sexta-feira, 20 de maio de 2011

Martin Heidegger lendo poema de Hölderlin




 
 
FRIEDRICH HÖLDERLIN






Friedrich Hölderlin ( Johann Christian Friedrich Hölderlin)

Nasce a 20 de Março de 1770 em Lauffen, junto ao rio Neckar e falece a 7 de Junho de 1843 em Tübingen. Durante todo o século XIX ficou praticamente esquecido. Friedrich Nietzsche, porém, tem por ele uma grande admiração. Chama-o o seu “ liebling Dichter.” É já em pleno século XX que a sua poesia é redescoberta e valorizada. Hoje, Hölderlin é considerado um dos maiores poetas líricos da poesia alemã e universal. A sua obra tem, na literatura alemã do fim do século XVIII, princípios do XIX, uma posição autônoma ao lado do Romantismo e do Classicismo de Weimar   (Goethe, Schiller ), então em voga.

Em 1807, Hölderlin enlouquece para sempre. Nos próximos 36 anos, até à data da sua morte, a 7 de Junho de 1843, Hölderlin vai ficar entregue aos cuidados de um dos seus grandes admiradores (e sua esposa), o carpinteiro Ernst Zimmers. 

Friedrich Hölderlin
Ist geboren 20. März 1770 in Lauffen, am Neckar geboren und starb am 7. Juni 1843 in Tübingen. Während des neunzehnten Jahrhunderts war fast vergessen. Friedrich Nietzsche hat aber eine große Bewunderung für ihn. Er nennt es sein "Liebling Dichter." Es ist schon im zwanzigsten Jahrhundert, dass seine Poesie wiederentdeckt und geschätzt wird. Heute ist Hölderlin einer der größten Lyriker der deutschen Poesie und universell betrachtet. Sein Werk ist in der deutschen Literatur des späten achtzehnten Jahrhunderts und Anfang des XIX, eine autonome Position neben Romantik und Klassik Weimar (Goethe, Schiller), dann in Mode.
Im Jahr 1807, Hölderlin verrückt immer. In den nächsten 36 Jahren wird bis zum Zeitpunkt seines Todes, 7. Juni 1843, Hölderlin in der Obhut einer seiner größten Bewunderer (und Frau), Schreinerei Ernst Zimmers platziert werden.

Friedrich Hölderlin
Is born March 20, 1770 in Lauffen, along the river Neckar and died on June 7, 1843 in Tübingen. Throughout the nineteenth century was almost forgotten. Friedrich Nietzsche, however, has a great admiration for him. He calls it his "Liebling Dichter." It is already in the twentieth century that his poetry is rediscovered and appreciated. Today, Hölderlin is considered one of the greatest lyric poets of German poetry and universal. His work is in German literature from the late eighteenth century and the beginning of XIX, an autonomous position alongside Romanticism and Classicism Weimar (Goethe, Schiller), then in vogue.
In 1807, Hölderlin mad forever. Over the next 36 years, until the date of his death, June 7, 1843, Hölderlin will be placed in the care of one of his greatest admirers (and wife), Carpenter Ernst Zimmers.

Meio da vida

Com peras amarelas
E repleta de rosas silvestres
A terra estende-se por cima do lago,
Vós graciosos cisnes!
E embriagados de beijos
Molhais a cabeça
Na sagrada e sóbria água.

Pobre de mim ! onde irei buscar
Quando for Inverno, as flores e
Onde o brilho do Sol
E as sombras da terra ?
Frios e mudos,
os muros erguem-se;
ao vento, as bandeiras tilintam.

Hälfte des Lebens
Mit gelben Birnen hänget
und voll mit wilden Rosen
das Land in den See,
ihr holden Schwäne,
und trunken von Küssen
tunkt ihr das Haupt
ins heilignüchterne Wasser.

Weh mir, wo nehm' ich, wenn
es Winter ist, die Blumen, und wo
den Sonnenschein,
und Schatten der Erde?
Die Mauern stehn
sprachlos und kalt, im Winde
klirren die Fahnen.

 Martin Heidegger
Martin Heidegger (Meßkirch, 26 de Setembro de 1889Friburgo, 26 de Maio de 1976) foi um filósofo alemão.
É seguramente um dos pensadores fundamentais século XX, quer pela recolocação do problema do ser e pela refundação da Ontologia, quer pela importância que atribui ao conhecimento da tradição filosófica e cultural. Influenciou muitos outros filósofos, dentre os quais Jean-Paul Sartre.

Martin Heidegger (Meßkirch, 26. September 1889 - Freiburg, 26. Mai 1976) war ein deutscher Philosoph.
Es ist sicherlich ein wichtiger Denker des zwanzigsten Jahrhunderts, sei es durch Austausch und das Problem des Seins Neugründung der Ontologie, oder von der Bedeutung, die es nach Kenntnis der philosophischen und kulturellen Tradition. Beeinflusste viele andere Philosophen, unter ihnen Jean-Paul Sartre.

Martin Heidegger (Meßkirch, September 26, 1889 - Freiburg, May 26, 1976) was a German philosopher.
It is certainly a key thinkers of the twentieth century, either by replacement and the problem of being re-foundation of ontology, or by the importance it attaches to the knowledge of philosophical and cultural tradition. Influenced many other philosophers, among them Jean-Paul Sartre.


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Para melhorar a Justiça, por João Baptista Herkenhoff





Sugiro dez medidas que, a meu ver, podem aprimorar a Justiça.


1. Arejar os tribunais. Nada de sessões secretas, exceto para questões que envolvam a privacidade das pessoas. Nada de vedar o acesso da imprensa aos julgamentos. Que todas as decisões e votos, em todos os casos, sem exceção, sejam abertos e motivados.

2. Dar rapidez aos julgamentos. Sem sacrificar o “princípio do contraditório”, é possível fazer com que a Justiça seja mais rápida. Que se alterem as leis de modo que não se fraude a prestação jurisdicional por meio de recursos abusivos. Que se mudem também práticas que não estão nas leis, mas estão nos hábitos e que entravam a Justiça.

3. Humanizar a Justiça. A Justiça não lida com objetos, mas com pessoas, dramas humanos, dores. O contato das partes com o juiz é indispensável, principalmente nos casos das pessoas mais humildes, que ficam aterrorizadas com a engrenagem da Justiça. O apelo de ser escutado é um atributo inerente à condição humana. Tratar as partes com autoritarismo ou descortesia é uma brutalidade.

4. Praticar a humildade. O que faz a Justiça ser respeitada não são as pompas, as reverências, as excelências, as togas, mas a retidão dos julgamentos. Na última morada, ser enterrado de toga não faz a mínima diferença. Neste momento final, a mais alta condecoração será a lágrima da viúva agradecendo, em silêncio, ao magistrado a justiça que lhe foi feita.

5. Alterar o sistema de vitaliciedade. O magistrado não se tornaria vitalício depois de dois anos de exercício, mas por meio de três etapas: dois anos, cinco anos e sete anos. A cada etapa, haveria a apreciação de sua conduta e aí, com a participação de representantes da sociedade civil, porque não seria apenas o julgamento técnico (como nos concursos de ingresso), mas o julgamento ético (exame amplo do procedimento do juiz).

6. Combater o familismo. Nada de penca de parentes na Justiça. Concursos honestos para ingresso na magistratura e também para os cargos administrativos. Neste ponto, a Constituição de 1988 regrediu em comparação à Constituição de 1946. A Constituição de 1946 proibia que parentes tivessem assento num mesmo tribunal. A Constituição de 1988 proíbe parentes apenas na mesma turma. Se o tribunal tiver cinco turmas, será possível que cinco parentes façam parte de um mesmo tribunal, desde que um parente em cada turma.

7. Democratizar a eleição dos presidentes dos tribunais. Todos os magistrados, mesmo os de primeiro grau, devem poder votar.

8. Aumentar a idade mínima para ser juiz. O cargo exige experiência de vida, não demanda apenas conhecimentos técnicos.

9. Fazer da Justiça uma instituição impoluta. Um magistrado corrupto supera, em indignidade moral, o mais sórdido bandido.

10. O povo pressionar para que as mudanças ocorram. Ainda que haja, como realmente há, muitos magistrados que desejam a purificação das instituições judiciárias, estes não terão força para efetuar mudanças profundas sem o apoio e a pressão da opinião pública.






quarta-feira, 18 de maio de 2011

A flor da manhã

flor0178.jpg


A flor da manhã, umedecida pelo orvalho,
expôs seu rosto na singular claridade, 
trazendo consigo a mágica da vida.


A flor vivaz e colorida se fez fenômeno
e em sua aparição tornou-se alvo
do olhar daquele que, encantado,
ousou fitar a tez e a cor daquela.


E aquele que a descobriu,
perdido de amor,
ficou ao lado daquela flor
e a fitou, até o fim do dia,
até o fim dos tempos.


Ficou ali, ao lado da flor,
a tecer versos de felicidade.


Rogério Rocha

terça-feira, 17 de maio de 2011

Misfits - Dig up her bones


Há 3 anos morria Wander Taffo


No dia 17 de maio de 2008 o rock brasileiro perdia um de seus maiores guitarristas. Falecia Wander Taffo, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. 
Taffo fez parte de bandas como Made in Brazil, Secos e Molhados, Rita Lee, Rádio Táxi, além de sua própria banda, TAFFO.
Chegou a receber o prêmio Sharp de Música na categoria "Revelação Pop Rock Masculino" por um disco solo gravado em Los Angeles, em 1989. No ano seguinte, Wander foi escolhido pela crítica como o melhor guitarrista do Brasil.
Para lembrar!










OS 10 MELHORES ÁLBUNS DE HEAVY METAL LANÇADOS EM 1980


Chad Bowar do site About.com fez uma lista elencando os principais lançamentos do ano de 1980.
Segundo Chad, "foi um ano divisor de águas para o Heavy Metal. Foi o início de uma nova década, e diversos álbuns que agora são considerados clássicos foram lançados neste ano". 
Reproduzo a lista do de Chad, primeiro, pelo fato de que ela resume muito bem o que foi aquele início de década para o estilo. Segundo, porque se tivesse de fazer minha lista, apontaria basicamente os mesmo discos, com poucas mudanças. Nesse ponto, creio que as escolhas dele foram acertadas. Aí vão eles:

1. AC/DC - "Back in Black"

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Depois de grande sucesso com "Highway to Hell" em 1979, as coisas se mostraram bastante promissoras para o AC/DC. Então em fevereiro de 1980 houve a morte do cantor Bon Scott e eles imediatamente recrutaram Brian Johnson e lançaram este álbum alguns meses depois. Pelas notas de abertura de "Hells Bells" até o final de "Rock and Roll Ain't Noise Pollution", este álbum é um clássico. Cada música é memorável, e "You Shook me all Night Long" e a música título estão entre as melhores músicas de metal de todos os tempos.

                             2. JUDAS PRIEST - "British Steel"

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Depois de lançar diversos bons álbuns na década de 70, este é um que leva o JUDAS PRIEST para a estratosfera. Ele é largamente considerado um dos melhores álbuns da banda. Nesta época o PRIEST havia refinado e aperfeiçoado o som e focado em compor hinos de arena do rock, e eles atingem no alvo com "Breaking the Law" e "Living After Midnight".


                             3. OZZY OSBOURNE - "Blizzard of Ozz"

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Depois de deixar o BLACK SABBATH e embarcar em uma carreira solo, OZZY OSBOURNE chamou o guitarrista Randy Rhoads e o resultado foi este fantástico álbum. Ele foi mais técnico e moderno do que o SABBATH, graças a Rhoads e sua virtuosidade nas guitarras. Há grandes músicas neste álbum, incluindo "Crazy Train" e a controversa "Suicide Solution".

   

                             4. MOTORHEAD - "Ace of Spades"

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Este foi o primeiro álbum do MOTORHEAD a ser lançado nos EUA, apesar de seus primeiros álbuns terem obtido grande sucesso no Reino Unido. Este álbum é um clássico pelo estilo distinto de Lemmy nos vocais e grandes músicas como a do título do álbum. Era alto, cru e direto como um tapa na cara.



                             5. IRON MAIDEN - "Iron Maiden"

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O mais longe que pode ir um álbum de estreia, este é um dos melhores e mais influentes. Incontáveis bandas seguiriam o caminho do IRON MAIDEN. Não até que Bruce Dickinson se tornasse o vocalista e a banda alcançasse alturas ainda maiores, mas PAUL DI'ANNO fez um trabalho sólido. Este álbum contém músicas além do seu tempo e um estilo progressivo e épico em que a banda iria gravitar em direção ao futuro.

            

                             6. BLACK SABBATH - "Heaven and Hell"

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Com o vocalista OZZY OSBOURNE deixando a banda, muitos pensaram que o futuro do BLACK SABBATH era desolador. Mas ao escolher Ronnie James Dio como novo vocalista eles provaram que todos estavam enganados. Entre a grande voz de DIO e o excelente trabalho de guitarra de Tony Iommi, a banda entregou um dos seus melhores álbuns em anos. Grandes músicas incluem "Children of the Sea", "Neon Nights" e a música título.

                             

                           7. SAXON - "Wells of Steel"

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Apesar deles estarem na estrada a tanto tempo quanto seus companheiros de NWOBHM como o IRON MAIDEN e o DEF LEPPARD, o SAXON nunca alcançou a popularidade comercial desses grupos, apesar do fato deles terem sempre uma base de fãs forte e leal. O segundo álbum da banda foi provavelmente o melhor. Ele contem músicas como "Motorcycle Man" e "Suzie Hold On". Apesar do fato deles nunca terem feito sucesso nos EUA, este é um grande álbum.


                              8. DIAMOND HEAD - "Lightning to the Nations"

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O DIAMOND HEAD era uma banda que teve uma forte influência no METALLICA, que depois acabaria por fazer covers de várias de suas músicas. "Am I Evil", "Helpless" e "The Prince" são deste álbum de sete músicas. Há algum conflito na data de lançamento deste álbum. Eu vi datas entre 1979 até 1981 em várias fontes. O site oficial da banda diz 1980, então vou com eles.


                             9. SCORPIONS - "Animal Magnetism"

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O SCORPIONS está sempre por aí. Até 1980 eles já tinham lançado álbuns por 8 anos. Demoraria mais alguns anos até que eles se tornassem estrelas internacionais, mas este álbum mostra que eles estavam no caminho. Ele inclui músicas clássicas como "The Zoo" e "Make it Real" entre outras ótimas canções.



                             10. ANGEL WITCH - "Angel Witch"

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Este álbum é um clássico do início do New Wave of British Heavy Metal, mas o ANGEL WITCH mostrou ser apenas passageiro. Depois de seu álbum de estreia em 1980 a banda implodiu e diversos membros a deixaram. Eles se reagruparam para alguns álbuns medíocres no meio da década de 80 e então desapareceram mais uma vez. Esse álbum é muito difícil de se encontrar, ele é intenso e sombrio, mas com muita melodia.


domingo, 15 de maio de 2011

FILME MUDO E EM PRETO E BRANCO ROUBA A CENA EM CANNES


Em plena era do 3D digital, um filme silencioso e rodado em preto-e-branco conseguiu causar o maior alvoroço neste domingo no 64º Festival de Cannes. Originalmente escalado para o pacote de títulos hors-concours da maratona francesa e promovido a 20 título da competição cerca de uma semana antes do início da contenda,L’artiste, do francês Michel Hazanavicius, devolve às plateias modernas o sabor do cinema mudo do início do século passado. “Os filmes silenciosos são puro cinema, porque são essencialmente visuais. Eles formaram os maiores diretores do século 20. Há muito tempo desejava trabalhar com esse formato”, disse Hazanavicius, ladeado pela equipe do filme, justificando sua escolha.

A exceção de dois curtos momentos em que o som invade a história, assumindo a função metalinguística, L’artiste  segue à risca o padrão estético  dos filmes da pré-história da arte cinematográfica – da abertura aos créditos finais. A trama acompanha o ocaso de um astro do cinema mudo durante o processo de popularização do filme falado, no final dos anos 20. O galã francês Jean Dujardin (famoso em seu país pela franquia  do agente 117, um pastiche local de James Bond) encarna o ator em franca decadência, que é reconduzido ao caminho do sucesso por uma jovem atriz em ascensão, interpretada pela argentina Bérénice Bejo. “O melodrama me parecia o gênero mais apropriado para o formato. Os mais bem-sucedidos filmes de Charles Chaplin, por exemplo, são melodramas, apesar do tom cômico”, lembrou Hazanavicius.
O filme foi rodado em estúdios e locações nos Estados Unidos, reproduzido com fidelidade as ruas da Los Angeles da época. O elenco secundário é reforçado por atores americanos, como John Goodman (SpeedRacer), James Cromwell (Homem Aranha 3) e Penelope Ann Miller. “Sabemos que é um risco muito grande fazer um filme assim nos dias de hoje. Mas acreditamos na nossa ideia, no propósito de oferecer algo diferente ao público moderno, e demos o melhor de nós em função desse objetivo. O fato de estarmos aqui, em Cannes, e em competição, já é um sinal de que não estamos totalmente enganos”, comentou o diretor.

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