A 1ª temporada de Game of Thrones foi uma grande surpresa em 2011. Pelo fato de os livros serem muito ricos em detalhes, com um enorme elenco, uma trama extensa e locações grandiosas, poderia haver dificuldade na adaptação do material. E, entre todas as qualidades do seriado, a construção dos personagens foi o que mais chamou atenção. Ao contrário da maioria das ficções de capa e espada, onde há um maniqueísmo bem definido entre bem e mal, em Game of Thrones há ambiguidade, egoísmo e rancor permeando tanto mocinhos quanto vilões.
Graças à essa particularidade, pudemos conhecer o anão Tyrion, da Casa Lannister, irmão caçula da Rainha Cersei, bon-vivant, profundo adorador de cerveja, carne e belas garotas. Um playboy ricaço mas, em vez de galã e bacaca, nasceu feio e espirituoso. Por ser deformado, Tyrion só pôde contar em toda sua vida com duas coisas: o poder da família e sua inteligência. Considerado uma aberração e um pervertido pela maioria, Tyrion na verdade é isso mesmo, mas também é dotado de um particular senso de honra e dever que aos poucos vai sendo construído e revelando o personagem mais legal da série.
Pela interpretação, o ator Peter Dinklage (que, assim como seu personagem, também é anão... Não é legal?) levou pra casa em 2011 o Emmy de Melhor Ator Coadjuvante, realçando ainda mais a grandeza (sem trocadilhos) e complexidade de sua atuação e do personagem.
Tyrion Lannister é aquele cara que você queria sentar pra tomar umas cervejas, o camarada que no seu aniversário te presentaria com uma stripper de lingerie preta saindo de dentro de um bolo, o companheiro perfeito pra se estar ao lado durante uma briga (ele pagaria aos caras e resolveria tudo), o parceiro que te ganha no videogame mas você nem liga porque ele é muito gente boa. Tyrion Lannister é o amigo que todos querem ter.
Fonte: JP/do Vale