Ilustração artística mostra como pode ser o planeta descoberto |
Astrônomos do Telescópio Espacial Kepler anunciaram nesta quinta-feira
(17) uma grande descoberta espacial: eles encontraram um planeta
extremamente parecido com a Terra, a ponto de gerar especulação sobre a
possibilidade de ser habitável e de ter água em forma líquida.
O planeta foi batizado de Kepler-186f, porque ele é o sexto planeta em
órbita da estrela-anã Kepler-186. O planeta tem quase o mesmo tamanho da
Terra: ele é cerca de 10% maior do que nosso planeta natal. Mas o que
mais empolgou os cientistas é que ele está na chamada "zona habitável" –
nem tão distante de sua estrela a ponto da água congelar, nem tão perto
a ponto da água evaporar. Assim como a Terra, Kepler-186f está a uma
distância de sua estrela onde seria possível ter água em sua forma
líquida, um pré-requisito para a vida como conhecemos.
Astrônomos acreditam que existam milhões de planetas como a Terra no Universo.
O problema é que, como planetas não têm luz própria, e muito difícil
identificá-los. Por isso a importância da metodologia usada pelo
Telescópio Kepler. Ele identifica primeiro identifica a estrela. Sempre
que um planeta passa entre a estrela, a luz recebida pelo telescópio
diminui. Calculando essa variação, os astrônomos conseguem descobrir o
tamanho e a órbita do planeta.
No caso de Kepler-186f, os pesquisadores já sabem que ele é
provavelmente um planeta rochoso – diferentemente dos planetas gasosos
como Júpiter e Saturno. Também sabem a duração do ano no planeta: cerca
de 130 dias. Mas ainda há muitas informações que o Kepler não consegue
identificar, como a gravidade ou atmosfera do planeta.