá disputou 211 jogos, com 140 gols marcados, e venceu cinco campeonatos paulistas entre 1943 e 1949, um recorde. Em 1950, marcou seu último gol oficial, vestindo a camisa do São Paulo, em partida contra o Botafogo do Rio de Janeiro. Depois disso, tornou-se comentarista esportivo.

Em 1976, Leônidas se aposentou da carreira de comentarista, depois dos primeiros sintomas do Mal de Alzheimer, doença degenerativa que o faria perder completamente a memória. O carioca Leônidas da Silva, conhecido como Diamante Negro, inventor da jogada de bicicleta, faleceu em 24 de janeiro de 2004 em São Paulo, aos 90 anos.



Fonte: site A cor da cultura

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NEGRO COSME: VERDADEIRO HERÓI DO MARANHÃO

Negro Cosme
(1800 – 1842)
http://www.livrosgratis.net/upload/capas/A.Guerra.da.Balaiada-Colecao.Negro.Cosme-www.LivrosGratis.net.jpg
Líder da insurreição negra que fez parte da Balaiada. Uma das maiores rebeliões populares da História do Brasil. Negro Cosme defendeu o fim da escravidão.

Cosme Bento das Chagas nasceu em Sobral, CE, por volta de 1800. Nasceu livre e vivia de pequenos expedientes, sabia ler e escrever. Foi preso em 22 de setembro de 1830, por ter assassinado Francisco Raimundo Ribeiro em Itapecuru-Mirim, sendo enviado à capital São Luis. Cosme fugiu da cadeia em 1° de maio de 1833, depois de liderar um levante de presos. Ficou foragido até 1838, quando foi capturado em Codó. Neste tempo ficou escondido em vários quilombos da região de Itapecuru Mirim.

Quando a Balaiada estourou em dezembro de 1838, ele se encontrava preso na capital, não participando da insurreição até o final de 1839. Cosme fugiria da prisão em outubro de 1839, e em novembro já se tinha notícias dele liderando os escravos nas várias fazendas às margens do Rio Itapecuru. No final de 1839, Cosme já era conhecido como Imperador da Liberdade.

Entre fevereiro e setembro de 1840, Luis Alves de Lima e Silva havia praticamente derrotado todos os rebelados, com exceção dos negros sob o comando de Cosme. Na Balaiada, os negros foram os últimos a capitularem. A insurreição foi dada por terminada somente quando as tropas legais capturaram Cosme. A captura ocorreu depois de uma sangrenta batalha realizada em Calabouço no município de Mearim em 7 de fevereiro de 1841.

Preso, seu processo foi aberto em março de 1841, arrastando-se por mais de um ano, pois somente em 5 de abril de 1842, realizou-se o seu julgamento. Negro Cosme foi condenado à forca por liderar no Maranhão uma das mais temidas insurreições do povo negro já ocorridas no Brasil. À frente dos quilombolas, lutava para pôr fim à escravidão, junto com líderes como o índio Matroá, o vaqueiro Raimundo Gomes e de Manoel Ferreira dos Anjos, o Balaio.

Cosme liderava um exército de escravos formado principalmente de africanos, visto que no Maranhão tinha um grande contingente de negros naquela época. Cosme organizou um grande quilombo em Lagoa Amarela e nele fundou uma escola. Negro Cosme contava com um exército de aproximadamente três mil homens.

Luís Alves de Lima só considerou a província realmente “pacificada” após a prisão de Cosme, no entanto, os combates foram tão intensos e ferozes que a política oficial se viu frustrada na tentativa de poupar a vida dos escravos que seriam devolvidos/entregues aos seus antigos senhores.

Cosme foi enforcado em Itapicuru Mirim entre os dias 19 e 25, provavelmente em 20 de setembro de 1842, transformando-se em símbolo da luta contra escravidão. 
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYW68veCtagTUxDSa3SQTqCrUwAv-vqnVwtVMT6mLwgJsKB6VrUaIaHeLCdB69P_1szdfQz5Ef5b7QUNakiLMKytMcC6PMRsiwuH-fA9POD_QKVYrJ7YDkMBU3F711SzC9BAE7f9GT4nUj/s320/negro-cosme.jpg http://www.overmundo.com.br/uploads/guia/img/1229704144_cidade_de_caxias_memorial_da_balaiada.jpg
Fonte: http://www.acordacultura.org.br/herois/heroi/negrocosme 

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