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domingo, 22 de dezembro de 2024
terça-feira, 17 de dezembro de 2024
E se o Nordeste fosse retirado da geografia do Brasil?
por Rogério Rocha
Imaginar o Brasil sem o Nordeste é um exercício complexo se levarmos em conta a grandeza da contribuição da região para a identidade nacional.
Ao longo dos séculos, a área geográfica tem sido um centro vibrante de produção cultural, intelectual e política em nosso país, moldando de forma significativa os contornos do que chamamos de "brasilidade".
Se, num experimento hipotético, excluíssemos o território nordestino e seu patrimônio cultural da história brasileira, o país não só perderia figuras emblemáticas, mas também uma parcela decisiva de sua essência.
Senão, vejamos!
Nas letras, a região ocupa um lugar de destaque, com autores que imortalizaram, em obras fundamentais, suas paisagens, dilemas e personagens. Seríamos privados da leitura de romances que traduzem a luta contra as adversidades e do rico imaginário simbólico.
Se eliminássemos o Nordeste do nosso mapa e da nossa história, a literatura brasileira ficaria sem Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Josué Montello, Jorge Amado, Antônio Torres, Francisco J. C. Dantas e Ronaldo Costa Fernandes, apenas para citar alguns.
A produção poética também seria irremediavelmente empobrecida sem os versos de Castro Alves, Gonçalves Dias, Raimundo Correia, Sousândrade, Augusto dos Anjos, Nauro Machado, Salgado Maranhão, João Cabral de Melo Neto, Lêdo Ivo, Ferreira Gullar, Luís Augusto Cassas, Raimundo Fontenele e Viriato Gaspar, por exemplo.
No campo científico, a ausência das mentes nordestinas deixaria lacunas significativas.
Nina Rodrigues, psiquiatra, médico legista e antropólogo maranhense, foi responsável pela introdução dos estudos da criminologia em nosso país. A baiana Ana Nery, que foi uma figura de destaque na história da enfermagem brasileira, contribuiu significativamente para o desenvolvimento da profissão.
Na medicina, Nise da Silveira, alagoana de Maceió, revolucionou os tratamentos psiquiátricos com sua abordagem humanizada. No direito, Rui Barbosa, o notável baiano, foi influente como jurista e pensador político. Pelo brilho da inteligência e pela postura intelectual, ficou conhecido como o "Águia de Haia".
A história política do Brasil também ficaria desfigurada sem nomes como Joaquim Nabuco, um dos principais articuladores da abolição da escravatura, Barbosa Lima Sobrinho, Miguel Arraes, Eduardo Campos, Antônio Carlos Magalhães e Luiz Inácio Lula da Silva, pernambucano que alcançou a presidência pela terceira vez na história recente do país.
Outros nomes como Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Epitácio Pessoa, Fernando Collor de Mello e José Sarney, também compõem uma lista de nordestinos famosos que chegaram à presidência da República.
A perda seria avassaladora também na música. Imaginem o cenário sem Luiz Gonzaga, o "Rei do Baião". Sem ele não teríamos gêneros brasileiríssimos como o forró e o xaxado, e a sanfona não teria se tornado um ícone nacional.
Sem Dorival Caymmi, a música brasileira perderia canções que evocavam a magia das cidades à beira-mar. A bossa nova não teria o gênio de João Gilberto e a MPB empobreceria sem Belchior, Amelinha, Fagner, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso.
Elba Ramalho, Alcione, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Xangai, Elomar, Chico Science, Zeca Baleiro e Chico César, expoentes da música brasileira, também desapareceriam do contexto. No rock, perderíamos Raul Seixas e Marcelo Nova, herdeiro do legado do Maluco Beleza.
No campo das artes visuais, sem Carybé, as telas que traduzem as belezas naturais e arquitetônicas da cultura baiana não existiriam. No cinema, a contribuição de Glauber Rocha e o movimento do Cinema Novo deixariam de influenciar gerações. A comédia não teria visto o gênio de mil faces chamado Chico Anysio. O teatro e a dramaturgia também estariam desfalcados sem as colaborações de artistas como Dias Gomes e Ariano Suassuna ou as atuações de José Wilker, Wagner Moura e Lázaro Ramos.
O futebol pentacampeão mundial perderia de vista craques da magnitude de Bebeto, Zagallo, Daniel Alves, Dida, Juninho Pernambucano, Edilson Capetinha, Rivaldo, Bobô, Hernanes, Givanildo, Jardel, Charles, Zé Maria, Júnior Capacete, Hulk, Canhoteiro, Jackson e França.
A culinária deixaria de experimentar o sabor de alimentos como o arroz de cuxá, o acarajé, a buchada de bode, o vatapá, a tapioca ou beiju, a carne de sol e o cuscuz, o baião de dois e o sarapatel, o bolo de rolo, a paçoca, a moqueca e o caruru. Não beberíamos a cajuína, a garapa, o maltado e o guaraná Jesus. Também ficaria de fora do deguste geral nosso maior símbolo etílico: a cachaça.
Retirar o Nordeste da história do Brasil significaria, portanto, subtrair boa parte da identidade nacional.
A região não apenas fornece rica matéria-prima para a nossa cultura, mas inspira uma perspectiva singular em torno das condições humanas que definem um pouco do que somos.
Sem o Nordeste o Brasil não seria apenas mais pobre; seria um país irreconhecível.
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Rogério Rocha
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