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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

“O avanço da inteligência artificial pode alavancar o fim da raça humana”


Nas últimas semanas, o físico Stephen Hawking afirmou que está trabalhando em um upgrade no seu sistema de comunicação. Mesmo sendo de seu interesse, o icônico professor está desconfiado das implicações envolvidas no avanço da inteligência artificial. Em suas palavras, “seu desenvolvimento pode ser o fim da raça humana”.
No começo do ano, Hawking deu uma entrevista dizendo: “Se nós conseguirmos fazer robôs mais espertos que os humanos; eles serão capazes de superar os pesquisadores e manipular os líderes da raça humana, inventando armas impossíveis de entender”.
Nesta terça-feira (2/12), quando conversava com a BBC, o físico ressaltou a utilidade das formas primitivas já existentes de IA, mas teme as consequências de criarmos algo que ultrapasse nossas próprias capacidades: “Esta inteligência viveria por conta e redesenharia a si própria a níveis sempre crescentes. Humanos, que são limitados por sua lenta evolução biológica, não poderiam competir, logo seríamos substituídos”.
Sobre as alterações no seu sistema de comunicação, Stephen Hawking disse que não se interessa em mudar muito: “Minha voz se tornou uma marca, não vale a pena mudar para uma voz mais natural com um sotaque britânico (o cientista é inglês). Uma vez me disseram que as crianças pediam para que os computadores com vozes tivessem algo próximo da minha”.
Fonte: Revista Galileu Online

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Experimentador do Futuro


Inteligência artificial é o de menos. Para um dos mais renomados estudiosos da relação homem-máquina, o computador do futuro será proativo, emocional e imprevisível. Enfim humanos?

por João Mello
Editora Globo
Horst não é a Mãe Dinah, mas vive adivinhando o futuro //Crédito: Daniel Pera/Divulgação
O futuro antes. Você já leu isso na Galileu, mas serve perfeitamente para definir o que o alemão Horst Haussecker faz da vida. Diretor de Experiências Tecnológicas do Intel Labs, braço de inovação da empresa do Vale do Silício, Horst trabalha com a vanguarda da tecnologia. Ele coordena um laboratório inteiramente dedicado a pesquisar e antecipar o que o futuro nos aguarda.
Em entrevista exclusiva ao site, Horst se mostra convicto que, cada vez mais, as máquinas se aproximarão dos humanos. Não por desenvolverem um raciocínio, mas sim personalidade e sentimentos. Confira abaixo os principais trechos da conversa:
É possível imaginar como as tecnologias serão daqui a 500 ou mil anos?
Horst Haussecker: Essa é uma escala de tempo muito distante. É difícil de prever, pois eu creio que estamos diante de uma curva exponencial, na qual o desenvolvimento é cada vez mais acelerado. Então, daqui a 500 anos, eu tenho certeza que teremos algo sensacional. Será mais parecido com mágica do que a tecnologia que temos hoje. Certamente será algo muito mais inteligente e que cuidará de várias tarefas cotidianas sem depender de ninguém.
É impossível dizer como será o computador do ano 2500?
Horst Haussecker: A tecnologia, em geral, é difícil de prever. Não sei se teremos carros voadores, mas em relação a computadores, eles continuarão a “desaparecer”, cada vez mais, para serem incorporados à objetos do dia-a-dia. Além de mais espertos, os computadores terão algo parecido com personalidade, algo que você possa interagir como se fosse um humano. Você já vê algo assim quando conversa com o Siri (software disponível para iPhone 4S que responde à perguntas do usuário). Parece um humano, pois ele escuta e também comete falhas – algo típico do homem. No futuro, você poderá conversar com as máquinas e elas poderão simplesmente antecipar nossas necessidades.
Atualmente as máquinas já pensam por elas mesmas?
Horst Haussecker: Bem, isso depende de como você enxerga o ato de pensar. Inteligência é compilar informação de várias fontes e formar um ponto de vista. Acho que chegaremos lá. Mas o que veremos também é que as máquinas desenvolverão uma personalidade. Quando pensamos em máquinas se tornando humanos, logo vem a imagem de um robô inteligente. É interessante pensar que eles terão sentimentos.
Uma máquina poderá sentir tristeza e felicidade?
Horst Haussecker: Ela poderá se comportar dessa maneira, mas não tenho certeza se sentirá as coisas do jeito que nós sentimos. Não podemos afirmar isso nem para os animais, certo? Não dá pra saber quando eles estão felizes ou tristes. O que irá acontecer é que o comportamento humano será observado nas máquinas, isso eu acho que veremos.
E como esse comportamento humano será observado, na prática, em uma máquina?
Horst Haussecker: A primeira coisa é que elas aprenderão a nos entender. Antes de ficarem emocionais, precisam compreender como nos sentimos, o que amamos, o que odiamos. É isso que nossa pesquisa quer explorar. O que nos faz humanos é o fato de sermos imprevisíveis, e adicionar um pouco de aleatoriedade para as máquinas é um caminho.
Como a relação entre homem e máquina mudou através dos anos?
Horst Haussecker: No passado, as máquinas estavam lá para completar tarefas, de maneira mais precisa que os humanos e evitando nosso cansaço. Na computação, a relação é parecida: nós solicitamos um comando, o computador vai lá e faz. Em um futuro breve, as máquinas vão agir de maneira proativa. A questão é: por que eu sempre tenho que dizer pra máquina tudo que eu vou fazer? Ele pode prever algumas tarefas. Os smartphones não são nem um pouco inteligentes. Quando eles aprenderem quem eu sou, com quem eu estou, passarão a ser proativos. Depois dessa fase, os aparelhos eletrônicos passarão a se comunicar entre si, a trocar informações entre si e descobrir e fornecer exatamente o que você precisa.
Meio assustador isso, não?
Horst Haussecker: Pode ser. Por isso devemos criar uma tecnologia que nos permita estar no controle. Controlar qual informação é passada para quem e, assim, proteger nossa privacidade.
Qual filme de ficção científica retratou melhor o futuro e qual fez a previsão mais bizarra?
Horst Haussecker: ( Risos) Essa é uma pergunta difícil, talvez eu demore pra responder... Espero que o Exterminador do Futuro esteja errado, e nós sabemos que está porque a data em que tudo aconteceria já passou e nós estamos vivos. Um que sempre me fascinou é Minority Report. As pessoas sempre falam da tela touchscreen, mas têm outras coisas. Não sei se você se lembra da cena em que Tom Cruise está em seu escritório, com a projeção tridimensional de um garoto perdido flutuando em sua frente. E ele interage com a imagem. Essa cena é muito poderosa pra mim.
Haverá um tempo em que a tecnologia tornará tudo, literalmente tudo, possível?
Horst Haussecker: (Risos) Essa pergunta é bem difícil. Tudo ficará cada vez mais mágico. Para mim, magia é algo bem desenhado e imprevisível, exatamente como os humanos. Creio que as tecnologias que estão surgindo estão na fronteira da magia.
Qual a melhor parte de tentar adivinhar o futuro?
Horst Haussecker: A melhor parte de tentar adivinhar o futuro é ter a chance de construí-lo. O melhor jeito de adivinhar é construindo, e é isso que estamos fazendo. É bem divertido. 

Fonte: Revista Galileu Online

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