terça-feira, 21 de junho de 2011

O Fim da Arbitrariedade nas Correções!







A Segunda Turma do Superior Tribunal Justiça recentemente proferiu decisão significativamente avançada em matéria de concursos públicos, ao julgar recurso em mandado de segurança impetrado por um candidato, voltado a atacar a correção promovida por banca examinadora. Na decisão, inegavelmente, houve análise do mérito da correção, ampliação da pontuação atribuída ao candidato e emissão de várias teses bastante  vanguardistas.
Trata-se de um marco jurisprudencial de enorme importância, o que exige a atenção de todos os candidatos. É fundamental que a decisão seja amplamente divulgada, para que, por um lado,sirva de fundamento nos questionamentos de candidatos vítimas de correções arbitrárias e injustas, bem como, por outro lado, intimide os examinadores pouco criteriosos.
Quanto à primeira tese merecedora de destaque, firmou-se o entendimento de que a regra do edital deve ser clara quanto aos critérios de correção, ou seja, não pode ser obscura nem os critérios podem ser excessivamente amplos, para que seja garantido o controle por parte dos candidatos. Neste sentido, entendeu-se que estaria “…correto o impetrante-recorrente quando aponta a ausência de critérios apontados no edital para  fins de correção da prova de redação são  por  demais  amplos,  não  permitindo  qualquer  tipo  de  controle  por parte dos candidatos…”
Seguindo a referida linha de raciocínio, diante do questionamento apresentado pelo candidato no sentido da invalidade da correção, bem como apresentando verdadeira demonstração de compreensão da realidade das correções dos concursos públicos, o acórdão entendeu que “…não se sabe qual o peso ou a faixa de valores (“padrão Cespe”) para cada quesito, nem o verdadeiro conteúdo de cada um deles, nem o valor de cada erro (“padrão ESAF”).11.  Mas  a  situação  fica  pior  quando  se  tem  contato  com  a  folha  de redação do candidato (fls. 197/198, e-STJ), da qual não consta nenhuma notação – salvo o apontamento de erros de português – apta a embasar o resultado final por ele obtido na referida prova. Enfim, tem-se, aqui, ato administrativo sem motivação idônea, daí porque inválido….”
Ante a referida conclusão, considerando a invalidade do ato administrativo de correção, a 2ª Turma do STJ reconheceu que haveria dois problemas. O primeiro seria o fato de que o resultado do concurso público já estava homologado, o que inviabilizaria a realização de nova correção. O segundo problema consistia no fato de que muitos candidatos aprovados já teriam tomado posse, sendo que estes poderiam ter seus interesses afetados conforme fosse a decisão, o que teria como agravante a não participação na relação processual.
Diante das apontadas dificuldades, o que fez a decisão? Atribuiu meio ponto adicional ao candidato, o que seria o suficiente para que fosse aprovado, e lhe garantiu o último lugar entre os aprovados. Para tanto, adotou-se como fundamento a compreensão de que “tendo  em conta que já se passou quase um ano da homologação final do concurso, com  eventual  posse  e  exercícios  dos  demais  candidatos  aprovados,  e observando  que  a  nova  ordem  de  classificação  normalmente  influi  na lotação dos servidores, é caso de permitir a aprovação do candidato, mas consolidada  na  última  colocação  entre  os  aprovados,  a  fim  de  que  a coisa julgada na presente ação não atinja terceiros que não participaram dos autos.”
Portanto, constata-se que a 2ª Turma do STJ, ao julgar o RMS 33825-SC, o qual teve como Relator oMinistro Mauro Campbell Marques, promoveu verdadeira revolução jusirprudencial em matéria de correção de provas de concursos públicos. Trata-se de uma ruptura com o tradicional paradigma de que não cabe ao Judiciário analisar o mérito das correções.
Neste sentido, reitero a importância da atitude de ampla divulgação da decisão e adoção deste fundamento nas impugnações às correções indevidas. Aproveite para ajudar a divulgar o presente texto, inclusive em suas redes sociais.
E torcemos para que as arbitrariedades das correções diminuam, ao menos a partir da intimidação dos examinadores pouco criteriosos e injustos!!!
Fonte: Concursospublicos.pro.br

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Exército lança concurso público com 69 oportunidades de nível superior


O Departamento de Educação e Cultura do Exército lançou edital de concurso com oferta de 69 vagas de nível superior para formação de oficiais do quadro complementar do ano de 2012.

As chances são para graduados em Biblioteconomia, Ciências Contábeis, Comunicação Social, Direito, Enfermagem, Informática, Biologia, Espanhol, História, Inglês, Matemática, Português, Pedagogia, Psicologia e Veterinária.

Podem concorrer candidatos de ambos os sexos que possuam no mínimo 20 anos e no máximo 36. Homens devem ter no mínimo 1,60m de altura, e mulheres, 1,55m.

Os interessados devem se inscrever de 25 de julho a 15 de agosto, por meio do endereço www.esfcex.ensino.eb.br.
A taxa de participação custa R$ 110,00.

O concurso será composto por prova objetiva (com aplicação no dia 11 de setembro), inspeção de saúde, exame de aptidão física, revisão médica e comprovação dos requisitos biográficos dos candidatos.

Fonte: CorreioWeb

Duas perguntas a Otfried Höffe

Otfried Höffe


Otfried Höffe é professor titular de filosofia na Universidade de Tübingen, e conhecido como um dos maiores expoentes, na Alemanha, da Filosofia Política, que enfoca o Estado e o direito, e da Filosofia Moral.

Deutsche WellePara que precisamos da filosofia ainda hoje, ou especialmente hoje?

Otfried Höffe: A filosofia se debruça sobre questões fundamentais de todo o nosso mundo, seja o mundo natural, o social ou o da linguagem. Ela se volta tanto para a vida cotidiana como para a política, a ciência, a medicina e a técnica, bem como para a música, a literatura e a arte. O contemporâneo atento vê em todas essas áreas uma quantidade tal de problemas, que a filosofia é altamente solicitada, das mais diversas maneiras.

Aqui apenas alguns exemplos: 1) Como se pode imaginar o universo antes do Big Bang? De onde vem o que existia antes dele? 2) A neurociência coloca em questão a liberdade e a responsabilidade humana? 3) Como é possível uma coexistência pacífica de culturas diferentes? 4) Como tornar humanas as megalópoles, do ponto de vista arquitetônico e social? 5) A partir de que ponto se pode dizer que a vida humana dispõe da proteção total da dignidade e dos direitos humanos?

Quais são as tendências da filosofia, mais especificamente da filosofia do direito, hoje na Alemanha?

Os temas focais na Alemanha são, por um lado, a história da filosofia em suas diferentes épocas e suas figuras de destaque – em especial Platão e Aristóteles, Kant e o Idealismo alemão, sem que se esqueçam a Alta Antiguidade e a Idade Média, o começo da Era Moderna, os clássicos anglo-americanos ou Arthur Schopenhauer, Friedrich Nietzsche, Edmund Husserl e Martin Heidegger.

Por outro lado, existe uma filosofia sistemática não menos intensiva e multifacetada. Entre esses dois lados há ligações estreitas, visto que um pensamento sistemático inteligente se faz inspirar pela consciência de problemas que tiveram seus predecessores, e portanto procura um diálogo com eles, em vez de se contentar com a consciência de problemas de seus contemporâneos, por vezes um tanto fortuita.

Focos da filosofia sistemática são, por exemplo, a teoria do conhecimento e a filosofia da mente, incluindo uma teoria das emoções e a análise diferencial da inteligência humana e animal. O amplo campo da filosofia prática é discutido com especial intensidade. Na ética (fundamental) discute-se o relacionamento entre eudaimonia (felicidade) e autonomia, além da fundamentação do direito, do Estado e de uma ordem jurídica global; por fim, discutem-se tópicos da ética aplicada, como a ética econômica e, mais ainda, a ética médica.

Alguns dos filósofos mais jovens são mais familiares com a tradição anglo-americana do que com as tradições alemãs, francesas ou da Antiguidade. Contudo os mais inteligentes entre eles não se curvam diante desse novo grande provincianismo – em geral, tematicamente estreito e de abordagem empírica. Eles são plenamente capazes de argumentar analiticamente, sem, no entanto, renunciar às constatações da filosofia transcendental, da fenomenologia ou da hermenêutica.

Como a filosofia apela à razão e experiência comuns a todos os humanos, ela está atada a um espaço linguístico e cultural, num sentido essencial. Do mundo germanófono derivam algumas correntes filosóficas de importância extraordinária, e pensadores excepcionais. Felizmente eles se tornaram, em razão de sua excelência, um bem comum do patrimônio filosófico global. Os textos e pensamentos de Gottfried Leibniz, Immanuel Kant e dos filósofos idealistas alemães, especificamente de Friedrich Hegel, além de Schopenhauer, Nietzsche, Husserl e Heidegger, assim como da Escola de Frankfurt, de Ludwig Wittgenstein e do positivismo lógico, são estudados e cultivados em muitos lugares do mundo.


Trecho de entrevista concedida à Deutsche Welle
Fonte:  http://www.dw-world.de 

Alison e Emanuel levam o título mundial para o Brasil

Emanuel levou a melhor sobre seu ex-companheiro Ricardo e venceu, ao lado de Alison, por 2 sets a 0


Pouco depois de Juliana e Larissa venceram as norte-americanas Walsh e May de forma épica, a dupla brasileira Alison/Emanuel desbancou os compatriotas Márcio e Ricardo, levantou o título do Campeonato Mundial e deixou o dia ainda mais verde e amarelo em Roma.


Ao contrário do feminino, que precisou do tie break, a decisão entre os homens foi rápida. Emanuel não deu chances ao seu ex-parceiro Ricardo e fechou o embate em dois sets, parciais de 21/16 e 21/15.
Homenageado com uma estátua na Cidade Eterna no início da competição, Emanuel fez jus ao rótulo de favorito e sagrou-se tricampeão do torneio. Os dois títulos anteriores foram em 1999, ao lado de José Loiola, e, em 2003, junto de Ricardo. Já Alison levantou um troféu inédito em sua carreira.
Com o resultado, o Brasil voltou a reafirmar sua supremacia no vôlei de praia. Além de um Mundial à parte, a competição no Foro Itálico serviu como etapa do Circuito Mundial e rendeu pontos às duplas nacionais.
Foto: Divulgaçao/FIVB
Alison e Emanuel vibram após vitória e título sobre compatriotas no Mundial
 Fonte: IG Esporte

Juliana e Larissa batem as campeãs olímpicas e ganham o mundial


A dupla brasileira Juliana e Larissa bateu as americanas e atuais bicampeãs olímpicas Walsh e May por 2 sets a 1 --parciais 21/17, 13/21 e 16/14-- e faturaram o Mundial de vôlei de praia pela primeira vez.

Com a vitória da dupla feminina, o Brasil garantiu duas medalhas de ouro na competição disputada em Roma, na Itália. Pois, na decisão entre os homens, a dupla Emanuel e Alison derrotou os compatriotas Ricardo e Márcio Araújo e também se sagrou campeã Mundial.
O terceiro lugar entre as mulheres ficou com as chinesas Xue e Zhang Xi.
Walsh e May haviam eliminado Larissa nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008. Na oportunidade, a jogadora brasileira fizera dupla com Ana Paula, já que Juliana, com o ligamento do joelho direito rompido, não pôde disputar o torneio realizado no país asiático há três anos.
" O jogo foi tenso, mas o importante é que sempre acreditamos. Era um desafio pessoal ganhar das americanas [Walsh e May]", disse Larissa em entrevista à Sportv.
"Chegamos de viagem e eu já queria treinar. Falaram para mim que não deveria fazer isso, pois estava cansada. Mas eu precisava sentir a arena, mesmo que vazia. Precisava bater na bola. Sabia que estaríamos aqui hoje. São oito anos de parceria e claro que há desgaste. Depois de tudo que nós passamos, merecíamos este título", apontou Juliana, autora do bloqueio que definiu o título.
Divulgação/FIVB
Legenda: Juliana bloqueia tentativa de ponto de Walsh
Juliana bloqueia tentativa de ponto de Walsh
O JOGO
No primeiro set, a dupla brasileira não foi ameaçada em nenhum momento e conseguiu fechar a parcial em 21 a 17 sem sustos, após um erro de ataque americano.
Porém, no set seguinte, depois de abrir uma pequena vantagem, Larissa e Juliana cometeram vários erros e permitiram a virada americana. Walsh e May aproveitaram o vacilo das brasileiras e venceram a parcial com muita tranquilidade: 21 a 13.
Ainda nervosas pela perda do segundo set, o dueto brasileiro deixou as americanas abrirem vantagem. Porém, as atuais bicampeãs olímpicas não souberam aproveitar. Juliana e Larissa reagiram, empataram a parcial e viraram para 16 e 14, com um bloqueio de Juliana. Assim, a dupla brasileira fechou o jogo em 2 sets a 1 e faturou seu primeiro Mundial.

Fonte: IG

sábado, 18 de junho de 2011

Angra em São Luís

CARTAZ - #Angra dia 9 de julho em São Luís, gostaram?- (Coloque no seu facebook, orkut twitpic etc...) @alamparina

A nova ficção portuguesa: mostrando como é que se escreve

DANILO VENTICINQUE E LUÍS ANTÔNIO GIRON
   Reprodução
CARAS NOVAS
Do alto, em sentido horário: Gonçalo M. Tavares, Miguel Sousa Tavares, Valter Hugo Mãe, Jorge Reis-Sá, Inês Pedrosa e José Luís Peixoto
No terreno da produção cultural, comparar Portugal e Brasil pareceria até desleal. Além de ter uma população 20 vezes maior que a de sua antiga metrópole, o Brasil tem passado por transformações econômicas e sociais que repercutem, positivamente, na produção artística do país. Apesar disso, a literatura brasileira derrapa, enquanto uma nova geração de autores portugueses ocupa as prateleiras, seduz a crítica internacional, arrebanha leitores e deixa os ficcionistas brasileiros a ver navios. Por quê?
À primeira vista, há pouco em comum entre os escritores que formam a atual geração de romancistas portugueses. O mais novo deles, Jorge Reis-Sá, tem apenas 34 anos. O mais velho, Miguel Sousa Tavares, já chegou aos 59. Enquanto alguns flertam com a linguagem experimental, como Valter Hugo Mãe, outros, como Inês Pedrosa, mostram-se mais conservadores – além de escrever em um estilo mais tradicional, a autora milita contra a reforma ortográfica e afirmou que não vai se render às novas regras. “Cada autor está interessado em criar livremente o que a sua natureza permitir”, afirma Mãe, um dos escritores convidados para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). “Existem alguns de que gosto muito, outros de que gosto e uns quantos de que não gosto nada.”
O tom pouco condescendente revela uma das diferenças entre a cena literária brasileira e a portuguesa: não há espaço para camaradagem. “No Brasil, todos os escritores se conhecem, se gostam e se elogiam. O panorama português é um panorama mais tenso, mais ácido”, diz o crítico literário Luiz Maffei, pesquisador do Real Gabinete Português de Leitura.
A atitude crítica dos autores também se manifesta no conteúdo das obras. “A literatura portuguesa contemporânea destaca os aspectos sombrios da modernidade”, diz o crítico Manuel da Costa Pinto, curador da Flip. “A literatura brasileira é urbana, foca espaços da realidade periférica e não tem tanto vínculo com seu passado.” A obsessão brasileira pela questão social – ou mesmo o neorregionalismo de um Milton Hatoum – dá à literatura feita aqui um caráter local e provinciano, muito aquém da reflexão e dos vastos panoramas dos portugueses. O nosso pensamento crítico volta-se para temas como a luta de classes e a desigualdade social. Mas esses questionamentos se fundem a uma celebração ingênua da vida do país, sobretudo em romances que adotam a periferia como cenário. Para os autores brasileiros, seu país merece elogios, apesar de seus defeitos. Os portugueses encaram Portugal – e o homem português – como um problema a ser discutido e revisitado incansavelmente.
Um dos expoentes dessa tendência é José Luís Peixoto, de 36 anos. Apesar da pouca idade, o romancista e dramaturgo tem um currículo admirável. Em 2001, seu romance Nenhum olhar venceu o Prêmio Literário José Saramago e recebeu elogios do patrono da premiação. Outros romances do autor ganharam destaque em publicações internacionais, como o jornal inglês The Independent, o francês Le Figaro e o espanhol El País – uma projeção dificilmente obtida por um escritor brasileiro de qualquer idade e certamente inédita entre escritores da mesma geração que os portugueses. No exterior, Peixoto é elogiado por usar uma escrita moderna e experimental para falar de realidades arcaicas.
Entre os candidatos a sucessores de José Saramago (1922-2010), único escritor de língua portuguesa a vencer o Nobel de Literatura, a principal aposta dos acadêmicos é Gonçalo M. Tavares, de 40 anos. Nascido em Luanda, Angola, e criado em Portugal, Tavares já foi traduzido para mais de 40 idiomas. O único brasileiro comparável a ele em importância, Bernardo Carvalho, de 50 anos, chega à marca das dez línguas, sem grande repercussão crítica. Em 2007, Tavares foi o primeiro autor português a vencer o prêmio Portugal Telecom. “Gonçalo não tem o direito de escrever tão bem aos 35 anos. Dá vontade de lhe bater”, disse José Saramago.
Tavares diferencia-se dos conterrâneos por buscar uma literatura menos baseada em Portugal e mais inspirada na tradição centro-europeia. Em sua obra, as grandes navegações e a Revolução dos Cravos dão lugar ao Holocausto e à Segunda Guerra Mundial, e escritores como T.S. Eliot, Franz Kafka e Robert Walser tornam-se personagens. Ele exibe uma erudição e um patamar de ambição raramente atingidos por escritores brasileiros da mesma geração – mergulhados, em sua maioria, em romances violentos de sexo e ação, sob a influência do escritor mineiro Rubem Fonseca. Para que a próxima geração de autores brasileiros esteja mais próxima de Saramago do que de Fonseca, os portugueses contemporâneos são leitura obrigatória.



  • Fonte: Revista Época

Playlists Paul McCartney



Para comemorar os 69 anos de genialidade desse mito vivo da história do Rock.

Happy Birthday, Mr. MacCartney!!!!

Playlist Paul McCartney







sexta-feira, 17 de junho de 2011

Scrat: um modelo de persistência na animação "A Era do Gelo"

izazumak | SCRAT...O ESQUILO DA ERA DO GELO...
O incansável Scrat: modelo de persistência
Certa feita participava de um curso oferecido pelo Tribunal de Justiça, na Escola da Magistratura, sobre qualidade no atendimento, quando, durante sua exposição, em uma das aulas que assisti, o nosso instrutor, trabalhando o tema da persistência (falando daqueles que nunca desistem, que estão focados em metas, que perseguem um objetivo infatigavelmente e, com isso, vencem), pediu à turma que citasse um exemplo que ilustrasse essa inabalável força de vontade, que a tudo resiste, mesmo ante as adversidades mais atrozes. Sem titubear, e como ninguém se manifestara até então, disse: Professor! O Esquilo da Era do Gelo!!!

Na mesma hora, a turma toda, inclusive o instrutor, caiu em gargalhada. No entanto, passado o momento de descontração gerado pela minha resposta, o próprio mestre começou a refletir sobre a figura do personagem daquela famosa animação. 


Esquilo, A Era do Gelo 800x600 Papel de Parede Wallpaper
A imagem da persistência
Quando disse que aquele esquilinho atrapalhado, o Scrat, era o "cara" mais persistente que eu já vira, um modelo de determinação, era a mais pura verdade! 

Bem ao gosto da moderna teoria da administração, de seus experts, gestores, CIO's, CEO's e afins, o personagem do esquilo criado pelo genial Carlos Saldanha se encaixa perfeitamente na noção de foco no resultado, de traçar uma meta e não se abalar de forma alguma com os obstáculos que irão surgir em meio ao caminho entre nós e o alcance do objetivo.

Foco no objetivo

Do primeiro ao terceiro filme da série, em todos os momentos em que esteve em ação, o tal Scrat mostrou-se um lutador incansável, quase obsessivo, em sua relação de amor intenso pelo seu grande objeto de desejo: a noz. Em meio a inúmeras atrapalhadas, aventuras, infortúnios sucessivos, nosso pequeno personagem nunca desistiu. Deu sua vida, seu tempo, sua alma por aquela "quase castanha". O troço é tão sério que daria até uma tese científica, caso fôssemos averiguar todos os aspectos de sua busca incessante pela conquista do alimento quase inalcançável.

Pois é... então estamos conversados. E fica aqui, para os que se reclamam de tudo, o exemplo desse carinha sem igual. Obstinação, teu nome é Scrat!








Uma cólera autêntica é melhor que um sorriso falso












Recorda-te: mesmo uma cólera autêntica é melhor que um sorriso falso, porque, pelo menos, é autêntica.

E um homem que não pode sentir-se autenticamente encolerizado não pode, absolutamente, ser autêntico. Pelo menos ele é autêntico, verdadeiro, verdadeiro para com o seu ser. Seja o que for que aconteça, poderás confiar nele, porque é verdadeiro.

E minha observação é esta: uma verdadeira cólera é bela e um sorriso falso é feio. Uma cólera verdadeira tem sua própria beleza, tal como o verdadeiro amor — porque a beleza está relacionada à Verdade.

Não se relaciona ao ódio, nem ao amor. A beleza diz respeito ao verdadeiro. A Verdade é bela, seja qual for a forma que tome. Um homem verdadeiramente morto é mais belo do que um homem falsamente vivo, porque ao menos a qualidade básica de ser verdadeiro está presente nele.

A esposa de Mulla Nasrudin morreu. Os vizinhos reuniram-se, mas Mulla Nasrudin permanecia em pé, completamente tranquilo, como se nada tivesse acontecido. Os vizinhos começaram a gritar, a chorar e disseram: — "Que estás tu fazendo aí, em pé, Nasrudin? Ela está morta!"

Nasrudin disse: — "Esperem! Ela era tão mentirosa que eu devo esperar pelo menos três dias para ver se é verdade ou não."

Mas recorda-te disto: a beleza é a da Verdade, da autenticidade. Torna-te mais autêntico, e florescerás. E, quanto mais autêntico te tornares, mais sentirás que muitas coisas se estãodesprendendo por elas próprias.

Tu não terás feito esforço algum para que isso acontecesse; elas se desprenderão por si próprias. E, desde que sintas o toque de tal coisa, tornar-te-ás mais e mais desprendido, mais e mais natural, autêntico.
Osho, em "Tantra: A Suprema Compreensão"
Imagem por ♥KatB Photography♥


Fonte: site palavrasdeosho.com

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